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Revisão ESQUIZOFRENIA DOPAMINA (DA) => neurotransmissor Diminuição de DA no encéfalo (modelo animal) Parkinson Tratamento do Parkinson com drogas que aumentam a DA sintomas psicóticos semelhantes à esquizofrenia Tratamento da esquizofrenia com antipsicóticos (diminuem DA) sintomas de Parkinson. Psicoses: Sintomas: - Distúrbios do pensamento e de afeto (incoerência lógica no pensamento, pobreza de fala, labilidade emocional) - Alucinações (percepções que ocorrem na ausência de estímulo externo) - Delírios (crenças aberrantes que se opõem aos fatos e não se deixam modificar pelas evidências de que são absurdas) Classificações: - Maníaco-depressivas (perturbações do afeto e de humor) - Esquizofrenias (transtornos do pensamento) Uma das psicoses mais comuns (1 – 2% da pop.); Incidência um pouco maior em homens (1M / 1,4H); Primeiro episódio surge na adolescência ou adultez emergente; 2 a 3% da pop. apresenta transtorno de personalidade esquizotípica (forma mais branda da doença sem comportamentos psicóticos); Transtorno crônico e incapacitante, natureza diversa, manifestações múltiplas, quadros variados; Alto risco de suicídio; Se não tratada corretamente pode deteriorar gradativamente o paciente nos episódios de surto, terminando em quadro de demência grave. Emil Kraepelin: -Início na juventude -Curso persistente -Progressiva deterioração da capacidade mental “DEMÊNCIA PRECOCE” Eugen Bleuler: -Fragmentação do pensamento e emoções -Demência como característica secundária “ESQUIZOFRENIA” (mente fendida) Sintomas Positivos: comportamentos estranhos e perturbações no funcionamento mental (alucinações, delírios, pensamentos ilógicos) SÍNDROME ESQUIZOFRENICA AGUDA; Sintomas Negativos: falta de certos comportamentos sociais e interpessoais normais (achatamento afetivo, isolamento social, pobreza de linguagem) ESTADO ESQUIZOFRENICO CRONICO; Sintomas cognitivos e emocionais: diminuição da atenção e déficits na memória de trabalho, juntamente com ansiedade e depressão. Genética: -Fatores genéticos e ambientais parecem agir de forma conjunta para o surgimento da doença. -Estudo de Seymour Kety. -identificados mais de 20 genes de suscetibilidade, mas nenhum gene isolado é responsável; Genes que controlam neurodesenv., conectividade sináptica, neurotransmissões de dopamina e glutamato. Fatores Ambientais: -Complicações na gravidez, complicações no parto, abuso sexual ou físico, uso de drogas, adversidades sociais, traumatismo cranioencefálico, etc. Dificuldade de atenção seletiva, parecem não apresentar o fenômeno de habituação. Eye Tracking/Mov. Ocular mais inconstante que de pessoas normais. No cérebro: Dilatação dos ventrículos, aumento dos sulcos, alterações na subst. branca, diminuição do volume do córtex e do hipotálamo. Dopamina (DA): -Amina biogênica, grupo catecolamina. Catecolamina principal do SNC. -Síntese: tirosina hidroxilase (TH) diidroxifenilalanina (L-DOPA) DOPA-descarboxilase (DDC) -Recaptação: enzima monoaminaoxidase (MAO) ácido dihidroxifenilacético (DOPAC) -Espaço extraneural: MAO e catecol-O-metiltransferase (COMT) ácido homovanílico (HVA). Receptores Dopaminérgicos: -Metabotrópicos (glicoproteínas) -5 receptores DA (D1 à D5), ligados a proteína G, divididos nas subfamílias D1 e D2. D1 (D1 e D5): - + adenil ciclase; ativação de canais de cálcio e sódio; diminuição de canais de potássio; pós-sinápticos. D2 (D2, D3, D4): - - adenil ciclase; ativação de canais de potássio, inibição de canais de sódio, pós e pré-sinápticos. -Auto-receptores D2: *soma ou dendritos diminuem os disparos dos neurônios DA; *terminais nervosos inibem a síntese e a liberação de DA. Vias Dopaminérgicas: (desenhar isso depois) -Nigroestriatal – MOTRICIDADE; Subst. negra Estriado (núcleos de base) -Mesocortical – COGNIÇÃO; Mesencéfalo (área tegmental ventral) Córtex frontal -Mesolímbica – EMOÇÃO; Mesencéfalo (área tegmental ventral) Núcleo accumbens // Amígdala -Túberoinfundibular – HORMONAL; Tubérculo olfatório Infundíbulo Antipsicóticos: Hipótese Dopaminérgica: -Antagonistas dopaminérgicos: diminuição dos delírios e das alucinações. -Fase aguda (sintomas positivos) hiperatividade de DA na via mesolímbica receptores D2 -Fase crônica (sintomas negativos) hipoatividade de DA na via mesocortical receptores D1 -Hipótese