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UNESA PSICOLOGIA PSICOLOGIA DO PENSAMENTO DA LINGUAGEM MACAÉ-RJ 2017.2 VINICIUS LOPES RODRIGUES MATRÍCULA: 201502253623 Sumário Introdução 2 Marco Teórico 3 Teste D.70 4 As Matrizes Progressivas de Raven (APM) 5 Beta-III 6 Conclusão 8 Referencia 9 1 Introdução Originalmente as escalas de inteligência foram criadas para prever o desempenho acadêmico futuro, diferenciando aqueles que conseguiriam responder à escolarização formal daqueles que precisam estudar em classes especiais. Atualmente seu uso se ampliou muito, sendo que entre suas principais aplicações estão a avaliação de problemas de aprendizagem, o diagnóstico de desordens neurológicas e psiquiátricas, pesquisas entre outras. Neste trabalho além de uma breve explanação teórica serão abordados três testes de inteligência, suas aplicações e especificações, tendo sido pesquisado tanto nos próprios manuais, como na internet. 2 Marco Teórico O movimento que deu origem aos testes de inteligência se iniciou com o trabalho do psicólogo francês Alfred Binet (1857- 1911). Seus estudos foram motivados por uma lei do governo francês que exigia o ingresso de todas as crianças nas escolas. Com essa nova situação os professores se depararam com uma enorme quantidade de diferenças pessoais. Algumas crianças pareciam ao olhar dos professores incapazes de aprender e outras eram muito mais lentas do que a maioria. Para minimizar as tendenciosidades do julgamento, Binet e outros foram encarregados de desenvolver um instrumento objetivo que pudesse identificar as crianças propensas a terem dificuldades acadêmicas. Para Binet todas as crianças seguiam o mesmo curso de desenvolvimento, porém algumas mais rápido do que outras. Crianças denominadas por ele “estúpidas” estariam simplesmente atrasadas em seu desenvolvimento, assim em seus testes essas crianças deveriam funcionar como uma criança mais jovem típica. Embasado nessa teoria, foi elaborada uma medida que veio a ser denominada Idade Mental. Uma criança normal teria sua idade cronológica igual a sua idade mental. Para essa mensuração Binet desenvolveu uma série de questões que poderiam prever o rendimento escolar. Binet e sua equipe não fizeram suposições sobre a razão pela qual uma criança em particular poderia ser mais lenta ou precoce. Ao invés disso adotaram uma explicação ambiental para o fenômeno. Segundo o mesmo as crianças atrasadas deveriam receber “fisioterapia mental”, ou seja, deveriam ser estimuladas a desenvolver suas habilidades. Em 1911, Lewis Terman tentou usar o teste de Binet, entretanto descobriu que as normas para a idade mental desenvolvidas na frança não se aplicavam as crianças americanas. Terman modificou o instrumento e estendeu o seu limite de idade para avaliação. Esta revisão recebeu o nome até hoje conservado de Standford-Binet. A partir desses testes o alemão William Stern criou o Quociente de Inteligência, QI. O QI de Stern nada mais era do que a idade mental dividida pela idade cronológica multiplicada por 3 100. Dessa forma crianças normais, com idades cronológicas e mentais iguais tinham o QI igual a 100. A maioria dos testes atuais para inteligência não utiliza mais o QI em sua fórmula original. Entretanto os testes atuais definem os escores de forma que 100 é a média, sendo que dois terços das pessoas estão situadas entre 85 e 115. É notório que mesmo não existindo um quociente de inteligência, o termo QI é amplamente utilizado com uma forma de expressão abreviada para teste de inteligência Teste D.70 É um teste de origem francesa, baseado no teste D.48, após serem feitas modificações, melhorias e reavaliações para o melhor uso e desempenho dos resultados. É totalmente não verbal, com instruções simples, tem o uso do dominó como material psíquico para construir testes de séries numéricas adequadas para pessoas com níveis de inteligência superiores (pois partes mais difíceis não será possível resolver pelos sujeitos com inteligência