Buscar

CADERNOFilosofia do Direito

Prévia do material em texto

Filosofia do Direito
	Prof. Adilson Felício - Quinta Noite	
E-mail: feilersj@yahoo.com.br
TODA AULA TERÁ UMA ATIVIDADE RELACIONADA AOS TEXTOS PEDIDOS (30% DA NOTA)
Dia 11 DE AGOSTO DE 2016
Apresentação do Plano de Ensino. Importância e sentido geral da reflexão filosófica no Direito;
Apresentação do plano de ensino;
Reflexão inicial do: artigo do Correio do Povo;
Trabalho em grupo: “O caso dos exploradores de caverna”;
Reflexão sistêmica Ética e Direito, Justiça, Direito;
Encaminhamentos para a aproxima aula: leitura do artigo “Introdução e Filosofia do Direito” (PARA A AULA DO DIA 18) e apresentação do Livro “Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino” 15-24
Justiça e Estado Democrático de Direito 
Paz Social e vida em sociedade
ESQUEMA PARA SE CHEGAR AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Ethos (costume) OBJETIVO não havia delimitação
Primeira natureza norma
EΦos 		 Individual
 Indeterminado
	
	Ethos (Cultura)
Objetivo
Justiça						Práxis lei
Estado de Direito						SUBJETIVO
								Coletivo
								Intersubjetivo
								
 					 Hexis
				Segunda Natureza
Direito
Reflexiva
Objetividade
A ética é constituída por um termo grego que é Ethos que significa costume, diz respeito a realidade mais imediata de uma nação e de um determinado povo sem a interferência na relação com outros povos, aquilo que é mais primitivo. Esse Ethos é grafado com uma letra que chamamos de Η Φ Ω Ψ ou E Φ OS.[1: Significado de Ethos: Ethos significa costume. Refere-se a usos e costumes de um grupo. Nos grupos humanos primitivos os costumes são decisivos para a conduta dos indivíduos. Nesse estágio, a moral e o direito são os costumes. A Ética do grupo é também a Ética dos indivíduos, o modo de ser do grupo é o modo de ser de cada indivíduo.]
O Ethos não pode permanecer nessa imediatidade e por isso precisa sair dessa situação, o que nos dará uma segunda situação que é o momento da chamada de Práxis em que dá a _______, aquele indivíduo que nunca saiu da sua comunidade agora vai entrar em contato com outra coletividade. Essa Práxis é o momento do desdobramento momento em que o indivíduo vai se deparar com as diferenças. Agora vai visualizar com outra visão e enfrentar as suas crenças. Isso acontece conosco quando vimemos no nosso ninho e saímos da nossa realidade experimentando novas culturas, exigindo uma reafirmação da nossa identidade, quando saímos do nosso habitat. Portanto neste momento da Práxis é o que chamamos de Subjetivo (porque vai começar a se avaliar diante de determinada cultura), isso enquanto no Ethos (costume) tínhamos uma Objetividade (porque é única realidade/é o fundamento/a base).[2: Significado de Práxis: arte do conhecimento voltada para as relações sociais e as reflexões políticas, econômicas e morais.]
Temos o terceiro momento chamado de Hexis, em que o indivíduo que saiu do seu habitat natural entrou em relações conflitais, culturas diferentes, indivíduos diferentes, fará então um movimento de retorno a si e se questionar quanto as suas crenças e pesar aquilo que ele trazia do seu habitat a luz do que ele vivenciou no momento da Práxis, momento também chamado de segunda natureza, momento em que se prova a riqueza do ser humano porque aqui pode fazer se questionar e se distanciar. Somente neste momento o ser humano como questionador de si mesmo é que poderá fazer um quarto movimento. A primeira natureza é o Ethos (cultura).
O segundo movimento que é chamado do segundo Ethos (cultura) que tem uma característica diferenciada que já é grafado diferente__________. Momento em que será portador de uma capacidade de possuir cultura. Esse Ethos vai fortalecer o Ethos inicial (costume) formando um ciclo.
Pergunta para prova: O símbolo do dialético do Ethos pode ser um ciclo vicioso? É tudo o que ele não pode ser ou não seria dialético (o que argumenta bem). O ciclo dialético a cada rodada se torna mais rico é como se fossem um espiral, vai subindo e se tornando maior. A dialética nos ajuda a nos questionar e nos faz produzir algo mais, uma relação objetiva, subjetiva e intersubjetiva.
Aplicando a relação com esses termos do direito (direito, norma e lei) dentro da circularidade (esquema).
A Norma, que é anterior a lei, é a realidade, o fundamento e imediato, é o costume, um primeiro momento a qual vai fundamentar todas as nossas ações. A norma na sua imediatidade não vai permanecer sempre como norma, vai sofrer uma provocação. A norma quando vai sofrer uma crítica no momento da Práxis se expressa como Lei, de modo que as pessoas possam falar sobre ela, que é um código normativo externo ao ser humano (escrito). Essa Lei no momento da Hexis vai se auto distanciar e chamar-se de Direito que é o terceiro momento em que a Lei se reflete e se auto questiona. É o momento mais aperfeiçoado. Quando falamos em Estado de Direito falamos no Estado se questionar nas suas próprias Leis, uma lei que toma distância dela mesma. Esse momento é o momento do Direito em segunda natureza (Héxis), aquela que se questiona e busca se enriquecer no seu sentido. Esse momento vai se questionar que essa Lei se desdobra a tal ponto a se constituir o Direito.
O Ethos (cultura) seria o momento da justiça ou Estado de Direito. Aqui temos a justiça que vai consequentemente fortalecer o Ethos (costume). A circularidade terá a sua continuidade. Se caracteriza a constituição do direito essa circularidade dialética, que o Direito deve ser algo em movimento. A organicidade se expressa dialeticamente.
Leitura do Texto “Os exploradores da caverna”.
Dia 18 DE AGOSTO DE 2016
Plano de Aula:
Reflexão Inicial: artigo “Não façam a injustiça de me condenar, diz Dilma” (Jornal Correio do Povo);
Trabalhos em grupo com base nos Textos: “Introdução à Filosofia do Direito” (PARA A AULA DO DIA 18) e apresentação do Livro “Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino” 15-24;
Tese do autor do texto “Introdução à Filosofia do Direito”:
Gustav Radbruch inicialmente filiava-se ao positivismo como forma de justiça extrema, no entanto a partir dos acontecimentos do nazismo ele considera que a injustiça extrema não pode ser considerada como lei, filiou-se então a um direito supralegal (natural), baseado na moral, que acreditava ele estar acima da própria lei.
Reflexão sistemática: Ética e Direito, Justiça e Direito;
Ética e Direito: a razão reta e a lei
Razão reta é a ideia do positivismo de Kant
A ética a ciência do ethos:
A ética implica num saber ético, o que constitui a ciência do ethos;
Este saber ético é permeado e conduzido pela reta razão, que ordena o bem objetivo à razão prática;
Por isso o saber ético é a explicação racional da ciência dos ethos.
O agir ético:
O saber ético contribui para a constituição de um horizonte universal objetivo, que é o horizonte do agir ético;
Neste horizonte se situam a norma e a lei, como categorias constitutivas fundamentais;
A norma:
A norma é o horizonte universal objetivo abstrato do agir ético;
A norma faz parte da própria natureza do agir ético e implica no que deve ser feito;
Através da norma o ser humano dá forma ao seu agir, ao prescrever valor.
A lei:
A lei é o horizonte universal objetivo concreto do agir ético;
É uma peculiar manifestação social da norma, ao ordenar os bens objetivamente convenientes à comunidade;
Enquanto a norma consiste numa obrigação interna, a lei é uma obrigação externa.
O direito
O direito como correlativo à lei, está presente no horizonte universal objetivo do agir ético
O direito é aquilo que está conformado à lei;
A realidade do direito à partilhada por todos os que estão submetidos à lei.
Norma, lei e direito
Entre norma, lei e direito há um horizonte universal objetivo do agir ético;
Neste horizonte se configura a universalidade do bem e do fim;
A imediatidade universal da norma se explicita e exterioriza na particularidade da lei para se objetivar no direito.
Logo, 
(...) a lei em razão do direito conduz a uma objetividade transcendente ao agente individual;Pelo direito há uma partilha do bem comum no horizonte universal objetivo do agir ético.
Justiça: as teorias da justiça e a filosofia
A justiça para Platão é a virtude que comanda todas as virtudes e harmoniza a alma do indivíduo. Para Aristóteles a justiça é a totalidade da virtude, uma necessidade da instituição política, encarregada do respeito à legalidade (Platão e Aristóteles).
A demanda da justiça
O campo de ação da justiça é aquele em que campeia a injustiça, a sua demanda é a verdade para além de todas as aparências sociais. A justiça distributiva não representa igualdade da justiça, mas atribui partes diversas às pessoas proporcionalmente aos seus méritos. Contudo, quando mais usamos a justiça ao respeito dos outros, pendemos então para a moral, é aqui que se aspira à uma igualdade mais fundamental.
O direito e a Justiça
Para o positivismo jurídico que era a unidade entre a justiça legal e justiça moral foi separado o mundo do direito e da justiça;
Para o direito natural a lei verdadeira está em conformidade com a natureza, esta lei orienta a justiça dos seres humanos e limita as pretensões do direito positivo que quer organizar a realidade ao seu modo.
Contemporaneamente há uma tentativa de se renovar o direito natural e seu papel de crítico da política com base na interpretação da Declaração dos Direitos Humanos e da ONU, superando a sua ilusão de universalidade pela crítica culturalista e a inclusão da moral no campo da batalha política.
O justo e o útil
A justiça não pode estar desvinculada de uma ordem da razão e valores exteriores a ela, sob o risco de se tornar artificial e vinculada ao utilitário. Justo é o que é mutuamente vantajoso e não apenas para os mais fortes, pois é somente da subjetividade de cada ser humano que nasce a objetividade dos critérios da justiça.
O utilitarismo e igualitarismo
O utilitarismo que tem como princípio utilizar a utilidade pode ser considerado um princípio de justiça para acento à questão igualitária, contudo possui lacunas quanto à determinação da igualdade ser aplicada às pessoas e não à utilidade;
A teoria Rawsiana da justiça
John Raws parte em sua teoria da justiça da liberdade sobre todos os outros bens e da propriedade do justo sobre o bem; ao contrário do utilitarismo que deriva o justo do bem.