do desequilíbrio do nt DA no neurodesenv.: *Diminuição da função do lobo pré-frontal sintomas negativos *Diminuição do controle inibitório do lobo pré-frontal sobre a área tegmental ventricular (ATV) e estruturas límbicas sintomas positivos Hipótese Glutamatérgica: -Hipofuncionamento de receptores glutamatérgicos do tipo NMDA (NMDA: amplifica impulsos neurais seletivamente, foco mental e atenção/habituação. O receptor NMDA participa da regulação de dopamina, e alterações no sistema glutamatérgico do córtex pré-frontal estão associadas às alterações do sistema dopaminérgico.) -Antagonistas NMDA associados a sintomas negativos e positivos. -Hipofuncionamento NMDA: diminuição DA na mesocortical sintomas negativos; aumento da DA na mesolímbica sintomas positivos. Hipótese Serotoninérgica: -LSD (agonista parcial 5HT2A) alucinações -Antagonismo D2 + antagonismo de 5HT Melhor perfil terapêutico -Diminuição de DA na mesolímbica diminuição sintomas positivos -Aumento de DA e GLU na via mesocortical diminuição sintomas negativos Tratamento Farmacológico – Antipsicóticos (neurolépticos, antiesquizofrênicos) -Começo da década de 50 -Também usados para depressão psicótica, mania, transtorno bipolar, tiques motores, TDAH, TEA e outras alterações agudas de comportamento. Usado para controle de inquietação e agitação e idosos, esse uso é frequente, porém questionável. Efeitos Farmacológicos: -Suprimem ou atenuam manifestações psicóticas (alucinações, delírios, agitação psicomotora, sintomas positivos no geral). *uso contínuo. Após 1h calma, diminuição da agressividade e impulsividade; Após 1semana desaparecem alucinações e delírios. -Diminui frequência de recidivas, o que diminui a frequência de hospitalização e viabiliza outros tipos de tratamento (ex: terapia psicossocial). -Não curam a esquizofrenia além de gerar diversos efeitos colaterais. -Clorpromazina: fármaco protótipo, atividade terapêutica descoberta por Henri Laborit (1947); Efeito antipsicótico demonstrado por Delay e Deniker (1953). -A maioria dos antipsicóticos caracteriza-se como antagonistas DA, embora muitos deles também atuem sobre outros sítios. Típicos e Atípicos: -Termos amplamente usados, mas não estão claramente definidos, na prática diferenciam o grupo de antagonistas DA (típicos) do grupo mais recente de novos compostos (atípicos). -Antipsicóticos Típicos, de primeira geração ou convencionais. Primeiros a serem desenvolvidos, como a clorpromazina e o haloperidol. -Antipsicóticos Atípicos ou de segunda geração. Desenvolvidos mais recentemente, como a clozapina e a risperidona. *Perfis farmacológicos diferentes dos típicos (ex: efeitos em 5HT2A); *Melhoram também os efeitos negativos; *Eficientes em pacientes resistentes aos típicos; *Menor probabilidade de causar efeitos colaterais motores. A eficácia clínica dos antipsicóticos é consistentemente alcançada quando a ocupação de receptores D2 atinge 60 – 80% Para alívio dos sintomas psicóticos é necessário o tratamento com antipsicóticos durante algumas semanas. -Administração aguda: Bloqueio de D2 pós-sináptico diminuição da função DA bloqueio de auto-receptores D2 aumento dos disparos dos neurônios DA aumento da função DA. -Uso prolongado: Bloqueio de D2 pós-sináptico diminuição da função DA neurônios DA tornam-se hiporresponsivos diminuição dos níveis de dopamina nas áreas de projeção diminuição da função DA. Antagonismo D2 e seus efeitos: Efeito Terapêutico: -Via mesolímbica diminuição dos sintomas psicóticos Efeitos Colaterais: -Via nigroestriatal efeitos motores adversos**; -Viatúberoinfundibular aumento da secreção de prolactina (edema nas mamas, dor e lactação); -Via mesocortical piora dos sintomas negativos; -Via mesolímbica redução do prazer. **Efeitos motores adversos: -Distonias agudas (movimentos involuntários como espasmos, acompanhados por sintomas de Parkinson) Comumente nas primeiras semanas e diminuem com o passar do tempo. -Discinesias tardias (movimentos involuntários também na face e língua, semelhantes aos sintomas no pós-tratamento de Parkinson) após meses/anos, incapacitantes e muitas vezes irreversíveis. -Síndrome Neuroléptica Maligna Condição rara, mas potencialmente fatal; rigidez muscular, febre, alteração de consciência e instabilidade neurovegetativa.
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