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ESTUDO PARA ANTROPOLOGIA

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ESTUDO PARA PROVA DE ANTROPOLOGIA:
1. Aspectos etimológicos:
Antropos é o homem. Logos é cultura. Desta forma, o que o homem produz é cultura. Tanto no sentido físico, material quanto imaterial.
2. Aspecto histórico:
O objeto da antropologia era tudo que era diferente de você. O estranhamento com o outro. O estrangeiro visto como ultrapassado. Há também a verdade que não queremos ver: como no caso do homossexual.
3. Objeto hoje: pode ser qualquer objeto. A civilização não pode existir, se não houver uma lei. Necessário um recorte epistemológico para se fazer este estudo: onde o tempo e o espaço podem ser qualquer um. A Zetética enfatiza os aspectos antropológicos, filosóficos, éticos, sociológicos.
4. Divisões da antropologia: Biológica/Física, Psicológica, Pré histórica, Lingüística (entendida como uma das mais importantes, pois se torna possível entender uma cultura através da linguagem. Subdividida em etnografia, etnologia e arqueologia.
5. Antropologia Cultural: onde se insere o fenômeno jurídico, aquilo que o homem modifica em detrimento da razão.
6. Pseudoteorias: 
6.1 Johan Blubembach: o homem descende de um tronco único e então se formam 5 raças: branca, amarela, preta, vermelha e parda. (Não realiza nenhum estudo científico, apenas de gabinete).
6.2 Gobineau: faz o uso do conceito de raças e considera que a branca é a melhor, uma vez que tem aptidão para trabalhar com o intelectual.
CRÍTICAS: esses estudos considerando diferentes raças e elegendo a mlehor, servirão de fundamento para a ideia do nazismo e da raça pura.
6.3 James Watson: chegou até a ganhar o prêmio Nobel simplesmente por dizer que era possível dividir os humanos em raças e que algumas delas teriam desenvolvido algumas aptidões que as outras não, do ponto de vista quanto a cultura.
6.4 Aristóteles: acredita na existência daquilo que é por natureza predestinado a ser, mas acredita também naquilo que é possível por vontade. Concluiu que nós temos uma essência imutável.
7. Teorias Científicas:
7.1 Lamark: acredita que o uso reiterado da coisa faz com que a espécie se modifique. Ex: girafa.
7.2 Darwin: teoria da evolução das espécies, da qual o homem descende de um tronco único mas dotado de mutações, nós somos os aptos a sobreviver no ambiente hostil que é a terra. Esta sua teoria irá marcar decisivamente todas as ciências, inclusive as humanas, trazendo um novo plexo de discussões para a antropologia.
8. Sociologia Evolucionista:
8.1 Comte: percebe a evolução da ciência, diz que a evolução é fato! Defende que o progresso compreende a evolução de uma situação primitiva para outra científica. Há um progresso de 3 estágios até que se vire ciência: Metafísico (mito, magia)> Teológico (uso da razão)> Científico.
9. Antropologia Evolucionista:
9.1 Bachofen: interpreta a humanidade como um luta de equilíbrio entre o homem e a mulher. Explica ainda a luta de culturas através de um princípio masculino/feminino. As sociedades evoluem de formas mais elementares, ligadas a um tipo de sociedade onde a mulher e o espírito feminino tem papel preponderante e para outro onde o homem e o espírito masculino dominam. Ex: mulher é doméstica e professora.
9.2 Fran Boas: autor mais contemporâneo que questiona a ideia de Bachofen.
9.3 James Frazen: foi autor do Ramos de Ouro, e observa que o que é proibido já foi antes altamente desejado.
Crítica: observa-se que o que não tem cultura, como o primitivo, precisa ser catequizado (índio), matado (asteca).
9.4 Morgan: defende que de todos os fatos sociais, o casamento é o mais durável, sistemático e contínuo. Teve como grande mérito, observar a existência dos casamentos gentílicos ou comunidades gentílicas. Desta forma, vemos o princípio da solidariedade entrando para o direito.
9. Estudo da Etnografia
9.1 Franz Boas: tido como o pai da antropologia social, percebe que o meio determina a sua cultura. Aposta na teoria do difusionismo, na qual existem centros de difusão cultural (que por ser uma cultura tão preponderante, acaba difundido), não existindo uma cultura que fosse pura, ela sempre carregará traço de uma cultura antiga. Parte ruim? Há uma massificação da cultura, todo mundo acaba pensando igual, perde-se a identidade. Parte boa? Ao exemplo da vacina, intercâmbio de culturas tecnológicas.
O difusionismo jurídico ocorre a partir do direito romano, que continua a ser perpetuado em todo o ordenamento jurídico: vacatio legis, usucapião, divórcio, sistema bicameralismo.
