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DESENHO TÉCNICO I 
 
- GUIA DE AULAS – 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rogério Gondim Costa 
2 
 
EMENTA DA DISCIPLINA 
1. Conceitos, elaboração, leitura e entendimento de desenhos técnicos básicos; 
2. Projeções ortogonais; 
3. Vistas em corte; 
4. Introdução ao desenho de arquitetura. 
 
SUMÁRIO 
1. Introdução 
2. Formatos padrões, margens, dobragens de folhas, legendas e linhas 
3. Desenho à mão livre 
4. Caligrafia técnica 
5. Escalas numéricas e gráficas 
6. Cotagem 
7. Projeções ortogonais 
8. Vistas em corte 
9. Introdução ao desenho arquitetônico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Desenho artístico x desenho técnico 
 
A fala, a escrita e o desenho são os principais meios de comunicação do homem. O desenho 
artístico é uma forma de representar as idéias e o pensamento de quem desenhou. Por meio 
do deste, é possível conhecer e reconstruir a história dos povos antigos. Já o desenho técnico 
é assim chamado por ser um tipo de representação utilizado por vários profissionais: 
Arquitetos, Urbanistas, Engenheiros, Tecnólogos, entre outros. Surgiu com a necessidade de 
representar com precisão maquinários, peças, ferramentas entre outros instrumentos de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Resumindo, o desenho técnico é uma representação gráfica de um objeto, levando em conta 
suas dimensões, através de regras pré-estabelecidas. 
Agora que já sabemos a diferença entre o desenho artístico e desenho técnico é importante 
saber que para que o desenho técnico fosse padronizado, a ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas) criou algumas Normas Técnicas, que devemos seguir. Se não seguirmos 
estas normas, não será considerado como desenho técnico. Baseada na NBR 10647 (1989) 
iremos abordar algumas terminologias de Desenho técnico. 
 
O Desenho quanto ao aspecto geográfico 
 
 Desenho projetivo: Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem 
coincidir com o próprio desenho, compreendendo: 
a) vistas ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre planos 
convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do mesmo com seus 
detalhes; 
b) perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a 
finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. 
 
 Desenho não projetivo: Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre 
as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga variedade de 
representações gráficas, tais como: 
a) diagramas; 
b) fluxogramas; 
c) organogramas; 
d) gráficos. 
 
Quanto ao grau de elaboração 
 
 Esboço: Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um 
projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução 
de obras. 
 Croqui: Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e 
contendo todas as informações necessárias à sua finalidade. 
 Desenho preliminar: Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração 
do projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto. 
 Desenho definitivo: Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos 
necessários à sua compreensão. 
 
 
 
 
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2. FORMATOS PADRÕES, MARGENS, DOBRAGEM DE FOLHAS, LEGENDAS E 
LINHAS 
Formatos de papel 
O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de 841 mm (x) 
por 1.189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se os demais 
formatos na relação y = x√¯2 , conforme quadro abaixo: 
 
 
 
Margens 
 
 
 
 
 
Dobragem de folhas 
O formato final de um dobramento deve ser o A4. A legenda sempre deve ficar visível depois 
da folha dobrada. 
 
A3 A2 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
A1 A0 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda 
A legenda traz informações sobre o desenho e deverá ficar no canto inferior direito nos 
formatos A0, A1, A2 e A3. Já no formato A4 a legenda deverá ficar ao longo da largura da folha 
de desenho. A direção da leitura da legenda deve corresponder com a leitura do desenho. A 
legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3, A2 e 175 mm nos formatos 
A1 e A0. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linhas 
 
As linhas são elementos fundamentais na elaboração de um desenho técnico. O Desenhista 
não pode colocar seu gosto pessoal em um desenho técnico, aliás, deve seguir as normas, pois 
serão utilizados por profissionais de diversos lugares. Se não seguir as normas não será 
considerado como desenho técnico e sim desenho artístico. Abaixo os tipos de linhas: 
 
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3. DESENHO À MÃO LIVRE 
 
O desenho à mão livre tem como finalidade a execução de esboços ou croquis, antecede o 
desenho definitivo com instrumentos. É muito utilizado quando há a necessidade de desenhar 
algum edifício já executado. Em geral faz-se as medições, elabora o esboço e/ou croqui e faz 
o desenho definitivo. 
 
Técnicas de traçados à mão livre 
 
 
 
Linhas retas: 
 
 
 
 
 
 
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Circunferência: 
 
 
 
 
 
 
 
Ovais: 
 
 
 
 
4. CALIGRAFIA TÉCNICA 
 
A escrita pode ser vertical: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ou inclinada para a direita: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS 
 
As representações de objetos em desenhos devem ser em escala real, mas, na prática, na 
maioria dos casos isso não é possível. 
Como desenhar um prédio inteiro em um papel? A resposta é simples, é só reduzir 50 vezes, 
100 vezes ou mais e inserir no tamanho do papel necessário A0, A1, A2 ou A3. A NBR 8196 
traz a designação completa de uma escala, seguida da indicação da relação: 
 
a) ESCALA 1:1, para escala natural; 
b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1); 
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1). 
 