Rawls não negligencia o caráter distinto das pessoas concedendo-lhes igualdade equitativa de oportunidades. Pela equidade Raws não cai no igualitarismo ressentido.
Justiça e soberania
A autoridade política é a fonte real da justiça e a justiça é a virtude principal das instituições políticas e sociais, é o que permite criticar estas últimas. 
Razão Prática (leva ao) Bem							NORMA
				 Objetivo								LEI
		(Abstração) Norma 	1º
		(concreto) Lei	 	2º					DIREITO
			 Direito	3º
			Horizonte Universal
			Conjunto de todos os agentes submetidos a lei
Simulado sobre “o caso dos exploradores de caverna”;
Encaminhamento para a próxima aula: ler texto “História do Direito na Grécia Antiga” e “A Leistungsfähigkeit como fenomenologia” do livro Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino.
Dia 25 DE AGOSTO DE 2016
Plano de Aula
Reflexão inicial: artigo “Eu tenho um sonho” (Zero Hora);
Trabalho em grupos: sobre o texto “História do Direito na Grécia Antiga” e “A Leistungsfähigkeit como fenomenologia” do livro Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino;
Diferença entre legal e moral
A justiça não pode estar desvinculada de uma ordem da razão e valores exteriores a ela, sob o risco de se tornar artificial e vinculada ao utilitário. Justo é o que é mutuamente vantajoso e não apenas para o mais forte, pois é somente da subjetividade de cada ser humano que nasce a objetividade dos critérios da justiça
O utilitarismo que tem como princípio utilizar a utilidade para todos os interesses e desejos individuais pode ser considerado um princípio de justiça pelo acento à questão igualitária, contudo possui lacunas quanto à determinação da igualdade ser aplicada às pessoas e não à utilidade.
O positivismo no direito não consegue enxergar as diferenças, e elas são muito importantes.
John Raws parte em sua teoria da justiça da liberdade sobre todos os outros bens e da propriedade do justo sobre o bem; ao contrário do utilitarismo que deriva o justo do bem.
Rawls não negligencia o caráter distinto das pessoas concedendo-lhes igualdade equitativa de oportunidades. Pela equidade Raws não cai no utilitarismo ressentido.
A autoridade política é a única fonte real da justiça e a justiça é a virtude principal das instituições políticas e sociais, é o que permite criticar estas últimas.
Na Grécia Antiga o Direito era consuetudinário e ritualístico, tendo em vista isso os filósofos tiveram grande importância para a reconstrução da sua história.
O Direito na Grécia Antiga, não era escrito e raras leis escritas encontravam-se no Código de Hamurabi. Com o passar do tempo o direito foi positivado por uma questão de organização de contexto social.
O grande marco para o direito ser positivado foi a vantagem do fácil escoamento dos produtos pela costa do mediterrâneo, mostrando-se necessário então, regras a serem respeitadas por todos.
Reflexão sistemática: Justiça/Ética e Direito/ Filosofia do Direito;
Direito
Retorno a um estado de direito que está na base de uma crise da lei.
Um direito sem o Estado
Sujeição do Estado a um direito exterior a ele, de ordem metapositiva, em que os soberanos eleitos pelo povo se submetem a norma não-escrita, de sua virtude prudencial.
Direito – Ética democrática
É um direito à serviço de uma ética democrática. É como o retorno do direito natural. É o retorno do Estado de Direito, em que uma norma jurídica metapositiva conduz a um retorno do direito, da ética, da moral e do direito natural.
Por causa dos avanços na biotecnologia tem repercutido em uma mudança axiológica, com repercuções na singularidade da natureza humana, o que agitou o mundo dos juristas.
Participações no corpo social
Ao invés de se impor uma ordem axiológica indiscutível, se oferece a possibilidade de participação de todos os componentes do corpo social: família, religião..., a participarem da discussão.
Uma relação não mais alicerçada na mística de soberania de um aparelho estatal, mas em uma elaboração intersubjetiva e consensual.
O Humanismo Contemporâneo
As exigências éticas do humanismo contemporâneo conduzem a uma renovação do direito, no entanto é necessário um senso crítico quanto às normas positivamente em vigor em uma ordem jurídica determinada, pois o jurídico não pode ser confundido com ética.
Por isso, vale a determinação kantiana de que o Estado é exterior e possui uma sanção imanente e centralizada, e o jurídico é a marca da intenção de comando dirigida por um governo. No entanto, o governo e o governado coincidem na interioridade de um mesmo indivíduo.
A Teoria pura do Direito
A teoria pura do direito devida à epistemologia positiva que a sustenta vê o direito em toda a ordem de sua pressão estatal, razão pela qual tudo o que se retirar desta ordem se o faz pela via da ilegalidade.
Há pois, uma autonomia do jurídico com relação à ética.
O Direito Natural
A esfera do direito natura
l é aquela do direito positivo que se eleva a um nível normativo transcendente, o qual não permite que cada cidadão se submeta a sua própria vontade.
Este direito tem o significado de um comando obrigatório (Hans Kelsen), o direito em sua forma deôntica.
Assim também se encaixa o normativismo moderno (Hobbes, Locke).
Direito e Ética
Aristóteles apresenta um direito não-prescritivo, e sim uma forma descritiva de um discurso concretamente considerado.
Villey fala de uma forma normativa e humanista antimoderna, sem referência à ética dos direitos do ser humano.
Por isso nem Kelsen (direito separado da moral) nem Villey (direito separado da ética) podem responder ao projeto filosófico da modernidade.
O Jus Naturalismo Moderno
Assim, o jusnaturalismo moderno quesujeito e o jurídico e a ética, é o que mais responde aquela questão, pois supera institucionalmente as aporias ligadas a seu estatocentrismo e a seu culto a lei civil.
Este neojusnaturalismo se apóia numa nacionalidade dialógica dependente da eticidade até nela se dissolver, sem ligação à juridicidade do direito positivo.
A fim de se superar na medida do possível para com o direito positivo faz-se necessária a atualização da ética, que necessariamente passa pela comunidade, pela dialogicidade do acordo, por isso, nesta lógica, o desejo individual não tem esforço.
Intersubjetividade e Não-dominação
Sendo herdeira do ceticismo nominalista de occam, a modernidade pensa a sociedade somente com a dinâmica intersubjetiva de uma ação isenta de dominação.
A lei natural de Hobbes nada mais é senão a substituição do Deus sobrenatural e imortal pelo Deus mortal que é o Estado.
É uma lei estática, instrumento de revelação dos direitos da natureza do homem.
Direito e Eticidade
Em Hegel a objetividade do direito supera a moralidade, até atingir a eticidade; assim o comando moral se realiza não na subjetividade do indivíduo e sim na objetividade do direito estatal.
O jurídico não passa mais pelo contratualismo, nem por uma vontade soberana artificial, mas pela facticidade dos usos particulares, saídos dos costumes, reconhecido intersubjetivamente como manifestaçãoo do espírito do povo.
Direito Positivo e Intersubjetividade
Há incompatibilidade entre o Estado de direito positivo, estático, soberano, alicerçado na lei positiva que se apoia nas normas reconhecidas intersubjetivamente como resultado do espírito de um povo.
Encaminhamento para a próxima aula: Leitura “O Helenismo” e o do livro Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino pág. 47 e 60;
Dia 01 DE SETEMBRO DE 2016
Plano de Aula
Reflexão inicial: artigo “Raça pura não existe” (Revista isto É)
Trabalho em grupo sobre os textos “História do Direito na Grécia Antiga” e “A Leistungsfähigkeit como fenomenologia” do livro Hegel e Nietzsche de ética cristã concebida pelo amor e o destino.
Como é compreendido o Direito no período do Helenismo?
O direito na era helenista era visto como um direito natural puro, mas havia muita dificuldade para ser compreendida. Haviam três correntes, o ceticismo, epicurismo e estoicismo. E para uma melhor compreensão, surge a lógica, ética e razão.
O estoicismo e o epicurismo entendiam que as normas naturais estavam acima de tudo então elaboraram o naturalismo ético, já o ceticismo não era tanto no naturalismo, mas para eles sempre havia uma dúvida não bastava somente o direito natural universal e assim se questionava a respeito de tudo, para que o ser humano chegasse ao conhecimento pleno do que era o direito sempre se questionando.
No helenismo uma fraqueza é a ausência de formalização do direito, pois há um acento muito grande na lógica, na física e na ética. A lógica é o estudo do raciocínio, muito acentuada. A questão da física está ligada a natureza e a ética que é todos os elementos ligados a atitude humana.
Para os céticos o direito não poderia ter como base o consenso e a razão, pois também não seriam seguros por ser tão subjetivo. O ser humano pode chegar a um senso comum e mudar de opinião e quanto a razão possui limitações, porque a pessoa que mente estaria em contradição, então o ceticismo seria uma inspiração para novos filósofos. Para o ceticismo não há uma base sólida para o conhecimento, assim não tem como descobrir o direito, assim o direito será algo muito no sentido do senso comum. A subjetividade é algo muito forte, como por exemplo, dentro de um julgamento.
O estoicismo busca na natureza o sentido das coisas para identificar os limites da razão humana. O aplicador da lei não deve se basear em um caso concreto, deve aplicar algo que seja bom para todos, a unidade como um todo.
Livro:
Uma crítica ao Judaísmo: a lei judaica tem um fim em si mesma, perde o princípio da lei, mas acaba na lei, tornando a religião uma questão moral fazendo com que o homem não tenha liberdade.
Reflexão sistemática: Ética e Direito e Filosofia do Direito
Norma, Lei e Direito
Entre norma, lei e direito há um horizonte universal objetivo do agir ético;
Neste horizonte se configura a universalidade do bem e do fim;
A imediatidade universal da norma se explicita e exterioriza na particularidade da lei para se objetivar no direito.
