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Recursos Terapêuticos Manuais Prof. Fábio Bezerra Deslizamentos anterior e posterior Posição de repouso: não descrita. Indicações: movimento restrito de joelho, de tornozelo, ou dos dois. Posição do paciente: em decúbito dorsal com o quadril e o joelho flexionado e o pé́ apoiado sobre a maca. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: o fisioterapeuta segura a cabeça da fíbula com a polpa do polegar anteriormente e do indicador e do médio posteriormente. Aplicação da mobilização: a cabeça da fíbula é movida anteriormente e, em seguida, posteriormente (Fig. 23.12). Observações: o peso da perna ancorado com o pé́ sobre a maca estabiliza a tíbia. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamentos laterais Posição de repouso: extensão do joelho. Indicações: movimento medial da patela restrito. Posição do paciente: o paciente está em decúbito dorsal e é colocada uma toalha enrolada sob o joelho para o apoio. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: o paciente está em decúbito dorsal e é colocada uma toalha enrolada sob o joelho para o apoio. Aplicação da mobilização: os polegares movem a patela lateralmente (Fig. 23.13a). Deve ser tomado cuidado para aplicar uma força lateral na patela, e não uma força descendente ou de compressão. Observações: a mobilidade patelar é necessária para os movimentos completos de flexão e extensão do joelho e de rotação da tíbia. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamentos Mediais Posição de repouso: extensão do joelho. Indicações: movimento lateral da patela restrito. Posição do paciente: o paciente está em decúbito dorsal e é colocada uma toalha enrolada sob o joelho para o apoio. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: as polpas dos indicadores do fisioterapeuta estão na borda lateral da patela. Aplicação da mobilização: as polpas dos dedos movem a patela medialmente (Fig. 23.13b). Deve ser tomado cuidado para aplicar uma força medial na patela e não uma força descendente ou de compressão. Observações: a mobilidade patelar é necessária para os movimentos completos de flexão e extensão do joelho e de rotação da tíbia. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamentos Inferiores Observações: a mobilidade patelar é necessária para os movimentos completos de flexão e extensão do joelho e de rotação da tíbia. Deslizamentos Superiores Observações: a mobilidade patelar é necessária para os movimentos completos de flexão e extensão do joelho e de rotação da tíbia Distrações Posição de repouso: 20° a 25° de flexão. Indicações: restrição geral ou relaxamento geral. Posição do paciente: em decúbito dorsal com o joelho apoiado em posição de repouso. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: o fêmur é estabilizado com uma mão proximal ao joelho, e a mão de mobilização é colocada acima da articu- lação do tornozelo. Aplicação da mobilização: a tíbia é tracionada distal- mente pela mão de mobilização, enquanto a mão de estabilização segura a coxa (Fig. 23.14) Observações: essa técnica geralmente é utilizada antes e depois do emprego dos graus III e IV. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento Anteriores Posição de repouso: 20° a 25° de flexão. Indicações: aumentar a extensão do Joelho. Posição do paciente: decúbito ventral. O joelho é flexionado com a coxa apoiada sobre a maca e a perna do paciente descansando sobre o ombro do profissional de reabilitação. Uma almofada sob a coxa torna a posição mais confortável para o paciente e alinha a coxa de maneira mais apropriada para o deslizamento. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: a porção distal da perna do paciente está apoiada no ombro do profissional de reabilitação. O fisioterapeuta aperta suas mãos ao redor da região proximal da perna, próximo ao joelho, e desliza a tíbia anteriormente sob o fêmur (Fig. 23.15). Aplicação da mobilização: a força de deslizamento deve ser paralela ao plano da superfície articular. Quando o joelho é movido da posição de repouso para as mobilizações, o ângulo de aplicação da força irá mu- dar, uma vez que a força deve ser sempre paralela à superfície articular. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento Anteriores Observações: os posteriores da coxa devem permanecer relaxados para se obter os resultados mais efetivos. Uma técnica alternativa de mobilização póstero- anterior é realizada com o paciente em decúbito ventral e o profissional de reabilitação apoiando a tíbia com o joelho a 30° de flexão. Uma força anterior é aplicada pela mão de mobilização imediatamente distal à articulação do joelho. O deslizamento anterior também pode ser realizado com o paciente em sedestação com as coxas sobre a maca e as pernas livremente suspensas sobre a lateral. O fisioterapeuta segura a perna do paciente entre seus joelhos, para colocar o joelho em posição de repouso, e coloca as duas mãos sobre a região posterior da porção proximal da perna, logo abaixo do joelho. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamentos Posteriores Posição de repouso: 20° a 25° de flexão. Indicações: aumentar o movimento de flexão do joelho. Posição do paciente: O paciente está em decúbito dorsal com uma almofada debaixo da coxa para manter a articulação em posição de repouso. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: o profissional de reabilitação apoia a região carpal de suas mãos na região anterior da porção proximal da tíbia.. Aplicação da mobilização: deslizamento posterior paralelo à superfície da articulação (Fig. 23.16). Observações: em uma posição alternativa, o paciente está em sedestação com o joelho além da borda da maca e a coxa apoiada na maca, com um rolo de toalha sob a porção distal da coxa. O fisioterapeuta segura a perna do paciente entre seus joelhos para colocar o joelho em posição de repouso. Ele, então, aplica um deslizamento posterior aos côndilos da tíbia.. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento rotacional: deslizamento anterior do côndilo medial da tíbia Posição de repouso: a posição de repouso é de 20° a 25° de flexão, mas essa técnica é realizada normalmente em posição de final de amplitude.. Indicações: ganho de rotação lateral da tíbia na extensão terminal do joelho. Posição do paciente: em decúbito ventral com uma almofada sob a porção distal do fêmur. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: a região carpal de uma mão está na região posterior do platô̂ medial da tíbia. Aplicação da mobilização: um deslizamento anteroposterior (AP) da porção medial da tíbia sob o fêmur para produzir a rotação tibial (Fig. 23.17). HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento rotacional: deslizamento anterior do côndilo medial da tíbia Observações: essa técnica é utilizada para se alcançar os últimos graus de extensão em um joelho. Se o profissional de reabilitação aplica a força da mobilização ao fêmur, e não à tíbia, em deslizamentos AP, ou ao lado oposto da tíbia em deslizamentos rotacionais, os movimentos opostos são influenciados. Por exemplo, em um deslizamento anterior da tíbia, o movimento afetado é a extensão do joelho. No entanto, se o fêmur recebe o deslizamento anterior, a flexão do joelho é o movimento afetado. Assim, também, caso um deslizamento posterior seja aplicado ao côndilo lateral da tíbia, e não ao côndilo medial, os ganhossão vistos em rotação lateral e em extensão. Caso a força de mobilização seja aplicada ao fêmur, a tíbia deve estar ancorada. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento inferior (também chamado de técnica de tração ou de distração) Posição de repouso: 30° de flexão e 30° de abdução com leve rotação lateral. Indicações: Ajudar a recuperar o jogo articular. Nos graus I e II, aliviar a dor. Posição do paciente: Em decúbito dorsal. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: O profissional segura a porção distal da tíbia e da fíbula do membro em tratamento e o coloca em posição de repouso. Aplicação da mobilização: O fisioterapeuta inclina-se para trás, então usa o peso de seu próprio corpo para fornecer a força de tração (Fig. 24.12a). Observações: Se o paciente possuir um histórico de distúrbios do joelho, uma posição alternativa para o deslizamento inferior é colocar a porção distal da perna do paciente sobre o ombro do profissional da reabilitação. O fisioterapeuta entrelaça suas mãos ao redor da porção proximal da coxa e aplica o desliza- mento inferior (Fig. 24.12b). HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento lateral Posição de repouso: 30° de flexão e 30° de abdução com leve rotação lateral. Indicações: Aumentar a adução do quadril e a mobilidade em geral. Posição do paciente: Em decúbito dorsal. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: O fisioterapeuta se coloca ao lado do paciente, na altura da coxa. Uma correia é presa em torno da porção proximal da coxa do paciente e os quadris do fisioterapeuta (Fig. 24.13a). O fisioterapeuta coloca sua mão cefálica na região lateral da pelve para estabilizá-la e a mão caudal na porção distal da coxa. Aplicação da mobilização: Com a coxa do paciente em flexão, o fisioterapeuta transfere seu peso da perna da frente para a perna de trás, empurrando seu corpo contra a correia para aplicar a força de tração por meio dela. Observações: O quadril do paciente pode ser colocado em várias posições de flexão e de rotação para a aplicação de distrações superiores ou inferiores com o desliza- mento lateral (Fig. 24.13, b e c) HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento posterior (também conhecido como deslizamento dorsal) Posição de repouso: 30° de flexão e 30° de abdução com leve rotação lateral. Indicações: Aumentar a flexão e a rotação medial do quadril. Posição do paciente: Em decúbito dorsal com o quadril e o joelho em flexão. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: O grau de flexão do quadril depende da técnica utilizada. Quando for usada uma correia, será́ necessária a flexão parcial das articulações, com a correia colocada em torno da porção distal da coxa e segura no ombro do profissional da reabilitação. O fisioterapeuta coloca a mão de estabilização por baixo da correia e a mão de mobilização sobre a região anterior da porção proximal da coxa. Aplicação da mobilização: Com o cotovelo estendido, o profissional da reabilitação aplica uma força descendente sobre a porção proximal da coxa, utilizando as pernas, enquanto a coxa do paciente é mantida estável com a correia (Fig. 24.14a). Observações: Uma posição alternativa é com o quadril em 90° de flexão e cerca de 10° de adução, com o joelho em flexão total. O profissional da reabilitação aplica a força de deslizamento posterior junto ao eixo longo do fêmur, colocando seu peso corporal sobre o fêmur (Fig. 24.14b). Devem ser tomados cuidados para não aplicar a força da mobilização por meio da patela HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento Medial Posição de repouso: 30° de flexão e 30° de abdução com leve rotação lateral. Indicações: Aumentar a abdução e a flexão do quadril. Posição do paciente: O paciente fica em decúbito lateral sobre o quadril contrario ao de tratamento enquanto o fisioterapeuta apoia a porção distal da coxa e o joelho e posiciona a coxa em leve abdução e flexão (Fig. 24.15). Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: A mão de mobilização é colocada sobre a porção proximal da coxa. Aplicação da mobilização: A força da mobilização é aplicada para baixo, paralela ao plano da articulação. Aplicação da mobilização: A força da mobilização é aplicada para baixo, paralela ao plano da articulação. Observações: Se o paciente for grande em comparação ao fisioterapeuta, pode ser necessária a assistência de outro fisioterapeuta para apoiar o membro inferior do paciente. Essa técnica também pode ser realizada com o paciente em decúbito dorsal. HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição Deslizamento Anterior Posição de repouso: 30° de flexão e 30° de abdução com leve rotação lateral. Também conhecido como deslizamento póstero-anterior ou deslizamento ventral. Indicações: Aumentar a extensão de quadril e a rotação lateral. Posição do paciente: Em decúbito ventral com o joelho flexionado. Posição corporal e da mão do fisioterapeuta: O fisioterapeuta apoia a porção distal da coxa com a mão de estabilização ou com uma correia. Aplicação da mobilização: A mão de mobilização aplica uma força descendente com o cotovelo estendido; o peso corporal exerce a força (Fig. 24.16a). O quadril pode ser colocado em diferentes posições de rotação para técnicas adicionais. Observações: Em uma posição alternativa, o paciente fica em decúbito ventral, com o quadril sobre a borda da maca e o membro inferior oposto ao de tratamento apoiando o peso corporal com o pé́ inferior no chão. O fisioterapeuta pode apoiar a porção distal da coxa do paciente com uma mão ou pode utilizar uma correia de estabilização sobre o ombro e enrolada em torno da porção distal da coxa (Fig. 24.16b). HOUGLUM, A., P. (01/2015). Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas, 3rd edição https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788520448700/cfi/873!/4/4@0.00:4 5.6
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