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3 TEXTO SOBRE AVD E ATIVIDADE INSTRUMENTAL IDOSO

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Prof. Clayton Lima Melo
1 FUNÇÃO FÍSICA
A avaliação geriátrica típica inicia-se com a revisão das Atividades Básicas de Vida Diária, como o auto-cuidado/auto-manutenção (banhar-se, vestir-se, uso do banheiro, transferir-se ou deslocar-se, continência urinária e fecal e alimentar-se), como proposto por KATZ (1963). Esta escala é muito simples e de fácil aplicação, podendo ser aplicada por profissionais de nível médio, como os cuidadores de idosos. O autor definiu as funções banhar-se, vestir-se e uso do banheiro como funções influenciadas pela cultura e aprendizado, portanto, mais complexas. Atividades como transferência, continência e alimentar-se são funções vegetativas simples, portanto, mais difíceis de serem perdidas. Este caráter hierárquico é extremamente útil, ou seja, o declínio funcional inicia-se por tarefas mais complexas como o banhar-se e progride hierarquicamente até chegar no nível de dependência completa, quando o paciente necessita de ajuda até para alimentar-se. Likert propôs modificações no sentido da pontuação, acrescentando o tipo de ajuda necessária, ajuda humana ou não humana (dispositivos de ajuda). Pentear cabelo e cortar as unhas do pé são atividades do auto-cuidado que também devem ser avaliadas.
As AVDs instrumentais são mais complexas e são indicadores da capacidade do idoso de viver sozinho na comunidade. Lawton e Brody (1969) propurseram a observação das seguintes atividades: caminhar no plano, subir escadas, preparar as refeições, fazer compras, manter o controle financeiro e legal, usar transporte coletivo, tomar remédios, usar o telefone, arrumar a casa e caminhar uma certa distância. A escala de BONFAQ, utilizada por Ramos no estudo EPIDOSO, também é interessante por sintetizar funções básicas e instrumentais, além de já ter sido validada no nosso meio. Todas elas trazem consigo vieses culturais e de gênero, que podem superestimar a dependência em homens. E finalmente, a questão “O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo? “ também nos dá informações preciosas quanto às necessidades funcionais do paciente, no seu ponto de vista, e, portanto, deverá ser incluída.
 A preservação ou não destas funções relaciona-se com a integridade do sistema cardiovascular, respiratório, digestivo, gênito-urinário, sistema nervoso central, músculo-esquelético, audição, visão, nutrição, sono, saúde dentária, sexualidade, imunização, risco de quedas, drogas, atividade física, enfim, tudo aquilo que deve ser rotineiramente avaliado em todo exame clínico. A mudança é no enfoque global que é dado, e não nos procedimentos clássicos propostos para uma boa anamnese e exame físico.
	Todas as escalas de avaliação são bastante semelhantes e, por vezes, utilizam escores diferentes. Com o objetivo de facilitar o entendimento e a categorização do paciente como dependente ou independente, foi feito análise conjunta das escalas mais utilizadas (KATZ, LIKERT, LAWTON-BRODY, BONFAQ). À partir daí, todas as funções foram consolidadas em duas escalas: AVD`s básicas e instrumentais. Acrescentou-se a questão “O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo?” , que nos sinaliza para a real necessidade funcional do paciente. Com isto, é possível estabelecer o plano reabilitacional do paciente e definir o seu prognóstico funcional.
AUTO-CUIDADO
	
 FUNÇÃO
	INDEPENDÊNCIA
Faz sozinho, totalmente, habitualmente e corretamente atividade considerada
	DEPENDÊNCIA
	
	
	PARCIAL
	COMPLETA
	
	
	Faz parcialmente ou não corretamente a atividade ou com pouca dificuldade
	O idoso não faz a atividade considerada
	
