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Seção 1 Conteúdo da Seção Supply Chain Management: – Globalização – Administração da Cadeia de Abastecimento • Caracterização • Efeito Chicote • Considerações Estratégicas – Técnicas Modernas • Postergação (Postponement) • VMI – Vendor Managed Inventory 1 Seção 1 Globalização Definição Processo mundial de integração de economias e mercados nacionais, que envolve os fluxos monetários e de mercadorias, causando interdependência dos países e das pessoas, uniformizando padrões e envolvendo aspectos sociais e culturais. 2 Seção 1 Globalização Origem A globalização é conseqüência de muitos fatores, destacando-se: – Crescimento e liberalização do comércio internacional – Desregulamentação dos mercados – Melhoria dos métodos de análise de custo total – Desenvolvimento e facilitação das comunicações – Evolução dos meios e métodos de transporte – Desenvolvimento da tecnologia de informação 3 Seção 1 Globalização Conseqüências A globalização causa: – Causa o crescimento da concorrência, o que força as empresas a buscar a redução extrema de seus custos e a concentrar parte substancial de seus esforços no serviço ao cliente. – A logística, que tem o potencial de reduzir custos e viabilizar o serviço ao cliente exerce um importante papel na obtenção de um diferencial competitivo junto aos clientes 4 Seção 1 Administração da Cadeia Concorrência Mudanças sem precedentes nos mercados Concorrência acirrada Busca de meios efetivos, pelas organizações para: • Disponibilizar seus produtos e serviços • Desenvolver e manter a lealdade dos clientes 5 Seção 1 Administração da Cadeia Concorrência • As diferenças de competitividade entre empresas concorrentes podem ser associadas às diferenças em: • posicionamento estratégico. • efetividade operacional (melhores práticas na administração da cadeia de abastecimento), compatível com a estratégia da empresa. Diante dessa realidade as empresas se perguntam: que caminhos devem seguir? 6 Seção 1 Administração da Cadeia Nova Postura Tradicionalmente, empresas se viam como entidades independentes das demais. Atualmente cadeia de abastecimento (supply chain) deve ser administrada de forma integrada, incluindo seus diversos membros. É necessário eliminar ineficiências e repensar atividades que não agreguem valor. 7 Seção 1 Administração da Cadeia Definição* A Administração da Cadeia de Abastecimento envolve o planejamento e a administração de todas as atividades envolvidas em suprimentos, produção e todas as atividades logísticas. Em especial, inclui também a coordenação e colaboração com os parceiros da cadeia, que podem ser fornecedores, intermediários, terceiros fornecedores de serviços e clientes. Fonte: CSCMP – Council of Supply Management Professionals – 2004 – www.cscmp.org 8 Seção 1 Administração da Cadeia Cadeia Interna Previsão de Demanda Planejamento Administração de Suprimentos Produção Distribuição Clientes Tecnologia Gerenciamento de Finanças Gerenciamento da Informação Recursos Humanos da Qualidade 9 Seção 1 Administração da Cadeia Cadeia Estendida Previsão de Demanda Planejamento Administração de Suprimentos Produção Distribuição Clientes Tecnologia Gerenciamento de Finanças Gerenciamento da Informação Recursos Humanos da Qualidade 10 Fornecedores Consumidor Seção 1 Administração da Cadeia Cadeia de Fornecedor de Cereais Produtor Agrícola Produtor de Cereal Embalagem Distribuidor Loja Consumidor Produtor de Papelão Indústria Madeireira Produtor de Rótulos Cereal Industrializado Papel e Papelão Resinas Rótulos Cereal Embalado Insumos Indústria Petroquímica Produtores de Plásticos e Colas Filmes Plásticos e Colas Celulose => Papel 11 Seção 1 Administração da Cadeia Visão Integrada da Cadeia Através do supply chain management, o relacionamento frouxo entre empresas torna-se um esforço coordenado com foco no cliente, centrado na melhoria da competitividade. A cadeia passa a operar como corporação estendida (virtual), utilizando recursos comuns de forma ideal e com sinergias. Na essência, altera-se a gestão individual de estoque por participante, para uma gestão integrada. 12 Seção 1 Administração da Cadeia Foco no Cliente Atuação integrada de todos os membros da cadeia, visando disponibilizar produtos e serviços para o mercado, os quais o cliente/consumidor deseja e está disposto a pagar por. O resultado deve ser um produto/serviço de alta qualidade e baixo custo, entregue com presteza e que satisfaça ao cliente. 13 Seção 1 Administração da Cadeia Colaboração na Cadeia A melhoria do desempenho da cadeia de abastecimento depende fundamentalmente da reavaliação e remodelagem da cadeia interna de cada membro da cadeia estendida e da colaboração entre os mesmos. A colaboração reduz os riscos e induz a melhoria da eficiência do processo logístico total e o compartilhamento de informações e de estratégicas. 