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TRABALHO EM GRUPO 
ESTUDOS DISCIPLARES lll 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Naára Michely de Souza Alves 
RA: 1539731 
Aluna: Darly Augusta de Freitas Rua 
RA: 1739079 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLO GOIATUBA – 9056 
ANO: 2017 
TRABALHO EM GRUPO (TG) 
Introdução 
 O trabalho do assistente social é atuar no campo das necessidades sociais, que se 
transformaram, ao longo da história, em dimensões da questão social, tais como se 
manifestaram na sociedade capitalista, como expressões das desigualdades econômicas, 
políticas, culturais e sociais. Nesse sentido, atingiram “visceralmente a vida dos sujeitos numa 
„luta aberta e surda pela cidadania‟ (Ianni, 1992), no embate pelo respeito aos direitos civis, 
sociais e políticos e aos direitos humanos” (Iamamoto, 2005, p.19). 
A natureza do trabalho do assistente social é marcada pela sua inserção nas instituições 
prestadoras de serviços sociais, vinculados às políticas sociais, onde se volta à regulação das 
relações sociais e não diretamente à produção material. 
O trabalho profissional do assistente social cria as condições necessárias ao processo de 
reprodução social, uma vez que incide sobre as condições de vida dos trabalhadores (através 
de bens e serviços complementares à sua sobrevivência); produz efeitos ideológicos que 
reforçam ou não a aceitação das condições de compra e venda da força de trabalho e atende às 
necessidades de normatização e controle dos comportamentos sociais. 
Na maioria das vezes, esquecemo-nos que o poder, o status e o prestígio reais ou imaginários, 
oferecidos por nossa profissão interferem no desempenho do trabalho. Devemos criar um 
ambiente propício para que as pessoas possam se manifestar, respeitando seus próprios limites 
e possam tomar suas próprias decisões. Não conseguiremos isso ignorando as diferenças que 
nos tornam desiguais, nem paternalisticamente, simulando uma igualdade que inexiste. 
Para Sarmento (1994), os assistentes sociais são entrevistadores por excelência. Isso quer 
dizer que, quando entrevistamos, mantemos um contato pessoal, de caráter confidencial com o 
usuário, visando acumular dados e informações que, quando sistematizados, poderão subsidiar 
estudos, elaborações e procedimentos que sirvam de apoio ao enfrentamento da questão 
social, no campo das políticas públicas e sociais. 
Há aí uma clara relação entre o assistente social e o usuário, envolvendo aspectos objetivos e 
subjetivos. Esses aspectos contextualizam a situação do usuário, compreendendo as relações 
que envolvem sua realidade, bem como a situação particular que gerou a necessidade da 
entrevista. Portelli (1997, p.21) afirma que quase todas as pessoas são suficientemente 
perspicazes para discernir quando alguém está tentando seduzi-las ou usá-las. 
A abordagem ética ou cortês é cientificamente compensadora: boas maneiras e respeito 
pessoal constituem um bom protocolo para trabalho de campo. Se ouvirmos e mantivermos 
flexível nossa pauta de trabalho, a fim de incluir não só aquilo que acreditamos querer ouvir, 
mas também o que a outra pessoa considera importante dizer, nossas descobertas sempre vão 
superar nossas expectativas. 
Pensando na sistematização temos como ponto de partida a busca de referenciais teórico-
metodológicos, que orientarão o estudo das situações, prevendo seus limites e suas 
possibilidades, propondo objetivos, definindo estratégias de ação, com re-conhecimento do 
objeto de intervenção profissional e dos resultados que vão sendo alcançados a cada 
momento. Isso pressupõe um estudo apurado das demandas sociais, institucionais e 
profissionais, com o foco voltado para a reconstrução do objeto da intervenção profissional 
(Baptista,2000). 
Para Netto (1989, p. 150), a sistematização da prática traz para a profissão a possibilidade de 
otimizar sua própria intervenção prática, organizando e generalizando a experiência dos 
assistentes sociais e cristalizando pautas de procedimento profissional, reconhecidas como tais 
e transmissíveis via formação institucional. Por outro lado, é um passo necessário para o 
embasamento profissional, na medida em que viabiliza o movimento de constituição de uma 
elaboração teórica particular ao objeto sobre o qual incide a ação profissional. 
Estamos falando do Serviço Social como uma profissão que tem por base uma ação contínua 
sobre um conjunto de situações, em um determinado momento histórico, que está envolvida 
por atos decisórios, ordenados em momentos definidos e baseados em conhecimentos 
teóricos, científicos e técnicos. Somos desafiados por uma complexidade de problemas que 
exigem de nós não apenas reparações e arranjos institucionais, mas, sobretudo conhecimento 
profundo de sua origem e desenvolvimento no campo das relações sociais, políticas, 
econômicas e culturais e da intenção dos que os abordam. 
Temos acesso, no âmbito do Serviço Social, a uma série de dados empíricos, relacionados às 
condições de vida e de reprodução da população, à implementação cotidiana das políticas 
sociais, às características culturais e políticas dos diversos segmentos sociais. Podemos passar 
anos sem trabalhar esses dados, sem investigar, sem sistematizar e sem produzir 
conhecimentos sobre os mesmos. 
Então concluido é preciso transformar o âmbito profissional num espaço onde se dê um 
processo efetivo de negociação, tensão e resistência. 
A produção e a reprodução de idéias e valores, ideologias, culturas, representações morais não 
são construídas fora dos espaços das condições de vida e de trabalho das classes. 
Precisamos ter claro que nossa memória tanto pode acompanhar quanto resistir às mudanças. 
O fazer ou não fazer a sistematização de nossa prática é uma decisão nossa, mas não podemos 
perder de vista a natureza interventiva do Serviço Social, pois a memória de nossa profissão 
não registra tão somente o que aconteceu no passado, como também aquilo que deixou de 
acontecer, mas também aquilo que poderia ou deveria ter acontecido. 
 
