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DIABETES E PERIODONTITE

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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA 
CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
Comparação das Condições Histopatológicas de Lesões Periodontais Entre 
Pacientes Homens Diabéticos e Não Diabéticos em Futuros Pacientes da Clínica da 
Famaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letícia Maria Marreiros de Oliveira 
Thayanny Letycia Kizan da Silva Miranda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém-PA 
2017 
TEMA: 
Comparação das condições histopatológicas de lesões periodontais entre pacientes 
homens diabéticos e não diabéticos em futuros pacientes da clínica da Famaz. 
 
OBJETIVO GERAL: 
Ao comparar as condições histopatológicas de lesões periodontais entre pacientes 
diabéticos e não diabéticos, pretende-se mapear a população estudada a partir da descrição 
de sua condição. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
• Cadastrar pacientes a partir das categorias DIABÉTICOS e NÃO DIABÉTICOS; 
• Realizar avaliação periodontal dos dois grupos; 
• Coletar material para e realizar análise histopatológica; 
• Descrever as condições identificadas em cada grupo; 
• Realizar posterior encaminhamento de casos específicos. 
 
JUSTIFICATIVA: 
O presente estudo se justifica em termos de relevância, uma vez que o diabetes 
mellitus é uma condição pré-requisito para diversas comorbidades, entre elas, as doenças 
periodontais. Assim, faz-se necessário o mapeamento de pacientes em condições de 
comprometimento da saúde bucal em decorrência de doenças periodontais descritas pela 
literatura como correlacionadas ao diabetes, e seu posterior encaminhamento aos serviços 
de saúde. Além disso, trata-se de um meio de baixo custo para controle das comorbidades 
relacionadas ao diabetes. 
 