Logo, 
(...) a lei em razão do direito conduz a uma objetividade transcendente ao agente individual
Pelo direito há uma partilha do bem comum no horizonte universal objetivo do agir ético
FILOSOFIA DO DIREITO: Importância e sentido geral da reflexão filosófica do Direito
Ciências Jurídicas como ciências humanas
Ciências naturais = ciências humanas
Ciências jurídicas = ciências humanas e 
Ciências positivas = dependente da moralidade
Ciências naturais e ciências humanas
Contudo, essa aproximação entre ciências naturais e ciências humanas é prejudicial, pela diferença quanto a construção nacional da realidade;
Isso acabaria num abandono da diversidade dos fenômenos socioculturais e dos valores que são estudados, comentados, criticados, valorados e colonizados;
E quando se fala em valo se toca em questões morais.
Ciências Jurídicas e valor
Entre as ciências humanas, no entanto, as ciências jurídicas são normativas e aplicáveis com acento sobre o valor;
A Filosofia do Direito é uma proposta de investigação que valoriza a abstração conceitual, servindo-se da reflexão crítica engajada e dialética sobre as construções jurídicas;
Encaminhamento para a próxima aula: leitura do texto sobre Direito Consuetudinário e as páginas 60-80 do Livro Hegel e Nietzsche.
Dia 08 DE SETEMBRO DE 2016
Plano de aula:
Reflexão inicial: artigo “O inimigo perfeito” (Revista Veja);
Trabalho em grupos: texto sobre Direito Consuetudinário e as páginas 60-80 do Livro Hegel e Nietzsche;
Direito Divino X A lei Natural (vontade de Deus)
A respeito da lei natura, não havia uma noção do que seria o Estado, mas entendiam o que era o direito que era tudo relacionado a vontade de Deus. Deus era a fonte da lei. Na Idade Média Cristo era o centro de Deus. Tudo era vontade de Deus. Mas há a necessidade de uma imagem humana, embaixador de Deus.
Hoje há uma Estado laico, sendo que a religião não tem uma relação com o Estado diferente do que ocorria na Idade Média em que religiosos era parte do Estado.
O Estado precisa de uma religião, mas não precisa de Deus. A religião tem o elemento institucional que é importante no Estado. A influência que uma religião tem sob determinado governo.
Feudalismo e Direito Natural
A relação se dá através da modificação do Direito Natural, de que Deus é o que conduz a tudo. Na religião o feudalismo tem importância. Esse direito baseado nos costumes tem ligação com a moralidade e que é dado pela religião
Quando o juiz discordava dos costumes ele não tinha nada a fazer.
Dimensão do Amor e do Destino
O amor e como não colocamos diante da vida naquilo que se apresenta, amor e destino e a combinação para superar o positivismo. Amor é reconciliação aberta, amor não é sentimentalismo, neste contexto é unidade. Conforme a relação das pessoas vai mudando modificam-se as leis.
Para Kant é importante a razão, que é o carro chefe, diante das razões não sobram espaços para as paixões. As emoções devem se inclinar diante da razão.
Organicismo – os grupos sociais poderiam ser comparados a uma ordem onde cada um tem a sua função contribuindo para o equilíbrio da sobrevivência de todos o que está sempre em movimento e desenvolvimento e transformação, se adaptando as modificações. Orgânico não é sistêmico é vivo, o privilégio do direito é respeitar os limites da vida.
Dogmas e leis morais
Dogmas são as crenças em algo sobrenatural como Deus, que na prática acabam não conseguindo resolver todos os conflitos e para isso é necessário o surgimento das leis morais que surgem de certa forma dos dogmas. Dogma é algo mais no plano do acreditar, subjetivo,para tornar prático é necessário torna-lo objetivo, isso ocorre através da lei.
Reflexão sistemática: Ciências jurídicas e Ciências de Valor;
Ciências Naturais e Ciências Humanas
Contudo, essa aproximação entre ciências naturais e ciências humanas é prejudicial, pela diferença quanto a construção racional da realidade;
Isso acabaria num abandono da diversidade dos fenômenos socioculturais e dos valores que são estudados, comentados, criticados, valorados e colonizados;
E quando se fala em valor se toca em questões morais.
Ciências Jurídicas e Valor
Entre as ciências humanas, no entanto, as ciências jurídicas são normativas e aplicáveis com acento sobre o valor;
A Filosofia do Direito é uma proposta de investigação que valoriza a abstração conceitual, servindo-se da reflexão crítica, engajada e dialética sobre as construções jurídicas (não é algo natural/nem sempre existiu e está em constante mudanças).
A Filosofia do Direito como parte da filosofia
Como parte da filosofia, a filosofia do direito produz sua própria autonomia como investigação do pensamento específico do direito.
O surgimento histórico da filosofia do direito
A filosofia do direito brotas das práticas gerais da filosofia em meio a um movimento de especialização dos saberes. Por isso, a Filosofia do Direito é fruto da modernidade, que vem aos poucos se declinando, de Descarte a Hegel, porém é com Hegel em sua obra Grundlinien des Philosophie des Recht (Fundamentos da Filosofia do Direito) que a Filosofia do Direito terá seu melhor acabamento.
Direito e Valores
É em meio a situações de guerras e conflitos que a ciência do direito passa a ter um valor maior em que os valores humanos passam a ser delapidados por atitudes irracionais, como é o caso do excesso de positivismos. Daí a importância de um exercício humanístico comprometido eticamente para além de uma simples aceitação de fatos.
A filosofia do Direito no Brasil
A filosofia do Direito pensa o papel social dentro da realidade fenomenal.
A afirmação da filosofia do direito na história do ensino jurídico no Brasil é marcada pela insuficiência do direito português da Universidade de Coimbra.
Diante dos acontecimentos no panorama nacional brasileiro viu-se a necessidade de se desenvolver um pensamento filosófico sobre o direito que viesse a apontar caminhos para o direito mundial.
Encaminhamento para a próxima aula: leitura dos textos “Cidadania e Direitos Humanos” e pág. 81-99 do livro Hegel e Nietzsche.
Dia 15 DE SETEMBRO DE 2016
Plano de Aula
 Reflexão Inicial: artigo “A tragédia reveladora”;
Trabalho em grupos sobre os textos “Cidadania e Direitos Humanos” e pág. 81-99 do livro Hegel e Nietzsche;
Se os direitos humanos vêm antes da soberania dos Estados então toda a política que se estão fazendo de fechar as entradas dos imigrantes em outro país, seria um movimento contrário ao que se assegura com os Direitos Humanos. A prática desmente aquilo que a teoria apresenta como ideal.
Quanto ao debate dos direitos humanos dentro da história em alguns períodos. Podemos falar em 3 gerações: A 1ª Geração é aquela das liberdades individuais, direitos civis e direitos contra o absolutismo que é do advento do liberalismo do Século XVIII (não se podem criar maneiras de medir as pessoas conforme a sua maneira de pensar); A 2ª Geração, do Século XIX, é dos direitos sociais, ligados ao mundo do trabalho (direitos trabalhistas), da saúde, da educação; A 3ª Geração, são direito coletivos da humanidade, como do meio ambiente (discussão ambiental), da ecologia, direitos igualitários, que seria a geração em que estamos vivendo. Já se fala em uma 4ª Geração que é a da Tecnologia, os avanços tecnológicos.
Qual espaço se dá para o ser humano diante destas mudanças tecnológicas, pois a tecnologia se tornou uma espécie de habitat dos seres humanos, tornando-se dependente da tecnologia. O ser humano vai entrando em um vínculo de dependência com a tecnologia.
Diversidade: verificar a importância que há com as diferenças. Até que ponto aprendemos a lidar com as diferenças.
Direitos Humanos e Diversidade
Percebe-se que a diversidade entende os direitos humanos como se na teoria não se considera a diversidade, sendo necessário que seja apenas humano para ter direitos humanos, mas na prática percebe-se que os direitos humanos estão muito preocupados com todas as áreas em suas diferenças. Considerando os desiguais e suas desigualdades. Há uma discordância entre a legislação e sua prática.
Direitos Humanos e Direito Cidadão
Direito humanos são aqueles ligados a liberdade e a igualdade, direitos fundamentais universalizados. Direito dos Cidadãos são aqueles direitos fundamentais positivados na Constituição de cada país. São iguais (a mesma coisa).
Direito Humanos e o papel das Diferenças
Partindo da premissa que as diferenças são importantes para o crescimento do ser humano enquanto na sociedade. Os direitos humanos vão ao encontro da relevância destas diferenças por serem universais, não fazendo nenhuma distinção entre raça e etnias. Nestas diferenças há um grande valor, algo positivo, que agrega.
Direitos do Cidadão e Imigração
Direitos do Cidadão são direitos criados pelo Estado baseados nos direitos fundamentais que são universais. O que seria o direito do cidadão que nega direito a imigração? No momento em que se fecham as portas do país para novos imigrantes negasse direitos garantidos na própria constituição, excluindo um ser humano que nasceu em outro país, pois são direitos transacionais (direito de todos).
Diversidade e Tolerância
O indivíduo atinge a individualidade e sua singularidade na universalidade que é visto como a própria singularidade, momento em que cada indivíduo tem a sua própria visão de tal forma que com a tolerância de que é necessário nos libertar de certos pensamento e limitações, ou acolher nossas limitações, para tolerar as diferenças existentes, assim estaremos mais tolerantes com os demais indivíduos. Os Direitos Humanos nunca terão um ponto final. 
Sempre iremos nos deparar com o acolhimento das diferenças, mesmo que nas questões tecnológicas, no trabalho e nas mais diversas situações. O diferente sempre será um fator que agrega.
Destino
No destino temos um fator muito importante, pois o destino é algo que deve ser acolhido de forma jubilosa, é mais que fatalístico, mas não é determinístico. Se estabelece uma unidade, vínculo, com o fato, este é o destino que se apresenta – amor fati – amor como unidade/vínculo, não há lugar para divisões. 
Como se vê o limite dos direitos humanos/criminalidade e o vitalismo (abertura a vida/ valor máximo– livro)
Direitos Humanos são direito universais, assim não importa quem vocês seja, criminoso ou não, terão seus direitos respeitados, assim não é porque há o criminalismo que os direitos humanos dos cidadãos não devem ser resp
eitados. Quanto ao vitalismo, que diz que a vida supera tudo, deve transcender a lei e a moral, que são os valores que cada pessoa tem que indica até onde ela pode ir sem ferir os direitos alheios. A vida humana não tem limites, ligado as forças da natureza (vitalismo), sempre em mudança. A vida como critério último e sempre em movimento.