 
Bibliografia: 
 
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em 
serviço social. In: MOTA, Ana Elizabete et al. (orgs.). Serviço social e saúde: formação e 
trabalho profissional. São Paulo, Cortez, OPAS, OMS, Ministério da Saúde, 2006. 
BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. 2.ed. São 
Paulo, Veras Editora; Lisboa, CIHTS, 2000. (Série livro-texto; 1). 
BENJAMIN, Alfred. A entrevista de ajuda. 11.ed. São Paulo, Martins Fontes, 2004. Cap.2: 
estágios; p.29-57. 
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.196. Diretrizes e normas 
regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. 1996. 
 
_________. Novo Código Civil: lei n.10.406, de 10.01.2002. São Paulo, Atlas, 2002. 
 
IAMAMOTO, Marilda Villela. Prefácio – Projeto profissional e trabalho do assistente social: 
o Serviço Social no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. In: FÁVERO, Eunice 
Teresinha; MELÃO, Magda Jorge Ribeiro; JORGE, Maria Rachel Tolosa (orgs.). O serviço 
social e a psicologia no judiciário: construindo saberes, conquistando direitos. 2.ed. São 
Paulo, Cortez, Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do 
Estado de São Paulo, 2005. 
 
IANNI, Otávio. A idéia do Brasil moderno. São Paulo, Brasiliense, 1992, p.87-109. 
 
MACEDO, Mônica Medeiros Kother; CARRASCO, Leanira Kesseli, orgs. (Con)textos de 
entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2005. 
Pt.6: (con)textos da avaliação, item 1: p.161-180. 
 
MARTINELLI, Maria Lúcia; KOUMROUYAN, Elza. Um novo olhar para a questão dos 
instrumentais técnico-operativos em Serviço Social. Serviço Social &Sociedade. São Paulo, 
Cortez, n.45, v.14, p. 137-141, ago.1994. 
 
MARX, Karl. A ideologia alemã. 9. ed. São Paulo, Hucitec, 1993. 
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Perícia social: proposta de um percurso operativo. Serviço 
Social & Sociedade. (Temas sócio-jurídicos). São Paulo, Cortez, v.22, n.67, especial, set. 
2001, p. 145-158. 
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-
64. São Paulo, Cortez, 1990. 
___________. Notas para a discussão da sistematização da prática em Serviço Social. 
Cadernos ABESS. São Paulo, Cortez, n.3, 1989. 
NUNES, Maria Lúcia Tiellet. Entrevista como instrumento de pesquisa. In: MACEDO, 
Mônica Medeiros Kother; CARRASCO, Leanira Kesseli, orgs. (Con)textos de entrevista: 
olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2005. Pt.7: 
(con)textos especiais, item 2: p.207-222. 
PORTELLI, Alessandro. Tentando aprender um pouquinho: algumas reflexões sobre a ética 
na história oral. Projeto História. São Paulo, EDUC, n.14, p.07-24, fev. 1997. 
 
________. Forma e significado na história oral: a pesquisa como um experimento em 
igualdade. Projeto História. São Paulo, n.14, p. 7-39, 1997. 
 
PRATES, Jane Cruz. A questão dos instrumentais técnico-operativos numa perspectiva 
dialético-crítica de inspiração marxiana. Revista Virtual Textos & Contextos. n.2, v.2, 
dez.2003. 
 
__________. Gestão estratégica de instituições sociais: o método marxiano como mediação 
do projeto político. Dissertação de Mestrado. FSS-PUCRS, Porto Alegre, 1995. 
_________. Possibilidades de mediação entre a teoria marxiana e o trabalho do Assistente 
Social. Tese de Doutorado, Porto Alegre, PUCRS, 2003. 
SARMENTO, Helder Boska de Moraes. Instrumentos e técnicas em Serviço Social: 
elementos para uma rediscussão. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-
Graduados em Serviço Social. São Paulo, PUC, mar. 1994. 
 
SANTOS, Cláudia Mônica dos. Os instrumentos e técnicas: mitos e dilemas na formação 
profissional do assistente social no Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação 
em Serviço Social, Escola de Serviço Social, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – 
UFRJ. Rio de Janeiro, UFRJ, jun. 2006. 
 
TRINDADE, Rosa Lúcia Prédes. Desvendando as determinações sócio-históricas do 
instrumental técnico-operativo do Serviço Social na articulação entre demandas sociais e 
projetos profissionais. Temporalis. Brasília, ABEPSS, GRAFLINE, v.2, n.4, p.21-39, jul./ 
dez. 2001. 
VASCONCELOS, Ana Maria. Serviço Social e a prática reflexiva. Em Pauta. Rio de Janeiro, 
UERJ, n.10, p.131-181, jul. 1997. 
 
VELOSO, Laís Helena Pinto. Processo de trabalho do serviço social (do despreparo teórico às 
transgressões do ofício). Em Pauta. Rio de Janeiro, UERJ, n.6, p.30-50, nov. 1995.

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