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Consultoria de Organização em Turismo e Hotelaria A consultoria de organização é a prestação de serviços especializados na iden- tificação, análise, resolução metódica das disfunções, das falhas, das situações-pro- blema que ocorrem na organização, na gestão e no desempenho operacional e admi- nistrativo no contexto das empresas. Para tanto, haverá entre a consultoria e a empresa-cliente o contrato para a realização de um projeto de mudança no que for necessário, se estabelecerá uma relação de ajuda mútua, uma parceria de modo que a solução do problema ou a me- lhoria desejada seja resultante do esforço colaborativo dos contratantes. Alguns dos motivos para existir a consultoria são: melhoria dos processos e sistemas; levantamento de possibilidades e desenvolvimento de novos negócios; mu- danças de foco estratégico; levantamento de possibilidades pouco exploradas; desen- volvimento de expertise; implementação de novas filosofias, técnicas, métodos e pro- cessos; dificuldade financeira. Alguns pontos sobre a importância da consultoria são: visão externa; isenção e neutralidade; competência e notório saber. O consultor será aquele irá aconselhar o contratante de seus serviços. Logo, ele terá a função de dar parecer; fornecer subsídios; fazer sugestões ao consultante (aquele que pede conselho). Ele irá se especializar em organização, administração e gestão de negócios na microeconomia. As características ideais do perfil profissional do consultor de organização são: conhecimentos (organização, administração, gestão de negócios, visão sistêmica etc.); habilidades (comunicação, relacionamento, aconselhamento, negociação, raci- ocínio analítico etc.); atitudes (isenção, ponderação, prudência, discrição, ética etc.) O papel do consultor pode-se resumir a três possibilidades: Especialista: o consultor diz o que o cliente deve fazer, com base em seus conhe- cimentos e nas informações obtidas, e o cliente simplesmente obedece às reco- mendações; Cooperador: o consultor estuda a situação junto com o cliente para determinar o que precisa ser feito e, em seguida, dá apoio ao cliente para implementar as ações decididas; Catalizador (agente de mudança): quando necessária, o consultor busca a cons- cientização e incentiva o cliente para acelerar o processo de melhoria contínua da organização, através da metódica solução dos problemas existentes. A evolução das organizações criou a necessidade de diversificação na especi- alidade da atuação da consultoria organizacional (empresarial). Então, atualmente existem várias modalidades de consultoria. Basicamente, as diferenças da atuação das consultorias ocorrem em função: Quanto a relação com a empresa: o Consultoria externa: contrato temporário de consultores, exercida pelo con- sultor que não tem vínculo empregatício com a empresa-cliente. Terá o prazo estabelecido de início e término do projeto a ser realizado o Consultoria interna: emprego de profissionais da própria empresa, exercida pelo consultor que terá vínculos com a empresa fazendo parte do seu quadro de funcionários. Quanto a natureza do serviço: o Consultoria de organização: em geral, irá intervir necessariamente em toda a organização-cliente visando a empresa como um conjunto de subsistemas de- partamentais ou setoriais e suas interdependências em que estejam ocor- rendo disfunções, falhas de coordenação, de controle ou de conflitos funcio- nais que comprometem a eficiência e a eficácia. o Consultoria especializada: a intervenção irá ser focada em uma área especí- fica da organização-cliente, como RH, Marketing, Finanças etc. Quanto a forma de prestação de serviços: o Consultoria autônoma: exercida pelo consultor independente o Consultoria em “network”: exercida por uma equipe de consultores formada para um determinado projeto, principalmente devido suas especialidades em suas formações. o Empresa de consultoria: exercida por uma organização especializada em con- sultoria. Considerações básicas sobre o significado e a importância da INTERVENÇÃO A intervenção como ação técnica da consultoria para diagnosticar e proceder metodicamente correções e/ou melhorias no contexto da organização empresarial vi- sando o melhor desempenho. A intervenção pede a compreensão de um “modelo” lógico da organização na- cional do trabalho empresarial. Então emprega-se o chamado Modelo Sócio-Técnico (sócio/social: pessoas/grupos; técnico: know-how, processos, métodos, infraestrutura operacional) da organização do TB. Modelo Sócio-Técnico Objetivos Pessoas Tecnologia Estrutura As áreas de intervenção da consultoria conforme o diagnóstico da situação Objetivo: missão (agora); visão (futuro); estratégia; metas operacionais; ideolo- gia empresarial (valores/cultura) Tecnologia: know-how (conhecimento específico); métodos; processos; equi- pamentos; instalações Estrutura Organizacional: divisão do trabalho (organização das atividades); hi- erarquia, autoridade e responsabilidade; normas e