inferior). Os dominós cumprem a exigência de possuírem uma boa forma gestáltica, com um caráter lúdico e motivador, fazendo com que o examinando se aproxime do teste. Eles servem como material para funções mais complexas, como a educação de relações e apresentam a vantagem de combinar aspectos das séries geométricas e numéricas, exigindo a educação de leis ou princípios de relações. Avalia a capacidade de uma pessoa para formar conceitos e aplicar o raciocínio sistemático a novos problemas, é suposto querer resolver certo número de problemas está em função direta do fator g da inteligência. Feito para ser aplicado a partir dos 12 anos, porém já foi administrado com êxito a sujeitos de 10 anos, o examinado tem 30 minutos para fazê- lo e a pontuação é atribuída para cada item quando se acerta duas metades do dominó, sem inversão de posições dos números. 4 Os itens estão dispostos em oito páginas, com seis itens em cada uma, sendo que em cada página um princípio novo é introduzido. É um teste homogêneo perceptual (por utilizar apenas figuras de dominós como estímulos), é feito de figuras abstratas, é fatorial (fundamentada na teoria fatorial de Spearman, e teóricos formalistas ingleses, que permite uma avaliação mais pura do fator g), tem como propósito medir a capacidade intelectual com a máxima pureza e como finalidade estabelecer a capacidade de uma pessoa para aprender corretamente o número de pontos de grupos de dominós, descobrir o princípio ordenador e averiguar quantos pontos correspondem a cada metade em branco de um dominó desse grupo para completar aquele padrão. O fator “G” seria a medida de algo análogo, como uma energia, que de certa forma, é capaz de transferir de uma função mental para outra diferente e fator seria dispositivos ou instrumentos através dos quais atua e opera a energia mental. Existem diversos fatores de grupo,segundo o manual, como: verbal, mecânico, espacial, numérico, a memória, o lógico, a vontade, a habilidade de mudar rapidamente de uma tarefa mental para outra e a perseverança. E a inteligência pode ser determinada por esses fatores especializados (um para cada função), por um número limitado de fatores de grupo (que intervém em certos números e funções) e por um fator geral (comum a todas as funções). Matrizes Progressivas de Raven (APM) Foi desenvolvido para avaliar o componente central do fator g que mensura a capacidade básica do indivíduo em estabelecer relações abstratamente e que possibilita a pessoa lidar com aspectos característicos de cada situação problema de uma forma concisa. É um teste rápido e de fácil aplicação, o mesmo é atrativo para os indivíduos que são submetidos a ele, tem por objetivo gerar novos insights através da habilidade dedutiva da pessoa que envolve extrair significado de uma situação confusa, desenvolver novas compreensões e estabelecer construtos que facilitem lidar com problemas complexos. 5 É indicado principalmente para avaliação em crianças de cinco a onze anos e meio, também pode ser empregado em deficientes mentais e pessoas idosas. Ao realizar o teste a criança faz uso de sua capacidade edutiva, Avaliando-se a capacidade de desenvolver construtos de nível superior, que tornam mais fácil pensar sobre situações e eventos complexos. Capacidade de buscar e analisar evidências. É usualmente utilizado para triagem de crianças superdotadas ou com algum déficit de aprendizagem. Oferece indicadores se a criança é capaz ou não de fazer comparações e raciocinar por analogia e se não for, indica em que extensão uma criança, quando comparada com outras, é capaz de organizar percepções espaciais em todos sistematicamente relacionados. Percebendo a capacidade da criança em lidar com os problemas proposto no teste depende necessariamente da familiaridade com pontos, triângulos e linhas e também da importância dada a persistir e pensar a respeito de desenhos abstratos. O teste contém 36 problemas divididos em três séries nos quais a criança deve considerar