MIASTENIA 2 1ok

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COLINÉRGICO
MIASTENIA GRAVIS
A Miastenia Gravis (MG) é um distúrbio neuromuscular caracterizado por déficit motor e fraqueza da musculatura esquelética. É uma doença crônica auto-imune resultante da ação de anticorpos contra os receptores nicotínicos pós-sinápticos de acetilcolina na junção neuromuscular. Bloqueando os receptores de acetilcolina na placa motora, comprometendo sua função.
FÁRMACOS
Os fármacos que apresentam como mecanismo de ação a inibição da enzima AChE são chamados de anticolinesterásicos ou colinérgicos indiretos. 
A AChE (acetilcolinesterase) quando bloqueada é incapaz de hidrolisar a ACh, assim, este neurotransmissor tende a permanecer ativo por um período maior na fenda sináptica;
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
A neostigmina e a piridostigmina são análogos simplificados da fisiostigmina. Ambos são fármacos empregados no tratamento de miastenia gravis e revertem os efeitos de bloqueadores neuromusculares. O uso de anticolinesterásicos melhoram os sintomas na maioria dos pacientes miastênicos. A piridostigmina oral é o mais amplamente utilizado.
A Neostigmina é utilizada no exame de diagnóstico de Miastenia Gravis e tratamento.
Sinapse colinérgica na ausência e a na presença de um IAChE 
NEOSTIGMINA
A neostigmina possui um nitrogênio quaternário, portanto é mais polar e não consegue chegar ao SNC, e o efeito nos músculos esqueléticos é maior, possui curta duração de 30 min a 2 horas. Liga-se ao sítio aniônico da acetilcolinesterase, impedindo a quebra de acetilcolina e consequentemente aumentando a concentração desta.
CH3
CH3
CH3
CH3
CH3
PIRIDOSTIGMINA
Piridostigmina, inibe transitoriamente o catabolismo da Ach pela acetilcolinesterase, aumentando a quantidade e a duração deste neurotransmissor na fenda sináptica com consequente melhora da força muscular. Possui uma amina quartenária, O grupo metílico extra aumenta a estabilidade e sua meia vida varia de 4 a 6 horas. 
Possui menos efeitos colaterais, e é bem tolerado pelos pacientes com Miastenia Gravis administrado V.O. 
CH3
CH3
FISIOSTIGMINA
A fisostigmina, um alcaloide, foi o primeiro IAChE, que age estimulando os receptores nicotínicos e muscarínicos. Por ser uma amina terciária, pode atravessar a barreira hemato-encefálica, atualmente, este fármaco é aplicado no tratamento do glaucoma e em casos de overdose por compostos anticolinérgicos, como a atropina, e antidepressivos tricíclicos, como a amitripitilina.
Como é mais lipossolúvel que os demais agentes, pode ser absorvida pelo trato gastrintestinal e atravessa a barreira hemato-encefálica. Possui meia vida de 15 a 40 min.
REA
Piridostigmina
Fisostigmina
Acetilcolina
Neostigmina
Os anticolinesterásicos fisostigmina, neostigmina e piridostigmina apresentam em suas estruturas moleculares a função orgânica carbamato, sendo esta responsável pela inibição da AChE que ocorre nas seguintes etapas:
- No sítio catalítico da AChE, a carbonila do carbamato é atacada pela hidroxila do resíduo de serina, neste momento, a histidina atua como uma base recebendo um próton; 
- Em seguida, a histidina funcionará como um ácido doando um próton para a liberação de uma porção do carbamato. Nesta etapa, a enzima fica impedida de realizar hidrólise, visto que seu sítio catalítico encontra-se ocupado; 
- Na última etapa, o resíduo de serina ocupado com o grupo carbamato sofre hidrólise lentamente e a enzima torna-se ativa novamente. A velocidade de recuperação da enzima ocupada com um grupo carbamato é mais lenta que quando esta se encontra ocupada com um grupo acetato. 
REFERÊNCIAS
Araújo, C. R. M.;* Santos, V. L. dos A.; Gonsalves A. A. Acetilcolinesterase - AChE: Uma Enzima de Interesse Farmacológico. Rev. Virtual Quim., 2016, 8 (6), 1818-1834. 2016. https://www.researchgate.net/profile/Arlan_Gonsalves/publication/312051389_Acetylcholinesterase_-_AChE_A_Pharmacological_Interesting_Enzyme/links/5899db4aaca2721f0db0e8d0/Acetylcholinesterase-AChE-A-Pharmacological-Interesting-Enzyme.pdf. Em 16 Nov. 2017.
http://grofsc.net/wp/wp-content/uploads/2013/06/FARMACOLOGIA-DOS-BLOQUEADORES-NEUROMUSCULARES-E-ANTICOLINESTARAXICOS.pdf