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IESC PERGUNTAS: 1)Compreender os indicadores de saúde e sua aplicabilidade na atenção primária. "Indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo" (Rouquayrol, 1993). Pode-se definir Indicadores de Saúde como instrumentos utilizados para medir uma realidade, como parâmetro norteador, instrumento de gerenciamento, avaliação e planejamento das ações na saúde de modo a permitir mudanças nos processos e resultados. O indicador é importante para conduzir ao resultado final das ações propostas em um planejamento estratégico. Através dos indicadores de saúde é possível identificar áreas de risco e evidenciar tendências. Em 1952, a Organização das Nações Unidas (ONU) estudou métodos satisfatórios para definir e avaliar o nível de vida de uma população. Concluiu não ser possível utilizar um único índice que traduza o nível de vida de uma população; é preciso empregar abordagem pluralista, considerando-se vários componentes passíveis de quantificação. Doze foram os componentes sugeridos: Saúde, incluindo condições demográficas; Alimentos e nutrição; Educação, incluindo alfabetização e ensino técnico; Condições de trabalho; Situação em matéria de emprego; Consumo e economia gerais; Transporte; Moradia, com inclusão de saneamento e instalações domésticas; Vestuário; Recreação; Segurança social; Liberdade humana. A utilização de indicadores de saúde permite o estabelecimento de padrões, bem como o acompanhamento de sua evolução ao longo dos anos. E o uso de um único indicador isoladamente não possibilita o conhecimento da complexidade da realidade social, portanto a associação de vários deles e, ainda, a comparação entre diferentes indicadores de distintas localidades facilita sua compreensão. Para a Organização Mundial da Saúde, esses indicadores gerais podem subdividir-se em três grupos: 1. aqueles que tentam traduzir a saúde ou sua falta em um grupo populacional. Exemplos: razão de mortalidade proporcional, coeficiente geral de mortalidade, esperança de vida ao nascer, coeficiente de mortalidade infantil, coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis; 2. aqueles que se referem às condições do meio e que têm influência sobre a saúde. Exemplo: saneamento básico; 3. aqueles que procuram medir os recursos materiais e humanos relacionados às atividades de saúde. Exemplos: número de unidades básicas de saúde, número de profissionais de saúde, número de leitos hospitalares e número de consultas em relação a determinada população (Laurenti e cols., 1987). Para profissionais da saúde, é importante conhecer o primeiro indicador Saúde e Condições demográficas, no qual o indicador de saúde deve expressar as condições de saúde de um individuo ou de uma população. A escolha do indicador adequado deve ser feita com base no que se quer estudar, e a qualidade desse indicador dependerá da precisão com que esses dados são coletados. INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS O uso de indicadores demográficos permite conhecer as características de uma determinada população e sua evolução ao longo do tempo no território. São indicadores: população, razão entre os sexos, crescimento populacional, taxa de fecundidade, taxa bruta de natalidade, mortalidade proporcional por idade, esperança de vida ao nascer, índice de envelhecimento entre outros. PROGRAMAS MAIS UTILIZADOS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMILIA - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) Sistema que integra todas as informações relacionadas aos recursos físicos e humanos disponíveis para o uso do SUS, permite aos gestores saber qual o volume de equipamentos disponíveis para prestar assistência à saúde de sua população. - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIASUS) Sistema utilizado para consolidar os boletins de produção ambulatorial e autorização de procedimentos de alta complexidade, permitindo o repasse financeiro para estados e municípios. - Sistema de informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) Sistema que permite o monitoramento do programa de imunização a partir de registros de aplicação dos imunobiológicos realizados pelos profissionais de saúde, bem como o controle destes. -Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero e Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISCOLO/SISMAMA) Sistema que faz parte do programa nacional de controle do câncer do colo do útero e mama, coletando e processando informações clínicas a respeito