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Aula 08Comunicação Visual para Web - UNIGRAN ACESSIBILIDADE Caros(as) alunos(as) nessa aula veremos o conceito de acessibilidade, e as principais recomendações para construção de websites acessíveis a toda as pessoas com ou sem limitações fisicas. Se ao final desta aula tiverem dúvidas, vocês poderão saná-las através das ferramentas “fórum” ou “quadro de avisos” e “chat”. Comecemos, então, analisando os objetivos e verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bom trabalho! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, vocês serão capazes de: • entender o conceito de acessibilidade; • entender a importância de prover acessibilidade em website e softwares; • conhecer quais são as deficiências mais comum que acometem a população brasileira; • conhecer o que a legislação brasileira sobre acessibilidade; • entender quais são os processos para desenvolver websites e softwares acessíveis; • conhecer quais são as principais recomendações para adequar o projeto web para as normas de acessibilidade; • identificar quais elementos comprometem a acessibilidade. 129 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Seções de estudo • Seção 1 - Acessibilidade • Seção 2 - Acessibilidade no Brasil – Legislação • Seção 3 - Modelo de acessibilidade em Governo Eletrônico • Seção 4 - Processos para desenvolver sites acessíveis • Seção 5 - Recomendações para adequar o projeto web as normas de acessibilidade Seção 1 - Acessibilidade Acessibilidade é um conceito multidisciplinar que visa promover o acesso as pessoas independente de suas limitações físico-motoras e cognitivas, dos meios técnicos ou dispositivos utilizados, visando sua adaptação e locomoção, eliminando as barreiras. Acessibilidade x Usabilidade Não confunda estes conceitos! Acessibilidade e usabilidade são conceitos complementares. A acessibilidade visa prover acesso a locais, produtos, serviços ou informações, já a usabilidade infere na facilidade de uso. No âmbito computacional a acessibilidade não visa apenas prover acesso de produtos, serviços e informação aos portadores de deficiências, mas sim a todos os usuários independente do dispositivo que estiver realizando o acesso, de seus conhecimentos computacionais, da sua condição cultural e social. Por exemplo: usuários que possuem banda larga de baixa velocidade. Há diversas ferramentas que permitem o acesso aos recursos computacionais, tais como: leitores de tela para deficientes visuais, teclados virtuais para portadores de deficiência motora ou com dificuldades de coordenação motora, e sintetizadores de voz para pessoas com problemas de fala. Segundo o Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB–40) “Acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.” CONCEITO 130 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN O uso de diretrizes de acessibilidade em ambientes digitais visa garantir condições de acesso, garantindo que pessoas com deficiências visual ou motora possam utilizar os sites de maneira satisfatória, assim como: acessar, navegar, interagir, dentre outras atividades, independentemente de suas limitações. Por que acessibilidade é tão importante? Em um censo pelo IBGE contatou-se que no Brasil o número de pessoas que apresentam algum tipo de dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou deficiência física ou mental são de aproximadamente, 46 milhões de pessoas, ou 24% da população brasileira. (Fonte: www.ibge.gov.br acessado em: 30/09/12) Com números tão expressivos, devemos projetar softwares e sites que permitam que pessoas com deficiências acessem informações e serviços on-line de diferentes dispositivos, browsers e programas. Deficiências mais comuns: Veja os tipos de deficiências físicas que devem ser consideradas ao elaborar um projeto de um site ou software, e quais recursos as pessoas portadoras desses tipos de deficiência usam para navegar na internet: Cegueira: portadores deste tipo de deficiência utilizam programas leitores de tela , como o Jaws, para escutar a leitura de textos e teclado em Braille. A entrada de informações é feita somente através do teclado, sem o uso do mouse. Visão debilitada: portadores deste tipo de deficiência necessitam configurar o tamanho da fonte dos