Exemplo: 1 : 200 
1: desenho 
200: real 
 
Escalas usuais: 
 
 
 
Escalas numéricas 
A escala é representada por uma fração: E=D/R 
E= escala 
D= medida do desenho 
R= medida real 
 
Exemplo: A medida real é 35 m e a medida no desenho é 35 cm. Qual a escala do desenho? 
E = 0,35 / 35 = 1 / 100 
 
Escalas gráficas 
É a representação gráfica da escala numérica. É muito comum a utilização de escalas gráficas 
em mapas. 
 
 
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Exercícios 
 
1. Se você tem a medida do desenho (D) igual 40 cm e a medida real (R) igual a 20 cm. 
Qual é a escala? 
2. Uma rua é desenhada com 6 milímetros de largura e mede 12 metros. Qual é a escala? 
3. Se a medida do desenho é igual a 50 cm e a medida real é igual a 0,50m. Qual é a 
escala? 
4. Se a medida do desenho é igual a 50 cm e a medida real é 250 cm. Qual é a escala 
indicada? 
 
 
6. COTAGEM 
 
Segundo a NBR 10126/87 a cotagem é “representação gráfica no desenho da característica do 
elemento, através de linhas, símbolos,notas e valor numérico numa unidade de medida”. 
Todo desenho técnico é necessário ter cotas e de fácil identificação. Em um projeto 
arquitetônico é necessário apresentar todas suas medidas, se por um acaso houver falhas ou 
medidas erradas, isso implicará em problemas no momento da execução. A cota deve ser 
representada paralelamente a linha do desenho. Nas cotas verticais escrevê-la de baixo para 
cima. O limite da cota deve sempre ser representado por setas (fechadas ou abertas) ou por 
traço à 45º. 
 
 
 
Alguns erros em cotagens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1º TRABALHO PRÁTICO 
 
Tema: Representação de Intervenções no Terreno em Arquitetura e Engenharia Civil. 
Exemplos: 
- Plantas e cartas topográficas; 
- Topografia e Representação do terreno; 
- Cartas e perfis geológicos; 
- Desenho de urbanização; 
 
Instruções: Cada grupo deverá entregar (por email) um trabalho escrito; não será especificado 
o tamanho do trabalho, fica a critério de cada grupo. 
O texto deverá ser dissertativo, com ilustrações e exemplos, seguindo as normas de trabalhos 
acadêmicos. 
Cada grupo deverá apresentar seu trabalho na data estipulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. PROJEÇÕES ORTOGONAIS 
 
Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica do modelo feita em um plano. A 
projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em 
superfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua 
verdadeira grandeza. Para entender como é feita a projeção ortográfica é preciso conhecer 
três elementos: o modelo, o observador e o plano de projeção. 
 
- Modelo: É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode ser 
tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma peça de máquina, 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Observador: É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o 
modelo em projeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias 
posições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Plano de Projeção: É a superfície onde se projeta o modelo. A tela de cinema é um bom 
exemplo de plano de projeção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Após a observação visual faz-se a planificação do objeto, rebatendo o plano do perfil 
sobre o plano vertical e este sobre o horizontal, resultando assim, em todas as vistas 
ortográficas do objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A identificação, no plano, de um ponto do espaço constitui uma representação plana e resulta 
de uma projeção desse ponto no plano. A direção definida pelo ponto através de sua projeção 
plana (e pelo observador) é designada projetante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No entanto, de acordo com esta definição, surge outra questão: relativamente a um ponto e 
um plano, quantas projeções do ponto sobre o plano são possíveis obter? Para cada ponto é 
possível estabelecer infinitas representações. 
 
 
 
 
 
 
 