de pacientes e laudos de exames, bem como informações demográficas e epidemiológicas para monitoramento da qualidade. -Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) Sistema que cadastra e monitora pessoas com hipertensão arterial e diabetes mellitus. - Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL) Que acompanha e monitora as gestantes no programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento. Fonte: Manual de Especialização em Saúde da Família Unifesp 2) Quais são as medidas de frequência (incidência e prevalência) e como trabalhar com esses dados em pacientes com hipertensão e diabetes na atenção básica? Medida de frequência= quantificação da ocorrência de eventos. Frequência absoluta= onde? Localidade. Quem? Sexo e faixa etária. E quando? Ano. As medidas de frequência dizem respeito à saúde das populações delimitadas no espaço e no tempo, mostram a evolução de uma determinada doença em uma população, mostram os efeitos das ações de serviços de saúde sobre uma população e mostram os efeitos dos medicamentos sobre um grupo estudado (relacionar com o Hiperdia). O Objeto Medidas de frequência de doença esclarece que o principal objetivo da epidemiologia é medir a frequência com que ocorrem os problemas de saúde em populações humanas e que para isso é utilizado as medidas de incidência e prevalência. Incidência se refere à frequência com que surgem novos casos de uma doença num intervalo de tempo. É a medida dinâmica, pois refere-se a uma mudança no estado de saúde, casos novos são detectados após uma observação no tempo. E que a prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença em um dado momento. Medida estáticas, são casos existentes detectados através de uma única observação. Numerador inclui casos novos e antigos. Fonte: Caderno de atenção básica – hipertensão arterial e diabetes mellitus Ministério da Saúde 3)Como realizar o projeto terapêutico singular (TPS) e quais instrumentos podem ser utilizados (genograma e ecomapa)? O conceito de Projeto Terapêutico vem sendo construído nos últimos anos juntamente com o desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica e do Sistema Único de Saúde (SUS). Para que você bem compreenda esse conceito, abordaremos de que forma essa ferramenta é utilizada nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial, como dispositivo de integração e organização das equipes de profissionais de saúde (BRASIL, 2010). O projeto terapêutico singular tem esse nome pois o cuidado em saúde deve ser oferecido ao indivíduo de maneira singular para alcançar o objetivo do cuidado efetivo, no qual são considerados os grupos em situação de vulnerabilidade. Destaca-se que o termo “projeto” utilizado no PTS deve ser entendido não apenas no seu sentido de plano, organização de atividades, mas em ações orientadas pela necessidade de resolução de um dado problema. Como projeto, subentende-se a ideiade “projetualidade”, ou seja, a capacidade de pensar e de criar novas realidades e novas possibilidades (ROTELLI et al., 1990; NICÁCIO, 2003). Entende-se por Projeto Terapêutico Singular (PTS) o conjunto de propostas que visam ao cuidado do indivíduo por meio de condutas terapêuticas articuladas e direcionadas às suas necessidades individuais ou coletivas, como, por exemplo, no grupo familiar (BRASIL, 2009b). No cotidiano das experiências desenvolvidas, observa-se que o planejamento do cuidado com o uso do PTS tem sido utilizado como estratégia para discussão em equipe, visando à resolução de casos de maior complexidade (OLIVEIRA, 2008b). Em geral, o caso julgado de maior complexidade é aquele que se destaca dos outros, no serviço, para a formulação de um PTS. Isso ocorre quando já houve um investimento da equipe na tentativa de resolução da problemática em questão e não se obtiveram os resultados esperados. O PTS constitui um dos dispositivos da Clínica Ampliada que possibilita um tratamento focado nas singularidades do sujeito. Busca valorizar os saberes do usuário, a sua história de vida, com o intuito de contemplar as suas necessidades de saúde, a partir de uma abordagem multidisciplinar, em que o plano de tratamento é elaborado levando em consideração o saber de cada um dos envolvidos. “O PTS é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. ” Genograma: permite identificar, de maneira mais rápida a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com criação do vínculo entre profissional e a família/individuo. O genograma baseia-se no modelo do heredograma, mostrando