Reflexão sistemática: Filosofia do Direito: conceito, atribuições e funções;
Filosofia do Direito: conceito, funções e atribuições
A filosofia é um saber racional (limites), sistemático, metódico, causal e lógico. Ela é um saber crítico a respeito de construções jurídicas erigidas pela ciência do direito e sua práxis (desconstrução de toda a ciência do direito e como ela vem sendo praticada ao longo do tempo). É uma interpretação do exercício do pensamento sobre as elaborações teóricas e práticas do Direito (como o direito pode ser traduzido nas diferentes situações).
Tópicos de História da Filosofia em relação aos temas: justiça e direito
A antiguidade clássica: dos Pré-socráticos (não tinham a visão do direito como temos hoje – tinham uma reflexão filosófica geral ligada a natureza) e Aristóteles;
Pré-socráticos: justiça e cosmologia.Porque nós existimos? Para onde vamos? A origem de tudo esteve ligada à natureza (physis).
Pensaram os pré-socráticos sobre a justiça?
Dedicados a conhecer a causa de todas as coisas, o trabalho de reflexão dos Pré-Socráticos serviu de base para a reflexão posterior (eles próprios não pensaram sobre o direito, mas facilitaram o pensamento para outros filósofos);
Há poucos esforços de reflexão sobre o tema da justiça entre os pré-socráticos: isso vários motivos, seja pelos raros escritos que restam daquela época, pelo fato de poucos terem se dedicado a estudar pensadores desta época (não há muitas coisas escritas), pela mistura de questões de cunho místico e religioso (há um limite sobre um pensamento racional e a religiosa), pela ênfase sobre os estudos cosmológicos.
Tradição Homérica
Tudo isso leva a considerar que há somente uma autêntica reflexão sobre o Direito a partir dos Sofistas (Aqueles que eram conhecidos pelos Discursos, sua base, não iam além do discurso, - aqueles que apesar de terem uma oposição muito forte só tem discurso);
Contudo, há pistas que apontam na tradição homérica para a construção da concepção de justiça.
A Justiça na Tradição Homérica do Século VIII a.C.
O sentido de justiça passa a ser recriado pela Paidéia grega (educação das crianças e jovens) no período homérico, sob a forma de contos, adivinhações, oráculos, poesias e tragédias (maneira que o home da época tinha para expressar seus conhecimentos – expressões e ditados populares);
O herói ocupa um espaço privilegiado.
A heroicidade é a marca dos poemas homéricos, bem como a questão do destino trágico, o que fez a distribuição da justiça algo irregular, já que os homens eram joguetes nas mãos dos Deuses, sob os termos Themis (protetora do costume – algo de natureza sagrada, a sabedoria e o dom divino) e Diké (defende o cumprimento da justiça, igualitarismo social com poder humano de decisão sobre as coisas humanas).
Os deuses poderiam brincar com os seres humanos como se fossem peças de xadrez.
Fragmentos da Justiça nos Textos da Doxografia dos Pré-Socráticos[3: Doxografia é o relato das ideias de um autor quando interpretadas por outro autor, ao contrário do fragmento, que é a citação literal das palavras de um autor por outro. O termo foi cunhado pelo helenista alemão Hermann Diels, em sua obra Doxographi Graeci]
Nos textos fragmentados do Século VI a.C. há uma atualização quanto às noções relativas à justiça, pois o ser humano passa a se configurar não como antes, passivo à vontade divina, mas agora é responsável pelo seu destino e não deixa que tudo se resolva através dos deuses – autonomia do ser humano quanto ao seu destino;
O ser humano era um joguete dos Deuses (PRIMEIRA REFERÊNCIA FILOSÓFICA – pergunta possível para a prova?)
Escola Jônica: cosmologia e justiça
O primeiro fragmento de que se tem notícia é o de Anaximandro. Segundo ele, o justo diz respeito a unidade dos contrários, focando num princípio superior que regule tudo, ali está a ordem de justiça: (Diké), justiça e equilíbrio.
Os três grandes filósofos da Jônia (Parmênides, Tales de Mileto, Aximenes e Anaximandro – Justiça = equilíbrio), nos dá a base para pensar o direito, pensar na justiça como equilíbrio.
Escola Eleata: Ontologia e Justiça
O ser descrito por Heráclito (pensador que fundamento no movimento – “não podemos nos banhar na mesma água porque o rio está sempre em movimento”) como algo mutável, a justiça neste sentido possui chaves alternantes;
Em Parmênides, a justiça se dá como um conceito de uma necessidade lógica, estável para a existência do ser (ao contrário de Heráclito); 
O ser é movimento ou o ser é estático? A justiça é mista! Ela só se movimenta quando a sociedade se movimenta.
Escola Pitagórica: Dualismo Numérico e a Justiça
Para Pitágoras, a justiça está ligada a perfeição numérica expressa pela tríade (3) ou tetraktys (4), sendo que (1+2+3+4=10), a perfeição máxima.
Escola da Pluralidade: atomismo e justiça
Demócrito dala de um conjunto plural de átomos que constituem em harmonia a ordem do cosmos;
“Ceder à lei ao chefe e ao mais sábio é pôr-se em seu lugar”;
“O belo não comete injustiça”;
O justo está ligado ainda ao desapego material.
Norma é ethos (costume) Lei (praxys) Direito (entre Hexys e Ethos). 
Pluralismo Pré-socrático
Assim, entre os Pré-Socráticos não há uma noção unificada de justiça, por existirem diversas escolas. É aqui que se vai preparando a reflexão sobre a justiça que atingirá sua maturidade no pensamento posterior. 
Sofistas: Razão, discurso e o relativismo da justiça
Contexto histórico – nascimento da Sofistica.
A preocupação com os eventos do cosmo e da natureza, da intervenção divina, em que o ser humano não é o senhor do seu destino, vão preparando o contexto da Sofistica. 
Encaminhamentos para a próxima aula: Leitura das págs. 99-113 do livro Hegel e Nietzsche e do texto “Ética, Direito e Justiça: Sócrates e Platão contra sofistas”.
Dia 22 DE SETEMBRO DE 2016
Plano de Aula
Reflexão inicial: artigo “Lava Jato – movimento de risco”;
Trabalho em grupo sobre a Leitura das págs. 99-113 do livro Hegel e Nietzsche e do texto “Ética, Direito e Justiça: Sócrates e Platão contra sofistas”;
Sócrates contra os Sofistas
Uma das grandes discussões sobre o conhecimento aconteceu com Sócrates ao contestar o método argumentativo dos Sofistas. Os Sofistas eram mestres na arte argumentativa, que vendiam seus ensinamentos a jovens da aristocracia grega para que pudessem melhor discursar sobre temas políticos nas assembleias. Sócrates considerava o método argumentativo dos Sofistas falho, pois por meio dele poderia se convencer a respeito da veracidade de teses contrárias. Seu método, no entanto, consistia em demonstrar a contradição inerente a esses discursos, mostrando ao interlocutor que, no fundo, ele não sabia do que estava falando. E assim, por meio da "ironia" (forma de conduzir o interlocutor à contradição), Sócrates demonstrava o desconhecimento do interlocutor sobre conceitos como "justiça", "piedade".
De acordo com Sócrates, para se conhecer algo verdadeiramente era necessário admitir a própria ignorância, daí a célebre frase: "Sei que nada sei".
A estruturação da democracia está em andamento.
Uma questão trazida pelos Sofistas é entre o justo e injusto, eles apresentam uma distinção importante, com base em outra distinção da natureza (physy) e normas. O justo e o injusto estarão sempre ligados a opinião e formas dos seres humanos na forma da lei.
Os Filósofo que diziam que tudo é reduzido a um elemento material, a água, elemento que o filosofo usava para tecer o seu pensamento.
Sócrates vai questionar uma estrutura apodrecida da sociedade. Ele vai contra os sofistas.
Os filósofos são os que governam,
pois deve ser governado por pessoas inteligentes.
_________________________________
Os guerreiros são aqueles que devem defender,
precisam de coragem para a defesa.
__________________________________________________________________
Produtores e Artesãos (base econômica)
Porque um governo de sábios é um governo sem erros ou com poucos erros?
	Os sábios devem governar porque por vezes a lei pode ser interpretada de várias maneiras e os sábios poderiam fazer uma melhor interpretação (equilíbrio). Deixam de lado o lado sensível e usam o lado inteligível. Agem conforme a lei (objetividade). Os sofistas não tinham objetividade quanto a lei. Uma racionalização na forma de governar e por isso o governo deve ter pessoas preparadas. Filosofo é sábio porque pensa munido de instrumento fundamental que garante a objetividade, a razão. Os sofistas mudavam de ideia conforme a sua vontade sem objetividade.
Mediação do Ser (livro) 
	A mediação do ser se encontra em Jesus que tentou fazer uma mediação da forma como ele vivia as leis. As leis tinham uma validade questionáveis, e ao questionar vai fazer com que tenham uma flexibilidade que no fundo é tudo o que a lei deve responder de acordo com a situação.
	Os sofistas tinham a relação da vontade que modificavatodo o projeto.
Pág. 101 do livro: está grifado 6ª linha
Jesus se colocou contra a positividade das leis morais.
Reflexão Sistemática “O Direito e os Sofistas”;
A Ruptura Sofistica
Aqui o ser humano passa a ocupar um lugar de centralidade. “O homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras).
Importância do discurso
O que levou a eclosão da Sofistica, foi a formação da democracia ateniense era que há a participação do povo no exercício do poder.
Assim, o que moveu a Sofistica foi a formação dos jovens na arte da retórica para a ocupação de funções públicas. 
Retórica e Pratica Judiciária
É a arte no uso da palavra, o critério justo ou injusto. 
Justiça a Serviço dos Interesses
Protágoras: apresenta uma proposta de relativização da justiça, já que no contexto sofistico tudo passa a ser relativo.
A justiça é relativizada na medida em que seu conceito é igualado ao conceito de lei, o que é justo é o que está na lei.
