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Caderno Processo Civil III 19042015

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Processo Civil III – Alexandre Marder – Execução
Bibliografia:
Humberto Teodoro Jr. – Novo CPC
Daniel Mitidiero e Marinoni – Comentários ao projeto
CPC Atual (1973)
Código de Processo Comentado = Mitidiero e Marinoni
Código de Processo Comentado – Teotônio Negrão.
Provas: P1 – 10 questões V OU F
	 P2– 10 questões objetivas (cumulativa).
Somente consulta ao CPC.
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Função de Conhecimento – É o processo de conhecer o Direito. Atividade de dizer o direito (jus discere). O processo de conhecimento 
Tipos de Tutela Jurisdicional – Tipos de sentença
 
Ação é uma só, mas a tutela jurisdicional divide-se em cinco tipos.[1: Proteção, amparo que o Estado pode prestar.]
Declaratória
Constitutiva
Condenatória			 Isso é que eu recebo do Estado.
Mandamental
Executiva Lato Sensu
Ação é o direito que tenho de pedir ao Estado uma tutela jurisdicional diante de uma situação de conflito, efetiva e intempestiva. Ação é uma só.
“Daí-me os fatos que te darei o Direito”.
Quem define o tipo de tutela que pedirei na inicial é o advogado através da petição inicial no item “pedido”.
Quais os problemas que são resolvidos com os tipos de tutela em questão? Qual o tratamento para cada problema???
Vejamos:
Declaratória: Quando houver situação de INCERTEZA, a cerca da existência ou inexistência de uma dada relação jurídica. Ex: declaração de paternidade, usucapião (há uma incerteza quanto a quem é realmente o proprietário). A declaração é suficiente para a tutela estar definida (art. 4º CPC). A sentença elimina a incerteza.
Art. 4º - O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;
Il - da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo único - É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
2) Constitutiva (ou Desconstitutiva): Altera ou DISSOLVE UMA RELAÇÃO jurídica. Ex: Ação de Divórcio, Interdição, Emancipação. Resolve o divórcio, ação anulatória, ou seja, quando envolve pretensão de extinguir relação jurídica. Não questiona a relação jurídica. Pretende desfazer, desconstituir, por exemplo. Exemplo de ação constitutiva positiva: interdição: cria status para o interditado e para o curador. Altera a relação jurídica.
ESSAS DUAS TUTELAS ENCERRAM O LITÍGIO QUANDO PROLATADAS. 
SÃO AUTOSATISFATIVAS, AUTOSSUFICIENTE, porque não precisa de ação posterior do Estado = declaratória e constitutiva.
PROMOVEM A TUTELA DO DIREITO.
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Condenatória: Sempre INADIMPLÊNCIA em $$$$$$$$. Ex: Indenização por danos morais, ações trabalhistas, danos materiais, ação de cobrança.
Não promove a tutela de direito quando prolatada, pois cabe recurso. Não está finalizado o litígio. Não encerra o problema. Forma um título executivo.
4) Mandamental: Aqui não cabe $$$$$$$, mas sim o autor que um COMPORTAMENTO (fazer ou não fazer). Entram aqui todas as ações de obrigação de fazer ou não fazer. Ex: Contratação de uma obra que não é entregue, contra órgãos públicos quando é negada uma negativa de que necessito (com mandato de segurança), ações referentes ao meio ambiente (empresa poluidora). O Estado espera a colaboração do réu para que ele faça. Não encerra o problema. Dar ORDEM. Obrigação de fazer ou não fazer. Atuar sobre a vontade do destinatário/réu. DETERMINAR. Art. 461 do CPC. Mas precisa que o réu faça/obedeça, sob pena ou multa. Garantir os direitos de obrigação de fazer e não fazer. Ex. Mandado de segurança pro delegado da receita federal que não quer, ilegalmente, emitir certidão negative, só vai satisfazer quando de fato, com a sentence em maos, o delegado expedir a certidao.
	
5) Executiva Latu Sensu: Autoexecutariedade. A natureza do direito é o direito real. Meu patrimônio deve estar na mão do outro. Implica em movimentação de bens. É quando há a COERÇÃO DO ESTADO, independente da colaboração do réu. Ex: ação de despejo (tira a força depois discute), reintegração de posse, busca e apreensão. Torna real o que foi decidido juridicamente. Necessidade de entregar coisa. Ou ainda ação que envolve outorga de escritura de promessa de compra e venda (nao é entrega de coisa necessariamente). O estado age/faz aquilo que o réu deveria ter feito e não fez. A sentença vale como assinatura que não foi dada, ou manda o oficial de justiça. Substitui a atitude/vontade do réu. Aquilo que o réu deveria ter feito e não fez. Independe da vontade do réu. Não dá a ordem, o Estado é quem faz. Art. 461-A, CPC e art. 466. 
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.
Art. 466. A sentença que condenar o réu no pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa, valerá como título constitutivo de hipoteca judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros Públicos.
Parágrafo único. A sentença condenatória produz a hipoteca judiciária:
I - embora a condenação seja genérica;
II - pendente arresto de bens do devedor;
III - ainda quando o credor possa promover a execução provisória da sentença.
ESSAS TRÊS NECESSITAM DE ATITUDES ESTATAIS POSTERIORES PARA PROMOVER A TUTELA DE DIREITO. NÃO SÃO AUTOSSUFICIENTES, ou seja, precisam de ação posterior, dependem que um oficial de justiça, por exemplo, pra executar, atividade estatal = mandamentais, condenatórias e executivas lato senso.
AULA 2 
A execução não necessariamente será desencadeada para o cumprimento de sentenças
Títulos executivos extrajudiciais, documentos que não são feitos dentro do poder judiciário e possuem poder executivo. (ex.: cheque, nota promissória, duplicata, câmbio, contrato particular assinado por duas testemunhas, escritura pública).
1º Processo de Cognição
2º Execução (art. 586 CPC). Transforma o direito em fato através de um título executivo (judicial e extrajudicial).
Art. 586. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa,
líquida e exigível.
É uma transferência de patrimônio ou direito, coercitiva ou coativa, do devedor para o credor. Satisfação da pretensão de crédito.
EFICÁCIA DAS SENTENÇAS
DECLARATÓRIA 		Auto-executivas
CONSTITUTIVAS 		Faz coisa julgada
Condenatória: Pagamento em $$$$$ e formação de título executivo.
1ª Modalidade: 
Execução Obrigacional por Crédito: exige patrimônio disponível do demandado.
Art. 591 - O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Mandamental: Exige um comportamento, se não satisfeito serão impostas sanções de quem exerce a função jurisdicional, são alguns exemplos: astrientes (multa por descumprimento de ordem) art. 461-A; pena por desobediência – MP examina; content of course (art. 14, V). Tornam a ordem do juiz efetiva.[2: Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.][3: Art. 14 - São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.]
	2ª Modalidade:
	Execução Indireta (art. 461): através do juiz tende o demandado cumprir espontaneamente. Ex: funciona muito bem com órgãos públicos, sob pena de sofrer processo administrativo e possível demissão.[4: Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.27]
Executiva (latu sensu): A natureza jurídica é o direito real.
3ª Modalidade:
Execução Real (LS): Meu patrimônio deve estar na mão de outro. Ex: ações que expliquem a movimentação espacial de bens, tais como: despejo, busca e apreensão, reintegração de posse. Se procedente a ação será eficaz.
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO – Sujeitos da Execução (Exequente – Executado)
1º Princípio do Título: Não pode haver execução exitosa sem que o credor apresente um título executivo, ou seja, para fazer uso do processo de execução é indispensável a apresentação de um título executivo judicial (sentença do juiz) ou extrajudicial (documentos tais como: cheque, duplicatas, etc.). É o “ticket de entrada para uma execução. NULA EXECUTIO SINE TITULO. Execução visa retirar dinheiro do réu.
O cliente que não tiver o título, o advogado deverá entrar com uma ação monitória ou ação de cobrança, estas ações é que formam o título, mas levam muito tempo tramitando no judiciário. Por isso, é muito importante o título de crédito, ele torna mais célere o processo.
Execução pressupõe título.
Em caso de antecipação de tutela, é execução de tutela provisória. 
Se o cliente tiver uma parte da dívida em título, se cobra por título, e a outra parte com ação monitória.
	