graficamente a estrutura e o padrão de repetições das relações familiares, mostrando repetições de padrões de doenças, relacionamento e os conflitos resultantes ao adoecer. Na configuração proposta o genograma reúne informações sobre a doença da pessoa identificada, as doenças e transtornos familiares, a rede de apoio psicossocial, os antecedentes genéticos, as causas de morte de pessoas da família, além de aspectos apresentados junto com as informações da anamnese, enriquecendo a análise a ser feita pelo profissional. Na abordagem das famílias, a compreensão da família pode não ser suficiente, pois a mesma se relaciona com o meio e com outros atores sociais (outras famílias, pessoas e instituições) e estes relações são fundamentais para se atingir e preservar o equilibro bio-psico-espirito-social da unidade familiar. E nesse contexto surge o ECOMAPA. Complementar ao genograma, o ecomapa consiste na representação gráfica dos contatos dos membros da família com outros sistemas sociais, relações entre a família e a comunidade. Ajuda a avaliar os apoios e suportes disponíveis e sua utilização pela família e pode apontar a presença de recursos. Por ser um instrumento com importantes ganhos, tanto no aspecto relacional, de melhoria do vinculo, quanto na programação do trabalho, pode ser aplicado a todas as famílias, sendo ideal para famílias com maiores dificuldades tanto intrafamiliar quanto sociais. Uma família que tem poucas conexões com a comunidade e entre seus membros necessita de um maior investimento da equipe de saúde para melhorar seu bem estar. São características do ecomapa: registrar membros da família e suas idades, registrar em círculos externos contatos da família com membros da comunidade ou com pessoas e grupos significativos, e linhas que indicam o tipo de conexão. Fonte: Ministério da Saúde- Caderno de atenção domiciliar volume 2- 2012 4)Quais são os programas do SUS para pacientes hipertensos e diabéticos e como funciona? A Área Técnica de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus desenvolve e coordena ações da Secretaria de Estado da Saúde com foco na organização da atenção à saúde no SUS dirigida aos portadores de hipertensão e diabetes, considerando, na perspectiva da integralidade das ações, a promoção da saúde, a prevenção das complicações decorrentes destes agravos, bem como tratamento destas doenças. A Secretaria de Estado da Saúde elaborou Linhas de Cuidado para subsidiar o processo de qualificação da atenção à saúde do portador de hipertensão arterial e de diabetes mellitus, como ferramentas para o enfrentamento destes agravos. Estas Linhas de Cuidado constituem uma padronização técnica com o itinerário do usuário no sistema de saúde, com ações e atividades relacionadas à promoção, ao tratamento e à reabilitação, bem como as atribuições das diferentes unidades que compõem o sistema. Contém, ainda, manuais de orientação clínica para otimizar o manejo dos portadores de hipertensão e diabetes nas unidades de saúde do SUS. HIPERDIA - Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos O Hiperdia destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS, permitindo gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. O sistema envia dados para o Cartão Nacional de Saúde, funcionalidade que garante a identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde – SUS. Benefícios Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção; Permite conhecer o perfil epidemiológico da hipertensão arterial e do diabetes mellitus na população. Funcionalidades Cadastra e acompanha a situação dos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus em todo o país; Gera informações fundamentais para os gerentes locais, gestores das secretarias e Ministério da Saúde; Disponibiliza informações de acesso público com exceção da identificação do portador; com abrangência municipal e federal. A HAS e DM foram consideradas agravos de saúde pública, onde cerca de 60% a 80% dos casos podem ser tratados no âmbito de atenção básica. Dessa forma, evita-se o aparecimento e a progressão das complicações, reduz-se o número das internações hospitalares devido a esses agravos, bem como a mortalidade por doenças cardiovasculares. O objetivo geral é implementar ações de prevenção e assistência à saúde à população carcerária portadora de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, e promover o tratamento clínico e/ou medicamentoso, quando necessário. E os objetivos específicos são: Realizar ações de atenção