MÉTODO: 
Participantes: 
Pacientes adultos, cadastrados na Clínica Integrada da Famaz, acima de 30 anos, 
do sexo masculino, com diabetes mellitus e sem diabete mellitus. 
Procedimento: 
O estudo utilizará o método comparativo para avaliar se a incidência de lesões 
periodontais é maior em pacientes diabéticos ou se, havendo incidência próxima entre os 
dois grupos, há diferença na gravidade das lesões entre os dois grupos. 
Os participantes serão divididos em dois grupos, a saber: 
• Grupo I: indivíduos portadores de diabetes, que serão submetidos à coleta 
tecidual da mucosa gengival. 
• Grupo II: indivíduos não portadores de diabetes que também serão submetidos 
à coleta tecidual da mucosa gengival. 
Os participantes serão convidados a colaborar com o estudo por meio de carta-convite 
e, havendo aceite em participar, assinarão um Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido, que garante o direito à não divulgação de dados que revelem sua identidade, 
assim como total acesso aos resultados alcançados na pesquisa. 
Com a coleta do tecido gengival serão feitas lâminas histopatológicas no laboratório, 
que serão analisadas e comparadas. Posterior a isto, os pacientes serão mapeados para 
melhorar o acompanhamento dos mesmos na Clínica Integrada da Famaz. 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, caracterizada pela deficiência 
parcial ou total na produção de insulina ou pela resistência a sua ação. Tal anormalidade 
leva a defeitos no metabolismo proteico, lipídico e glicídico, resultando em hiperglicemia. 
ZIMMET (1997) apresentou a estimativa de que em 2010 cerca de 221 milhões de 
pessoas seriam portadores de DM no mundo. Atualmente – em 2017 – de acordo com 
estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os casos 
chegam a 12.054.827 somente no Brasil 
 Além das diversas doenças relacionadas a DM, a periodontite pode ser classificada 
como a sexta complicação clássica dos diabéticos, consistindo em um processo 
inflamatório que ocorre na gengiva em resposta a antígenos bacterianos da placa dentária 
que se acumulam ao longo da margem gengival. Sua manifestação inicial é a gengivite, 
podendo evoluir para periodontite agressiva ou crônica, caracterizando assim, os três 
casos mais comuns (KAWAMURA, 2002). 
 É importante ressaltar que a maior suscetibilidade do diabético a desenvolver 
doenças periodontais ocorre devido a sua dificuldade de reagir a processos inflamatórios 
e infecciosos, assim como pelo fato de a presença de placa bacteriana no paciente portador 
de DM provocar uma inflamação mais acentuada do que o faria em um paciente não 
diabético, demonstrando, em concordância com WEHBA, RODRIGUES e 
OFFENBACHER (2000), o processo de associação bidirecional entre tais enfermidades, 
na qual o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal e esta, quando não 
tratada, piora o controle metabólico do diabetes. 
 Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho é perceber a correlação entre 
diabetes e doenças periodontais, focando nas alterações teciduais que ocorrem na 
gengiva. Para isso, é necessário perceber o tecido histofisiológico de um paciente, 
deixando claro que não há divergências entre um paciente do Grupo I e do Grupo II para 
tal variável. O tecido periodontal, quando não há alterações, é composto por tecido 
conjuntivo denso modelado – também chamado de ligamento periodontal e possui células 
como fibroblastos, neutrófilos, mastócitos, macrófagos, eosinófilos, osteoclastos, entre 
outros –, tecido ósseo alveolar e tecido epitelial de revestimento do tipo estratificado 
colunar 
 Assim, no ligamento periodontal são encontradas diversas células com funções de 
sintetizar proteínas, auxiliar nos fatores de crescimento e nas respostas imunológicas. 
Quando observamos o paciente diabético, há disfunção no número de tais células, 
causando alterações que serão listadas a seguir: 
• Neutrófilos: Parte dos leucócitos, essa célula está presente em baixo número, o 
que diminui a quimiotaxia, a aderência, a fagocitose e a destruição intracelular, 
levando a diminuição da capacidade imunológica e da resposta inflamatória 
desses pacientes. 
• Colágenos: O colágeno é alterado, assim como várias substâncias da matriz 
extracelular, pela ação dos AGE’s (produtos finais da glicação e oxidação não 
enzimática de proteínas e lipídios). Isso dificulta uma cicatrização normal do 
tecido danificado, o qual é observado com colágeno tipo IV. A formação de 
AGE’s no colágeno tipo IV na membrana basal dificulta a associação lateral 
dessas moléculas, causando aumento da permeabilidade (GUGLIUCCI, 2000). Já 
no colágeno tipo I, tal agregação molecular resulta em distorção da estrutura 
molecular de fibrila. 
• Fibroblastos: O fator de crescimento de fibroblastos (FGF) tem sua expressão 
alterada nos pacientes diabéticos devido aos altos níveis de glicose, gerando 
inibição do crescimento das células do ligamento periodontal; além disso ocorre 
diminuição da resposta quimiotática das células do ligamento periodontal para o 
fator de crescimento derivado de plaquetas (GREGHI, BRITO, OLIVEIRA e 
GUIMARÃES, 2002). Esse pode ser um dos fatores que levam à dificuldade de 
cicatrização em pacientes diabéticos e a causa da destruição mais grave na doença 
periodontal. 
 Ademais, no paciente diabético também há o comprometimento na produção de 
matriz óssea pelos osteoblastos. 
 Partindo desses fatos, fica evidente que o paciente portador de DM possui 
alterações teciduais e imunológicas que incidem diretamente na maior predisposição para 
adquirir-se doenças periodontais, sendo papel do cirurgião dentista observar as 
particularidades e entender a situação como um processo sistêmico, o qual precisa-se 
trabalhar em conjunto com outros profissionais, para tratar não só na cavidade oral, como 
todo o corpo de forma agregada e o próprio comportamentodo indivíduo para, somente 
assim, propiciar ao paciente uma qualidade de saúde geral e bucal, buscando sempre o 
bem estar do mesmo. 
 Sendo assim, nossa hipótese é de que a Diabete Mellitus aumenta os casos de 
periodontites, por conta da dificuldade de o organismo de tais pacientes reagir a processos 
inflamatórios e infecciosos. 
 E por essa razão, desenvolvemos o presente pré-projeto de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMOS, A. F.; MACCARTY, D. J.; ZIMMET, P. The rising global burden of diabetes 
and its complications: estimates and projections to 2010. Diabet Med. vol.14, pp. 1-5. 
1997. 
 
KAWAMURA, J. Y. Avaliação clínica, radiográfica e imunohistoquímica da doença 
periodontal em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1. [Dissertação de 
mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2002. 
 
WEHBA, C; RODRIGUES, A. S.; SOARES, F. P. Diabetes e doença periodontal: uma 
relação bidirecional. In: BRUNETTE, C. M. Periodontia Médica: Uma abordagem 
integrada. pp. 172-195. São Paulo: Senac, 2004. pp. 172-95. 
 
GUGLIUCCI, A. Glicación de proteínas: rol protagónico de la hiperglicemia en las 
complicaciones crónicas de la diabetes mellitus. Rev Med Uruguay;16:58-75. 2000. 
Acesso em: 01 de novembro de 2017. 
 
GREGHI, S. L. A. et al. Relação entre diabetes mellitus e doença periodontal. Rev APCD; 
56(4):265-9. 2002. Acesso em: 01 de novembro de 2017. 
 
DAMASCENO, L. Número de diabetes no Brasil. Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: < https://www.endocrino.org.br/numeros-
do-diabetes-no-brasil/>. Acesso em: 07 de novembro de 2017.

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