Assim, a legalidade é instável e torna instável a justiça. 
Sofistica e o Convívio Social
O esforço da sofistica foi o de afastar todo tipo de metafisica ou mistificação em torno aos valores sociais, pois somente os seres humanos podem fazer regras e leis para o convívio social.
Os sofistas apontaram para a identidade entre os conceitos de legalidade e de justiça (justiça = lei).
Sócrates (469 a.c.)
Ética, educação, Virtude e Obediência (temas que vão perpassa...). 
Filosofia socrática e testemunho ético.
Conhecimento – virtude – maiêutica (método de perguntas e respostas, algo provocado para que de dentro saia o conhecimento).
O pensamento de Sócrates reveste-se de uma preocupação ético-social.
É em meio ao convívio na Polis que nasce a filosofia socrática.
Sócrates é o iniciador da filosofia moral em ruptura com a filosofia precedente, sobretudo pelo combate à sofistica. 
ÉTICA PARA SÓCRATES É CONHECIMENTO
Primado da ética coletiva sobre a ética individual.
Sócrates defende o cumprimento da lei e a submissão a uma vida ética para além dessa vida.
Assim, pelo cultivo das virtudes se pode derivar o direito, que é instrumento de coesão social, com vistas à realização do bem comum.
Obs.: Direito como unidade e bem comum
Encaminhamentos para a próxima aula: Leitura do “Fedon” de Platão e as pág. 113 à 129 do livro Hegel e Nietzsche.
Dia 29 DE SETEMBRO
Plano de Aula
Reflexão inicial: artigo “O avanço da intolerância”;
Trabalhos em grupo sobre o a Leitura do “Fedon” de Platão e as pág. 113 à 129 do livro Hegel e Nietzsche;
Fedom
Maiêutica (arte do convencimento).
A maiêutica socrática tem como significado “dar à luz”, “parir” o conhecimento (em grego— “arte de partejar”). É um método ou técnica que pressupõe que a verdade está latente em todo ser humano, podendo aflorar aos poucos na medida em que se responde a uma série de perguntas simples, quase ingênuas, porém perspicazes. Sócrates conduzia este “parto” em duas etapas: Na primeira, levava o interlocutor a duvidar de seu próprio saber sobre determinado assunto, revelando as contradições presentes em sua atual forma de pensar, normalmente baseadas em valores e preconceitos sociais. Na segunda, levava o interlocutor a vislumbrar novos conceitos, novas opiniões sobre o assunto em pauta, estimulando-o a pensar por si mesmo. Ou seja: a maiêutica primeiro demole, depois ajuda a reconstruir conceitos, transitando do básico ao elaborado, “parindo” noções cada vez mais complexas. A autorreflexão, expressa no nosce te ipsum — "conhece-te a ti mesmo" — põe o Homem na procura das verdades universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude. Há certa divergência historiográfica sobre o uso de tal método por Sócrates. Historiadores afirmam que a denominação e associação de tal método ao filósofo decorre da narração, não necessariamente fiel, da vida de Sócrates por Platão. Deve-se chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.
Sobre a morte de Sócrates (comparativo com a morte de Jesus):
Sócrates reagiu com serenidade absoluta. Apesar de, durante o julgamento, lhe ser dada a oportunidade de renunciar às suas ideias, ele preferiu manter-se fiel à busca da verdade a assumir uma conduta capaz de o tornar benquisto entre seus inquisidores. Segundo o relato de Platão, ele desafiou o júri com as seguintes palavras: "Enquanto eu puder respirar e exercer minhas faculdades físicas e mentais, jamais deixarei de praticar a filosofia, de elucidar a verdade e de exortar todos que cruzarem meu caminho a buscá-la [...]. Portanto, senhores [...] seja eu absolvido ou não, saibam que não alterarei minha conduta, mesmo que tenha de morrer cem vezes."
Diferenciação Entre Moral e Ética
A ética do indivíduo: é o tocante ao caráter do indivíduo e vai se construindo ao longo de sua vida. O comportamento, atitude, vontade, desejos, inclinações... A dimensão do agir (da prática).
A moral diz respeito a algo impositivo e da sociedade (externo – desconhecido e estranho). Se expressa as leis.
Reflexão sistemática “O Direito em Platão”;
PROVA
O PROCESSO DE SÓCRATES
É curioso que Sócrates tenha sido condenado a morte no contexto da restauração da democracia e da justiça. Certamente esta foi uma democracia muito incerta. (Dentro do período da Grécia em que se estabelece a “democracia” – governo do povo – para Sócrates não foi uma verdadeira democracia, pois o governo, segundo parece, era mais uma aristocracia – governo de alguns/sofistas)
As leis que Sócrates ensina a observar o condenaram à morte. Contudo, Sócrates sempre defendeu a eficácia (conhecimento – capacidade de inteligir) como base para o cumprimento das leis governamentais (Sócrates ensinava de forma revolucionária, apostava numa forma de conhecimento, mas nunca incentivou a rebeldia, mas sempre a seguirem as leis – as leis que existem devem ser eficazes).
Como Sócrates afastou os sofistas e convencer o público a respeito da maiêutica, já que estavam tão adaptados com a sofistica? Qual o público que Sócrates atendeu (filhos da aristocracia – mais instruídos – “jovens”)
Sócrates ensinava os jovens, pois as mudanças começam com os jovens, pois dificilmente isso ocorrerá com os “velhos”, sendo que este já estão “contaminados”. A condenação de Sócrates foi por perversão dos jovens. O segredo era a juventude.
AS LEIS POSITIVAS
A inderrogabilidade do valor das leis positivas ganhou força de princípio dogmático, coercitivo e vinculativo para todo bom e virtuoso cidadão.
Logo, a submissão a sua condução resultou em confirmação de seu ensinamento (submeter-se as leis – Sócrates se submeteu as leis até o fim).
Obedecer aos deuses é obedecer à cidade, à moralidade e à legalidade (o questionamento se dá pela maneira em que a lei se dá – no caso de Sócrates foi mal aplicada – irrefletida não cumprindo com a justiça).
VIRTUOSISMO PLATÔNICO E SOCRATISMO
Platão (427 a.C.) dá a continuidade aos problemas centrais do mestre Sócrates, porém diferentemente deste ele se aparta da cidade e passa a ensinar em um lugar mais isolado (enquanto Sócrates apresenta seu conhecimento na cidade – palestina/Jesus – lugar importante onde as coisas acontecem, Platão se afasta e vai para lugares amis isolados porque se sensibilizou com o caso do seus mestre – injustiça – e por isso se afastou da cidade que foi onde tudo aconteceu, para não estar tão a vista o que estava ensinando. Platão tem a meta do bem – meta última do conhecimento).
Este lugar é o gérmen da academia, isto pode representar um descontentamento com o governo da cidade (Sócrates foi condenado pelo Governo e por isso Platão se afastou para que o Governo não tenha conhecimento dos seus ensinamentos – academia – origem dos centros de ensino).
TRIPARTIÇÃO DA ALMA
Alma logística (cabeça): corresponde ao filosofo, a ciência (parte da alma, a inteligência).
Alma irascível (peito): corresponde ao cavaleiro (aquele que defende a cidade - coragem)
Alma apetitiva (baixo ventre) corresponde ao artesão, povo, desordem (balburdia e desordem – aqueles que trabalham e produzem – base da economia).
VIRTUDEE VÍCIO: ORDEM E DESORDEM
Para uma harmônio total e virtuosa, as almas irascíveis e apetitiva devem estar submetidas a razão da alma logística; já onde há levante das partes interiores da alma contra a parte superior há vício (ordem dada por filósofos – aqueles que pensam – para Platão filósofo é aquele que governa – estabelece a ordem no caos).
A dinâmica da justiça aponta sempre para algo além da vida e da morte (o filósofo ensina – esse além é a vida imperecível).
IDEALISMO ÉTICO E MITO DE ER
O núcleo da teoria platônica repousa sobre a noção de ideia, por isso, é pela ideia de bem que governa todo o cosmo (idealista). O mito de Er, no final do livro I da República mostra como podemos mediante o reavivamento de vidas passadas chegar ao bem ideal; isso foi o que aconteceu com Er, um guerreiro da Panfilia, que julgava morto após ser velado por doze dias recobrou a vida e pode realizar o que lhe passou no Hades, sobre os caminhos dos justos e dos injustos (“A República de Platão” – Mito – a partir deste relato se verifica a questão do justo e do injusto).
Assim, Er tem a responsabilidade de recobrar a consciência de retornar para relatar a responsabilidade humana por seu próprio destino.
ÉTICA, JUSTIÇA E METAFÍSICA
Há uma justiça divina perfeita e imutável para além da justiça humana (imperfeita e perecível). Assim, a justiça, mesmo humana, deve se deixar guiar pela justiça divina, a justiça universal, e isso se dá pela participação da ideia do justo, isto é, virtuoso (se ajustiça humana der as regras do jogo estamos perdidos – a justiça é quem deve dar a última palavra – há uma visão pessimista quanto a justiça humana em virtude da morte injusta de Sócrates – fazendo com que mantenha um preconceito/rejeição – a justiça humana é limitada).
PARTICIPAÇÃO (pela razão/conhecimento) acontece que Platão apresenta a ideia de participação fazendo com que participamos com a justiça (noção de participação – garantia da ordem). Nos inspiramos com a nossa participação/conhecimento/razão). É um conhecimento limitado, mas ajuda a sair da barbárie/mundo do caos; Nossa leis são limitadas, mas mediante a participação (pirâmide) da justiça em si melhor poderá organizar o caos. Os filósofos incentivavam a participação das classes mais baixas (democratização da participação). Na visão de Platão terá um mundo mais organizado através do conhecimento). Através da educação é possível democratizar o conhecimento. Os artesãos têm o conhecimento dele (em si - limitado), embora imitado ajuda a entrar em sintonia com o conhecimento.
Os filósofos são os que governam,
pois deve ser governado por pessoas inteligentes.
________________________________________
Os guerreiros são aqueles que devem defender,
precisam de coragem para a defesa.
_________________________________________________________________
Produtores e Artesãos (base econômica)
Encaminhamentos para a próxima aula “GA”.
