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RECURSOS CÍVEIS # Recursos: Extraordinário e Especial 01. Aspectos Comuns a) exige-se a ofensa ao direito positivo, constitucional ou infraconstitucional; b) são dirigidos aos Tribunais Superiores; c) não admitem rediscussão da matéria fática; d) não se prestam à correção da injustiça da decisão, mas à UNIFICAÇÃO da aplicação do direito positivo; 02. Hipóteses de Cabimento a) artigo 102, III e 105, III da CF/88 b) Artigos 1.029 e 1.035 do NCPC OBS.: quanto ao cabimento, destaca-se que o RExt, dirigido ao STF, não exige que a decisão recorrida tenha sido proferida por Tribunal, ao contrário do REsp (STJ). Desta forma, ADMITE-SE RExt em face de decisão das Turmas Recursais dos Juizados Especiais (Súmula 640/STF) OBS.: quanto à decisão preferida pelos Órgãos Colegiados dos Juizados Especiais, deve-se atentar para a utilização de RECLAMAÇÃO AO STJ, com o OBJETIVO de preservar a sua atuação uniformizadora. 03. Requisitos de Admissibilidade comum aos RExt e REsp a) obrigatoriedade de esgotamento de tosos os recursos ordinários - Súmula 281/STF; b) prequestionamento da questão que se quer ver apreciada no STF ou STJ - manifestação EXPRESSA do juízo local, provocada ou não pela parte, sobre questão devolvida nos recursos (matérias já decididas); c) alegação de ofensa a direito positivo – Súmula 07/STJ e Súmula 279/STF – ou seja – tratar de direito constitucional para o RExt e direito infraconstitucional para o REsp; OBS.: ressalta-se que, embora não se possa solicitar o REEXAME DE PROVA nos recursos RExt e REsp, ADMITE-SE nova valoração de prova constante dos autos. d) regularidade formal – aplicação do princípio da taxatividade recursal. 04. Juízo de Admissibilidade Ocorre pelo duplo juízo de admissibilidade – tanto pelo tribunal de origem quanto pelo tribunal destinatário; Artigo 1.030, NCPC: “Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: I – negar seguimento: a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. § 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.” OBS.: artigo 1.029,§3º, NCPC – utilização do princípio da economia processual, do aproveitamento dos atos e da celeridade. Tal dispositivo, autoriza o Supremos Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça, a DESCONSIDERAR VÍCIO FORMAL de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não repute grave. 05. Incidente de Demandas Repetitivas – art. 1.029, §4º, NCPC O dispositivo em comento se relaciona com o § 3º do art. 982. Este, por sua vez, trata da faculdade conferida às partes de qualquer processo individual ou coletivo em curso, no qual se discuta a mesma questão objeto de IRDR já instaurado e admitido, bem como ao Ministério Público e à Defensoria Pública, para requerer perante o STF ou STJ a extensão da suspensão vigorante no âmbito do tribunal (TJ ou TRF) onde tramita o IRDR a todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional que versem sobre a mesma questão. O § 4º do art. 1.029 trata dos requisitos para a concessão dessa extensão; Aplicação do princípio da isonomia e da segurança jurídica. 06. Efeito Suspensivo no RExt e REsp: Via de REGRA, tais recursos NÃO possuem tal efeito; art. 1.029, §5º - pedido de suspensão será dirigido, em peça autônoma, ao Tribunal Superior respectivo, ao presidente ou vice, dependendo da fase recursal. 07. Efeito Devolutivo do RExt e REsp: Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito. Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. 08. Interposição Simultânea de RExt e REsp: art. 1.031, NCPC 09. Quadro esquemático
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