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Plano de Aula: Unidade 6 - Análise dos Movimentos Articulares dos 
Segmentos Superiores e Inferiores 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA - SDE0057 
Título 
Unidade 6 - Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores e Inferiores 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
14 
Tema 
Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Inferiores 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
Identificar as estruturas constituintes das articulações da cintura pélvica e do quadril; 
Descrever os movimentos das articulações da cintura pélvica e do quadril; 
Identificar a participação muscular nos movimentos das articulações da cintura pélvica e 
quadril. 
Estrutura do Conteúdo 
ANÁLISE DOS MOVIMENTOS ARTICULARES DOS SEGMENTOS INFERIORES 
6.6 - COMPLEXO INFERIOR 
É constituído a partir das articulações da cintura pélvica, quadril, 
joelho, tornozelo e pé. 
A cintura pélvica incluindo a articulação do quadril exerce um papel 
integral no suporte do peso do corpo e ao mesmo tempo, oferece 
mobilidade, aumentando a amplitude de movimento dos membros 
inferiores. 
A cintura pélvica é constituída por pares ósseos – ílio, ísquio e púbis 
– e serve como local para inserção de vinte e oito músculos do 
tronco e coxa, e nenhum deles é posicionado para agir somente 
sobre a cintura. 
Obs: a cintura pélvica e a articulação do quadril fazem parte de um 
sistema de cadeia cinética fechada, no qual as forças sobem pelo 
quadril e pelve indo para o tronco ou descem do tronco para pelve e 
quadril até joelho, pé e solo. Finalmente, os movimentos da cintura 
pélvica e do quadril contribuem significativamente para manter o 
equilíbrio e postura em pé empregando a ação muscular contínua 
para ajustes finos assegurando o equilíbrio. 
6.6.1 - Movimento da cintura pélvica: 
Movimento no plano sagital – eixo látero/lateral: 
Báscula anterior, inclinação anterior, desvio anterior ou anteversão 
– é o deslocamento da pelve para frente a partir da acentuação da 
lordose lombar. Grau de amplitude de movimento: 70
o
 a 75
o
. 
Báscula posterior, inclinação posterior, desvio posterior ou 
retroversão – é o movimento da pelve para trás a partir da 
retificação da lordose lombar. Grau de amplitude de movimento: 50
o
 
a 55
o
 . 
Movimento no plano frontal – eixo ântero/posterior: 
Inclinação lateral: movimento da pelve tendo como base o 
desnivelamento de uma das cristas ilíacas. O movimento tem como 
referência a crista mais alta. O grau de amplitude de movimento não 
é especificado, pois esse movimento apresenta como caráter 
funcional devido aos pequenos ajustes no movimento de flexão 
lateral da coluna vertebral, porção lombar. 
Plano transverso – eixo longitudinal: 
Rotação pélvica: a pelve gira em torno do eixo longitudinal da 
coluna vertebral a partir da coluna lombar. Embora os músculos 
facilitem os movimentos da pelve, não existe um grupo muscular 
que haja sobre a pelve especificamente, assim os movimentos 
pélvicos ocorrem como conseqüência dos movimentos da coxa ou 
das vértebras. 
 Aproximadamente 70% da cabeça do fêmur articula-se com o 
acetábulo, em comparação com os 20 a 25% da cabeça do 
úmero com a cavidade glenóide. 
 
6.7 - ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
É a articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, é 
classificada como diartrose, esferoidal permitindo o movimento nos 
três planos ortogonais. 
6.7.1 - Movimentos na articulação do quadril: 
Plano sagital – eixo látero/lateral: 
 Flexão (aproximação da face anterior da coxa com a face 
anterior do tronco) Grau de amplitude articular: 70
o
 a 140
o
. 
 Extensão: retorno da flexão. Grau de amplitude articular: 70
o
 a 
140
o
. 
 “Hiperextensão”: segmento coxa desloca-se para trás. Grau de 
amplitude articular: 4
o
 a 15
o
. 
 O ligamento ílio-femural ou ligamento Y é forte e suporta a 
articulação do quadril anteriormente na postura em pé e resiste 
aos movimentos de extensão, rotação interna e alguma rotação 
externa. 
 O movimento de hiperextensão pode ser tão limitado por esse 
ligamento que pode deixar de ocorrer na articulação do quadril, 
propriamente dita, mas ocorre como consequência da inclinação 
pélvica anterior. 
Plano frontal eixo ântero/posterior: 
 Movimento de abdução: (o segmento coxa desloca-se 
lateralmente ou para fora). 
 Movimento de adução: movimento contrário ao de abdução – 
retorno da abdução 
 O grau de amplitude de movimento é igual para abdução e 
adução: mais ou menos 30
o
 . 
Plano transverso eixo longitudinal: 
 Rotação interna: desloca-se o segmento pé medialmente. Grau 
de amplitude de movimento: mais ou menos 70
o
. 
 Rotação externa: deslocamento do segmento pé lateralmente. 
Grau de amplitude de movimento: mais ou menos 90
o
 . 
 A cápsula articular da articulação do quadril é mais densa da 
parte da frente e de cima da articulação, em que as sobrecargas 
são maiores, e é bem mais fina no lado de trás e de baixo da 
articulação. 
 Os ligamentos pubofemoral, ísquifemoral e íliofemoral não 
resistem ao movimento de flexão, ficando todos eles frouxos 
durante esse movimento. 
 A contribuição do ligamento ísquifemoral para a força de 
extensão do quadril é favorecida pela extensão do joelho. 
(músculos bi e poli articulares – musculatura estirada tem maior 
capacidade de gerar tensão). 
 Os músculos que cercam a articulação do quadril recebem 
alguma forma de condicionamento ao andarmos, levantarmos ou 
ao subirmos uma escada, porém, a musculatura do quadril 
precisa ser equilibrada para que os extensores não sobrepujam 
os flexores, os abdutores e os adutores; isso irá assegurar 
controle suficiente sobre a pelve. 
Existem muitos músculos bi-articulares agindo na articulação 
do quadril, desse modo, deve ser dada muita atenção as 
articulações adjacentes, para maximizar um exercício de 
alongamento ou fortalecimento. 
6.7.2 - POTENCIAL DE LESÃO DA CINTURA PÉLVICA E 
QUADRIL: 
 Cerca de 60% de todas as lesões de quadril acorrem nos 
tecidos moles. Dessas lesões, 62% vão ocorrer durante a corrida, 
62% também estão associadas com o alinhamento em varo do 
membro inferior e 30% estão associados com diferença no 
comprimento das pernas. Essas lesões são geralmente distensões 
musculares, tendinites e bursites. 
Aplicação Prática Teórica 
Hall, S. J. Biomecânica Básica, 5ª ed. São Paulo: Manole, 2009. 
Hamill, J.; Knutzen, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 1a ed. São Paulo: 
Manole,1999.

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