	
	Ajuda não humana
	Ajuda humana
	
	BANHAR-SE
Usa adequadamente chuveiro, sabão e/ou esponja
	Independente para entrar
e sair do banheiro.
	Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou algum apoio material para o banho.
	Necessidade de ajuda humana para lavar algumas partes do corpo (costas ou pernas) ou supervisão
	Recebe assistência no banho para mais de uma parte do corpo (ou não se banha)
	VESTIR-SE
 Apanha a roupa do armário ou gaveta, veste-se e consegue despir-se. Exclui-se calçados. 
	Independente para pegar a roupa e se vestir
	Necessidade de
apoio de algum
objeto para se vestir.
	Necessidade de ajuda humana para pegar a roupa. 
	Dependência total para vestir-se.
	USO DO BANHEIRO Locomove-se até o banheiro, despe-se e limpa-se e arruma a roupa.
	Independente para ir ao banheiro e se limpar.
	Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou marreco, comadre e urinol para a higiene
	Necessidade de ajuda humana para ir ao banheiro ou se limpar.
	Não vai ao banheiro para o processo de eliminação
	TRANSFERIR-SE
Locomove-se da cama para a cadeira e vice-versa
	Independente para entrar ou sair do leito, sentar e levantar da cadeira.
	Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou de algum apoio material para realizar a transferência
	Necessidade de ajuda humana parcial para entrar e sair do leito, sentar e levantar da cadeira.
	Não sai da cama. Restrito ao leito
	
CONTROLE ESFINCTE-RIANO
	
Micção
	Independência para controlar a micção
	Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco para controle da micção e defecação.
	Necessidade de ajuda humana para controle da micção ) ou usa fralda noturna somente (supervisão)
	Dependência total através do uso constante de cateteres ou fraldas
	
	
Evacuação
	Independência para controlar os movimentos intestinais
	Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco para controle da defecação.
	Necessidade de ajuda humana para controle da defecação (supervisão) ou usa fralda noturna somente.
	Dependência total através do uso constante de fraldas
	ALIMENTAR-SE
Consegue apanhar a comida do prato ou equivalente e levar à boca
	Independente para pegar o alimento e levá-lo até a boca.
	Necessidade de ajuda através do uso de adaptadores para a alimentação
	Alimenta-se sozinho exceto pela assistência para cortar a carne e passar manteiga no pão.
	Dependência total para a alimentação.
AVD’s Básicas segundo Katz (1963) e Likert modificados.
ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA
	
 FUNÇÃO
	INDEPENDÊNCIA
Faz sozinho, totalmente, habitualmente e corretamente atividade considerada
	DEPENDÊNCIA
	
	
	PARCIAL
Faz parcialmente ou não corretamente a atividade ou com pouca dificuldade ou com alguma ajuda.
	COMPLETA
O idoso não faz a atividade considerada
	Você é capaz de preparar as suas refeições?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de tomar os seus remédios?
	Sem ajuda: nas doses e horários corretos
	Alguém prepara as drogas ou lembra o horário
	Incapaz
	Você é capaz de fazer compras de mercearia, padaria, etc?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de controlar o seu dinheiro?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de usar o telefone?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz arrumar a sua casa?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de lavar a sua roupa?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de fazer pequenos trabalhos domésticos?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de sair de casa sozinho para lugares mais distantes?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de sair de condução? 
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	 Você é capaz de pentear o cabelo?
	
	Com alguma ajuda
	Incapaz
	Você é capaz de cortar as unhas do pé?
	Sem ajuda
	Com alguma ajuda
	Incapaz
AVD’s Instrumentais segundo Lawton-Brody e BONFAQ modificadas.
	
A avaliação da mobilidade também é fundamental para predizermos o grau de independência para locomoção no meio onde vide e para avaliarmos o risco de quedas e suascomplicações. O teste denominado “Timed get up and go” satisfaz plenamente este objetivo por ser simples de aplicar e de grande utilidade prática. Quanto maior o tempo para a sua execução, maior o risco de distúrbio da marcha e, portanto, maior a necessidade de avaliação específica.
 A FUNCIONALIDADE GLOBAL DO IDOSO
O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo? 
MOBILIDADE
2.1 Caminhar 
 2.1.1 No interior do domicílio. ..................................................................................( ) 
 1. Sozinho 2. Ajuda ocasional 3. Ajuda frequente 4. Muleta ou bengala 
 5.andador 6. Cadeira de rodas 7. Imobilidade completa (acamado)
 2.1.2 No exterior do domicílio.................................................................................( )
 1. Sozinho 2. Ajuda ocasional 3. Ajuda frequente 4. Muleta ou bengala 
 5.andador 6. Cadeira de rodas 9. NA
2.2 Subir escada ( 1 degrau) ........................................................................................( )
2.3 “Timed get up and go” : O paciente deve ser orientado a levantar-se de uma cadeira, 
 sem apoio de braços, caminhar 3 metros, virar 180 grau quando andando e 
 retornar, sentando na cadeira. 
 Duração: ( ) <10 segundos ( ) 10 a 20 segundos ( ) 30 segundos ou mais

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