DICA: Leitura Obrigatória – Teoria dos Princípios de Humberto Ávila e Manual de Execução de Araken de Assis 
2º Princípio do Resultado: a execução deve ser conduzida pelo Estado com objetivo de realizar o direito do credor/exequente, ou seja, o processo de execução é voltado para o credor, deve beneficiar os interesses do credor, ele existe para o credor. 
Ex: O STJ entendeu (entendimento pacífico) que era possível a penhora eletrônica, conhecida com “penhora on-line” (penhora de $) como primeira medida executiva. Hoje é plenamente possível para satisfazer o interesse do credor. Antes só podia fazer a penhora online depois que provasse que o devedor não tinha bens imóveis e veículos.
3º Princípio da Responsabilidade Patrimonial/Da patrimonialidade: 
Quem tem a obrigação de pagar, é a pessoa (tanto física como jurídica), deve haver essa distinção. Mas caso haja inadimplemento, quem responde/tem responsabilidade são os bens da pessoa, patrimônio do devedor.
Exceção (em parte): na dívida de alimentos é permitida a coerção física pessoal (não é pena, e provocar medo, constrangimento), mesmo nessa hipótese o objetivo seja patrimonial, ele vai preso (pra forçar a pagar), prisão civil, mas continua devendo. Não há troca. 
OBS: Não é todo patrimônio que responde, pois há alguns bens que não são penhoráveis. Ex: Em regra, os bens de família. 
4º Princípio da Disponibilidade (de abrir mão): O credor pode a qualquer momento desistir da execução, ou ainda, renunciar uma parte do crédito, ou ainda, desistir em face de um ou outro devedor. Pode liberar quem ele quiser. Liberdade do exequente em face o fato executivo. Renunciando o direito não pode reabrir novamente, mas se eu desistir posso reabrir o processo novamente.
A desistência da execução NÃO implica em desistência de EMBARGOS (o devedor apresenta embargos como defesa). Deve-se questionar o embargante se ele quer desistir da ação de embargos, dependendo da matéria. Ou seja, se a execução foi embargada, dependendo da matéria de defesa, pode ser que tenha que ouvir o réu para desistir da execução.
5º Princípio da Execução pelo meio menos oneroso ao executado (art. 620): 
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.
esse princípio entra em rota de colisão com o princípio do resultado
Deve ser ponderado com o princípio do resultado (princípio do executado). Se por mais de um modo, se puder satisfazer o interesse do credor, deve-se escolher àquele que menos prejuízo lhe traga.
Rota de colisão com o princípio do resultado, aí passa pela ponderação do caso concreto.
Tem que escolher o que dá menos prejuízo pro executado. Deve ser eleito o meio com menos restrições ao executado.
Exemplo: executado é pessoa jurídica e tem um terreno no interior que não está sendo utilizado, e a pessoa jurídica tem faturamento$ também. O exequente vai querer o dinheiro, mas daí o executado diz que se ele pegar dinheiro vai atrasar o pagamento dos funcionários/tributos, então o advogado do executado indica a penhora pro terreno do interior, alegando que se pegarem o dinheiro vai quebrar a empresa.
VAI SER COBRADO EM PROVA.....ATENÇÃO!!!!!
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LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO
Partes: EXECUTADO E EXEQUENTE
Não é certo tratar como credor e devedor porque não há dúvidas se é mesmo devedor/credor.
Condições da ação: Legitimidade, Possiblidade Jurídica do Pedido e Interesse.
Parte legítima não é necessariamente aquela que tem razão, na análise de legitimidade, está se abstraindo o fato de autor e réu ter ou não razão. É incorreto dizer que as partes legítimas é credor/devedor. Aquelas que em tese ocupam a posição de credor e devedor, legitimidade ativa/passiva.
A legitimidade ativa (art. 566 e 567 CPC) na execução é de quem, em regra, tem seu nome lançado como credor no título executivo. Essa legitimidade é ordinária. Legitimidade ordinária primária. 
Legitimidade ordinária secundária/superveniente – herdeiro que ajuíza em nome do falecido. Tem que fazer prova da sua vinculação com o título já que seu nome não está lá (inventário, certidão de nascimento..). Cessionário mesma coisa. Vínculo por fato superveniente.
Legitimidade passiva ordinária – primária (nome no título – avalistas e fiadores são primários porque o nome está no título) ou superveniente (endosso) - art. 568.
Art. 566. Podem promover a execução forçada:
I - o credor a quem a lei confere título executivo;
II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir:
I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, Ihes for transmitido o direito resultante do título executivo;
II - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo Ihe foi transferido por ato entre vivos;
III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Art. 568. São sujeitos passivos na execução: 
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; 
IV - o fiador judicial;
V - o responsável tributário, assim definido na legislação própria
REQUISITOS BÁSICOS PARA A PROPOSITURA DA EXECUÇÃO (com êxito): Titulo executivo e inadimplemento.
TITULO EXECUTIVO: É um documento que representa a existência de uma obrigação e que permite a utilização direta da via executiva (não passa pelo processo de conhecimento).
Para ter a 3ª característica é preciso que:
Tenha previsão legal: o documento tem que ser típico, deve estar previsto em lei para ser título.
Classificação: 
TITULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS (art. 475) – formados com a participação/intervenção direta do poder judiciário. Exemplo: Sentença.
TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAS (art. 585) – formados pela autonomia de vontade das partes. Exemplo: cheque, nota promissória, duplicata, contrato de honorários advocatícios, contrato particular com duas testemunhas, apólice de seguro de vida, certidão de dívida ativa.
A obrigação constanteno título (documento) tem que ter OBRIGATORIAMENTE três características/requisitos: o título tem que apresentar obrigação LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL:
Certeza: é aquela que não deixa dúvidas a respeito de sua existência. Tem que saber quem é o credor e o devedor. Título livre de contradições.
Liquidez: é aquela que apresenta um valor determinado ou determinável (pode ter multa, juros e correção). Ou que apresenta, no mínimo, os critérios para se atingir o valor.
Exigibilidade: É uma obrigação atual, não pode ser futura. Não pode cobrar antes de vencer.
 Só assim a execução pode ser proposta com êxito. 
	
	2) INADIMPLEMENTO: Também se deve comprovar, ALÉM DO TÍTULO, o INADIMPLEMENTO (não pagamento no prazo estipulado, é estar em mora). Pressupõe que o indivíduo esteja em mora.
Existem duas espécies de INADIMPLEMENTO:
	