textos e cores. Podem utilizam leitores de telas ou programas que permitem a ampliação de imagens. A entrada de informações na maioria das vezes é feita através do teclado com ou sem uso do mouse. Discromatopsia (dificuldade de distinção de gamas de cor): Para melhor visualização requerem interfaces com cores bem contrastadas, assim como necessitam configurar elementos como links e botões para escolher as cores que lhe são visualmente mais confortáveis. Dificuldades físicas e motoras: Utilizam hardware e teclados especiais, telas touch screen, comando de voz e programas para reconhecimento de voz. Surdez: portadores deste tipo de deficiência ficam não podem acessar recursos de áudio. Leitores de tela: São programas que leem em voz alta todo conteúdo das páginas e disponibilizam recursos que auxiliam na navegação e realização de tarefas. Veja os principais leitores de tela: • Nitrous Voice Flux - Controla o computador por voz e é 100% gratuito. • IBM Via Voice - Controla o computador por voz. • NVDA - Software livre para ler tela em ambiente Windows, com suporte a vários idiomas. • Yeosoft Text - Leitor de Tela em inglês e português. • Jaws for windows - leitor de tela em diversos idiomas. • Virtual vision - leitor de telas em português do Brasil • Dosvox - sistema para deficientes visuais. 131 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Problemas de cognição, neurológicos e de aprendizagem: Interfaces e textos simples de fácil entendimento auxiliam portadores destas deficiências. Seção 2 - Acessibilidade no Brasil – Legislação A legislação brasileira aprovou um decreto federal, nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, onde tornou obrigatório a construção de Web sites, portais e canais eletrônicos da administração pública que atendam a requisitos de acessibilidade. “Capitulo III – Das condições gerais da acessibilidade. Art. 8o Para os fi ns de acessibilidade, considera-se: I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edifi cações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de defi ciência ou com mobilidade reduzida;[...] V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de defi ciência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida;[...] IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.” A Convenção dos Direitos das Pessoa com Deficiência da ONU, assinada pelo Brasil em 30/03/2007 e ratificada como emenda constitucional brasileira através do decreto legislativo Nº 186/2008, autoaplicável desde junho de 2008, amplia a acessibilidade, restrita às pessoas com deficiência visual e a portais do governo pelo decreto 5296/04, a todas as deficiências e às empresas privadas. Para saber mais sobre acessibilidade leia o arƟ go na integra que está disponível em: <hƩ p://www.acessibilidade.net/convencao.php>. 132 Comunicação Visual para Web- UNIGRAN Seção 3 - Processos para desenvolver sites acessíveis E-mag O Departamento de Governo Eletrônico brasileiro em parceria com a ONG Acessibilidade Brasil elaborou o Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico, o E-MAG, com intuito de prover inclusão digital facilitar e o acesso para todas as pessoas às informações e serviços disponibilizados nos sites e portais do governo. Os principais documentos da legislação brasileira sobre o processo de promoção da acessibilidade e a implementação do e-MAG são: 1. Decreto número 5296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as leis n° 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifi ca, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com defi ciência, e dá outras providências; 2. Comitê CB-40 da ABNT, que se dedica à normatização no campo de acessibilidade, atendendo aos preceitos de desenho universal. O Comitê possui diversas comissões, defi nindo normas de acessibilidade em todos os níveis, desde o espaço físico até o virtual; 3. Decreto n° 6949, de 25 de agosto de 2009, que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência elaborada pelas Nações Unidas em 30 de março de 2007, defi nindo, em seu artigo 9°, a obrigatoriedade de promoção do acesso de pessoas com defi ciência a novos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, inclusive à Internet. 