procedimentos; fluxo das informa- ções; processo decisório Pessoas atuantes (RH): comunicação e relacionamento; integração e coopera- ção; liderança; competência/desempenho e sinergia; conhecimento Essas características sistêmicas são áreas ou focos da possível intervenção da consultoria para: 1. Corrigir falhas/erros de atuação 2. Introduzir melhorias/aperfeiçoamento no desenvolvimento da organização empre- sarial Então, a intervenção corretiva ou de aperfeiçoamento poderá ser: No conteúdo do trabalho: para corrigir ou melhorar os processos, os pro- cedimentos, os métodos e as rotinas de trabalho. Para tanto deve ser feita a aná- lise metódica e a previsão detalhada sobre COMO o trabalho é feito tendo em vista a racionalização, a simplificação, a melhoria da eficiência na execução das tarefas No processo social: através do qual as pessoas (executantes) realizam o trabalho. Para desenvolver o relacionamento, a integração e a colaboração das pessoas de modo a tornar o comportamento individual e grupal (equipe) mais efi- ciente e produtivo no ambiente de trabalho. Para tanto deve ser feita a análise e a avaliação do desempenho de QUEM atua na execução das tarefas. Mista ou Sistêmica: é a realização simultânea de intervenções tanto no conteúdo como no processo social visando o melhor ajustamento das pessoas para a execução colaborativa e produtiva da tarefa. Com base na análise e avali- ação de QUEM faz O QUE e COMO no processo de execução da tarefa. A tarefa em geral é executada como um conjunto coerente de atividades visando um ob- jetivo comum. Ética de consultoria no caso dos consultores de organização Considerações iniciais Conceito de ética (ETHOS): regra de conduta, modo de ser Conceito de moral (MORES): costumes, práticas, atitudes coerentes Ética Profissional: guia para o consultor; garantia para o cliente; a necessidade de um código (conjunto de normas de conduta) para orientar a relação entre consultor e cliente (s). Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização – IBCO Fundamentos do código do IBCO Há necessidade de um código de ético na medida em que surgem interesses a serem compatibilizados e compartilhados. Procura compatibilizar quatro instancias de interesse, quais sejam da comunidade em geral, dos clientes de consultoria, de cate- goria profissional e do consultor como indivíduo. Este código espelha uma conduta praticada por aqueles que pertencem ao IBCO e, provavelmente, pela maioria dos que prestam serviços emConsultoria de Organização. É um conjunto de valores compartilhados por toda uma categoria pro- fissional. O IBCO elaborou-o como instrumento de monitoramento e acompanhamento da conduta do Consultor de Organização para que constitua, desta forma, um órgão apropriado para o julgamento de quaisquer deslizes éticos que porventura venham a ser cometidos por seus associados. Abrangência do código Entende-se por Consultoria de Organização (CO) a atividade que visa à inves- tigação, identificação, estudo e solução de problemas gerais ou parciais, atinentes à estrutura, ao funcionamento e à administração de empresas e entidades privadas ou estatais. Compreende a indicação dos métodos e soluções a serem adotados e a criação de condições para sua implantação nas organizações assessoradas. É exercida por consultores de Organização, individualmente, ou através da direção técnica de em- presas compostas de profissionais com formação adequada para essa atividade, de- dicada à prestação desses serviços especializados para terceiros. Consultor de Organização é o profissional qualificado por instrução superior e experiência específica, cuja principal atividade é a pratica da CO acima definida, de forma continuada e nitidamente predominante sobre outras eventuais atividades que porventura exerça. Relação com o cliente de Consultoria Relação com a categoria profissional Relação com a comunidade O processo (de execução) da Consultoria Fases do processo 1. Negociação 2. Contratação 3. A lógica do processo: diagnóstico; planejamento da intervenção; imple- mentação da intervenção; avaliação do(s) resultado(s) Organização Contato Inicial Visita prospectiva Negociação Pré-diagnóstico Proposta Contrato Contratação Projeto de consultoria Diagnóstico Avaliação do Resultado Planejamento da Intervenção Implementação da intervenção Acompanhamento Reajustes Consultoria em ação: a interação Consultoria-Cliente 1. O processo de consultoria 1.1. Início do processo: entrada e contrato Reunião inicial: apresentação da situação-problema Expectativas do cliente e do consultor Negociação das condições de prestação de serviço: O contrato Objetivo(s), abrangência, resultados, cronologia: o projeto Envolvimento e participação do cliente: parceria com o consultor 1.2. Diagnóstico da situação-problema Seleção da metodologia para a coleta de dados: Pesquisas Tipos de dados a serem coletados Localização ou fontes dos dados a serem pesquisados Coleta, seleção e análise dos dados relevantes Relatórios (evidências) do resultado