ABSOLUTO: Não há mais como cumprir a obrigação.
RELATIVO: é o que nos interessa, que é aquele que tem a ideia de MORA, está em atraso, mas ainda pode ser cumprido.
Existem dois tipos de MORA:
EX-RÉ: quando consta expressamente a data que a obrigação deveria ser cumprida. Termo/prazo específico para o cumprimento da obrigação. Coloca automaticamente em mora. Não precisa interpelar o devedor antes de ajuizar o devedor. O ajuizamento da execução pode se dar diretamente, porque a data já demonstra a mora.
EX-PERSONAE: quando não há data expressa para o cumprimento da obrigação, antes de propor a execução deve-se constituir o devedor em mora, isto quer dizer que, deve-se interpelar o devedor antes da execução. Pode ser por e-mail, carta, etc. Nada mais é do que avisar antes de executar. Notificação.
TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS DO ART. 585 CPC
Deve-se saber identificar qual o tipo de título.
“Lista legal”.
Art. 585 - São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
Todos esses títulos não precisam ser levados à protesto antes da execução, desde que tenham inadimplemento; com exceção da DUPLICATA QUANDO NÃO ACEITA, então parte-se para o ACEITE PRESUMIDO (o comprovante da entrega da mercadoria é indispensável para o aceite presumido). para possa ser levada a protesto. Precisa de aceite para ser título executivo. Protesto da duplicata + acompanhada do comprovante de entrega das mercadorias.
Art. 7o, 8o, 15o , inciso II – Lei 5474/68
STJ ampara plenamente o entendimento. A duplicata se não for aceita pode ser executada na hipótese de estar caracterizado o aceite presumido (protesto + comprovante entrega).
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;
- O TAC (termo de ajustamento de conduta) e acordos com o poder público. Promotor assina junto. Exemplo: cliente tem casa noturna e tem problema com os vizinhos que fizeram denúncia do MP. Ele se obrigou a não por o som tão alto, o MP assinou. Se ele descumprisse poderia ser executado pq tem assinatura do MP.
Comprova-se em tabelionato por escritura pública e documento particular com duas testemunhas (a assinatura das testemunhas pode ser depois).
- A assinatura das duas testemunhas precisa ser contemporânea a assinatura do devedor? Não precisa, a jurisprudência diz que a assinatura das duas testemunhas podem ser depois da assinatura do devedor. A explicação disso é que as testemunhas são testemunhas instrumentais, ou seja, do documento, e não da relação jurídica/negócio.
- Conciliação – termo de acordo – título executivo – assinatura do advogado das partes, pode ser até o mesmo advogado.
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida;[5: A garantia é de bens imóveis.][6: A garantia é de bens móveis. (contrato com a caixa federal – exemplo da joia pra pegar $ emprestado).][7: Quando ocorre penhora dos frutos/renda. A garantia da dívida são os frutos de determinado bem imóvel.][8: Caução = Fiança (a doutrina trata assim). Há dois tipos de caução: Caução Real é baseado em imóvel, garantia por determinado bem - e Caução Fidejussória (fidúcia = confiança) com fiador. ]
Apólice de seguro de vida é contra a seguradora, pois o valor já é pré-estipulado, a seguradora não pagou, executa direto.
NÃO PRECISAM DE ASSINATURA DE DUAS TESTEMUNHAS POIS JÁ são TITULO.
Não é necessário que o fiador passe por processo de conhecimento, pode ser executado direto.
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
Atualmente está em desuso, é um recurso antigo da ENFITEUSE, referentes aos terrenos de beira/marinha.
Foro – quantia anual que o usuário paga para o proprietário (União).
Laudêmio – quando vende a posse/transferência da posse.
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio (previstas no contrato de locação);
Contrato de locação, o próprio contrato é titulo extrajudicial com execução direta.
Não é necessária ação de cobrança. Pode ajuizar ação de execução direta porque contrato de locação é título executivo extrajudicial.
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;
Os conhecidos auxiliares do juiz, estão a serviço da justiça. Homologados por decisão judicial.
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
CDA – Certidão de Dívida Ativa da Fazenda Pública. Ex: ICMS, IPTU, IR. Não precisa da assinatura do devedor.
Como o Estado, a União e o Município cobram dos contribuintes.
Lei 6830/80 – lei que regulamenta execuções fiscais no Brasil.
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
O rol constante não é exaustivo, não é taxativo, mas os títulos executivos em si são, ou seja, pode ter para além dessa lista, uma Lei Especial, prevendo outro título executivo.
Para ter título tem que ter lei, mas não necessariamente do art. 585.
Exemplo.: estatuto da advocacia – contrato de honorários advocatícios contratuais – é titulo executivo e não tá no artigo, tá na lei especial. E não precisa ter duas assinaturas testemunhas pra ser título executivo, a lei especial diz que não precisa. Por si só ele já é.
Leis esparsas podem formar outros títulos. Ex: Estatuto da OAB, Contrato de honorários e outras. Esse rol não é taxativo.
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PROCEDIMENTO EXECUTIVO
Existem vários tipos de execução porque existem vários tipos de obrigações não cumpridas. O procedimento apresenta variações e depende do tipo da obrigação, do devedor e do credor.
Princípio da Adequação:
O procedimento varia conforme o objeto da execução. Ex: A execução de obrigação de fazer é diferente da execução de pagamento de quantia certa. Pode também variar conforme a pessoa, ou seja, pessoa física ou poder público.
Assim, DEPENDE DO OBJETO E DEPENDE DA PESSOA (executado e exequente) O PROCEDIMENTO EXECUTIVO A SER USADO.
	O procedimento mais usual no foro é o de QUANTIA CERTA (pagamento).
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA POR DEVEDOR SOLVENTE de TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (art. 585) 
Esse devedor ainda pode pagar, pois não está falido. Tem mais ativo do que passivo, tem capacidade de pagar a dívida.
Sujeitos da Execução: exequente e executado ou autor e réu.
PETIÇÃO INICIAL -> CITAÇÃO -> (EMBARGOS A EXECUÇÃO – AÇÃO QUE O EXECUTADO PODE PROMOVER CONTRA O EXEQUENTE PARA SE DEFENDER, MAS NÃO NO PRÓPRIO PROCESSO DE EXECUÇÃO, NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, O PROCESSO CONTINUA, pode pedir o efeito suspensivo mas pode ser que não leve – requisitos 739-A)->PENHORA DOS BENS DO RÉU –> AVALIAÇÃO –> EXPROPRIAÇÃO –> ALVARÁ
No procedimento da execução não há espaço para defesa do réu.
ETAPAS:
1ª FASE DO PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO – PETIÇÃO INICIAL
Inicia com uma petição inicial (art. 282) de execução (art. 614, 615)
Art. 282 - A petição inicial indicará:
ENDEREÇAMENTO – autoridade judiciária
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; 
DESCRIÇÃO DOS FATOS
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
DO PEDIDO
IV - o pedido, com as suas especificações; 
ante ao exposta requer. cita-se e para pagar x em 3 dias, sob pena de penhora (on line).
DO VALOR DA CAUSA – valor da dívida atualizada
V - o valor da causa;
Pagamento das custas ao poder judiciário.
DAS PROVAS
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - o requerimento para a citação do réu
Art. 614 - Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo extrajudicial: 
DEVE-SE JUNTAR O TÍTULO ORIGINAL porque são documentos que circulam. A JURISPRUDÊNCIA ADMITE CÓPIA QUANDO O TÍTULO É UM CONTRATO (ESSE DOCUMENTO NÃO CIRCULA). 
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
DEVE HAVER O DEMONSTRATIVO DO DÉBITO ATUALIZADO (C/ JUROS, CM E MULTA). PLANILHA COM A EVOLUÇÃO DA DÍVIDA POR MEMÓRIA DE CÁLCULO.
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (DATA DEFINIDA) (art. 572).
CONDIÇÃO É EVENTO FUTURO E INCERTO QUE DETERMINA OU NÃO O NASCIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO E A TERMO É A DATA DEFINIDA.
SE O CREDOR CUMPRIU A SUA PARTE PARA PODER COBRAR.
Art. 615 - Cumpre ainda ao credor:
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada;
II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;
III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;
É UMA CAUTELAR NO ÂMBITO DA EXECUÇÃO. DEVE SER POR MEIO DE AÇÃO PRÓPRIA. NO PROCESSO CAUTELAR SE USA A PENHORA IMEDIATA (PENHORA ON-LINE).
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.
SE O CREDOR CUMPRIR SUA PARTE, ENTÃO ELE PODERÁ COBRAR. EX: ENTREGA DE AUTOMÓVEL, PARA DEPOIS COBRAR.
EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. 
Art. 615-A. O exequente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.
AS ALIENAÇÕES FEITAS APÓS A CITAÇÃO PODEM CONFIGURAR A FRAUDE À CREDOR.
Art. 616 - Verificando o juiz que a petição inicial está incompleta, ou não se acha acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, determinará que o credor a corrija, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de ser indeferida.
ESQUECIMENTOS COMO ESSES NÃO DEVEM SER MOTIVO PARA A EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. ESSE PRAZO É PARA A EMENDA DA PETIÇÃO, SENÃO SERÁ EXTINTA A EXECUÇÃO.
indicar também no pedido a penhora online, ou, alternativamente, indicar um imóvel 
Inicial de Execução
Pedro contratou um para o ajuizamento de uma ação indenizatória por acidente de trânsito. O advogado chama-se Luiz. Celebraram um contrato de honorários com cláusula de sucesso. 20% sobre o que Pedro ganharia com a ação. Luiz teve ganho de causa, tendo obtido um proveito econômico de 20 mil reais para seu cliente. No entanto, Pedro não pagou os honorários contratados, você é contratado por Luiz, faça a petição inicial. 
Valor a ser executado – 4 mil reais
Tipo de título - 
DISTRIBUIÇÃO
o devedor antes mesmo de ser citado sabe que tá sendo executado
o devedor profissional vende todo seu patrimônio ou aliena antes de ser citado, porque daí quando o oficial de justiça chegava, não tinha mais nada.
Art. 615-A.  O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.
§ 1o  O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.
§ 2o  Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.
§ 3o  Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593). Ou seja, ineficaz,ou seja, posso buscar do cara que comprou.
§ 4o  O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.
-> aplica este caso quando tiver má-fé, ou seja, quando propoe uma execucao falsa só pra ganhar a certidão e averbar um imóvel sem que, de fato, a pessoa seja devedora e que o imóvel tenha possibilidade de ser penhorado. Se porcausa da averbação o suposto executado deixar de vender o imóvel, quando for descoberta toda a verdade acerca da averbação, o falso exequente vai indenizar o suposto executado.
§ 5o  Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo
Para que serve essa certidão de distribuição?
Esse artigo antecipa o marco da fraude - Antes só configurava a fraude depois da citação, mas depois do art. 615-A, no ato da distribuição pede para o DISTRIBUIDOR, e não para o juiz, que o funcionário expeça certidão.
Nessa certidão tem as com a data, o nome do credor, devedor e valor da dívida.
No mesmo dia, pode ir no cartório de registro de imóveis, onde o devedor tenha imóveis, e essa certidão é averbada na matrícula do imóvel do devedor. O mesmo ocorre com o DETRAN.
Isso tem a vantagem de, se acontecer a venda, após essa averbação, essa alienação é considerada em fraude à execução, ou seja, antes mesmo da citação.
Não da tempo do devedor vender se desfazer das coisas, tudo depende da agilidade do advogado.
Assim, reconhecida a fraude à execução, ou seja, feita depois da averbação, a alienação é considerada INEFICAZ (não é nula porque se fosse nula teria que desfazer o negócio, tirar os efeitos da sentença, mas como é ineficaz, significa que o cara que comprou o imóvel com a averbação é quem responde, quem adquiriu que pode pagar/perder o imóvel - buscarei a dívida no patrimônio de quem comprou, quem comprou com o 615-A, afasta-se o adquirente de boa-fé, comprou mal e vai perder o bem). 
Mas, também tem alguns que querem assumir o risco de comprar esse imóvel, pois pode ser vantajoso (através de embargos zerando a dívida) e o cartório deve averbar.
Essa ferramenta (art. 615-A) só pode ser utilizada para bens sujeitos de registro (utilizada em carros, imóveis e também pode ser feito sobre cotas sociais).
	A averbação não impede a dívida, o comprador pode comprar mesmo com a certidão averbada, depende do comprador assumir o risco, analisar a execução.
Aqui é o fim da PI
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	O caminho do processo é chamado PROCEDIMENTO. 
PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL CONTRA DEVEDOR SOLVENTE.
				 Fraude em Execução.
								 