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O conceito de ortogonalidade associado ao conceito de projeção estabelece uma 
possibilidade única: a cada ponto corresponde uma só projeção ortogonal num determinado 
plano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diedros 
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são 
numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos 
ponteiros do relógio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre si, criado 
por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano. A maioria dos países que 
utilizam o método mongeano adotam a projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT 
recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os 
Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. 
Os semiplanos possuem a seguinte nomenclatura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Projeção ortográfica do ponto 
Imagine um plano vertical e um ponto A não pertencente a esse plano, observados na direção 
indicada pela seta, como mostra a figura a seguir. Traçando uma perpendicular do ponto A 
até o plano, o ponto A1 - onde a perpendicular encontra o plano - é a projeção do ponto A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção ortográfica do segmento de reta 
Imagine um segmento de reta AB, paralelo a um plano vertical, observado na direção indicada 
pela seta, como mostra a figura a seguir. Traçando duas linhas projetantes a partir das 
extremidades do segmento, os pontos A e B ficarão determinados, no plano vertical, pelos 
pontos A1 e B1. Unindo estes últimos pontos, temos o segmento A1B1, que representa a 
projeção do segmento AB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A projeção ortográfica de um segmento paralelo a um plano de projeção é sempre um 
segmento que tem a mesma medida do segmento tomado como modelo. Neste caso, a 
projeção ortográfica representa o modelo em verdadeira grandeza, ou seja, sem deformação. 
 
Projeção de segmento de reta oblíquo em relação ao plano de projeção 
Imagine um plano vertical e um segmento de reta AB, oblíquo em relação a esse plano. 
Traçando as projetantes a partir das extremidades A e B, determinamos, no plano vertical, os 
pontos A1 e B1. Unindo os pontos A1 e B1, obtemos o segmento A1B1, que representa a 
projeção ortográfica do segmento AB. 
 
 
 
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O segmento A1B1 é menor que o segmento AB. Isso ocorre porque a projeção de um 
segmento oblíquo a um plano de projeção é sempre um segmento menor que o modelo. Neste 
caso, a projeção ortográfica não representa a verdadeira grandeza do segmento que foi usado 
como modelo. 
 
Projeção de segmento de reta perpendicular ao plano de projeção 
Quando o segmento AB é perpendicular ao plano vertical, a projeção ortográfica de todos os 
pontos do segmento é representada por um único ponto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção ortográfica de um retângulo plano 
Quando a figura plana é paralela ao plano de projeção sua projeção ortográfica é representada 
em verdadeira grandeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Projeção ortográfica de um retângulo oblíquo 
Quando a figura plana é oblíqua ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não é 
representada em verdadeira grandeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção ortogonal em três planos de projeção (1º diedro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Vista Superior 
O observador se posiciona acima do objeto e tem uma visão das dimensões do objeto (largura 
e comprimento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- Vista frontal 
Produz a “vista de frente” do objeto. O observador se posiciona frontalmente ao objeto e tem 
a visão das alturas do objeto. Também é denominada de “fachada” ou “elevação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Vista lateral 
Nesta projeção tem-se a “vista lateral” do objeto. O observador se posiciona ao lado do objeto 
(à direita ou à esquerda) e tem também a visão das alturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rebatimento dos planos de projeção 
Em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usamosum recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Rebatimento dos planos de projeção 
Para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em 
torno do eixo de interseção com o plano vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º, para 
a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planos rebatidos vistos de frente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de linhas 
20 
 
 
- Linha para arestas e contornos visíveis: É uma linha continua larga que indica o contorno de 
modelos esféricos ou cilíndricos e as arestas visíveis do modelo para o observador. 
- Linha para arestas e contornos não visíveis: É uma linha tracejada que indica as arestas não-
visíveis para o observador, isto é, as arestas que ficam encobertas. 
- Linha de centro: É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que indica o 
centro de alguns elementos do modelo, como furos, rasgos, etc. 
- Linha de simetria: É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados. Ela indica 
que o modelo é simétrico. 
 
Exemplos: 
 
- Linhas para arestas e contornos visíveis, não visíveis e de centro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Simetria vertical e horizontal: 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
1. Complete as projeções à mão livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Desenhe à mão livre a vista que falta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA 1ª AVALIAÇÃO 
 
1. Escreva seu nome completo utilizando caligrafia técnica. 
 
2. A peça abaixo está representada em escala natural. Qual das alternativas representa a 
mesma em escala 2:1? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
3. Complete as lacunas com os valores correspondentes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Quais são as medidas reais da peça representada abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Quais são as medidas reais da peça representada abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Se a medida de uma peça em um desenho é igual a 60 cm e a medida real é 300 cm, 
qual é a escala indicada? 
7. Se a medida do desenho é igual a 26 cm e a medida real é igual a 0,26m, qual é a 
escala? 
 
30 
 
8. Escreva as letras correspondentes às faces nos desenhos de projeções ortogonais 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Complete as projeções abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Marque a opção que contém as projeções corretas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. Marque a figura correspondente às projeções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Marque a opção correta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13. Coloquem os números correspondentes às projeções: 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
6. CORTES E SEÇÕES 
 
6.1. Cortes 
 
Os “cortes” são utilizados em desenhos de peças e conjuntos para facilitar a interpretação de 
detalhes internos que, através das vistas convencionais, seriam de difícil entendimento para 
execução. 
A peça abaixo apresenta detalhes internos que serão melhores apresentados com a utilização 
de cortes. 
 
