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Diferenças entre Textos Narrativos e Argumentativos

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0130
Título
SEMANA 1
Descrição
NADA DE DESCULPAS E MÃOS À OBRA!
Observe o quadro abaixo para compreender melhor as diferenças estruturais entre a 
construção de um texto narrativo e argumentativo:
 
 NARRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO
 
Objetivo
Expor os fatos relevantes do 
caso concreto a ser 
solucionado no Judiciário.
Defender uma tese 
compatível com o interesse 
da parte que o advogado 
representa para sustentação 
do pedido que se pretende ter 
acolhido pelo judiciário.
 
Importância
do fato
 
Cada fato representa uma 
informação que compõe a 
situação fática a ser 
conhecida pelo judiciário.
O fato narrado é interpretado 
à luz do ordenamento 
jurídico e transformado em 
elemento de persuasão que é 
o raciocínio; para sustentação 
da defesa da tese pretendida 
(Descritivo-Valorativo-
Normativo).
 
Tempo 
verbalutilizado
 
Para os fatos que se iniciaram 
no passado e que perduram 
até o momento da narração. O 
futuro não é utilizado porque 
fatos futuros são incertos, 
hipotéticos.
Presente atemporal. Pretérito 
Perfeito: só deve ser usado 
para retomar os fatos 
(provas/indícios) relevantes 
da narrativa jurídica, com os 
quais se defenderá a tese.
 
Pessoa do discurso
Utiliza-se da 3ª pessoa do 
singular, por marcar a 
imparcialidade do advogado, 
passando, assim, maior 
veracidade aos fatos narrados
Utiliza-se da 3ª pessoa do 
singular em busca de maior 
persuasão e veracidade para 
os argumentos formulados
 
 
Organização
Os fatos são narrados e 
descritos em ordemPretéritos 
(perfeito, imperfeito, mais-
que-perfeito), porque todos os 
fatos narrados já ocorreram. 
O presente é usado somente 
cronológica, isto é, na mesma 
ordem em que aconteceram 
no mundo natural 
(=relógio/calendário)
Os argumentos são 
organizados em uma linha de 
raciocínio lógica, coerente e 
coesa em busca da persuasão 
do auditório. É de grande 
relevância a consistência do 
raciocínio e a evidência das 
provas.
 
Elementos
constitutivos
da narrativa
 
O quê? (fato gerador do 
conflito/pedido);quem? 
(partes processuais); onde? 
(local do fato); quando? 
(momento do fato- dia. Mês, 
ano); como? (modo como os 
fatos ocorreram); por quê? 
(nexo de causalidade/ 
razão/motivo/consequência)
 
 
 
Estrutura da
argumentação
 O fato gerador do conflito 
(nexo causal), apresentação 
explícita da tese a ser 
defendida, construção de 
argumentos fortes ou 
consistentes, a partir dos 
fatos relevantes selecionados, 
para sustentação da tese a ser 
 apresentada, seleção dos 
tipos de argumentos para 
defesa da tese de forma 
persuasiva.
Natureza dotexto
 
A narrativa possui função 
informativa, mas é também 
entendida como um excelente 
recurso persuasivo a serviço 
da argumentação.
A argumentação tem função 
persuasiva por excelência.
LEITE, Maria Tereza Moura; PALADINO, Valquiria da Cunha. Redação Instrumental, 
2016.
Questão 1
Identifique se os excertos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua 
resposta, com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta 
de trabalho, consulte o esquema apresentado acima.
 
Fragmento 1
Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que 
o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e 
um abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que 
houve violência, que a invasão se deu durante a noite - clandestinamente, portanto - e que 
isso lhe trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os 
fatos e, entre outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter 
jurisdição de urgência.
Apesar da evidente ilegalidade em todo o procedimento licitatório e atos subsequentes, 
como já mencionado acima, o direito positivo brasileiro indica que é possível a 
ocorrência de imoralidade sem necessariamente a existência de ilegalidade, uma vez que 
a própria Constituição Federal de 1988, ao estabelecer os princípios aplicáveis à 
Administração Pública, previu como princípios autônomos a legalidade e a moralidade. 
Em outras palavras, a afronta à moralidade que deve permear os atos da Administração 
pode, por si só, causar a lesividade que autoriza o manejo da ação popular, com ou sem 
repercussão patrimonial e, no caso, mesmo que acolhida a duvidosa licitação, esta não 
legitima o contrato, pois prevalecem os princípios da administração pública.
 
Fragmento 2
O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência 
na forma da lei civil, razão por que está passando por privações.
O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico 
autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1500,00 (hum mil e quinhentos reais) 
mensais.
 
Fragmento 3
Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é 
discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre 
existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo 
emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de 
seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a 
sua própria assertiva em Inicial ? ? roupa suja se lava em casa? (Anexo II, item 17 ? fl. 
146).?
 
Fragmento 4
O autor afirmou que o réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar 
fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o autor assegurou que o réu teria 
cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, "Chique- 
Chique", supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o 
autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utiliza-se de toda a estrutura de maneira 
completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no 
escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura 
e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília.
Fragmento 5
Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua 
interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações 
inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou 
apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa 
com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de "ladra" pelo Autor, buscando, assim, e 
precipuamente alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de 
determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente 
ação.
 
Fragmento 6
Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na 
vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha 
produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram 
inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e 
perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados.
Desenvolvimento

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