PI	- 	CIT	- 	P	- 	AV	-	EX	-	PC
Petição Inicial			 Penhora	 Avaliação Expropriação Pgto. Do Credor
(aqui c/ 615-A)	
				 ED (Embargos do Devedor)		 Ex: Leilão, adjudicação, etc.
2ª FASE DO PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO – CITAÇÃO (sempre citadopor oficial de justiça, por conta do art. 222 do CPC – alínea d.
Não há processo sem citação por conta dos princípios do direito constitucional: CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA.
a execução fiscal pode ter citação feita pelo correio, mas na execução civil é sempre oficial de justiça art. 222 – alínea c
SITUAÇÕES:
 c/ bens (art. 653 e 654) – lavrar auto de arresto, bem fica vinculado à execução.	
1. Devedor NÃO encontrado 		
 s/bens (Despacho do Juiz: Diga o credor sobre a certidão do Sr. OJ (quer dizer que não encontrou o devedor e o credor tem que se virar).
Art. 653 - O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. (Arresto – preparatório de penhora)
Parágrafo único - Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.
Art. 654 - Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o Parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não pagamento.
- Oficial achou terreno em nome do cara, faz a arresta, avisa o juiz, o cara cita por edital, daí se não aparece o executado, converte o arresto em penhora, e depois da conversão pode pedir avaliação do bem e leilão.
	 		 É citado para pagar em 3 dias (art. Art. 652)
			
2. Devedor encontrado Embargar a execução (apresentar defesa/contraditório) em 15 dias contados da juntada aos autos da citação (art. .
				