das pesquisas: o feedback ao cliente Divergências e resistências quanto ao diagnóstico: tratamento 1.3. Planejamento das soluções (intervenção) Elaboração das soluções ou linhas de ação para corrigir a situação-problema Proposta e aprovação do cliente Disponibilidade de recursos para implementar as soluções 1.4. Implementação das soluções Realização das ações corretivas/ soluções aprovadas Revisões ou reajustes das linhas de ação, se necessário Envolvimentos e responsabilidades do consultor e do cliente na implementação das linhas de ação 1.5. Acompanhamento e avaliação dos resultados Avaliação do processo de implementação das soluções: um novo diagnóstico da si- tuação Continuidade da atuação da consultoria: ampliação do projeto Encerramento da atuação da consultoria: projeto encerrado 1.6. Desacoplamento da Consultoria: Contrato concluído O projeto de Consultoria 1. O que é o projeto de consultoria? É a formalização da prestação de serviço independente e especializado para proce- der o aconselhamento a um cliente, com base em conhecimentos, habilidades e atitudes adequados para a solução de problemas empresariais 2. Quando o projeto de consultoria é elaborado? O projeto de consultoria será elaborado quando a organização-cliente manifestar uma dificuldade (situação-problema) que precisa ser metodicamente analisada e solucio- nada. Antecede a elaboração do projeto: o O contato inicial entre o consultor e o cliente o A manifestação, pelo cliente, da dificuldade percebida o A negociação das condições da prestadora do serviço o A proposta-contrato da consultoria 3. Quais as características básicas de um projeto de consultoria? o Ter um objetivo e metas (sub objetivos) estabelecidos o Ter um início e fim definidos (Cronograma) o Apresentar um plano de ação metódico e cronológico o Dispor dos recursos apropriados o Contar com um ou mais profissionais de consultoria o Prever o gerenciamento das atividades do projeto 4. Como é elaborado um projeto de consultoria? o Inicialmente, definir o objetivo e as metas a serem cumpridos, considerando a viabi- lidade o Estabelecer as atividades sequencias que devem ser realizadas em função do obje- tivo previsto o Elaborar o cronograma de execução o Fixar os recursos necessários (verbas, tempo, instalações, material, equipamentos, pessoas etc.) o Indicar o(s) profissional(ais) responsável(eis) 5. Como é posto em prática o projeto? o Fazer a comunicação formal de que o projeto começou o Planejar, organizar e programar as atividades a serem cumpridas na sequencia pre- vista no cronograma o Execução das atividades (disciplina, método e dedicação) o Monitorar: acompanhamento e avaliação da execução das atividades conforme fo- rem realizadas o Ajustar ou corrigir, se necessário, as atividades que não estiverem adequadas/satis- fatórias (flexibilidade) o Fazer registros/anotações sobre o andamento do projeto 6. Conclusão do Projeto o Verificar se o objetivo foi alcançado (até que ponto?) o Avaliar o nível de satisfação do cliente o Relatório Final do Projeto: citação dos indicadores dos resultados, recursos utiliza- dos, pontos positivos, pontos negativos, fatores que contribuíram para o sucesso; agradecimentos. Aspectos básicos na elaboração de um projeto de consultoria Elaborando o projeto: procedimentos de ordem práticas Procedimentos o Estabelecer o objetivo do projeto o Estabelecer as metas decorrentes o Determinar as atividades para a realização das metas e respectivas tarefas o Estimar os recursos necessários para o cumprimento de cada meta para calcular o orçamento do projeto o Nomear o(s) responsável(eis) pela gestão e execução do projeto o Estabelecer o cronograma do projeto Cuidados/Pontos críticos o Atenção à redação: começar com um verbo de ação; clareza e precisão o Subdividir a execução do objetivo em etapas sucessivas e coerentes o Definir as ações elementares, em ordem de prioridades e conforme o tempo previsto em cada caso o Recursos financeiros, técnicos, materiais, operacionais e humanos o Os profissionais qualificados para a condução das atividades o O tempo estimado em dias, semanas, meses, conforme a amplitude e complexidade das atividades previstas Recomendações de ordem prática para o delineamento do projeto Objetivos e metas claramente definidos e ... Os recursos precisamente determinados para ... O cálculo dos custos do projeto e ... A determinação do tempo necessário para ... As atividades serão distribuídas em tarefas e ... As tarefas atribuídas aos executantes ... O conjunto de providências assim analisados ... Permitirá a avaliação da viabilidade do projeto ... OBJETIVO O que? Para que? RECURSOS Com o que? Como? Qualidade? Quem? CUSTOS Quanto? Orçamento?Custo/Benefício? TEMPO Quando? Até quando? Início/Fim Projeto de consultoria E sua revisão e adaptação, se for o caso, ... Em suma, o projeto é um plano racional para a organização eficiente das atividades necessárias à realização metódica de um objetivo.
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