 
 
Aplicando o corte longitudinal conforme figura abaixo, os detalhes internos passarão a ficar 
visíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Observação: o corte é imaginário. A parte hachurada na projeção corresponde à parte da peça 
que foi atingida pelo corte. A região não hachurada indica a região não atingida pelo corte. 
 
Na figura abaixo a peça foi cortada no sentido transversal. Na representação, tem-se a vista 
lateral em corte. 
 
 
 
 
 
A seguir será apresentado outro exemplo em que a peça foi cortada por um plano horizontal, 
e a parte de cima foi retirada. Na representação teremos a planta em corte. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Observação: As vistas que não são atingidas pelos cortes não sofrem alteração na sua 
representação. 
 
6.2. Hachuras 
 
Hachuras são linhas finas paralelas (que normalmente são desenhas a 45º), utilizadas para 
representar a parte cortada de uma peça. Todos os cortes executados devem sempre 
conservar o mesmo tipo de representação de hachura. Na figura abaixo observa-se que as 
hachuras distinguem claramente as partes que foram cortadas. 
 
 
 
Nos desenhos de conjunto, peças adjacentes devem figurar com hachuras diferindo pela 
direção ou pelo espaçamento, conforme figura abaixo. 
 
38 
 
A representação da hachura é utilizada também para distinguir diferentes tipos de materiais 
das peças: 
 
 
Seções finas como guarnições, juntas, etc., em vez de hachuradas, devem ser enegrecidas: 
 
 
 
6.3. Linha de Corte 
 
O plano de corte é indicado no desenho por meio de linha grossa, com traço e ponto, 
denominada de “linha de corte”. O corte é indicadonuma vista e representado em outra. 
Havendo necessidade de registrar no desenho o sentido em que é observada a linha de corte, 
este é indicado por setas nos extremos da linha de corte. 
 
 
 
39 
 
 
Quando houver necessidade de se identificar uma vista em corte e o respectivo plano, 
empregam-se letras maiúsculas repetidas ou em sequência (AA, BB, AB, CD, etc.), colocadas 
ao lado das setas nos extremos da linha de corte, escrevendo-se tais letras junto à vista em 
corte correspondente, como no seguinte exemplo. 
 
 
 
6.4. Corte Total 
 
O corte total ocorre quando a peça é cortada imaginariamente, em toda sua extensão. Deve 
ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imagina-se a retirada da parte da peça que 
impede a visão; porém, para o traçado das outras vistas, a referida parte é considerada como 
não retirada. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
6.5. Meio Corte 
 
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregar o corte total para mostrar 
seus detalhes internos. Pode-se utilizar o “meio corte” mostrando a metade da peça em corte, 
com seus detalhes internos, e a outra metade em vista externa, conforme os exemplos abaixo. 
 
 
 
41 
 
 
 
Observação: por convenção, não se indicam os detalhes “não visíveis”, mesmo na parte não 
cortada. 
 
6.6. Corte Parcial 
 
Corte parcial é o corte utilizado para mostrar apenas uma parte interna doobjeto ou peça, 
possibilitando esclarecer pequenos detalhes internos sem necessidade de recorrer ao corte 
total ou meio corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: neste corte, permanecem as “linhas de contorno” e as “arestas não visíveis”, não 
atingidas pelo corte parcial. 
42 
 
6.7. Seções 
 
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou parte de peças, evitando vistas 
desnecessárias que nem sempre identificam a peça. 
 
 
Seção traçada acima da vista. 
 
 
 
Seção traçada dentro da própria vista. 
 
 
 
Seção traçada com a interrupção da vista. 
 
 
 
Seções traçadas fora da vista. 
 
 
 
43 
 
6.8. Rupturas 
 
Rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de peças que, devido 
ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor aproveitamento de espaço no 
desenho. De acordo com a sua forma, obedecem as convenções abaixo. 
 
 
 
A representação de ruptura é empregada quando, na parte que se imagina retirada, não 
houver detalhes que necessitem ser mostrados. 
 
Observação: o comprimento real da peça é dado pelo valor numérico da cota. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Assinale a representação de corte correta: 
 
44 
 
2. Desenhe à mão livre a vista frontal dos cortes das peças abaixo: 
 
2.1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
2.5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Represente os cortes AA e BB da figura abaixo: 
 
 
3.1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
EXERCÍCIOS DE REVISÃO 
 
1. Observe as perspectivas e escreva as cotas nas projeções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
2. Complete as projeções ortogonais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
3. Analise as perspectivas em corte e faça as hachuras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Desenhe à mão livre o hachurado da vista em corte (desenho C): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
5. Indique os cortes nos desenhos abaixo:

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