			 Parcelamento da dívida (745-A– parcelamento judicial).
- Estímulo para quem paga no prazo: 
Art. 652-A, parágrafo único - No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade. 
- tem que ser 100% do valor.
- honorários de sucumbência fixados no despacho de citação (com teor de decisão)
- Art. 738.  Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
- prazo para embargar é o mesmo para pedir parcelamento legal
- Art. 745-A. No prazo para embargos (15 dias), reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.
- não se trata de um acordo, porque o acordo pressupõe aceitação de ambos, é apenas uma hipótese de parcelamento prevista na lei que o exequente vai ter que aceitar se o executado pedir dentro do prazo e com os requisitos legais.
- 30% do total, com as custas e honorários fixados.
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IMPENHORABILIDADE – art. 649
Todos os bens respondem pela execução, mas a CF tem o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana que garante que o executado tenha um mínimo para continuar uma vida digna.
Tem que deixar um mínimo que lhe assegure a dignidade. Para a garantia desse mínimo foi criado o instituto da impenhorabilidade.
	Há dois tipos/espécies de impenhorabilidade, são elas:
	Absoluta: em hipótese alguma podem ser penhorados – bens não podem ser penhorados jamais, independentemente da natureza da dívida. Não admitem penhora em qualquer hipótese. 
	Relativa: em regra não admitem penhora, mas em algumas situações e dependendo da natureza da dívida podem ser penhorados. (exemplo: bem de família – se o dono da casa é devedor de alimentos, pode ser tirada a casa).
Art. 649 - São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
os bens públicos. Não admite exceção.
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
Exemplo: obra de arte com elevado valor
Geladeira, fogão, cama, ...
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
Uma coleção de relógios poderia
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3 o deste artigo;
É penhorável o salário por pensão alimentícia. Parágrafo 2o.
Bolsa família.
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;
Exemplo: computador do advogado, cadeira do dentista, carro do representante comercial..
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
Nem pra alimentos.
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança.
Não admite penhora se estiver depositada em conta de poupança.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem.
§ 2º O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia.
LEI Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990.
A impenhorabilidade do bem de família não está prevista no CPC.
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
O imóvel utilizado como residência do casal ou entidade familiar não pode ser penhorado por conta de dívidas da família, independentemente da natureza da dívida.
O imóvel bem de família é RELATIVAMENTE impenhorável (não é impenhorabilidade absoluta).
Súmula 364   O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
Pessoa que mora sozinha/separada/viúva pode ser considerada entidade familiar.
Súmula 449 A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora.
Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
EXCEÇÕES: casos em que pode se penhorar o bem de família.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III - pelo credor de pensão alimentícia;
Tira a casa que o devedor da pensão mora.
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; Ex: IPTU E CONDOMÍNIO.
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; execução hipotecaria. Essa execução fará com que o devedor perca a casa que mora.
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução desentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
Exemplo: traficante de drogas que adquiriu imóvel residencial com dinheiro do tráfico, não concede a proteção.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
apenas o fiador do contrato de locação.
P1 até aqui ^
P2 a partir daqui > 
PENHORA – FASE DO PROCEDIMENTO EXECUTIVO
PENHORA é um ato de constrição que advém do processo de execução, a fim de que determinados bens ou quantias, possam ser destinadas para a realização do direito do credor. Prepara, ou bloqueia determinados bens para a realização do crédito, ou seja, pagar o débito. CONSTRIÇÃO sobre bens ou dinheiro. Ato que vincula determinado bem ou determinada quantia em dinheiro a um processo de execução. A penhora deve estar relacionada com processo de execução.
Só se avança pra penhora caso haja embargos. 
	Como se faz a penhora ??? como se formaliza a penhora? Pode ser feita de duas formas:
Auto de Penhora – ato privativo do Oficial de Justiça. Documento lavrado na hora pelo OJ, inclusive fazendo a avaliação do bem. Geralmente feita sobre bens móveis.
Termo de Penhora – ato privativo do funcionário do cartório judicial/chefe do cartório/escrivão. Geralmente para bens imóveis. Por quê? Diante da juntada da matrícula do imóvel, o servidor lavra o Termo de Penhora.
Como se faz penhora em dinheiro??? Não tem previsão mas se deu pela prática forense. Dá-se pela penhora eletrônica ou penhora on-line, que é feita através de um programa de computador chamado BACENJUD. Lançando o CPF OU CGC bloqueia, em qualquer lugar do Brasil, o valor a ser bloqueado. É uma foto da conta naquele determinado dia. O juiz por Decisão Interlocutória, diz que o extrato do BACENJUD vale como termo de penhora “o extrato do sistema BACENJUD vale como termo de penhora.” Decisão judicial equipara o extrato do bacen ao termo de penhora.
EFEITOS JURÍDICOS DA PENHORA
Quais as consequências jurídicas de se constituir uma penhora????
São 3 os efeitos da penhora:
Delimitação no patrimônio do executado: é dizer quais os bens responderão pelo débito. É o crédito exigido pelo exequente. É importante porque antes da penhora isso é algo indefinido. É bom para o exequente, pois no momento da penhora, o que era abstrato vira algo concreto e para o executado define o que responderá pela penhora e o resto está salvo.
Instituir o direito de preferência nos termos do art. 711 do CPC. Podem várias penhoras cair sobre o mesmo bem. 
Art. 711 - Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada penhora.
Nesse caso quem receberá primeiro??? Será levado a leilão e aí será repartido entre os credores. Os credores serão pagos na ordem cronológica das respectivas penhoras. 
A regra é: O credor que levou o bem à execução recebe primeiro.
Depois ordem de recebimento de acordo das penhoras, salvo se houver credor privilegiado. Daí desconsidera a ordem cronológica. Ou seja, recebe na frente quem levou a execução primeiramente à praça para a penhora, se não haver nenhum crédito preferencial. Ex: Crédito Trabalhista. Pula na frente até do que levou a leilão.
A lei que traz a ordem de preferência está na Lei 11.101/05. Art. 83, inciso I.
Aqui se fala em concurso singular de credores (sobre somente um bem do executado).
O privilégio sobrepõe a ordem cronológica.
3) A penhora torna INEFICAZ (INEFICAZ é diferente de NULO - onde a venda teia que ser desfeita- e ANULÁVEL) a eventual ato de alienação ou oneração do bem penhorado, em face do autor da execução. Traz garantia para o credor, pois o bem deve ser protegido a fim de garantir o pagamento - A alienação pode se dar por DOAÇÃO ou por VENDA ( Real ou Simulada). Semelhante o efeito da averbação do 615-A.
se o bem for alienado, a alienação é considerada INEFICAZ perante o autor da execução. Quem compra bem penhorado, em regra, perde o bem. 
Em regra, vender o bem penhorado é um ato INEFICAZ. 
IMPORTANTE: O BEM E PENHORA ANDAM JUNTOS.
OBS: Caso o bem penhorada vá a leilão e o crédito seja insuficiente, pode-se peticionar no mesmo processo o REFORÇO DE PENHORA para buscar o valor que faltou arrecadar no leilão.
PROBLEMA em identificar o SUPOSTO TERCEIRO ADQUIRENTE DE BOA-FÉ
Súmula 375 STJ – O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Se a penhora estiver registrada, a compra é considerada fraude à execução.
Se eu compro mesmo sabendo que tá penhorado, não estou de boa-fé, presume-se que eu conhecia a penhora.
O adquirente de boa-fé, aquele que não sabia da penhora, deve ser protegido.. 
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Válido para bens que tem registros. Exemplo disso são as máquinas de fábrica. As máquinas não tem registro. O comprador não tem como saber. Deve apelar pro lado probatório. Prova difícil de fazer: provar que não sabia da penhora.
Situações: 615-A (averbação), venda após citação, penhora registrada.
A súmula protege quem compra imóvel penhorado sem registro.
Podem ocorrer duas situações:
Não tinha registro, mas sabia da penhora: Muito difícil de provar, mas os exemplos são: Pai que vende para filho, irmão que vende para irmão..
Sabia da penhora, mas não há registro: Não perde o bem. 
Esse adquirente (suposto adquirente de boa-fé) se utiliza do instrumento que é a Ação de Embargos de Terceiro (art. 1046 e seguintes),e esse adquirente é que deve fazer prova (art. 333)
Art. 333 - O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Parágrafo único - É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito
Qual a ação que cabe ao adquirente que quer provar que comprou de boa-fé?
Embargos de terceiro, art. 1046 e seguintes.
Qual o mecanismo para saber se há penhora?
Aquela certidão feita no ato da distribuição no cartório por funcionário do foro.
duas espécies de fraude com objetivo para lesar credores:
1) FRAUDE À EXECUÇÃO pressupõe que a alienação do bem tenha se dado durante o trâmite de qualquer demanda que seja capaz de reduzir o devedor à insolvência. Execução e ação de conhecimento também.
Art. 593, inciso II Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens: II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
2) FRAUDE CONTRA CREDORES pode ocorrer até ANTES do ajuizamento de uma ação de execução ou de cobrança.
Ação própria para anular ato supostamente praticado em fraude – AÇÃO PAULIANA.
Conluio entre o cara que vendeu e o cara que comprar – demonstrar a fraude, prova difícil para requerer a anulação da venda.
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ORDEM DE PREFERÊNCIAS
ART. 655 – CPC “PENHORA OBSERVARÁ, PREFERENCIALMENTE, A SEGUINTE ORDEM: 
I - DINHEIRO, EM ESPÉCIE OU EM DEPÓSITO OU APLICAÇÃO EM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA; 
II - VEÍCULOS DE VIA TERRESTRE; 
III - BENS MÓVEIS EM GERAL; 
IV - BENS IMÓVEIS; 
V - NAVIOS E AERONAVES; 
VI - AÇÕES E QUOTAS DE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS; 
VII - PERCENTUAL DO FATURAMENTO DE EMPRESA DEVEDORA; 
VIII - PEDRAS E METAIS PRECIOSOS; 
IX - TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA DA UNIÃO, ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM COTAÇÃO EM MERCADO; 
X - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS COM COTAÇÃO EM MERCADO; 
XI - OUTROS DIREITOS. 
§1O - NA EXECUÇÃO DE CRÉDITO COM GARANTIA HIPOTECÁRIA, PIGNORATÍCIA OU ANTICRÉTICA, A PENHORA RECAIRÁ, PREFERENCIALMENTE, SOBRE A COISA DADA EM GARANTIA; SE A COISA PERTENCER A TERCEIRO GARANTIDOR, SERÁ TAMBÉM ESSE INTIMADO DA PENHORA. 
§ 2O - RECAINDO A PENHORA EM BENS IMÓVEIS, SERÁ INTIMADO TAMBÉM O CÔNJUGE DO EXECUTADO.”
A EXECUÇÃO SEMPRE SE DARÁ PREFERENCIALMENTE PELO VALOR MONETÁRIO – ART. 655, I - CPC C/C/ ART. 655-A, CAPUT - CPC
PENHORA “ON LINE”
É FORMA DE PENHORA QUANDO O JUIZ, A REQUERIMENTO DO EXEQÜENTE, REQUISITA À AUTORIDADE SUPERVISORA DO SISTEMA BANCÁRIO INFORMAÇÕES SOBRE A EXISTÊNCIA DE ATIVOS EM NOME DO EXECUTADO (DINHEIRO EM DEPÓSITO OU APLICAÇÃO FINANCEIRA). EXISTINDO TAIS ATIVOS, PODE NO MESMO ATO DETERMINAR SUA INDISPONIBILIDADE, ATÉ O VALOR INDICADO NA INICIAL (SÃO AS CHAMADAS ORDENS JUDICIAIS DE BLOQUEIO)
- A PENHORA ELETRÔNICA (PENHORA ON LINE) É A MANEIRA MAIS EFICAZ DE REAVER DÍVIDAS EM DINHEIRO – ART. 655-A, CAPUT – CPC
- O BACEN JUD - INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA ENTRE O PODER JUDICIÁRIO E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS, COM INTERMEDIAÇÃO, GESTÃO TÉCNICA E SERVIÇO DE SUPORTE A CARGO DO BANCO CENTRAL
- POR MEIO DO BACEN JUD, OS MAGISTRADOS PROTOCOLIZAM ORDENS JUDICIAIS DE REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES, BLOQUEIO, DESBLOQUEIO E TRANSFERÊNCIA DE VALORES BLOQUEADOS, QUE SÃO TRANSMITIDAS ÀS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS PARA CUMPRIMENTO E RESPOSTA.
- BACEN JUD – JUIZ DECIDE EM GABINETE
ART. 655-A, CAPUT – CPC “PARA POSSIBILITAR A PENHORA DE DINHEIRO EM DEPÓSITO OU APLICAÇÃO FINANCEIRA, O JUIZ, A REQUERIMENTO DO EXEQÜENTE, REQUISITARÁ À AUTORIDADE SUPERVISORA DO SISTEMA BANCÁRIO, PREFERENCIALMENTE POR MEIO ELETRÔNICO, INFORMAÇÕES SOBRE A EXISTÊNCIA DE ATIVOS EM NOME DO EXECUTADO, PODENDO NO MESMO ATO DETERMINAR SUA INDISPONIBILIDADE, ATÉ O VALOR INDICADO NA EXECUÇÃO.”
PENHORA DE FATURAMENTO (art. 655, Inc. VII e 655-A§ 3º)
Não se confunde com a penhora ON-LINE ou ELETRÔNICA, mas tem uma semelhança; o OBJETO É DINHEIRO ($$$$$) e o executado é pessoa jurídica (aquela que alfere faturamento, EIRELE por exemplo).
Quando o pedido de penhora de faturamento é feita ao juiz (e o juiz através de decisão interlocutória), esse deve avaliar o valor percentual do faturamento para os pagamentos que não prejudique a empresa. Esse valor deve ser suportado, caso esse valor não seja suportado pelo executado caberá AGRAVO DE INSTRUMENTO.
A PENHORA DE FATURAMENTO é medida residual, somente sendo utilizada quando os bens móveis e imóveis + penhora OL forem insuficientes.
QUAL O PROCEDIMENTO DA PENHORA DE FATURAMENTO???
	Se efetiva por meio da nomeação de um perito (qualquer auxiliar do juiz) para entrar na executada e verificar qual o seu faturamento e assim arrecadar o percentual de faturamento e já penhorar. O advogado da empresa pode agravar.
	A decisão do juiz pode decidir por várias maneiras de solicitar a penhora de faturamento.
	Essa penhora pode ser uma saída para o devedor, pois permite a flexibilização. O juiz pode flexibilizar a sua decisão de acordo com o valor da execução, até que o débito seja pago.
A penhora online se realiza independentemente de intervenção de perito, administrador ou oficial de justiça, se dá única e exclusivamente por meio da informática. 
A penhora de faturamento vista também constrição/penhora de quantia em dinheiro, no entanto, esta modalidade é determinada pelo juiz quando o réu for pessoa jurídica. A realização desta pressupõe que um administrador/perito vá até a empresa e arrecade valores semanais/mensais que a PJ receba. Alguém da confiança do juiz. O percentual depende do valor do débito e de outros valores.
	PENHORA DE FATURAMENTO
	 