primária (redução e controle de fatores de risco); - Identificar, cadastrar e vincular as às equipes de atenção básica os portadores de HAS e DM; - Implantar, na atenção básica, o protocolo de assistência básica ao portador de HAS e DM; - Reorganizar a rede de serviços, em todos os níveis de complexidade, para o atendimento de HAS e DM; - Firmar convênios com as Secretarias Estaduais e Municipais para o recebimento de medicações e equipamentos, bem como a realização de cursos para treinamento das equipes multiprofissionais; - Desenvolver atividades no campo da promoção para educação em saúde; - Fornecer as medicações aos portadores de HAS e DM, no elenco mínimo definido pelo MS; - Informatizar o cadastro de portadores de HAS e DM, a fim de permitir o acesso rápido às informações do tratamento clínico e medicamentoso, facilitando a transmissão on line dos dados sobre cada interno aos diversos setores envolvidos no atendimento (ambulatório, hospital, farmácia, serviço social); - Realizar o monitoramento da população carcerária na busca ativa de novas ocorrências desses agravos; - Executar ações informativas e elaborar folhetos explicativos destinadosaos portadores de HAS e DM . 5)Quais são os fatores de risco e determinantes sociais dos hipertensos e diabéticos? E quais os fatores fisiopatológicos? Dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares encontram-se os modificáveis (excesso de peso e obesidade, ingestão de sal, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos, fatores ambientais) e os não modificáveis (idade, gênero e etnia, genética). A hipertensão arterial (HA) é apontada como fator de risco para complicações e doenças cardiovasculares na sociedade atual, tais como morte súbita, edema agudo de pulmão, insuficiência renal, infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico. O sexo masculino e idade acima de quarenta anos apresentaram risco estatisticamente significativo. Independentemente das características demográficas, estresse intenso no trabalho, sedentarismo, consumo de álcool, índice de massa corporal superior a 25, colesterol alterado e triglicérides alterados estiveram associados com a HA. A prevalência de DM foi de 11,5%, e a análise de regressão hierarquizada indicou que sexo masculino e idade acima de quarenta anos apresentaram risco estatisticamente significativo. Independentemente das características demográficas, as mesmas condições estiveram associadas com a DM. Dados evidenciaram que o trabalhador acima de quarenta anos é uma prioridade para ações de intervenção que possam favorecer a prevenção dos dois agravos. Nessas ações, deve-se dar atenção especial à alimentação e à prática de exercícios físicos, que favoreceriam o controle da obesidade e da alteração do perfil lipídico. Fatores de risco diabetes: influencia genética, pressão alta, colesterol alto, acima do peso e sedentarismo, doença renal crônica e histórico de doença cardiovascular. Fatores de risco para hipertensão: histórico familiar, dieta com muito sódio, idade, sedentarismo, etnia, consumo abusivo de álcool, obesidade, sexo, tabagismo etc. Determinantes sociais dos hipertensos e diabéticos: analfabetismo, baixa renda familiar, condições precárias de moradia, obesidade, má nutrição, inatividade física, desigualdades sociais, uso de álcool e drogas, fatores emocionais, características socioculturais e dificuldade de acesso ao serviço de saúde. Fatores fisiopatológico da HAS: O desenvolvimento de hipertensão depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais. Sabe-se, no entanto, que a hipertensão é acompanhada por alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. Assim, a hipertensão resulta de várias alterações estruturais do sistema cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam danos cardiovasculares. A hipertensão se caracteriza por níveis elevados de pressão sanguínea que causam alterações vasculares em todo o corpo. A incidência da doença aumenta com a idade. Fatores fisiopatológicos da diabetes: é uma perturbação crônica do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, caracterizada na sua forma clinica mais completa por uma deficiência relativa ou absoluta de insulina. Fontes: Patologia estrutural e funcional Robbins 6)Quais são os tipos de dengue, seus sintomas e como é realizado o diagnóstico? E os tratamentos? O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações. Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente. Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”. Quanto mais vírus existirem, maior a probabilidade de haver uma infecção. A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada. Essa reação exagerada do sistema imunológico é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Tratamento: Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas. Deve-se tratar os sintomas até que o ciclo do vírus se conclua. Beber muita água e repousar, além de usar a medicação indicada. Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. Dengue Clássica Febre alta com início súbito. Forte dor de cabeça. Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos. Perda do paladar e apetite. Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores. Náuseas e vômitos· Tonturas. Extremo cansaço. Moleza e dor no corpo. Muitas dores nos ossos e articulações. Dengue hemorrágica Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta: Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes. Pele pálida, fria e úmida. Sangramento pelo nariz, boca e gengivas. Manchas vermelhas na pele. Sonolência, agitação e confusão mental. Sede excessiva e boca seca. Pulso rápido e fraco. Dificuldade respiratória. Perda de consciência. Diagnóstico: O diagnóstico de dengue deve ser pensado em termos de manifestações clínicas que levarão à suspeição do caso e após, confirmação laboratorial. O diagnóstico laboratorial da dengue pode ser feito por métodos sorológicos e virológicos, indicados em momentos distintos da doença. Diagnóstico sorológico é uns dos métodos de diagnóstico da dengue detecta os anticorpos para a dengue, anticorpos da classe IgM podem ser detectados à partir do sexto dia do início dos sintomas, embora em infecções secundárias (situação em que já houve uma infecção por outro sorotipo anteriormente) sua detecção possa ocorrer a partir do segundo ou terceiro dia, permanecendo em média por 90 dias. Anticorpos da classe IgG podem ser detectados à partir do 90 dia na infecção primária e já estar detectável desde o primeiro dia nas infecções secundárias. Os métodos virológicos tem por objetivo identificar o patógeno e monitorar o sorotipo viral circulante. Devem ser coletados preferencialmente nos 3 primeiros dias, até o 50 dia após início dos sintomas. Consistem no isolamentoviral, detecção do genoma viral e detecção de antígenos virais, métodos geralmente disponíveis nos laboratórios de referência estaduais e nacionais e de indicação definida pela Vigilância Epidemiológica. A indicação desses exames pode ser ampliada em períodos inter-epidêmicos. Fontes: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, dengue.org 7)Quais são as estruturas e os ciclos de vida das famílias? Os profissionais se deparam com variadas composições familiares. Além das famílias ditas tradicionais, existem: família nuclear de duas gerações, unidas pelo matrimônio e com seus filhos biológicos; famílias extensas, incluindo três ou quatro gerações; famílias adotivas temporárias, famílias adotivas bi-raciais ou multiculturais; casais que podem morar separadamente; famílias resultantes de divórcios anteriores com ou sem filhos do casamento anterior, famílias monoparentais; casais homossexuais com ou sem crianças e varias pessoas morando juntas sem laços legais. A estrutura familiar: é entendida como a quantidade de pessoas que moram na casa e suas respectivas funções,o fato dos progenitores estarem vivos ou não, divorciados, separados ou dividindo moradia com parceiros. A partir da estrutura familiar levantam-se dados relevantes para compreender a funcionalidade familiar e quais pontos fortes e fracos da família para o cuidado domiciliar, onde a família pode cooperar e o profissional deverá trabalhar com a família para a melhor assistência. O ciclo vital: representa várias etapas pelas quais as famílias passam e os desafios/tarefas a cumprir em cada etapa, desde a sua constituição em uma geração até a morte dos indivíduos que a iniciaram. O entendimento do ciclo vital permite uma visão panorâmica, e permite ao profissional perceber os entraves que a família está atravessando, seja por um crise previsível ou não. As etapas do ciclo familiar são permeadas por crises, que podem ser previsíveis ou não. A classificação mais utilizada é a proposta por McGoldrick: Adulto jovem independente → casamento → nascimento do primeiro filho → famílias com filhos pequenos → famílias com filhos adolescentes → lançando os filhos e seguindo em frente → aposentadoria → famílias no estágio tardio: velhice.
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