4. Portaria nº 3, de 7 de maio de 2007, que institucionalizou o e-MAG no âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática – SISP, tornando sua observância obrigatória nos sítios e portais do governo brasileiro. Segundo o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico e-MAG, no âmbito computacional as quatro principais situações vivenciadas durante a manipulação de dispositivos digitais por usuários com deficiência são: “ - Acesso ao computador sem mouse: no caso de pessoas com deficiência visual, dificuldade de controle dos movimentos, paralisia ou amputação de um membro superior; - Acesso ao computador sem teclado: no caso de pessoas com amputações, grandes limitações de movimentos ou falta de força nos membros superiores; - Acesso ao computador sem monitor: no caso de pessoas com cegueira; - Acesso ao computador sem áudio: no caso de pessoas com deficiência auditiva. “ 133 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN No entanto as deficiências relacionadas a cognição, como limitações relacionadas a memória, resoluções de problemas, compreensão matemática e visual, dentre outros também devem ser considerados. A fim de prover inclusão social para que portadores de deficiências possam realizar tarefas de forma autônoma, melhorando assim sua qualidade de vida estão os recursos de tecnologia assistiva, tais como mouses especiais, ampliadores e leitores de telas, dentre outros que auxiliam na realização de tarefas. Somente os recursos de tecnologia assistiva não são suficientes para garantir o acesso ao conteúdo de uma página web. Para garantir acessibilidade o website deve ser projetado e desenvolvido de acordo com os padrões Web (Web Standards) e as recomendações de acessibilidade. Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico e-MAG que visa padronizar o processo de acessibilidade em sites e portais do governo brasileiro, em conformidade com os padrões internacionais. Seção 4 - Processos para desenvolver sites acessíveis Segundo o e-MAG para desenvolver um site acessível é preciso realizar os seguintes passos: Seguir os padrões Web; Seguir as diretrizes ou recomendações de acessibilidade; Realizar a avaliação de acessibilidade. 1° PASSO - Seguir os padrões Web: O projeto deve estar de acordo com os padrões Web internacionais definidos pelo W3C e com as normas HTML, XML, XHTML e CSS, seguindo as regras de formatação sintática. Para conhecer as boas práƟ cas para escrever códigos para desenvolvimento de sites de acordo com os padrões, ver CarƟ lha de Codifi cação dos Padrões Brasil e-GOV, disponível em:<http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e- projetos/padroes-brasil-e-gov> 134 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN 2° PASSO - Seguir as diretrizes ou recomendações de acessibilidade: As diretrizes ou recomendações de acessibilidade contém normas e regras que visam explicar aos desenvolvedores como tornar o conteúdo Web acessível a todas as pessoas. Tais diretrizes podem ser encontradas em dois documentos, o WCAG que traz os padrões internacionais de diretrizes e o nacional, o e-MAG. 3° PASSO - Realizar a avaliação de acessibilidade: Após a criação do website é necessário valida-lo para verificar se o projeto está de acordo com os padrões de acessibilidade, gerando um relatório de erros. A validação pode ser feita de forma automática por meio de ferramentas (ver ferramentas em anexo) e/ ou manualmente. Recomenda-se para melhor performance sejam feitos os dois tipos de avaliação. Assim, os passos sugeridos para a avaliação de acessibilidade em um sítio são os seguintes: 1.Validar os códigos do conteúdo HTML e das folhas de estilo; 2.Verifi car o fl uxo de leitura da página – para tal, utilizar um navegador textual, como o Lynx, ou um leitor de tela (recomendamos o NVDA ou ORCA). Para maiores detalhes, ver documento Descrição dos Leitores de Tela, disponível em: http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG/ material-de-apoio. 