	PENHORA ON LINE
	PRESSUPÕE PJ COMO EXECUTADO
	
	EXECUTADO - PJ OU PF
	PRESSUPÕE A NOMEAÇÃO DE UM PERITO PELO JUIZ
	
	NÃO PRECISA DE OFICIAL DE JUSTIÇA
	VALOR PENHORADO DE ACORDO COM O FATURAMENTO
	
	BLOQUEIA O VALOR DA EXECUÇÃO
Observações finais:
modalidades diferenciadas:
1) penhora no rosto dos autos – art. 674 do CPC. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, avebar-se-á no rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que lhe corresponder, a fim de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.
Exemplo: A é credor de B. B não tem bens penhoráveis. A percebe que pai de B morreu, e que B é herdeiro, e abriu-se o processo de inventário e A sabe que quando o processo acabar, B vai receber muita grana. Nesse caso, A pode proceder a penhora no rosto dos autos do inventário para que, quando houver a efetivação da partilha, o dinheiro que ela for receber primeiro paga o crédito, depois vai pra ela.
2) penhora de crédito – eu sei que meu devedor é credor de outras pessoas, eu vou direto para esses credores. 
3) penhora de cotas societárias – caso o devedor seja sócio de PJ.
DEPOSITÁRIO DOS BENS PENHORADOS (art. 666)
	
