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IMUNOPROFILAXIA EM ESPLENECTOMIZADOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

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IMUNOPROFILAXIA EM ESPLENECTOMIZADOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
	Algumas bactérias encapsuladas são capazes de causar graves infecções, principalmente em pessoas que se submeteram a procedimentos cirúrgicos para retirada total ou parcial do baço (esplenectomia) . O baço é um dos órgãos responsáveis pela defesa imunológica orgânica, pois funciona como filtro e realiza fagocitose, além de produzir fatores de complementos, reações de respostas rápidas com produção de imunoglobulinas e produção de opsoninas. Estudos científicos constataram que pacientes asplênicos são mais suscetíveis a infecção fulminante pós-esplenectomia (IFPE), decorrente da vulnerabilidade imunológica, pois reduz a depuração intravascular de antígenos, a atividade de células T e fagocitose dos macrófagos alveolares, reduzindo a remoção de bactérias encapsuladas gram-positivas. A imunização através de vacinas inativadas, confere imunidade adaptativa e induz memória imunológica específica a partir dos linfócitos B, T e TH. A não regularidade da vacinação contra pneumococos, meningococos e anti-Hib está relacionada com as maiores incidências de IFPE. Pacientes asplênicos precisam saber da origem e da probabilidade de infeção pós-asplenectomia e caso apresentem sintomas febris, devem procurar o serviço de saúde. A profilaxia antibiótica se torna significantemente importante nesses casos, uma vez que não há proteção total contra as bactérias causadoras da IFPE. Em pesquisas, ainda há discussões sobre uso de antibióticos, mas a recomendação é de utilização por toda a vida de doses diárias de penicilina e amoxilina nos primeiros dois anos da asplenectomia. Qualquer sintoma febril de origem obscura em pacientes asplênicos, tem a indicação de antibioticoterapia intravenosa de largo espectro contra bactérias encapsuladas. A informação ao paciente tem se mostrado deficiente e o conhecimento sobre os sintomas das infecções, estão diretamente relacionado com a maior possibilidade de aquisição das doenças. A prática profilática de vacinas são deficientes em pacientes que se submeteram a esplenectomia, principalmente nos submetidos a esplenectomia emergencial. Os percentuais de vacinação de pacientes asplênicos, independente do tipo e das circunstâncias que levaram ao procedimento cirúrgico devem ser aumentados, assim como a priorização, promoção e difusão da educação em saúde, para a compreensão dos indivíduos imunologicamente vulneráveis, para que os cuidados recomendados possam ter maior aderência. O conhecimento dos profissionais de saúde sobre os asplenectomizados, a importância das vacinas, a instrução sobre os riscos de infecção e as medidas a serem tomadas em caso de sintomas pelos pacientes asplênicos, são indispensáveis pela sua condição imunológica.

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