3.Verifi car o fl uxo de leitura da página sem estilos, sem script e sem as imagens; 4.Verifi car as funcionalidades da barra de acessibilidade, aumentando e diminuindo a letra, modifi cando o contraste, etc.; 5.Realizar a validação automática de acessibilidade utilizando o ASES e outros avaliadores automáticos sugeridos no Capítulo 4; 6.Realizar a validação manual, utilizando os checklists de validação humana disponíveis em http://www.governoeletronico. gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG/material-de-apoio. Padrões de acessibilidade na Web Na Web o termo acessibilidade também se refere a recomendações do W3C - World Wide Web Consortium , com intuito viabilizar a inclusão digital, independente das pessoas terem ou não alguma deficiência, possam acessar os sites. Os padrões Web, estabelecidos pelos W3C, são como um código de ética, tanto na área de desenvolvimento, design ou conteúdo. Sites que foram desenvolvidos segundo esses padrões podem ser acessados e visualizados por qualquer pessoa, independente da tecnologia empregada. Dentre todos princípios do W3C, destaco o “Acesso Universal”, que define a Web como um universo de informações acessível em rede, por isso é fundamental conhecer os princípios de acessibilidade para o desenvolvimento de sites. O World Wide Web Consortium – W3C é um consórcio de empresas de tecnologia, atualmente com cerca de 500 membros. O W3C desenvolve padrões para a criação e a interpretação dos conteúdos para a Web. Sites desenvolvidos segundo esses padrões podem ser acessados e visualizados por qualquer pessoa ou tecnologia, independente de hardware ou software utilizados, como celulares (em Portugal, telemóvel), PDAs, de maneira rápida e compatível com os novos padrões e tecnologias que possam surgir com a evolução da internet. Disponível em http://pt.wikipedia. org/wiki/W3C#Padr. C3.B5es_W3C, acessado em: 20/05/09. 135 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Seção 5 - Recomendações para adequar o projeto web as normas de acessibilidade Nesta sessão será apresentada uma síntese das recomendações extraídas da cartilha Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, do governo federal e serão explanadas nas seguintes seções: • Marcação • Comportamento (DOM) • Conteúdo/Informação • Apresentação/Design• Multimídia • Formulário Marcação 1. Declarar o DOCTYPE: o DOCTYPE é utilizado para identificar qual versão do (X)HTML o documento está usando. Também é através do DOCTYPE que as ferramentas de validação fazem a análise do código e quando necessário indicam as correções que devem ser feitas na falhas apuradas. Exemplo de DOCTYPE em HTML 4.0 Strict 2. Organizar o código de forma lógica e semântica: os elementos (textos, images, sessões, etc) devem ser organizados e apresentados de forma lógica, sequencial e correspondente ao conteúdo. Por exemplo: utilize as tag (h1,h2,h3) para designar cabeçalhos, Strong para textos enfatizados, table para dados tabulares, menus em listas, dentre outros. 3. Utilizar corretamente os níveis de cabeçalho: os níveis de cabeçalhos varia do h1 ao h6 e devem ser organizados e empregados de forma lógica e conceitual. O cabeçalho nível 1 pode ser utilizado uma única vez na página já os Obs: As recomendações deste documento são baseadas em HTML 4.0 e XHTML 1.1. <!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN" "hƩ p://www.w3.org/TR/ html4/strict.dtd"> <html lang="pt-BR"> <head> <Ɵ tle>Exemplo de DOCTYPE em HTML 4.01</Ɵ tle> <meta hƩ p-equiv="content-type" content="text/html; charset=uƞ -8" /> </head> Tag: Código usado para marcar o início e o fi m de um elemento (X) HTML. 136 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN outros níveis podem ser utilizados mais vezes, desde que estejam estruturados corretamente. O correto emprego dos níveis de cabeçalho são importantes para que os usuários que utilizam leitores de tela navegam na página através dos cabeçalhos, assim os programas leitores de tela interpretam o relacionamento entre os assuntos e compreendem melhor a estrutura da página para a sequência de leitura, permitindo ao usuários fazer uma varredura na tela e ler os assuntos de seu interesse. 4. Ordenar de forma lógica e intuitiva a leitura e tabulação: O código HTML deve ser organizado com uma sequência lógica de navegação para que o usuário consiga percorrer com facilidade os links, controles de formulários e objetos. O tabindex deve ser usado quando for realmente necessário, pois a correta organização do código já é suficiente para uma boa navegação. 