Dia 06 DE OUTUBRO 2016
Reflexão inicial: “Ofensas históricas à Constituição
REVISÃO
GA
Encaminhamentos para a próxima aula
Dia 13 DE OUTUBRO DE 2016
Entrega e comentário do GA
Palestra
Dia 20 DE OUTUBRO DE 2016
Justiça e Direito na modernidade, trabalho em grupos;
Questões em Grupo
Dia 27 DE OUTUBRO DE 2016
Palestra
Críticas às teorias modernas da Justiça;
A justiça seria o bem ao outro, garantindo a igualdade, o bem que posso realizar ao outro. Isso quando é a dimensão das virtudes. Voluntário ou Involuntário. O ato para ser julgável deve ser voluntário, julga-se com base no conhecimento (voluntário), neste caso aplica-se a justiça.
Aristóteles - A Justiça como meio termo, a dimensão no fundo de equilíbrio, quando pensado na igualdade, virtuoso é aquele que estabelece o equilíbrio (meio termo).
O justo é aquele que faz da lei uma experiência estabelecendo o bem com o outro, mediando as nossas relações.
A lei não é fim, mas sim meio. Não é perfeita é mediação.
O justo é o equitativo, ou seja, o proporcional.
“É justo que na relação que estabeleço com um guerreiro que tenha o direito de vida digna”.
O todo está para o todo, ou seja, conjunto de todas as relações deve funcionar de maneira tal que tudo tem relação com o todo, como se fosse uma teia, todas estão interligadas.
A justiça tem outra dimensão importante para sanar certas dificuldades, que a dimensão da justiça corretiva, que acontece nas relações de transação de acordo com uma relação sistemática, garantia para o funcionamento. Garante a sistematização das relações, assim uma quantidade de bem para ignorar o mal que possa acontecer dentro das relações e o corretivo seria sempre um ganho. Estabelecer uma igualdade entre os litigantes.
Leitura do livro para a próxima aula (Reciprocidade)
Reciprocidade é dar aquilo que se recebe. Como no caso de reciprocidade na política dos países, como no caso em que determinado país exige o visto para entra no país assim o outro país também terá que apresentar visto para entra no outro país.
Reciprocidade também é uma garantia importante na justiça.
A justiça política natura é identificada, aquela que tem a mesma força, move as nossas relações naturais e é igual onde quer que esteja. Aquela que sempre é igual, mas quando política terá nuances diferenciados (política entre sujeitos), diferente da relação natural.
Dia 03 DE NOVEMBRO DE 2016
Críticas às teorias modernas da Justiça
Reflexão inicial: “O Estado Islâmico vira pó” (Revista Isto É)
Debate texto: “Aristóteles e sua reflexão com o Direito” e páginas 130-144 do Livro.
Gravação1 08:00
Justiça como original
Justiça natura que vem do criador (justiça impressa na natureza) e a Justiça Legal, que se impõe a todos.
Aristóteles vai criar uma harmonia entre estas duas justiças.
Reflexão Sistemática: O Direito em Aristóteles”. 
(fotos no grupo)
Aristotelismo: Justiça como Virtude
O tema da justiça e da ética;
O tema da justiça é tratado por Aristóteles, no campo que ele define como o campo da ética, o saber político;
A justiça é tratada como uma virtude, portanto o comportamento humano. A ética e a política aparecem condicionadas uma a outra.
Acepções acerca do Justo e do Injusto: o justo particular
A justiça é a virtude da semântica da lei, o que é legítimo e está para o bem da comunidade. Assim, a justiça legal liga se à obediência dos conteúdos e o fim das leis deve ser o bem comum.
É a justiça total, universal ou integral.
O justo particular possui relação com o justo universal, contudo se refere à casos particulares.
A) Justo distributivo: relativo a cargos participados no Estado.
B) Justo Corretivo: relativo corretivo nas relações.
Justo Legal e Justo Natural
Justo Legal: corresponde a parte das prescrições vigentes entre os cidadãos, definida pela vontade do legislador;
Justiça natural: encontra sua fundamentação na natureza e não na vontade humana. É essa justiça o motor da justiça legal, pois é envolvida pela natureza;
A justiça mais perfeita é aquela da condenação do legal ao natural.
Justo da Cidade e da Casa: Justo Político e Justo Doméstico
O justo político consiste na aplicação da justiça na cidade para uma convivência estável e organizada;
O justo doméstico visa a aplicação da justiça na casa, na família para a manutenção da subsistência daquela que é gérmen da vida política.
A Justiça como Virtude
A justiça é um justo meio.
Ser justo é garantir reiteradamente atos voluntários de justiça, não na base de seus vícios que se contrapõem por haver mais de uma posição....
Justo Particular Corretivo
Aplicado nas relações estabelecidas entre indivíduos, não na base do mérito, mas na perfeição da divisão, por ex. nas relações de compra e venda;
Cabe ao juíz portanto estabelecer uma pena correspondente ao delito cometido.
Equidade e Justiça
Equidade é algo melhor e mais agradável que o justo, a equidade é a correção dos rigores da lei. No entanto, a justiça e a equidade são acidentes.
A equidade vai além da justiça por ser a medida corretiva da justiça legal.
Amizade e Justiça
Em Aristóteles há um vínculo forteentre amizade e justiça, pois pela amizade é que se garante a coesão das diversas cidades-Estados.
Pela amizade se garante a reciprocidade e alteridade e o bom convívio social;
Juiz, Justiça Animada
O juiz é o mediador na aplicação da justiça corretiva;
O juiz retira daquele e se apropriou da posição maior do que é bom, retribuiu no outro.
Encaminhamento para a próxima aula “Utopia” (Thomas Morus) e Páginas 144-158 do Livro.
Dia 10 DE NOVEMBRO DE 2016
Teorias contemporâneas da Justiça e do Direito;
Reflexão inicial: artigo “A lição de Ana Júlia” (Revista Veja)
Debate: livro “Utopia” (Thomas Morus) e Páginas 144-158 do Livro Hegel e Nietzel.
Reflexão sistemática: O Direito na Idade Média.
O Helenismo e a Questão da Justiça: Epicurismo – ética. Prazer e sensação
Doutrina epicúrea: o prazer é a finalização do agir humano;
Para epicuro, neste período há um desapontamento com a política vigente. Os temas que geram a reflexão epicura são os elementos empiristas, tudo é constituído a partir destes, por isso não existe nenhuma transcendência que governa o mundo, pois a matéria se auto governa pelo livre aglomerar-se.
Ética Epicurea
A vivência no mundo se dá pelas sensações, e onde estão os sentidos está a ética, pois é na base dos sentidos que se originam os comportamentos humanos.
Assim, a lógica é sempre de se evitar a dor e procurar o prazer;
Contudo, há que se buscar discernimento sobre quais prazeres são mais úteis à vida, isso é ser prudente e buscar a felicidade.
Prazer e Justiça
Prazer – felicidade, não se confunda com a libertinagem, por isso, com a busca do prazer;
Assim se busca evitar a dor para atrair o prazer, da mesma forma se faz justiça também ao outro desejando-lhe o prazer e não a dor, é uma ética social do prazer;
Por isso o ser humano que sofre torna-se sensível ao outro. Logo, não causar danos e não sofrê-los é o ideal do direito natural;
A justiça tem serventia na medida em que se encontra no caráter relacional, como causa de prazer social.
Cícero; Estoicismo Romano e Lei Natural
Pensamento ciceroniano: Cícero (160 a.C.) viveu no período do Direito Romano Clássico = juris prudência (responsa ius respondendi ex autoritate principis).
Neste período a palavra conta muito, razão pela qual se destacam os belos discursos ciceronianos.
Ética Estoica
É uma ética que busca o equilíbrio corporal, moral e espiritual, não para o fim da contemplação, mas sim da ação, pelo cumprimento de mandamentos éticos pelo simples dever, não por temor, mas pela vontade de praticar a justiça.
Se deve obediência aos mandamentos, éticos por provirem das leis morais.
Ética Ciceroniana e Justiça
É uma ética eminentemente da ação. A ética de Cícero se orienta pela lei do cosmo, pois é a lei natural do cosmo aquela que em sua perfeição vai adotar os atos humanos de justiça.
Assim: Natureza (razão que liga os homens deuses e demais seres) – Lei – Direito;
Razão e Paixões
A razão deve assim se sobrepor às paixões;
Deus – Leis Naturais – Leis – Direito – República.
O direito natural representa a única razão da ordenação de conduta humana na república;
Ética do dever baseada na lei natural;
A Justiça Cristã
Justiça e Religião: as nossas leis jurídicas estão muito influenciadas pelas fontes cristãs, não necessariamente dos usos cristãos como o foram em determinados períodos da história como as Cruzadas medievais e Puritanismo Protestante;
Daí o nosso esforço incidir sobre a palavra de Jesus seus ensinamentos, para além de toda a sua instrumentalização posterior.
Ruptura com a Lei mosaica
Há, segundo hans Kelsen, um desacordo entre a concepção de justiça do AT e do NT;
Jesus adequa a moral do AT ao seu tempo, para além da lei olho por olho dente por dente;
Jesus representa a imagem de um Deus que é misericordioso para além de um Deus vigoroso e vingativo. “Podem passar todas as coisas, porém nenhum iota da lei passará.
Cristianismo, Liberdade e Discernimento
Para o cristão, porém, apesar da lei que não passa, cabe a ele viver os ensinamentos de Jesus com liberdade, discernindo o que pode ou não fazer.
Lei Divina e Lei Humana
O sentido cristão reclama mais do fiel do que o simples cumprimento da lei;
É preciso mesmo amar aqueles que nos odeiam não simplesmente retribuir aquilo que nos dão;
O Direito Positivo deve ser respeitado, porém dando aos homens o que é dos homens e a Deus o que é de Deus;
No fundo, o que a justiça cristã aponta é não se prender à liberdade dos textos sagrados, mas exercer práticas de redenção;
Lei do Amor e da Caridade
O comportamento humano, segundo a justiça cristã, deve estar pautado sob a lei do amor e da caridade.
Santo Agostinho: A justiça é dar a cada um o seu
Filosofia e medievo;
A palavra revelada, neste período do pensamento, é a base para toda e qualquer reflexão
A contemplação ocupa o lugar da vida ativa na política e a pandeia na educação antigos.