14 Seção 1 Administração da Cadeia Queda de Barreiras Serviço ao Cliente Fluxo de Materiais e Informações Compras Produção Distribuição Vendas Administração de Materiais Administração da Produção Distribuição Administração de Materiais Administração da Produção Distribuição Fornecedores Supply Chain Interna Clientes Supply Chain Interna Supply Chain Estendida Controle de Materiais 15 Seção 1 Administração da Cadeia Efeito Chicote A dinâmica entre empresas ao longo de uma cadeia de abastecimento traz imprecisões e distorções, causam o Efeito Chicote que: – manifesta-se freqüentemente pela distorção das informações de demanda que fluem do mercado para o início da cadeia – aumenta a variabilidade da demanda e reduz a lucratividade da cadeia, aumentando os custos da oferta de um determinado nível de serviço. – pode ser reduzido pelo uso inteligente da informação, e pela melhoria na previsão da demanda. 16 Seção 1 Administração da Cadeia Efeito Chicote (Cont.) P e río d o E s to q u e Sub-sub- fornecedor Sub-fornecedor Fornecedor Fornecedor de Prod. Acabado D e m a n d a Produção Estoque Produção Estoque Produção Estoque Produção Estoque 2 Inicial Final 20 100 60 60 100 80 80 100 90 90 100 95 95 3 Inicial Final 180 60 120 120 80 100 100 90 95 95 95 95 95 4 Inicial Final 60 120 90 90 100 95 95 95 95 95 95 95 95 5 Inicial Final 100 90 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 6 Inicial Final 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 95 1 Inicial Final 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 17 Seção 1 Administração da Cadeia Estratégias Estratégia competitiva – Caracteriza o conjunto de necessidades do cliente que a cadeia pretende atender. Estratégia de cadeia de abastecimento – Inclui decisões a respeito de estoques, transporte, instalações e fluxos de informação. 18Seção 1 Administração da Cadeia Alinhamento Estratégico Processo de alinhar a estratégia da cadeia de abastecimento com a estratégia competitiva da empresa. Fases: – Entender o cliente – Entender a cadeia de abastecimento – Realizar o alinhamento estratégico 19 Seção 1 Administração da Cadeia Fatores Chave para o Alinhamento Os fatores chave para o alinhamento são: – Estoque – Transporte – Instalações – informação 20 Seção 1 Administração da Cadeia Obstáculos para o Alinhamento Os obstáculos para o alinhamento são: – Variedade de produtos – Redução do ciclo de vida dos produtos – Clientes crescentemente exigentes – Fragmentação das responsabilidades na cadeia – Globalização 21 Seção 1 Administração da Cadeia Redesenho da Cadeia Procedimento complexo que deve ser realizado com cautela, critério e, especialmente, com o envolvimento efetivo da alta administração da empresa. Compõe-se de muitas alterações de pequena monta na cultura, nas crenças e nos valores estabelecidos. 22 Seção 1 Administração da Cadeia Redesenho da Cadeia O esforço de melhoria das empresas induz o redesenho da cadeia de abastecimento, que passa pela redução de custos e a busca de formas inovadoras de aumentar a satisfação do cliente. Algumas empresas buscam exclusivamente a redução de custos, um erro clássico. A visão mais moderna implica em reestruturar a cadeia visando melhorar a posição competitiva. 23 Seção 1 Postergação (Postponement) Introdução Em mercados massificados, clientes exigem: – pedidos atendidos com presteza – produtos e serviços altamente personalizados Uma das formas de atender a essas exigências, é retardar (postergar) a diferenciação dos bens até o pedido ser feito. Isso permite exige que sejam repensados o o projeto dos produtos e serviços, os processos de produção e distribuição e a configuração da cadeia de abastecimento. 24 Seção 1 Postergação (Postponement) Benefícios Melhoria do serviço ao cliente através de: – Personalização – Maior número de opções – Maior disponibilidade – Menor tempo de atendimento a pedidos Redução estoques. 25 Seção 1 Postergação (Postponement) Benefícios Específicos Para o consumidor: maior variedade, produtos mais personalizados e presteza. Para o revendedor: melhores serviços e redução de estoques. Para o fornecedor: menor complexidade da produção, redução de seu custo, redução dos estoques e dos tempos de atendimento. 26 Seção 1 Personalização a partir de módulos comuns, após o pedido e com entrega rápida. Previsão de vendas de componentes e não de produto acabado. Cliente Previsão de Vendas Configuração e pedido Fornecedores Histórico de pedidos Insumos Montagem (2 dias) Distribuição (5 dias) Controle da produção Postergação (Postponement) Exemplo 1 – Dell Computers 27 Seção 1 Postergação (Postponement) Exemplo 2 – Hewlett Packard Montagem final postergada de computadores, impressoras e equipamentos médicos, via: – Projeto modular – Montagem final e embalagem no centro de distribuição, que tem estoque de módulos básicos e complementares e material de embalagem. Permite estoques menores, de menor valor e personalização eficiente e rápida. 