414 pág.

Pré-visualização | Página 35 de 50
ser complementada por dispositivo auxiliar do tipo tacha bidirecional amarela, com elementos retrorrefletivos, para os trechos sujeitos a neblina. O comprimento mínimo a ser adotado para as Linhas de Divisão de Fluxos em Sentidos Opostos é de 152 metros. Caso o comprimento da zona de proibição de ultrapassagem seja inferior a esse valor, a Manual de Sinalização Rodoviária 224 MT/DNIT/IPR pintura da Linha de Proibição de Ultrapassagem deve ser iniciada antes, de maneira a completar os 152 metros. A distância mínima entre duas Linhas de Divisão de Fluxos em Sentidos Opostos, relativas a um mesmo sentido de tráfego, é de 120 metros, considerando-se um tempo mínimo para percepção e tomada de decisão para efetuar a ultrapassagem, devendo-se unir duas Linhas de Proibição de Ultrapassagem, quando a distância entre elas for inferior a esse valor. É permitida a interrupção de uma Linha de Divisão de Fluxos em Sentidos Opostos em trechos pequenos (da ordem de 10 metros), em locais onde ocorra situação de cruzamento de pista. 3.3.1.2. Critérios para a definição de zonas de proibição de ultrapassagem Os limites de proibição de ultrapassagem em curvas horizontais ou verticais são definidos em função da distância de visibilidade, tendo seus extremos estabelecidos onde ela for menor que a distância mínima de visibilidade necessária para a ultrapassagem com segurança, considerando-se os seguintes fatores: Distância de visibilidade mínima, correspondente à distância dupla de visibilidade de parada, variável em função da velocidade de operação, conforme a Tabela 18 a seguir: Tabela 18 – Distância mínima de visibilidade x velocidade regulamentada Velocidade regulamentada (km/h) Distância mínima de visibilidade (m) 40 140 50 160 60 180 70 210 80 245 90 280 100 320 110 355 Fonte: Manual of Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (2003) Manual de Sinalização Rodoviária 225 MT/DNIT/IPR Altura de visada do observador em relação à superfície do pavimento, de 1,2 metros; Altura do veículo em sentido oposto em relação à superfície do pavimento, também de 1,2 metros. Dessa forma, os limites de visibilidade mínima em curvas verticais (definidores das zonas de proibição de ultrapassagem) correspondem aos pontos a partir dos quais a linha imaginária com extensão correspondente à distância de visibilidade mínima, que une os pontos situados a 1,2 metros da superfície do pavimento, tangencia a curva vertical (ver Figura 222). De maneira análoga, os limites de visibilidade mínima em curvas horizontais (definidores das zonas de proibição de ultrapassagem) correspondem aos pontos a partir dos quais a linha imaginária com extensão correspondente à distância de visibilidade mínima, unindo pontos situados no eixo da pista, tangencia obstáculos com altura maior que 1,2 metros (ver Figura 223). O começo de uma zona de ultrapassagem proibida, para um determinado sentido de tráfego, é o ponto a partir do qual a distância de visibilidade passa a ser menor que aquela especificada na tabela anteriormente apresentada. O fim dessa zona é o ponto a partir do qual a distância de visibilidade passa a ser maior que aquela já especificada. 3.3.1.3. Método gráfico para a determinação das zonas de proibição de ultrapassagem Pontos de partida: O projeto geométrico da rodovia em perfil impresso; A velocidade a ser regulamentada na rodovia; A distância de visibilidade correspondente à velocidade definida na Tabela 18. a) Curvas verticais Desenha-se uma régua, em papel transparente, nas mesmas escalas do projeto geométrico em perfil, horizontal e vertical, com o comprimento da distância de visibilidade e, nas duas extremidades, segmentos verticais de 1,20 m (altura do olho do observador); Aplica-se a régua ao perfil, fazendo-a deslizar ao longo do estaqueamento; Enquanto a barra horizontal, referente à distância mínima de visibilidade, estiver acima do perfil da rodovia, a visibilidade está garantida; Onde a barra horizontal tangenciar o perfil, caracteriza a ausência das condições de visibilidade, com o início do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido do estaqueamento, e o fim do Manual de Sinalização Rodoviária 226 MT/DNIT/IPR trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido oposto; Prossegue-se deslizando a régua sobre o perfil, até que volte a tangenciar o perfil, definindo o fim do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido do estaqueamento, e o início do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido oposto. Figura 222 – Distância de visibilidade de ultrapassagem – Vertical b) Curvas horizontais Desenha-se uma régua, em papel transparente, na mesma escala do projeto geométrico em planta, com o comprimento da distância de visibilidade; Aplica-se a régua sobre a planta, fazendo-a deslizar sobre o eixo da rodovia, ao longo do estaqueamento; Enquanto a barra horizontal, referente à distância mínima de visibilidade, não encontrar obstáculo físico nas margens da rodovia, a visibilidade está garantida; Onde a barra horizontal tangenciar um obstáculo físico, caracteriza a ausência das condições de 18 Manual de Sinalização Rodoviária 227 MT/DNIT/IPR visibilidade, com o início do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido do estaqueamento, e o fim do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido oposto; Prossegue-se deslizando a régua sobre o eixo, até que volte a tangenciar o obstáculo físico, definindo o fim do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido do estaqueamento, e o início do trecho de proibição de ultrapassagem, no sentido oposto. Figura 223 – Distância de visibilidade de ultrapassagem – Horizontal c) Compatibilização dos procedimentos aplicados nas curvas verticais e horizontais Concluídos os procedimentos descritos, deve-se analisar as estacas indicadas como início e fim dos trechos de proibição de ultrapassagem, em cada uma das análises e em cada sentido de circulação, a fim de selecionar os limites que garantam as melhores condições de segurança para a rodovia, respeitando as condições básicas descritas na subseção 3.3.1.1, ou seja: Unindo as linhas de proibição de ultrapassagem consecutivas que distem 120 m ou menos; Antecipando as linhas com comprimento inferior a 152 m. 3.3.1.4. Linha simples contínua (LFO-1) É a linha de divisão de fluxos opostos aplicada sobre o eixo da pista de rolamento com o objetivo de delimitar o espaço reservado para a circulação de cada um dos fluxos de veículos e regulamentar a proibição de ultrapassagem, nos dois sentidos de circulação. É utilizada em rodovias de pista simples, com largura inferior a 7,00 m. A largura mínima recomendada para a LFO-1 é de 10 cm. Manual de Sinalização Rodoviária 228 MT/DNIT/IPR Figura 224 – Linha simples contínua (LFO-1) 3.3.1.5. Linha simples tracejada (LFO-2) É a linha de divisão de fluxos opostos aplicada sobre o eixo da pista de rolamento para delimitar o espaço reservado para a circulação de cada um dos fluxos de veículos e para regulamentar a permissão de ultrapassagem, nos dois sentidos de circulação, independentemente da largura da pista. Figura 225 – Linha simples tracejada (LFO-2) Manual de Sinalização Rodoviária 229 MT/DNIT/IPR A Tabela 19, a seguir, apresenta as dimensões recomendadas. Tabela 19 – Dimensões recomendadas para LFO-2 VELOCIDADE v (km/h) LARGURA l (m) CADÊNCIA t : e TRAÇO t (m) ESPAÇAMENTO e (m) v < 60 0,10* 1 : 2* 1* 2* 0,10 1 : 2 2 4 1 : 3 2 6 60 ≤ v < 80 0,10** 1 : 2 3 6 1 : 2 4 8 1 : 3 2 6 1 : 3 3 9