No medievo tudo é mistificado e teologizado; 
Vita Theologica
Em Agostinho, à medida que seu pensamento progride em maturidade tanto mais vai ganhando em vanguarda teológica, tudo isso acompanhado pela marca da metafísica platônica.
Cidade de Deus (lei eterna) – justiça – cidade dos homens (lei temporal)
Lex temporalem: justiça transitória, imperfeição, corruptibilidade
Lei Humana e Lei Divina
A lei humana, no entanto, participa da divindade, por isso, é também lei divina.
A lei divina é fonte última da lei humana.
O que torna a lei humana limitada é a mancha do pecado original, que foi possível graças ao livre arbítrio (sede de deliberação autônoma do ser humano).
O direito em Agostinho nunca está separado da justiça, pois não pode usurpar a coisa pública.
Alma, Justiça Divina e Livre Arbítrio
O destino do homem é galgar até a vida eterna;
A lei divina está escrita no coração humano e o livre arbítrio é o que capacita o ser humano optar ou não pela vida eterna.
É em função do livre arbítrio que a justiça divina se exerce sobre os homens.
Assim, o destino é construído por cada segundo as suas obras.
Preocupação com o Estado
O objetivo das investigações agostinianas é o governo das almas, e este passa pelas coisas temporais, como é o caso de governos temporais que auxiliam na condução das almas para Deus.
A cidade de Deus – deve cumprir a paz social para que atinja a liberdade de Deus (comunidade de fiéis em Cristo).
Encaminhamentos: leitura das páginas 158-174 do livro Hegel e Nietzel e Livro “O príncipe de Maquiavel.
Dia 17 DE NOVEMBRO DE 2016
O Positivismo Jurídico
Reflexão inicial: artigo “Tolerância, tolerância” (Revista Veja)
Debate sobre os textos: “O Príncipe” (Maquiavel e páginas 158-174 do livro Hegel e Nietzel).
Reflexão sistemática; “O Direito na Idade Média” e trabalho em grupo.
O IMPACTO DO PENSAMENTO ÁRABE SOBRE A FILOSOFIA OCIDENTAL
A afirmação do pensamento medieval ocidental passa pela difusão do pensamento árabe.
Este traz evidências concretas no pensamento de Tomás de Aquino.
SANTO TOMAS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE
Filosofia tomista: Tomás de Aquino (1225) é considerado a mais perfeita síntese entre fé e razão = Escritura e Aristóteles;
Em Tomás a reflexão sobre a justiça encontra um espaço privilegiado. O problema da justiça está ligado à ação humana, à práxis e à virtude.
RAZÃO PRÁTICA E SINDERESE E ÉTICA
Justiça = compreendida...
SER HUMANO: CORPO
Alma vegetativa: executa as atividades
Alma sensitiva: age
Alma intelectiva: aprende, reflete;
Nihil in intelecto quod non prius fuerit in senso
CAUSA FINAL E EFICIENTE
As sensações possuem a razão como ponto de apoio.
Causa final (inteligente): move a causa eficiente (vontade) – para escolher – Bem, certo, justo.
Razão prática: discerne o que é bem.
Sociedade civil – eleição de um fim – bem comum. À razão prática preside o convívio social pelo conjunto dos conhecimentos extraídos do campo da experiência se chega ao que é bom e justo.
SINDERESE E HÁBITO
A sindérese estabelece o fim da razão prática, o bem, que é o que a todos agrade. Bonum est quod omni appetunt.E o bem, portanto o fim de toda a ação, sendo o mal nada mais senão aparência de bem, ou seja, a sua privação.
A prática da ação (sindérese) a fazer o bem e evitar o mal (bonum faciendum et malum evitandum) é o fim da teoria tomista da justiça.
DEFINIÇÃO DE JUSTIÇA
A justiça nasce dos conceitos éticos: ethos (habito), atos reiterados que se destinam à realização do fim (justiça-virtude) – a justiça é uma vontade perene de dar a cada um o que é seu.
Razão + experiência – Justiça;
A justiça evoca uma relação de igualdade entre pessoas = espelho da virtude.
JUSTIÇA E DIREITO
O direito é objeto da justiça, é assim chamado direito, porque é justo.
O direito visa estabelecer, de maneira plena, a justiça.
O direito é a busca da justiça.
ACEPÇÕES DO TERMO JUSTIÇA
Lei eterna: promulgada por Deus;
Lei humana: sujeita às vicissitudes;
A lei natural participa da lei eterna;
O jusnaturalismo tomista não é um código imutável incondicionado e absoluto, mas está sujeito às contingências humanas.
A LEI HUMANA
A Lei humana deve retratar o que a lei natural preceitua, ou seja, o legislador deve positivar o que é dado pela natureza e a lei divina.
No convívio social o homem necessita de regras convencionais positivas para garantir a pacificidade dessa interação social.
Existem várias justiças, de acordo com a especificidade de cada membro da sociedade. A justiça também opera um equilíbrio estabelecendo igualdade entre os membros relacionantes.
REGIME DAS LEIS
O objeto da justiça é o direito do qual a lei é seu efeito.
A justiça julga segundo a lei e de acordo com a reta razão
A lei escrita deve concretizar a lei natural.
 A JUSTIÇA, A LEI E A ATIVIDADE DO JUIZ
o juiz deve efetiva a justiça. ‘A sentença do juiz é como uma lei particular aplicada a um fato particular.
O julgamento do juiz deve satisfazer às necessidades da justiça reclamados para cada caso. Este julgamento não está autorizado à condenação e à morte de pessoas. (A arma contra a inquisição, que deve ter significado um grande desafio do séc. XIII).
Cabe ao juiz, ao julgar a morte que o faça dentro dos limites estreitos da lei.
 INJUSTO E VÍCIOS DA JUSTIÇA
Pela perversão da reta razão se exerce a justiça distributiva, referente àquele da repartição dos bens na sociedade civil, como na cumulativa, referente à distribuição igualitária dos bens nas trocas entre particulares.
JUSTIÇA E SUA PRÁTICA
Na propriedade: instituída pelo direito positivo, é perfeitamente lícita, evitando-se, porém, grandes disparidades.
Matrimônio: provem do direito natural para, pela família, constituir a sociedade, porém deve ser monogâmico.
Prisão: é lícita desde que exercida pela sociedade, para fins de correção.
JUSTIÇA E DIREITO NA MODERNIDADE, THOMAS MORE: UTOPIA E DIREITO
Os ventos fortes trazidos pelo humanismo passam a questionar os conceitos, valores e dogmas estáticos sustentados pela teologia.
A Reforma Protestante sacudiu o Ocidente Cristão.
A economia centralizada na Inglaterra, sobretudo pela produção de lã preocupou Thomas More (1478).
UTOPIA
Como chanceler do Rei, Thomas More teve uma formação humanística brilhante. Dada a sua defesa da ligação da Inglaterra com Roma foi condenado à morte em 1535.
More defende a participação política numa Inglaterra com poder altamente centralizado. Tudo isso está centrado em sua obra “Utopia”, que significa “lugar nenhum”, correspondendo à dimensão de perspectivas políticas ideais.
UTOPIA E COMPROMISSO SOCIAL
A ilha de Utopia: narrativa, idealização e exposição de ideais;
A proposta teórica de Utopia gira em torno do encontro com Rafael Hitiodeu, homem de qualidades prodigiosas, na qual se trata de problemas nas instituições de governo inglês.
Crítica sobre a usurpação do trono pelos Reis para apenas satisfazerem seus caprichos, distanciando-se de seu compromisso social, do bem comum de seus súditos. 
SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS SOCIAIS
A ganância leva a fazer com que grandes proporções de terras que serviam de sustento para muitas pessoas passem a servir de pasto para a criação de ovelhas a fim de investir no mercado de lã.
Frente a esse quadro, são apresentadas as seguintes soluções:
Que não se cause danos aos outros;
Que todos pudesse ter condições de desenvolverem as suas potencialidades;
Que a justiça assuma a sua verdadeira função.
A PROPRIEDADE PRIVADA
A propriedade privada e a excessiva valorização econômica impossibilitam a evolução da sociedade.
A localização desta ilha “Utopia” é de difícil acesso;
O sistema social que impera na ilha é o sistema comunal, de modo que tudo o que é produzido é distribuído equitativamente entre os seus moradores;
Os membros de governo são eleitos pelo povo e para o povo;
Todos os trabalhos são entre a população não tendo espaço para a ociosidade.
AS RELAÇÕES SOCIAIS
A amizade e a harmonia propiciam laços de felicidade entre os habitantes.
Se exterioriza acolhimento com relação a outros povos não, porém àqueles que não comungam se seus ideais de bem comum.
A terra bem como todos os seus frutos são considerados dom de Deus, portanto para usufruto de todos.
A grande luta de todos é o bem do outro (altruísmo).
DA JURIDICIDADE
As leis, embora pequenas, são promulgadas para que todos sejam advertidos se seus direitos e deveres.
Não há muita harmonia, o que muitas vezes pode levar a justificação do abuso do poder e iniquidades.
DO BELICISMO
Todos os habitantes da ilha são treinados nas táticas da guerra.
Pois, dada a natureza humana frágil, isso pode ser necessário no futuro.
Cada povo que for subjugado pela caridade dos utopianos passará a viver de acordo com esses valores.
DO PENSAMENTO RELIGIOSO
Há liberdade de escolha da religião por parte dos habitantes.
Contudo, a concepção de divindade transcende as práticas religiosas.
Essa divindade compromete a fé e a política
É um Deus (Onisciente, Criador de tudo, imortal).
É um Deus, pois, comum a todos.
Apesar de inexistente essa ilha serve de ferramentas crítico-teórica para a necessidade da justiça no meio social.
JUSATURALISMO
Iluminismo e racionalismo: ruptura com a teocracia
O jusnaturalismo elege a reta razão como guia das ações humanas, de onde o direito natural é que toma o lugar do divino.
Direito Natural:
I Tese – grega, a natureza é fonte da lei;
II Tese – moderna, a razão é fonte da Lei.