semelhanças, diferenças, identidade, orientação, subtração e adição de características. Sequência em que os problemas são apresentados nas séries desenvolve gradualmente o campo apropriado de pensamento e, neste sentido, fornece um treinamento no método de trabalho, as três séries em conjunto estão organizadas para abranger todos os processos de raciocínio perceptivo. A avaliação é feita com auxílio de um crivo onde se deve computar um ponto para cada acerto. Depois o aplicador deve somar o resultado parcial de cada série e subtrair os totais parciais obtidos em cada série dos totais parciais esperados, a partir desse processo se obtém um percentil e a interpretação desse percentil deve ser verificada no manual. E então o avaliador realiza a análise dos erros que engloba o porquê daquele erro e o que isso ocasiona. Beta-III O Exército de EUA desenvolvimento a versão original, o Exame Grupal Beta, durante a Primeira Guerra Mundial para avaliar a capacidade intelectual dos recrutados iletrados. 6 Em 1934, foi revisado o conteúdo da edição original para fazer a mais adequada para o uso com a população civil e a publicação como o exame Beta Revisado (Beta I). Esta revisão utilizou procedimentos para estandardização no emprego de Wechsler da Escala Wechsler-Bellevue de Inteligência e medir o fator g. Com tempo é de 25 a 30 minutos de aplicação, com a correção podendo ser feita com o Manual e informatizada. Contém tabelas de normas brasileiras para a população geral, idade, sexo, escolaridade e região. Teste Não Verbal de Inteligência Geral Subtestes Raciocínio Matricial e Códigos é um teste não verbal conhecido internacionalmente como Revised Beta Examination, é uma importante ferramenta para a avaliação da inteligência geral. Para a versão brasileira foram realizados estudos com dois subtestes: Raciocínio Matricial e Códigos, não havendo obrigatoriedade de aplicação de ambos, podendo-se optar por apenas um subteste. Tem por objetivo a avaliação da inteligência, a capacidade para resolver problemas novos, relacionar ideias, induzir conceitos abstratos e compreender implicações e avaliar a velocidade de processamento. Pode ser aplicado em adolescentes e adultos com baixa escolaridade até o nível superior, sendo individual ou coletiva. O manual apresenta estudos sobre amostra de trânsito, mas também pode ser utilizado em outras áreas, como, educacional, organizacional, avaliação para porte de arma, forense e outras em que a avaliação da inteligência se faz necessária. 7 Conclusão Neste trabalho foram abordado os testes de inteligência D.70, Raven e Beta-III, com origem, aplicação e teorias diferentes mensuram a mesma inteligência de formas diferentes. Como meu primeiro contato com esses testes e possivel que algo tenha passado em branco mas fica cada vez mais claro para mim a importancia que esses testes tem, e o quanto eles podem ajudar no dia-a-dia de um psicologo em sua clinica bem como em uma seleção para vaga de alguma empresa. Em minha opinião e uma materia que e IMPRESINDIVEL para a formação de um curriculo de psicologia e precisamos trazer a psicometria para nossa grade curricular o mais rapido possivel. Foi cumprido todos os objetivos propostos e esse trabalho foi de grande importância para o aprofundamento sobre testes, pois me permitiu compreender melhor a história e os elementos de avaliação. 8 Referências Bibliográficas ALVES, Irai. Teste D.70 – Manual Revisado e Ampliaddo editor de testes e pesquisas em psicologia. ALVES, ARRIGO, CUSTODIO et al. Teste Raven – Manual Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, escala especial. KELLOG, C.E. e MORTON, N.W.. Teste Beta 3 – Manual Teste Não Verbal de Inteligência Geral – Beta 3 Subtestes Raciocínio Matricial e Códigos. Myers D. Psicologia. Holland, Michigan. LTC.,2006. p. 308-310 Primi R. Inteligência: Avanços nos modelos teóricos e nos instrumento de medida. Avaliação Psicológica, 2003,1,pp. 66-77 9
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