	Depositário é quem zela o bem penhorado, é aquele que tem a posse direta do bem (tempo entre a penhora e leilão).
Art. 666. Os bens penhorados serão preferencialmente depositados:
I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o Estado Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou 
agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito
;II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;
III - em mãos de depositário particular, os demais bens.
§ 1º Com a expressa anuência do exequente ou nos casos de difícil remoção, os bens poderão (geralmente sobre os bens móveis, pois nesse ele pode sumir). ser depositados em poder do executado.
§ 2º As joias, pedras e objetos preciosos deverão ser depositados com registro do valor estimado de resgate.
OBS: O MAIS ECONÔMICO É QUE OS BENS IMÓVEIS FIQUEM COM EXECUTADO.
O que acontece com o depositário que some com o bem????
§ 3º A prisão de depositário judicial infiel será decretada no próprio processo, independentemente de ação de depósito. (letra morta da lei)
Considerado depositário infiel, o depositário deve ser preso (conforme citação acima), mas conforme a Súmula Vinculante 25 do pacto de São José da Costa Rica, onde o Brasil é signatário, NÃO HAVERÁ PRISÃO. Poderá haver uma demanda indenizatória.
	Se o depositário for preso caberá HC OU AGRAVO DE INSTRUMENTO.
FASE DA AVALIAÇÃO – ART. 680 – BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
Art. 680 – A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 688, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 dias para entrega do laudo. 
- A avaliação deve ser feita preferencialmente por OJ. (desde 2006)
- Mas o Juiz poderá nomear perito avaliador para casos específicos.
- Não há necessidade de avaliação se há consenso entre as partes.
- Do laudo de avaliação as partes devem ter vista, para que as partes possam fazer as impugnações.
- O juiz deve se preocupar em dar vista para o exequente – art. 745, II, pois o executado pode embargar caso a penhora esteja dentro das hipóteses do art. 745. além de poder impugnar a avaliação de maneira incidente nos próprios autos através de petição, pode apresentar impugnação nos embargos.
- A impugnação do laudo de avaliação deve estar amparada em subsídios técnicos (engenheiro, agrônomo e arquitetos).
- da avaliação juntada aos autos, as partes devem ter vista com possibilidade de manifestação.
FASE DA EXPROPRIAÇÃO – art. 647
É a Transformação do bem penhorado em dinheiro. (retira a propriedade do executado, para satisfazer o credor, cabe salientar que somente a penhora não satisfaz o credor). Quando o objeto da penhora é quantia em dinheiro expede o alvará e deu. Quando o objeto não for quantia em dinheiro, mas sim um bem móvel ou imóvel, eu precisode um procedimento expropriatório para converter/transformar o bem em dinheiro ou proceder na entrega do bem penhorado para o exequente. 
Art. 647 - A expropriação consiste:
I - Na adjudicação – art. 685-A e 685-B
Significa transferir a propriedade do bem penhorado ao exequente. Compara com a Dação em Pagamento do Código Civil, com a diferença que esta pressupõe um consenso e àquela não pressupõe consenso entre as partes.
Precisa que o exequente peça a adjudicação do bem ao juiz. Peça a entrega do bem penhorado em substituição.
OBS: A modalidade preferencial como primeira medida é a ADJUDICAÇÃO. Significa economia processual, pois é mais barata, prática e não envolve terceiros. O leilão envolve terceiro, solenidade, publicação, leiloeiro.
A adjudicação pode ser requerida em petição curta. Qual o momento? Apenas após a juntada da avaliação. Seja pelo OJ ou por laudo pericial. Assim que surgir a avaliação já posso pedir adjudicação.
Legitimidade para adjudicar: o credor ou os parentes do devedor. Se alguém está com pena do pai que tá perdendo a casa da praia, o filho pode adjudicar. Parágrafo 3o do 685-A.
A diferença é que a adjudicação é que o credor não precisa depositar valor, porque o bem é que corresponde ao crédito. O parente tem que depositar. A preferência, caso parente e credor quiserem adjudicar, é pelo valor. Em igualdade de valor, o parente leva. Se tiver briguinha, caso os dois queiram o bem em si, faz leilãozinho.
Qual o valor da adjudicação???
Ex: R$ 100.000,00 (valor da execução) e casa de R$ 300.000,00, assim podemos dizer que seria injusto esta adjudicação. 
Deposita o valor excessivo ao do crédito.
Assim, a adjudicação se dá pelo valor de avaliação do bem penhorado. 
Quando o valor do bem é menor que o valor da execução, então posso pedir o reforço de penhora (através de petição nos autos) para o valor que faltar.
Sem avaliação nos autos não há como pedir a adjudicação. Então no momento seguinte ao laudo se pode pedir a adjudicação através de petição inicial.
Carta de adjudicação (para bens imóveis) – consta os dados do imóvel e vai para registro na matrícula do imóvel.
Mandado de entrega (para bens móveis) – É o meio pelo qual o OJ providencia a adjudicação de bem móvel.
II - Na alienação (alienação por iniciativa particular) - art. 685, C; inserido em 2006.
Consiste na venda do bem penhorado pelo próprio credor (alienação particular). Para que ele mesmo atue na venda. Como o credor não tem a liberdade de vender como quiser é feita petição nos autos requerendo a modalidade, o juiz deferindo o pedido, estipula todas as condições da venda.
Pode o credor pedir ao juiz a nomeação de corretor (Deve estar cadastrado no TJ) para auxiliar na venda, inclusive estipulando o percentual da corretagem. 
A venda é concluída no cartório judicial (no fórum com a assinatura dos dois no termo), através de termo assinado em juízo, que dará validade a transação. Pode ter ajuda do corretor.
Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária. 
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for o caso, a comissão de corretagem. 
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de entrega ao adquirente. 
§ 3o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos.
III - Na hasta pública –art. 686 (Modalidade mais cara). “gênero”
Divide-se em duas espécies:
1 - Leilão – conduzido por um leiloeiro - para bens móveis - realizado onde estiverem os bens.
2 - Praça – presidida por porteiro e é realizada no átrio (saguão) do foro para bens imóveis.
- é uma oferta pública à terceiro, em ambiente de disputa, ofereçam o melhor lanço para levar o bem pelo maior preço possível.
- Ambos tem uma lógica parecida com a lógica da licitação, só que ao contrário. Na licitação chama-se o maior número de pessoas para se alcançar o menor preço, enquanto que na hasta pública é o maior preço a ser alcançado.
- Ambos precisam de publicação prévia de edital com todos os requisitos dos incisos do art. 686. O objetivo do edital é dar publicidade ao leilão/praça.
- O juiz, por garantia, sempre define duas datas, caso na primeira seja deserta já está marcada a segunda (art. 688).
- Caso o executado se insurgir sobre o leilão ou praça deverá AGRAVAR da decisão.
- O edital deve ser publicado conforme o art. 687, se o credor for beneficiário de AJG o edital será publicado no diário oficial.
Art. 686 – requisitos do edital.
Art. 686. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública, que conterá:
I - a descrição do bem penhorado, com suas características e, tratando-se de imóvel, a situação e divisas, com remissão à matrícula e aos registros; 
II - o valor do bem; 
III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e ação, os autos do processo, em que foram penhorados; 
IV - o dia e a hora de realização da praça, se bem imóvel, ou o local, dia e hora de realização do leilão, se bem móvel
V - menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a serem arrematados; 
VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (art. 692
§ 1o No caso do art. 684, II, constará do edital o valor da última cotação anterior à expedição deste. 
§ 2o A praça realizar-se-á no átrio do edifício do Fórum; o leilão, onde estiverem os bens, ou no lugar designado pelo juiz. 
§ 3o Quando o valor dos bens penhorados não exceder 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação, será dispensada a publicação de editais; nesse caso, o preço da arrematação não será inferior ao da avaliação.
OBS: art. 686, § 3º - se dispensa o edital se os bens não excederem à 60salários mínimos.
Art. 687. O edital será afixado no local do costume e publicado, em resumo, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla circulação local. 
§ 1o A publicação do edital será feita no órgão oficial, quando o credor for beneficiário da justiça gratuita.
§ 2o Atendendo ao valor dos bens e às condições da comarca, o juiz poderá alterar a forma e a freqüência da publicidade na imprensa, mandar divulgar avisos em emissora local e adotar outras providências tendentes a mais ampla publicidade da alienação, inclusive recorrendo a meios eletrônicos de divulgação.
§ 3o Os editais de praça serão divulgados pela imprensa preferencialmente na seção ou local reservado à publicidade de negócios imobiliários. 
§ 4o O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a mais de uma execução. 
§ 5o O executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo.
- sempre que os juízes designam leilão ou praça, eles sempre determinam duas datas. Dia tal OU tal, caso não haja interessados. Isso porque não há garantia de venda na primeira praça ou leilão.
- se tinha interessados, ninguém queria oferecer lanço igual ou superior ao valor da avaliação. Marcam a segunda porque na primeira praça ou primeiro leilão não sepode aceitar lance inferior ao valor da avaliação, mas na segunda se admite que o bem seja arrematado por valor abaixo do valor abaixo da avaliação.
- na segunda praça/leilão permite-se arrematar por valor inferior ao da avaliação.
- valor mínimo: Quando por várias vezes se fizer o leilão e a praça e ninguém arrematar, só assim se aceitará o valor a menor, desde que não seja o preço vil.
- O que é preço vil?? Cabe ao STJ definir – o entendimento é de que é o preço que ficar abaixo de 50% do valor de avaliação do bem.
- quando se cobra dinheiro, quantia certa, a EXPROPRIAÇÃO é o caminho. Se a obrigação é entregar um carro, por exemplo, cabe busca e apreensão.
- não tem limite pra cima.
- os bons negócios só são feitos na segunda praça/leilão, porque é permitido chutar pra baixo, já que na primeira não pode oferecer lanço menor que a avaliação.
Art. 692. Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão, ofereça preço vil.
Parágrafo único. Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens bastar para o pagamento do credor.
IV – USUFRUTO de bem móvel ou imóvel.
- é possível que o juiz defira ao exequente o usufruto quando o bem penhorado	produzir renda/frutos.
Exemplo: o bem penhorado está alugado. Daí o exequente peça pro juiz que receba os alugueis e o executado fica com o apartamento.
Exemplo de usufruto de bem móvel clássico: táxi.
- dois requisitos que devem ser observados pelo juiz ao conceder o usufruto: menos gravoso ao executado e eficiente para o recebedor do crédito.
Art. 716. O juiz pode conceder ao exeqüente o usufruto de móvel ou imóvel, quando o reputar menos gravoso ao executado e eficiente para o recebimento do crédito. 
Art. 717. Decretado o usufruto, perde o executado o gozo do móvel ou imóvel, até que o exeqüente seja pago do principal, juros, custas e honorários advocatícios.
Art. 718. O usufruto tem eficácia, assim em relação ao executado como a terceiros, a partir da publicação da decisão que o conceda. 
Art. 719. Na sentença, o juiz nomeará administrador que será investido de todos os poderes que concernem ao usufrutuário.