DEUS OU A RAZÃO
Alguns autores como Leibniz, Cristian Wolf defendem um direito natural, que tem Deus como fonte.
No entanto, os seguintes autores defendem a razão como fonte. 
HUGO GRÓCIO
Grócio (1538), defende a autonomia frente à teocracia.
Fonte do Direito é a natureza humana.
Pela reta razão se alcança as regras invariáveis da natureza humana
Grócio contribuiu para o desenvolvimento do Direito Internacional que regula as diversas nações.
SAMUEL PUFENDORF
Pufendorf (1632), defende um direito político amalgamado a diversos elementos da complexidade do contexto social, à saber a conciliação entre “reta razão” com “Deus”.
O Direito Natural é acessível à razão natural porque faz parte da própria natureza do homem, que foi concedida pelo Criador. As leis naturais são aquelas que estão de acordo com a natureza social do homem.
OBS.: Alguns autores como Leibniz, Cristian Wolf defendem um direito natural e tem deus como fonte. No entanto, os seguintes autores defendem a razão como fonte.
JOHN LOCKE
Locke, nada é inato, tudo tem sua fonte na experiência.
Locke defende a existência de um estado de natureza como um estado de paz, porém que pode ser quebrado pela ausência de um terceiro, alguém que deve julgar os conflitos, ai nasce o estado civil, que convive com o estado de natureza.
O estado civil assegura a proteção dos direitos naturais.
THOMAS HOBBES
Thomas Hobbes, pelo fato do estado de natureza possibilitar um amplo uso da liberdade, a ponto de uns o lesarem, deve-se estabelecer um controle, que é o contrato criador do estado.
Se no estado de natureza o homem é homo homini lúpus, há a necessidade de se estabelecer um pacto social sob a autoridade do soberano:o estado.
Assim, todos devem se submetes às leis ditadas pelo soberano.
JEAN-JAQUES ROSSEAU
ROUSSEAU, é fruto da efervescência de seu tempo, de modo essencial a revolução francesa.
Rousseau defende a tese do bom selvagem, o ser humano é bom por natureza, porem a sociedade com seus mecanismos institucionais que o corrompem.
A VONTADE GERAL E O CONTRATO SOCIAL
O contrato social de que Rousseau fala consiste numa deliberação conjunta no sentido de formação da sociedade civil e do estado.
A justiça está no acordo que se estabelece, com isso se forma uma pessoa pública.
Trata-se de uma união de forças em torno a uma força maior.
Essa vontade geral se destina à realização da igualdade, do bem-comum.
A VONTADE GERAL
A vontade gral é a somatória das partes, mas representa o interesse comum e público.
Essa convenção social é útil, equitável e legitima.
O soberano que a representa deve se submeter a observância das leis comuns,
Contudo, esse contrato social traz em si suas contradições, se este deveria ser um meio de preservar os homens da barbárie.
DIREITOS NATURAIS E DIREITOS CIVIS
Com o advento do contrato social surgem os direitos civis.
Estado natural	Estado civil
 	Contrato social
Como as leis são inerentes a natureza humana, é dela que provem os limites da aventura cívica.
Os direitos naturais devem ser respeitados pelo pacto social, da I ser a teoria de Rousseau diversa da de Hobbes.
O DIREITO E A JUSTIÇA
Que o direito vem em lugar do apatite e a justiça nasce em lugar do instinto.
Da liberdade nasce a legalidade que garante a igualdade
Contudo, para Rousseau, onde há desigualdade, por isso, o Estado para ser legitimo com suas leis, deve ser um retrato da natureza.
LEIS E JUSTIÇA
O jus naturalismo de Rousseau deve ser inspirador da justiça, das leis justas.
Uma vez que as leis são feitas pelo legislador (Assembleia Nacional), o poder de ditá-las provém do pacto, sendo o povo o seu soberano, assim o poder executivo é o cérebro.
A lei é representante da vontade de todos do interesse comum.
Encaminhamentos para a próxima aula: Conclusão do livro.
Dia 24 DE NOVEMBRO DE 2016
O Positivismo Jurídico
Reflexão inicial: artigo “Sequestro e Resgate” (Revista Veja).
Debate – Conclusão do Livro.
Conceitos de Amor e Destino
Imediatidade
Potencialidade
Ethos
Reconciliação
Reciprocidade
Hexis
Mediatidade
Diversidade
Abertura/encontro com as diferenças
Praxis
A mediatidade tem a marca da potencialidade, diversidade, marca do encontro com as diferenças. Temos modelos muito inflexíveis enquanto insistirmos nisso a dialética não irá fluir normalmente.
A reconciliação carrega a marca da reciprocidade momento em que aquilo que parecia irreconciliável e diferente, passa a entrar em acordo, que chamamos de reciprocidade. Graças a essa reflexividade que há o movimento. Reflexividade não pode ser o final, vamos sempre redescobrindo, aquilo que é a tentativa de paz universal (Kant). Como uma lei universal não se consegue, pois as nações são diferente, se obedece as diferente somente com um movimento que vais acontecendo na história nas instituição em que os seres humanos vão instituindo relações (Família, Religião, estudo, etc.).
Não tem como criar uma lei universal para solucionar todos os problemas, Kant tinha essa visão, mas viu-se que não é possível, há muitas falhas.
Reflexão Sistemática “A filosofia do Direito na Modernidade” (Kant e Hegel)
DAVID HUME: ÉTICA, JUSTIÇA, UTILIDADE E EMPIRISMO
(Pai do empirismo Inglês e do utilitarismo)
Empirismo humano: Hume (1776) reconstrói o conhecimento humano a partir de bases sensoriais, tendo a experiência como base (tudo se reduz a dimensão sensorial, tudo passa pela experiência).
Se não tem utilidade é descartado.
Toda moralidade repousa sobre o princípio da utilidade.
São os sentidos e não a razão os responsáveis pelo conhecimento. A moral é expressão do empirismo ético (a razão é, praticamente, deixada de lado).
ÉTICA, JUSTIÇA E DIREITO
É a experiência humana sensorial (dos sentidos) a base de tudo.
A justiça possui uma utilidade moral social.
A justiça regula a escassez, assegurando a propriedade legítima (direito a propriedade privada).
Abundancia		Carestia geral (falta)
 Utilidade da justiça
ETICA, JUSTICA, LEI E UTILIDADE
A lei conduz o ser humano que lhe é natural, resguardando o seu e o meu.
As leis devem estar harmonizadas com toda a vida da comunidade, seu Ethos, sua religião, sua política...
Assim, as leis e a justiça estão em benefício da utilidade geral.
Utilidade – moralidade – social = paz e ordem
Justiça – pacto social 
JUSTIÇA VIRTUDE NATURAL
A justiça é uma virtude natural, pois é natural o ser humano ser justo.
Caso a razão natural falte na promoção da justiça entra a lei positiva a fim de que a convenção, que é utilidade geral, seja mantida.
A convenção é mantida pela não invasão do alheio que é garantia da paz social.
IMANUEL KANT: CRISTIANISMO E DEOTOLOGIA
Racionalismo kantiano: Kant (1724) re-orienta os caminhos do pensamento filosófico pela crítica ao Dogmatismo de Wolff (aquele que refletiu sobre a ciência) e ao Ceticismo de Hume (utilitarismo e empirismo).
O empreendimento kantiano estabeleceu os limites e critérios do conhecimento.
Os sentidos absorvem dados da experiência que a natureza elabora e organiza.
Sócrates: Conhece-te a ti mesmo? O que posso pensar? O que posso conhecer?
O CONHECIMENTO
Entre essa dupla operação dos sentidos e da razão que se dá o conhecimento
Leis inteligíveis		Leis Naturais
Ser Humano (o centro é o sujeito do conhecimento, pois é condição de possibilidade para o mesmo conhecimento)
ÉTICA KANTIANA
Kant percebe os limites da razão humana e a limitação da experiência sensível para se resolver os conflitos éticos
Pura experiência + Lei Apriorística (inerente a razão) = Prática Moral 
O imperativo não deriva da experiência, mas da pura razão.
A PRESCRIÇÃO DA MÁXIMA
Por ser apriori esse imperativo não deriva da experiência, ele tem em vista nada senão a máxima que prescreve
A ética, portanto, segue o princípio ético universal unicamente por dever, que está de acordo com a máxima do imperativo categórico.
Obs.: dever pelo dever
O DEVER
O agir – livre – moral – dever – lei subjetiva, um princípio universal inscrito na natureza.
Neste sentido, o sumo bem não depende de algo exterior, mas simplesmente do cumprimento do dever.
A lei tem o dever como princípio fundamental.
LIBERDADE + AUTONOMIA
Ser livre e autônomo é agir de acordo com a máxima (ler que estipulo para o meu agir) de vida gerada pelo imperativo categórico que surge a partir de uma máxima individual elevada até uma lei universal, daí ser a humanidade um fim em si mesma e não um meio, capaz de governar a si próprio.
O ser humano é o ser que possui em si o domínio de si.
A vontade livre é aquela submetida as leis morais segundo uma máxima possui:
a) forma universal;
b) matéria (fim);
c) determinação integral (reino dos fins);
O DIREITO E MORAL
O direito e a moral no sistema kantiano constituem um todo que tem o agir ético como único móvel: o cumprimento do dever pelo dever;
Já o agir jurídico pressupõe outros fins e necessidades exteriores, como é o caso das sanções e penas.
Assim, enquanto a moralidade pressupõe liberdade, a juridicidade pressupõe coercitividade.
COEXISTÊNCIA DOS ARBÍTRIOS
O direito é a forma universal de coexistência dos arbítrios simples.
Ë o limite da liberdade de cada um de maneira que todos podem co-existir segundo uma lei universal.
O estado regulamenta o convívio das liberdades.
A PAZ PERPÉTEU E COSMOPOLITISMO
A necessidade da paz permanente é que faz com que a ideia de cosmopolitismo seja um imperativo da razão para a ordem internacional dos Estados (em um Estado que unifique as vontades.
Dentro dessa razão que guia a história, o Direito deve cumprir um papel importante que é o da ordenação da vida pacífica.
Kant abre as portas para a formação de um direito internacional que cumpra com o objetivo de estabelecimento de uma

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes