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PETIÇÃO INICIAL RODOVIA

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FACULDADE ANHANGUERA DE RIO GRANDE, RS
LEANDRO PAVÃO DE OLIVEIRA 
RA 7062542701
DIREITO ADMINISTRATIVO II
PROFESSORA – CLAUDIA PEIXOTO
RIO GRANDE, RS 07 DE ABRIL DE 2016
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO SUL.
Paulo Luiz Oliveira, brasileiro, solteiro, Auxiliar de Estoque, portador da CTPS nº 12345, série 0012, CPF nº 000.111.222-33, cédula de identidade nº 00000669, expedida pela SSP/RS, residente nesta capital, com domicílio à Rua Sete de Setembro, casa 18, Porto, Sobradinho, RS, CEP 96.001-000, seu advogado infra assinado, vem perante Vossa Excelência, propor a presente PETIÇÃO, contra a ECOSUL CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS S/A, CNPJ: 10.300.000/0001-00, Rua Leonardo Malcher, 7.070, Centro, Sobradinho, RS, CEP 96.000-001.
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO
DOS FATOS
Em 11 de ABRIL de 2010, foi assinado contrato de concessão entre a UNIÃO, por intermédio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a empresa ECOSUL CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS S/A, cujo objeto é a concessão para exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, operação, manutenção,monitoração, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do Sistema Rodoviário, tendo por prazo o período de 20 anos.
A Concessionária somente poderia iniciar a cobrança da tarifa de pedágio após a realização dos Trabalhos Iniciais e sua aceitação pela ANTT, a Concessionária foi notificada por não atender, de forma completa, a todas as obrigações contratuais referentes à fase de trabalhos iniciais, conforme descrito no Termo de Vistoria, subscrito em 02 de maio de 2011.
Houve realização de perícia técnica no trecho concedido da BR-324, entre os dias 20 e 23 de abril de 2012, cerca de 30 dias após a última vistoria realizada pela ANTT que antecedeu a autorização para o início da arrecadação na Praça de Pedágio P2, localizada nas imediações do município de Pelotas/RS, conforme a Resolução nº. 3619 de 15/12/2010.
No relato pericial, anexo, a rodovia apresentou tráfego intenso e condições razoáveis de trafegabilidade, que necessitavam de intervenções em alguns itens, uma vez que, a despeito da aprovação da ANTT, “alguns serviços não atingiram parâmetros de desempenho mínimos, previstos para o recebimento dos trabalhos iniciais”(fls. 465).
Nas informações técnicas da 5ª Câmara e da Polícia Rodoviária Federal, foram veiculadas notícias na imprensa local e por particulares, asseverando a continuidade das péssimas condições do trecho rodoviário em questão, a exemplo das reportagens datadas de 03/05/2012 e 05/07/2012, juntadas respectivamente a fls. 467 e 560/563, bem como da denúncia encartada a fls. 469/472. Forçoso concluir que a etapa dos trabalhos iniciais prevista no contrato de concessão não poderia ter sido recebida pela ANTT, com a consequente liberação para a cobrança do pedágio pela concessionária.
Cabe, nesse momento, detalhar as exigências contratuais em cotejo com o termo de vistoria elaborado pela Agência Reguladora, com o laudo pericial do Órgão Ministerial, bem assim com o relatório da ulterior vistoria empreendida pela PRF.
Conforme acima explicitado, em um primeiro momento, após ser instada pela ECOSUL para vistoriar as ações já implementadas, atinentes à fase de Trabalhos Iniciais, a ANTT procedeu a vistoria do trecho em 10/08/2012, ocasião em que foi constatado que os serviços propostos não haviam sido finalizados a contento, ensejando a notificação da Concessionária para atender integralmente todas as obrigações contratuais assumidas. 
Cabe ressaltar que o descumprimento dos aspectos relacionados ao estado do pavimento da rodovia prescinde de qualquer trabalho técnico mais rigoroso, sendo facilmente constatado mediante o simples percurso da via.
Face o exposto, emerge induvidoso que a ECOSUL não cumpriu com as obrigações mínimas expressamente assumidas no contrato de concessão, deixando de promover reparos urgentes na rodovia BR 324, o que conduz à conclusão lógica de que a ANTT omitiu-se quanto aos seus deveres
de concedente, autorizando indevidamente o início da cobrança da tarifa de pedágio. Conforme:
Art. 175, § 1 da Constituição Federal de 88
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
II - os direitos dos usuários; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
III - política tarifária; 
JUSTIÇA GRATUITA
	Sendo certo que a Reclamante atualmente, encontra-se desempregado e é portador de deficiência, e não possui condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, requer se digne Vossa Excelência de deferir-lhe os benefícios da Justiça Gratuita.
EX POSITIS, requerem os autores:
a) a citação da ECOSUL, na pessoa do seu responsável, para em querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de serem admitidos como verdadeiros os fatos imputados pelos autores;
b) a condenação da ECOSUL, para ressarcir ao autor dos valores pagos nos meses a qual a concessionária começou a cobrar o pedágio sem ter terminado os ajustes e reparos nas vias públicas conforme contrato em vigor, corrigidos monetariamente e com juros de mora a partir da citação.
c) Provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente depoimento pessoal, prova pericial, prova documental etc.
Dá-se a causa o valor de R$ 5.000,00
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Rio Grande,em 07 de abril de 206 
Assinatura do Advogado
Nº123000

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