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* Introdução do Campo da Tanatologia * Tanatologia “É o estudo da morte e dos processos emocionais e psicológicos que envolvem a reação à morte, incluindo o luto e a perda”. * Quando a morte entra na vida do homem? Há correntes, com base na Bíblia, que dizem que a morte foi consequência do pecado da desobediência (Gên 3:19) e alguns teólogos entendem que a morte biológica ocorreria de qualquer maneira. A morte traz as seguintes questões ao pensamento humano: * De onde viemos e para onde vamos? Será a morte o final da existência, ou somente transição, o final do corpo físico, a libertação da alma? Haverá outras vidas? Será a alma imortal? * O corpo se mantém tal como o conhecemos? Será a nossa existência um caminhar para a evolução de cada ser? Chegaremos à perfeição divina? Como preparar pessoas para esse fato tão presente na existência? * Considerando nossa existência terrena, quanto tempo viveremos e como será nossa vida? Teremos controle e poder sobre o nosso existir? Teremos o direito de saber sobre a nossa morte, como e quando será? * Podemos nos preparar para esse momento? Por que pessoas jovens e saudáveis morrem antes de pessoas idosas? Por que pessoas adormecem e morrem no silêncio do sono, e outras lutam e se debatem até o último momento, com dores e sofrimentos atrozes? * Por que pessoas se escondem da morte e não querem nem ouvir falar sobre o assunto? E por que outras riem, fazem piada sobre temas escatológicos? Por que tantos filmes sobre a morte, nos títulos ou na sua temática? * Por que a morte exerce tanto fascínio sobre algumas pessoas, a ponto de seduzi-las? Por que é musa inspiradora de tantos: músicos, poetas, escritores, profissionais de saúde e educação? * O tema da morte se torna interdito no século XX (Ariés, 1977). O desenvolvimento da tecnologia médica, os diagnósticos e tratamentos cada vez mais sofisticados trazem o prolongamento da vida, mesmo que seja sem qualidade, em especial entre os idosos. * Paradoxalmente, a morte está cada vez mais perto das pessoas nos séc. XX e XXI, em função do desenvolvimento das telecomunicações que trazem notícias de epidemias, desastres naturais, guerras, desastres aéreos, etc * A morte torna-se companheira cotidiana, invasiva e sem limites. Embora esteja tão próxima (real ou simbolicamente), reina uma conspiração do silêncio. Crianças e adolescentes convivem com essas imagens diariamente, ao mesmo tempo em que se tenta "poupá-los" para não os entristecer. * A importância de enfocar o tema da morte está ligada ao fato de que, ao falar dela, estamos falando de vida e, ao falar de vida, pensamos na qualidade que devemos dar à nossa própria vida. * Tanatologia: área de conhecimentos e de aplicação, envolvendo cuidados a pessoas que vivem processos de morte pela perda de pessoas significativas; processos de adoecimento; em decorrência de comportamentos autodestrutivos; suicídio; ou por causas externas: pela violência presente principalmente nos centros urbanos. * Nos EUA, a ADEC (Association for Death Education), fundada em 1970, é fonte importante de consulta na área da Tanatologia e tem os seguintes objetivos: (a) estabelecer redes de interação com profissionais que lidam com o tema; (b) promover encontros, workshops e material escrito para divulgar o assunto; (c) incrementar a educação para a morte e o preparo de profissionais para atuação na área. * No Brasil as fontes de referência são: Laboratório de Estudos sobre o Luto na PUC/SP e o Laboratório de Estudos sobre a Morte no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, cujos objetivos são muito semelhantes aos da ADEC. * Wilma Torres foi a primeira psicóloga brasileira que se dedicou à sistematização da área da Tanatologia no Brasil. Criou no Instituto de Pesquisas Psicossociais da FGV/RJ. Coordenou o I Seminário sobre a Psicologia e a Morte na FGV/ RJ, cujos resultados foram reunidos no livro Psicologia e morte. * Em 1984, foi realizado em Minas Gerais, o I Congresso Internacional de Tanatologia e Prevenção do Suicídio, sob coordenação de Evaldo D’Assumpção, que resultou na publicação da obra Morte, suicídio, uma abordagem multidisciplinar (D’Assumpção, D’Assumpção, & Bessa, 1984). * Na área da enfermagem cabe destacar os trabalhos de Magali Roseira Boemer e Elizabeth Ranier Martins do Valle, docentes da EERP da USP. Fernandes e Boemer (2005) trazem importante contribuição na questão da educação para a morte no livro “O tema da morte em sua dimensão pedagógica”. * Temas Estudos sobre luto Aproximação da morte: cuidado a pacientes no fim da vida Tanatologia: violência e guerras Morte na TV Educação para a morte * HISTÓRICO 1904: Willian Osler publica A Study of Death: uma discussão sobre os aspectos físicos e psicológicos da morte com o objetivo de minimizar o sofrimento das pessoas no processo de morte (Kovács, 2002)., abordava temas como suicídio, luto e eutanásia. 1982: Debates sobre o tema na reunião da Association for Death Education, na Suécia. * 1987: Lançamento do periódico Omega, Journal of Death and Dying – histórico e primeiras avaliações sobre tanatologia. 1997: Kastenbaum & Costa apontam estudos sobre morte no livro Little Book of Life after Death (1836) de Fechner; um trabalho de William James sobre imortalidade e uma pesquisa de Stanley Hall (1915) sobre tanatofobia. * O termo tanatologia foi usado pela primeira vez por Maeterlink em estudos que falavam dos horrores da morte, as torturas e as memórias insuportáveis da dor. * Obras sobre Tanatologia Luto e Melancolia – Freud (1917) Além do Princípio do Prazer – Freud (1920) Livro sobre Suicídio – Durkheim (final do séc. XIX). The Meaning of Death – Feifel (1959) Psychology of Death – Kastenbaun & Aisenberg (1976) * A década de 60 é marcada por mudanças nos estudos sobre a morte trazidas por Kübler-Ross, que revolucionou o trabalho com pacientes terminais. A principal obra sobre cuidados com pacientes terminais é “Sobre a morte e o morrer”, em 1969. * Bibliografia Textos da internet Morte e Desenvolvimento Humano – Maria Júlia Kóvaks
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