10. Funcionalismo
Para o funcionalismo não há reconstrução história da cultura, basta que se análise o presente para compreendê-la (recorte cartesiano). A sociedade deve ser estudada como funciona na sua totalidade. Quando algo perde a função, acaba por desaparecer. E as instituições, como o direito, são partes da cultura de um sistema independente.
10.1 Bronislaw Malinowski: acredita que não é possível defender a tese de que culturas mais simples não tenham um direito razoavelmente constituído. As instituições, como o direito, são partes da cultura de um sistema interdependente.
11. Estruturalismo
Carrega o significado de sistemas estruturantes, tendo na lingüística moderna a base dos seus alicerces conceituais do estruturalismo. Estrutura é um complexo de relações sociais que compreender sistemas de parentesco, entre outros.
É uma interrelação do aparente com o profundo (TEIA). Uma estrutura de baixo, relações que se suplantam a partir daquilo, é como uma ideia de edifício. Às vezes se torna tão complexo que já não é possível fazer relação (mas com certeza há algo em comum), torna-se difícil de enxergar.
11.1 Sociedades frias: estrutura básica, aparente. As culturas frias não são mai vistas como selvagens, mas como primitivos sujeitos a um processo de evolução.
11.2 Sociedades quentes: estrutura profunda, que está muito complexo, não se consegue enxergar, sofre muitas influências e apaga o traço original.
11.3 Noberto Bobbio: O direito é um paradoxo, algo contraditório que precisa ser acreditado para que funcione no mesmo tempo e no mesmo espaço (ideia de segurança jurídica). Desta forma, ficcionamos que ele é perfeito.
11.4 Levi-Strauss: jurista que recebeu um telefonema para montar cursos na USP, aceitou, foi vítima de uma perseguição nazista, observou exaustivamente culturas, inclusive a indígena aqui no Paraná.
Acredita que existem as sociedades frias e quentes, sendo que é mais fácil de se observar nas sociedades frias os modelos inconscientes de estruturação, uma vez que as sociedades frias reprisam costumes. As razões inconscientes pelas quais se pratica um determinado costume ou crença estão bastante afastadas das razões que se evocam para justificá-las. Existe um arranjo de leis ocultas e gerais, muito similares em todas as culturas, as quais definem certas regras de parentesco. Presença do TRAÇO OCULTO.
12. Regras de parentesco 
São regras basilares presente como característica comum nas culturas: casamento (comunicação entre os grupos), econômicas (comunicação de bens e valores), lingüísticas (comunicação entre os povos).
Distinção entre SIGNIFICANTE e SIGNIFICADO
Saussure foi um lingüista que percebeu a diferença entra o que se representa e o que de fato significa.
O Significante é a palavra, a imagem que se constrói dela.
O significado pode ser diferente para cada cultura, é o conteúdo, o signo, o conceito apreendido.
Exemplo do queijo, cheese. Eu sei o que é QUEIJO (isso é o SIGNIFICANTE) mas o que ele representa para mim (SIGNIFICADO).
13. Reflexões sobre O que faz do brasil, Brasil.
Tem se no Brasil um esqueleto nacional de leis universais cujo sujeito é o indivíduo. 
Mas, por outro lado tem se o malandro que se salva e se despacha como pode, utilizando para isso o seu sistema de relações pessoais. Deveria ser a lei algo que valha para todos, porém o que se vê, são relações que só funcionam para quem as tem.
O que o brasileiro faz? Uma mediação pessoal com a lei. De tal sorte que a lei só fica um pouco desmoralizada,mas como ela é insensível e não é humana como nós, todo mundo fica numa boa.
O que falta no nosso país é a disciplina! Pois em países com padrão moral elevado não se faz uma lei para explorar e submeter o cidadão, se faz uma lei para a sociedade funcionar bem. 
A legislação do Brasil está repleta de NÃO PODES, por isso encontramos um estilo de navegação social que passe por essas entrelinhas. No nosso país fazemos a junção do pode e do não pode.
Fazemos a invocação da relação pessoal. Senão, utilizamos o “você sabe com quem está falando”?.
Malandro> existência do despachante. Da Matta chega a dizer que ser malandro é um modo profundamente original e brasileiro de viver! Confiado inclusive nas bases da nossa colonização quando Pero Vaz de Caminha manda vir da Ilha de São Tomé seu genro.
Levi-Strauss - civilização mundial: por meio do nosso poder e da nossa força espalhamos por toda a terra nossa cultura, e ameaçamos a existência de milhares de pequenas sociedades, cujas criações culturais, artísticas, sociais e religiosas eram essenciais para o patrimônio da humanidade. Temos que esperar que nesta síntese apareçam novas diferenças, novas originalidades, que ajudarão a humanidade a ficar mais criativa.

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