Parágrafo único. Pode ser administrador:
I - o credor, consentindo o devedor;
II - o devedor, consentindo o credor.
Art. 720. Quando o usufruto recair sobre o quinhão do condômino na co-propriedade, o administrador exercerá os direitos que cabiam ao executado.
Art. 721. E lícito ao credor, antes da realização da praça, requerer-lhe seja atribuído, em pagamento do crédito, o usufruto do imóvel penhorado.
Art. 722. Ouvido o executado, o juiz nomeará perito para avaliar os frutos e rendimentos do bem e calcular o tempo necessário para o pagamento da dívida.
§ 1o Após a manifestação das partes sobre o laudo, proferirá o juiz decisão; caso deferido o usufruto de imóvel, ordenará a expedição de carta para averbação no respectivo registro.
§ 2o Constarão da carta a identificação do imóvel e cópias do laudo e da decisão. 
Art. 723. Se o imóvel estiver arrendado, o inquilino pagará o aluguel diretamente ao usufrutuário, salvo se houver administrador.
Art. 724. O exeqüente usufrutuário poderá celebrar locação do móvel ou imóvel, ouvido o executado. 
Parágrafo único. Havendo discordância, o juiz decidirá a melhor forma de exercício do usufruto.
DEFESA DO EXECUTADO
Como se defende o executado da execução extrajudicial?
Defende-se por meio de uma ação chamada de embargos à execução – ajuizada pelo executado (art. 736). Referente à contestação. Embargos do devedor.
Pode fazê-lo independentemente de penhora prévia, depósito ou caução.
Embargos não dependem da garantia. Não é necessária penhora prévia.
Ou seja, mesmo que não acha bens, pode embargar.
Pode embargar se tiver penhora prévia, mas não é condição.
Atenção para o prazo: 15 dias contados da data da juntada do mandado de citação (art. 738).
Caso haja mais de um executado (litisconsórcio passivo), serão individualizadas as datas do mandado de citação (art. 738, § 1º).
na execução fiscal precisa penhora prévia, nos embargos à execução, desde 2006, não precisa.
Os embargos são dirigidos ao mesmo juiz que está a frente da execução, o mesmo juiz competente da execução é que julga os embargos. A regra é autua em apartado.
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. 
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação. 
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges. 
§ 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação. 
§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei.
Como se dá a AÇÃO DE EMBARGOS? (art. 282 do PC – requisitos de petição inicial).
Primeiro lembrar o endereçamento que é para o mesmo juízo que está à frente da execução.
Para embargar por excesso de execução o executado deve apresentar planilha de cálculos com os excessos.
Não se aplica o prazo em dobro. (art. 191)
Não se duplica porque o prazo é sempre simples.
Os prazos são isolados, o prazo conta da juntada dos respectivos mandatos.
Se os executados forem cônjuges, daí só conta do último mandado.
A disposição do parágrafo 1o do 738 se aplica à união estável.
Não se aplica - Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.
TEMA FUNDAMENTAL – AÇÃO DE EMBARGO
Embargos é ação própria, julgada por sentença própria com custas próprias pelo réu (executado) contra o autor (exequente).
Embargos tem efeito suspensivo ou não? Depende.
Art. 739 – hipóteses de rejeição liminar – se o juiz verificar, extingue de plano, nem oportuniza emenda. Vícios graves. Situações que não tem como corrigir:
Art. 739. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos;
II - quando inepta a petição (art. 295); ou – sem causa de pedir
III - quando manifestamente protelatórios.
Tirando esses do art. 739, o juiz deve oportunizar emenda.
Acolhendo o efeito suspensivo o juiz faz isso através de DECISÃO INTERLOCUTÁRIA. DESAFIA ESSA DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
REQUISITOS DO EFEITO SUSPENSIVO DE EMBARGOS – tem que preencher os 4 requisitos.
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.
1º Requisito: O efeito suspensivo tem que ser expressamente solicitado, tem que pedir desde 2006. O Juiz não concederá o efeito suspensivo de ofício;
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. – ou seja, se o embargante pedir efeito suspensivo justificando grave dano ou difícil reparação, o juiz pode determinar efeito suspensivo.
§ 2o A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram.
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderáa execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse fundamento. 
§ 6o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens.
2º Requisito: Fundamentos relevantes, tais como: aqueles que indiquem que há uma probabilidade razoável que o embargo seja atendido, acolhido. Alta probabilidade de que o que está dizendo nos embargos será acolhido. Exemplo: dívida não existe, prescrita, excesso na execução Para que o efeito suspensivo possa ser pedido o juízo deve estar garantido, ou seja, deve haver uma penhora prévia ou o depósito judicial do montante para garantir o valor que está sendo executado em juízo.
3º Requisito: Se com o prosseguimento da execução, isso possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. Como grave dano entende-se que vai além do perdimento do bem penhorado.
4º Requisito: o juízo deve estar garantido por penhora, depósito ou caução. Ou seja, pode embargar sem penhora prévia – bom para o executado. Mas para parar a execução, tem que ter penhora, ou seja, uma garantia. Se não quiser dar nada em garantia, não vai ganhar efeito suspensivo. NÃO PRECISA PENHORA PRÉVIA PARA EMBARGOS. MAS, PARA GANHAR O EFEITO SUSPENSIVO DEVE TER PENHORA OU DEPÓSITO JUDICIAL.
Prazo: 15 dias após a juntada nos autos da citação “válida”.
Regra Geral Oferece-se embargos e a execução não para. A execução só irá parar se for concedido efeito suspensivo. Artigo 740 do CPC.
MATÉRIA DE DEFESA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO - Art. 745, V
Qualquer matéria que poderia ter sido deduzida no processo de conhecimento. Já que a matéria é totalmente ampla é bastante comum que nos embargos possa haver audiência de instrução.
A decisão final é uma SENTENÇA que caberá o recurso de APELAÇÃO.
OBSERVAÇÕES:
Se o embargante apresenta os embargos e o exequente é intimado por nota de expediente na pessoa de seu advogado para responder os embargos no prazo de 15 dias (art. 740).
Se o exequente perde o prazo aplica-se a ele os efeitos da REVELIA??
Não, pois o exequente está apoiado em um título executivo extrajudicial que tem presunção de liquidez e previsibilidade. Essa presunção não desaparece pelo fato de não responder tempestivamente aos embargos.
Situação bastante comum na prática forense é o de embargar a execução sob a alegação que há excesso na execução. Assim o executado embargante deve demonstrar em planilha de cálculo o valor em excesso e qual o valor correto.
FIM DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DE DEVEDOR SOLVENTE POR TIÍTULO EXTRAJUDICIAL
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EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DE DEVEDOR SOLVENTE POR TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
Aqui vamos executar decisões judiciais.
O que é titulo executivo judicial? É aquele formado com a participação de um juiz através de uma sentença.
Onde está o rol desses títulos?
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia;
É a mais famosa. Não são autossuficientes. Titulo executivo judicial por excelência. 90% dos casos. É quando o juiz profere uma sentença condenando pagamento, determinando algo. 
As decisões interlocutórias que antecipam a tutela (liminar), podem dar ensejo a um título executivo judicial (nota de Araken de Assis).
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
Algo decidido no crime pode criar a decisão no cível. 
Ocorre o FENÔMENO DA DUPLA INCIDÊNCIA – quando há incidência de ação penal (transitada em julgado) e cível num mesmo fato. Tendo condenação criminal, o condenado pode ser executado, tendo como base a sentença penal transitada em julgado.
Ex: Acidente de trânsito.
Responde pelo ato criminoso e a vítima ou sua família exigirá o reparo no dano no cível (procedimento de liquidação – transformação em dinheiro - de sentença). 
Move-se uma execução cível. Aqui não se rediscuti mais a culpa e sim somente valores dos danos. Uma ação indenizatória reabre a possibilidade de discussão. Com a sentença penal não tem isso. Não tem discussão. Move a execução e pronto. 
O valor será fixado pelo juiz. Art. 387, inciso IV CPP – juiz do penal fixará valor mínimo.
Se não concorda com o valor, instaura-se um procedimento de liquidação de sentença antes da execução. Vale apenas para o exequente.
Não confundir ação indenizatória com a execução.
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;
O acordo que conta com a homologação judicial é título executivo judicial.
IV – a sentença arbitral;
Essa é proferida no Tribunal de Arbitragem. 
O juízo arbitral não é poder judiciário então não poderia ser título judicial (opinião do Marder).
Repercussão: defesa com impugnação. 
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;
Procedimento de jurisdição voluntária – as partes vão a juízo com a lide resolvida, somente para homologar.
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;.
Sentenças de juízes estrangeiros homologadas pelo STJ, essa sentença pode ser executada no Brasil. Tá no regimento interno do stj o procedimento de homologação de sentença estrangeira.
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Os documentos que saem do inventário, ao seu final, saem os formais de partilha. Entre as partes que participaram do inventário.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.
LIQUIDAÇÃO
Procedimento para executar o título judicial. A obrigação deve ser líquida, certa e exigível. Obrigação certa e exigível não tem a ver com a atitude do credor, são características do título.
- Certa: sem contradições no título;
- Exigível: vencimento do título;
- Líquida: necessita de atitudes do credor.
Há 3 modalidades de LIQUIDAÇÃO: arts. 475-A e seguintes.
Somente se a sentença apresentar iliquidez.
- Liquidação por cálculos; art. 475-B
É necessária quando, para atingir um montante final devido, é necessária apenas a formulação de cálculos aritméticos. Basta apresentar ao juiz uma planilha com a atualização dos valores. Aqui não há necessidade de instauração de procedimento próprio de liquidação. Modalidade de liquidação mais comum.
- Liquidação por arbitramento; art. 475-C
Será necessária quando para atingir o valor final devido, é necessária a intervenção de um perito que deverá formar um laudo. Ex: ações bancárias.
- Liquidação por artigos; art. 475-E e F
Para chegar ao montante final devido seja necessário alegar e provar fatos novos, esses até então não apreciados pelo poder judiciário. Ex: Sentença penal condenatória necessita provar fatos que o juiz do crime não conheceu, tais como: quantos filhos o morto tem, se o morto perdeu bem de seu sustento, etc.
Procedimento é o procedimento comum, ou seja, ordinário.
Ataque que julga a liquidação de sentença: Agravo de Instrumento (art. 475-H).
FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – a partir do 475-I
Antes de 2005 – 
Ajuizamento de ação própria que era chamada de AÇÃO DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
Depois de 2005
Processo Sincrético: reconhecimento e realização do direito em uma mesma relação processual.
O cumprimento das sentenças:
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação

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