28 Seção 1 Postergação (Postponement) Exemplo 3 – Tintas Tinta base com aplicação de cor (pigmentos) postergada para o momento da venda no varejo. Varejo utiliza máquinas que permitem: – número muito maior de opções – alta disponibilidade – estoques muito menores e de menor valor e, portanto. O custo final para o consumidor é maior, mas o consumidor em geral aceita por obter o produto que deseja (personalizado). 29 Seção 1 Postergação (Postponement) Exemplo 4 – Vestuário Caso Benetton: – Camisetas e moletons eram confeccionados com tecidos já coloridos, criando grandes estoques e faltas de produtos. – Confecção passou a ser feita com tecidos de cor neutra e a aplicação da cor final feita quando do pedido do cliente, ou em função da estação. 30 Seção 1 Vendor Managed Inventory (VMI) Conceito e Pré-Requisitos Parceria na qual o fornecedor repõe os estoques do cliente, com base em informações de estoque, disponibilizadas pelo mesmo. Pré-requisitos: – Comunicações on line – Valores mínimo e máximo do estoque – Reposição lógica. 31 Seção 1 Cliente Fornecedor Armazém Geração de Pedidos Solução de questões sobre pedidos Revisão e aprovação do serviço ao cliente Processamento do pedido e remessa Cliente Recebe Remessa Comunicação da Remessa via Sistema Informa Níveis de Estoque via Sistema Verifica Estoque Vendor Managed Inventory Fluxograma 32 Seção 1 Vendor Managed Inventory Benefícios Benefícios - Cliente Benefícios - Fornecedor • Redução custos pela redução de atividades repetitivas de compra. • Redução dos estoques. • Redução de faltas, pela reposição lógica dos estoques. • Melhoria do nível de serviço. • Retenção do cliente no longo prazo. • Exclusividade em alguns casos. • Melhor planejamento da produção, pela visibilidade dos níveis de estoque do cliente. Benefícios Comuns • Minimização dos erros em virtude das comunicações on-line • Aumento da velocidade de processamento de pedidos. • Formação de parceria genuína. 33 Seção 1 Técnicas Modernas VMI - Desvantagens Redução inicial aparente do volume de vendas. Crescimento dos custos indiretos e das despesas com EDI e sistemas. Aumento da complexidade. 34 Seção 1 VMI – Exemplo 1 Pond’s x Wal Mart Giros de Estoque/ano Meses de Estoque Nível de Serviço na Loja Implantação do VMI Volume de vendas: US$ 50 milhões/ano 1992 12,0 1,00 98,3% 1993 15,2 0,79 97,6% 1994 16,9 0,71 98,2% 1995 17,5 0,69 98,7% 1991 3,8 3,16 89,0% 35 Seção 1 VMI – Exemplo 2 BIC x Martins (Cont.) Falta de produtos nos supermercados brasileiros da ordem de 4% do faturamento (~ US$ 2.0 bilhões). Martins perdeu vendas de US$ 64 milhões em 1999, por falta de produtos. Negociações acumuladas no final do mês. Lead times imprevisíveis. Pouca integração fornecedor/cliente na gestão dos estoques, gerando desequilíbrios na cadeia. Alta influência do custo dos estoques nos preços. Vendedores gastavam 70% de seu tempo tirando pedidos e somente 30% em planejamento. 36 Seção 1 D + 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 E1 E2 Ganhos em capital de giro e espaço Estoque Dias D1 D2 Ganhos em Serviço ao cliente Ponto de reposição 1 Ponto de Reposição 2 Estoque mínimo Estoque máximo 1 Estoque máximo 2 VMI – Exemplo 2 BIC x Martins (Cont.) 37 Seção 1 EDI INVRPT 9:00 a.m. BIC Cabreúva EDI ORDRESP 11:00 a.m. * Pedido Transferência * Lista de Separação * Cálculo + Imp. NF BIC -MG (Marbo - Udi) (30 d) - 90 posições Análise dados + Emissão Pedido Entrega do Pedido 16:00 P.M * Recebe ORDRESP * Gera Pedido de Compra * Recebe Pedido *Recebe Lista Separação *Separa Pedido * Imprime NF * 11:00 a.m. * Conferência* Recebimento * Contabilização * Gera Pedido de Compra 38 MARTINS Uberlândia (1S ): 43 itens VMI – Exemplo 2 BIC x Martins (Cont.) Seção 1 VMI – Exemplo 2 BIC x Martins - Resultados ITEM ANTES DEPOIS Cobertura de estoque no Martins 40 dias 7 dias Disponibilidade de caixa no Martins R$ 1,3 milhões Ciclo de vida do pedido 8 dias < 1 dia Área de armazenagem no Martins Redução de 68% Número médio de pedidos/mês 7 22 Nível de serviço ao cliente 82% (2000) 95% (2001) 99% (2002) 39 Seção 1 Questões de Revisão Quais os impactos da globalização na gestão da cadeia de abastecimento? Qual a importância da colaboração na gestão da cadeia de abastecimento? Discuta o efeito chicote. O que é alinhamento estratégico? Dê exemplos. Desenvolva uma aplicação de postergação. Desenvolva uma aplicação do VMI. 40 Seção 1 Bibliografia Básica – BOWERSOX, Donald J., David J. Closs, M. Bixby Cooper, Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. Cap. 1. – IMCHI-LEVI, D.; Kaminsky, P.; Simchi-levi, E., Cadeia de suprimentos – projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003. Capítulos 1, 8 e 9. 41
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