5. Disponibilizar todas as funções da página via teclado: disponibilize também o acesso via teclado para as funções que são criadas por linguagens de scrit (javascript). Por exemplo: ao utilizar o evento do mouse onclick use também o evento onKeypress para que o evento também seja acionado via teclado. 6. Fornecer âncoras para ir direto a um bloco de conteúdo: coloque ancoras que conduza para os links mais relevantes. Os links devem ser posicionados em locais estratégicos como no final e início do menu, do conteúdo, etc. 7. Não utilizar tabelas para diagramação: a utilização de tabelas é indicada e correta somente para exibir dados tabulares. Jamais utilize tabelas para diagramar interfaces. Os usuários que utilizam programas leitores de tela a leitura podem ficar confusos, quando o leiaute está estruturado por tabelas, pois elas serão lidas. Uma sugestão para amenizar o problema é utilizar a tag “summary” para indicar que a tabela elementos do layout e não dados tabulares. 8. Não abrir novas instâncias sem a solicitação do usuário: A abertura de novas janelas ou abas não solicitados pelo usuário ferem as regras de usabilidade. Comportamento (DOM) 9. Garantir que os objetos programáveis sejam acessíveis: todos o conteúdo e funcionalidades, incluído conteúdos dinâmicos, scripts e Flash devem ser acessíveis aos recursos de tecnologia assistiva. 137 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN 10. Não criar páginas com redimensionamento e/ou atualização automática: as ações de redimensionamento e atualização através da meta tag refresh podem confundir o usuário durante a navegação, principalmente aqueles que utilizam leitores de tela. 11. Não incluir situações com intermitência de tela: não deve ser utilizado na página web ou em propagandas de terceiros elementos com efeitos visuais piscantes, intermitentes ou cintilantes, pois estes efeitos podem desencadear ataques epiléticos em pessoas com epilepsia fotosensitiva, o cintilar ou piscar. 12. Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do conteúdo: do usuários deve ter controle dos movimentos e do tempo sob conteúdos dinâmicos que movimentam pela tela. Conteúdo / Informação 13. Identificar o idioma principal da página: o idioma principal do documento deve ser identificado através do atributo lang do HTML. 14. Oferecer títulos e links descritivos e informativo à página: a primeira informação a ser lida pelos leitores de tela é o título informado pela tag title. Os títulos e links devem ser claros e condizente com o conteúdo que será apresentado. 15. Fornecer alternativa em texto para as imagens do sítio: A maioria dos desenvolvedores não coloca descrição na tag alt para imagens, fotos, vídeos, legendas de links, etc. No entanto essa é uma boa prática de programação e de estrema importância para pessoas que não enxergam pois no lugar da imagem pode ouvir sua descrição. 16. Disponibilizar documentos em formatos acessíveis: disponibilize os documentos em HTML, já os arquivos para download devem ser disponibilizados em ODF . A extensão e o tamanho do arquivo também devem ser informados no texto do link. Ex: <a href=”aula.odt”> Aula Inaugural UNIGRANET (formato .odt, tamanho 150Kb) </a> 17. Em tabelas, utilizar títulos e resumos de forma apropriada: Defina o título da tabela utilizando o elemento caption. Em tabelas extensas utilize o atribute summary para fornecer um resumo. Ex: O ODF (Open Document Format) é um formato aberto de documento adotado pela e-PING (Arquitetura de Interoperabilidade em Governo Eletrônico) que pode ser implementado em qualquer sistema. O ODF engloba formatos como: ODT para documentos de texto, ODS para planilhas eletrônicas, ODP para apresentações de slides, entre outros. 138 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN 18. Associar células de dados às células de cabeçalho em uma tabela: estruture os dados da tabela de forma semântica. Utilize o elemento td para as células de dados e o elemento th para cabeçalho. 19. Separar a forma do conteúdo: o conteúdo do site é composto por imagens, textos, tabelas, animações, etc. Esses elementos reunidos compõem o layout, e quando separamos forma de conteúdos, criamos páginas compostas apenas por textos e imagens via CSS sem uma estrutura de layout. Esse modelo estrutural permite que usuários com deficiências utilizem a interface e visualizem em diferentes dispositivos. Apresentação/Design 20. Oferecer contraste mínimo entre plano de fundo e primeiro plano: o contraste entre o plano de fundo e o primeiro plano devem ser suficientes para que pessoas com baixa visão, com cromodeficiências ou que utilizam monitores de vídeo monocromático, possam visualizar os elementos sem dificuldade. Em anexo a esta aula são disponibilizados links de ferramentas online que verificam o contraste de cores. 21. Não utilizar apenas cor ou outras características sensoriais para diferenciar elementos: o uso das cores, formas e sons não devem ser o único meio para sinalizar, distinguir, transmitir informações ou indicar ações. 22. Permitir redimensionamento de texto sem perda de funcionalidade: as interfaces e textos devem ser flexíveis e redimensionáveis, sem que ocorra sobreposição de textos ou barra de rolagem, de forma que a página continue legível e funcional quando redimensionada para até 200%. 23. Dividir as áreas de informação: as informações devem ser dispostas de forma clara e funcional. As divisões mais comuns são “topo”, “conteúdo”, “menu” e “rodapé”. 24. Possibilitar queo elemento com foco seja visualmente evidente: o elemento que recebe o foco deve ser destacado de forma clara e passível de ser clicada. <table summary="Esta tabela exibe o horário de aula do curso de análise de sistemas da UNIGRANET"> <capƟ on> Horário de Aula</capƟ on> 139 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Multimídia 25. Fornecer alternativa para vídeo: em arquivos de vídeo com áudio recomenda-se que seja disponibilizado opções para que os usuários possam visualizá-lo com ou sem legenda, ou em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Uma transcrição descritiva, também é recomendada para arquivos de áudio. 26. Fornecer controle de áudio para som: para controlar arquivos de reprodução sonoras devem ser disponibilizados mecanismo para parar, pausar, silenciar ou ajustar o volume. 27. Fornecer controle de animação: mecanismos de controle de animações devem ser disponibilizados para que os usuários possam possa pausar, parar ou ocultar a animação. Formulários 28. Fornecer alternativa em texto para os botões de imagem de formulários: botões do tipo imagem (input type=”image”) devem oferecer uma descrição textual através do atributo alt. 29. Estabelecer uma ordem lógica de navegação: os elementos do formulário devem ser dispostos em uma sequência lógica de navegação. O elemento fielset poderá ser utilizado para agrupar itens relacionados. 30. Fornecer instruções para entrada de dados: quando a entrada de dados por parte do usuário requer uma formatação especifica, deve-se disponibilizar informações para que o usuário o faça corretamente. Ex: 31. Identificar e descrever erros de entrada de dados: o usuário deve ser informado claramente quando os dados fornecidos apresentam algum tipo de erro, como por exemplo em situações em que determinados campos são obrigatórios, o alerta indicando a obrigatoriedade do preenchimento do campo deverá ser indicado de forma clara e descritiva. <label for="data">Data (dd-mm-aaaa)</label> <input type="text" id="data" name="data" /> 140 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Para concluir não utilize os seguintes elementos: • Tabelas para fins de diagramação; • Atualizações automáticas periódicas; • Situações com intermitência de tela; • Elementos como: frame, applet, blink, marquee, basefont, center, dir, align, font, isindex, menu, strike, u, etc, pois estes são desaprovados pela W3C. Retomando a conversa inicial • Seção 1 - Acessibilidade Acessibilidade é um conceito multidisciplinar que visa promover o acesso as pessoas independente de suas limitações físico-motoras e cognitivas, dos meios técnicos ou dispositivos utilizados, visando sua adaptação e locomoção, eliminando as barreiras. Prover acessibilidade é de suma importância, pois segundo o IBGE contatou-se que no Brasil o número de pessoas que apresentam algum tipo de dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou deficiência física ou mental são de aproximadamente, 46 milhões de pessoas, ou 24% da população brasileira. As deficiências mais comuns são: • Cegueira • Visão debilitada • Discromatopsia • Dificuldades físicas e motoras • Surdez • Problemas de cognição, neurológicos e de aprendizagem Para mais detalhes sobre o desenvolvimento de formulários acessíveis, veja o tutorial Formulários Acessíveis disponível em Material de Aula. Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esse tópico, vamos recordar: 141 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN • Seção 2 – Acessibilidade no Brasil – Legislação A legislação brasileira aprovou um decreto federal, nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, onde tornou obrigatório a construção de Web sites, portais e canais eletrônicos da administração pública que atendam a requisitos de acessibilidade. • Seção 3 – Modelo de acessibilidade em Governo Eletrônico O Departamento de Governo Eletrônico brasileiro em parceria com a ONG Acessibilidade Brasil elaborou o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico e-MAG que visa padronizar o processo de acessibilidade em sites e portais do governo brasileiro, em conformidade com os padrões internacionais. • Seção 4 – Processos para desenvolver sites acessíveis Segundo o e-MAG para desenvolver um site acessível é preciso realizar os seguintes passos: Seguir os padrões Web; Seguir as diretrizes ou recomendações de acessibilidade; Realizar a avaliação de acessibilidade. • Seção 5 – Recomendações para adequar o projeto web as normas de acessibilidade 1. Declarar DOCTYPE 2. Organize o código de forma lógica e semântica 3. Utilizar corretamente os níveis de cabeçalho 4. Ordenar de forma lógica e intuitiva a leitura e tabulação 5. Disponibilizar todas as funções da página via teclado 6. Fornecer âncoras para ir direto a um bloco de conteúdo 7. Não utilizar tabelas para diagramação 8. Não abrir novas instâncias sem a solicitação do usuário 9. Garantir que os objetos programáveis sejam acessíveis 10. Não criar páginas com redimensionamento e/ou atualização automática 11. Não incluir situações com intermitência de tela 12. Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do conteúdo 13. Identificar o idioma principal da página 14. Oferecer títulos e links descritivos e informativo à página 15. Fornecer alternativa em texto para as imagens do sítio 16. Disponibilizar documentos em formatos acessíveis 17. Em tabelas, utilizar títulos e resumos de forma apropriada 18. Associar células de dados às células de cabeçalho em uma tabela 19. Separar a forma do conteúdo 20. Oferecer contraste mínimo entre plano de fundo e primeiro plano 21. Não utilizar apenas cor ou outras características sensoriais para diferenciar elementos 142 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN Sugestões de leituras • O uso correto do texto alternativo <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG/material-de-apoio>. • Tabelas Acessíveis <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG/material-de-apoio>. • Formulários Acessíveis <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-MAG/material-de-apoio>. • Padrões Brasil e-Gov <http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/padroes-brasil-e-gov>. • WCAG 2.0 <http://www.ilearn.com.br/TR/WCAG20>. • Técnicas para as WCAG 2.0 <http://www.acesso.umic.pt/w3/TR/WCAG20-TECHS>. • CSS e Web Standards <http://maujor.com/>. • RENAPI – Projeto de Acessibilidade Virtual <http://bento.ifrs.edu.br/acessibilidade/>. 22. Permitir redimensionamento de texto sem perda de funcionalidade 23. Dividir as áreas de informação 24. Possibilitar que o elemento com foco seja visualmente evidente 25. Fornecer alternativa para vídeo 26. Fornecer controle de áudio para som 27. Fornecer controle de animação 28. Fornecer alternativa em texto para os botões de imagem de formulários: 29. Estabelecer uma ordem lógica de navegação 30. Fornecer instruções para entrada de dados 31. Identificar e descrever erros de entrada de dados 143 Comunicação Visual para Web - UNIGRAN • Acessibilidade Web: (X)HTML, CSS, Scripts e Usabilidade para Todos <http://www.acessibilidadelegal.com/>. • Acesso Digital <http://www.acessodigital.net>. • Web Accessibility in Mind <http://webaim.org>. • W3C Brasil <http://w3c.br >. • CLF Standards (Canadá) <http://www.tbs-sct.gc.ca/clf2-nsi2/index-eng.asp>. • Section 508 (Estados Unidos) <http://www.section508.gov/>. • NDA (Irlanda) <http://www.nda.ie/cntmgmtnew.nsf>. 144
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