Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 01 – Fisiologia P2 CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Ianna Vitorio, Luiza Calil e Paula Bernardo Propele o sangue através dos vasos sanguíneos; Bobeia sangue sob pressão desatualizada. FUNÇÕES: - Carrear oxigênio dos pulmões para os tecidos. Obs: alguns tecidos são mais resistentes a falta de O2, outros não toleram essa condição de hipóxia que é o pouco suprimento sanguíneo. Já a hipóxia é bem exagerada para os tecidos, que é a ausência de O2. - substancias tóxicas são formadas a partir do metabolismo, por exemplo, o CO2, por isso uma das funções da circulação é carrear CO2 dos tecidos para os pulmões para serem eliminados para o meio externo. - não é apenas o CO2 que é formado a partir do metabolismo celular, outras substancias que podem ser tóxicas também são formadas, são chamados produtos de degradação como a uréia, amônia, íon hidrogênio e vários outros elementos químicos que devem ser eliminados. Só temos uma forma de eliminarmos que é através da corrente sanguínea. Então a terceira função é transportar os produtos de degradação resultantes do metabolismo celular. - tudo que é absorvido pelo trato gastrointestinal tem que ser colocado na corrente sanguínea em termos de nutrição, ou seja, deve transportar nutrientes para serem ofertados para os mais diferentes tecidos. Exemplos de nutrientes transportados: glicose, aminoácidos e eletrólitos de uma maneira geral também são, apesar de não serem nutrientes, fazem parte das reações químicas intracelulares. - existem substancias que são produzidas por células especializadas, mas devem agir (bem longe) no tecido alvo, que são os hormônios, esse deslocamento dos hormônios se fazem pela corrente sanguínea para o local que devem ser sintetizados (glândulas endócrinas) até o tecido alvo. Os tecidos precisam desse hormônio pois são eles que controlam a atividade metabólica. - A medula óssea é um lugar especifico que são produzidas células de defesa, mas várias outras células que não estão relacionadas a produção de células de defesa também são produzidas na MO. Exemplos: plaquetas e eritrócitos, não tem nada a ver com a defesa do organismo, mas são igualmente importantes. Essas células então são produzidas na MO e devem ser carreadas pela corrente sanguínea, no caso das células de defesa até o local da infecção. Obs: Sangue que chega aos pulmões é podre de oxigênio e não destituído. Sangue mais avermelhado (oxigenado) contem mais hemoglobina Há 3 sistemas portas no organismo, onde vasos sanguíneos estão ligados em série. Ex: hepático, renal e hipotalâmico hipofisário. É possível haver o deslocamento (fluxo sanguíneo) por conta da diferença de pressão entre os seguimentos vasculares, o que ta mais perto do coração tem maior pressão e o que esta mais distante tem menor pressão. O fluxo vai da área de menor pressão para a área de maior pressão. Lei: P1 é sempre maior que P2 ∆P= P1 - P2 R é o atrito do sangue com as paredes dos vasos sanguíneos Tudo que esta no numerador é diretamente proporcional ao fluxo, quanto maior pressão maior será o fluxo. Tudo que esta no denominador é inversamente proporcional ao fluxo, quanto maior a resistência menor sera o fluxo. O fluxo sanguíneo do vaso com diâmetro 1 é 1ml pro minuto, já o fluxo sanguíneo do vaso com diâmetro 2 é 16 ml por minuto e o fluxo sanguineo do vaso com diâmetro 4 é 256 ml por minuto. Isso quer dizer que esta na lei da quarta potencia. Então quanto maior o diâmetro do vaso expresso pela formula do raio, maior será o fluxo sanguíneo. A explicação matemática para isso é quanto maior o diâmetro do vaso, menor a resistência do sangue com as paredes dos vasos. No centro dos vasos sanguíneos há menos atrito das células sanguíneas com as paredes dos vasos, por isso o sangue se desloca com maior velocidade no centro e na periferia é o contrario, pois há mais atrito. Então quanto maior o diâmetro do vaso maior sera o fluxo sanguíneo e quanto menos o diâmetro do vaso menor será o fluxo O viscosidade do sangue. O sangue é uma mistura de plasma que é a fração líquida com algumas substancias dissolvidas (íons, proteínas) , mas como o plasma é liquido, ele não confere muita resistência ao sangue. O que da resistência ao fluxo são as células do sangue (eritrócitos). Quanto maior o numero de eritrócitos, maior é a resistência ao fluxo. Exame Hematócrito: exame que mede o número de células na corrente sanguínea, para avaliar como esta a saúde de um individuo O hematócrito de uma pessoa pode variar de momento ou dias. MAIOR a viscosidade do sangue - MAIOR - MAIOR hematócrito – MENOR velocidade do fluxo. A viscosidade do sangue vai depender do numero de células. GRÁFICO: A água tem viscosidade sempre 1 e não se altera; Viscosidade do plasma é 1,5 e não se altera; Viscosidade do sangue é 1,5 e se altera dependendo do numero de células sanguíneas. ANALISE DE HEMATOCRITOS O sangue é centrifugado separando as duas fases do sangue, a liquida e a solida. A solida é mais pesada e decanta e o plasma que é mais leve fica em suspensão. Então a partir da centrifugação saberemos quanto de células temos 45 - viscosidade do sangue é NORMAL. 15 – ANEMIA. Em termos quantitativos: 15% de células de eritrócitos e 85% de plasma. Nessas condições o sangue do individuo: BAIXA viscosidade ALTA velocidade do fluxo, pois temos menos células tendo menor atrito com a parede dos vasos 65 – POLICITEMIA. Em termos quantitativos: 65%de células e 35% de plasma Em termos qualitativos: significa que temos um numero exacerbado de células na corrente sanguínea. ALTA viscosidade do sangue BAIXA velocidade do fluxo sanguíneo, pois aumenta o numero de células, aumentando o atrito. O hematócrito elevado (policitemia) pode gerar uma desidratação por conta da ausência de água, diarréia( perda excessiva de água, pois o intestino grosso não consegue absorver a água por contado aumento da velocidade do transito gastrointestinal), vomito e hipersudorese. O hematócrito esta relacionado a desidratação pois diminui a concentração de plasma, mas o numero de células não altera (Policitemia Relativa). Altas altitudes tem uma atmosfera rarefeita, quanto maior a altitude menor é a concentração de oxigênio. Se ficarmos um mês respirando esse ar rarefeito, sistemas de adaptação fisiológica (carreamento de oxigênio fica mais intensa e compensa de certa forma a carência de oxigênio) acontecerão no nosso corpo para garantir a homeostase. Eritrócito é responsável pelo carreamento de oxigênio, para compensar a atmosfera rarefeita devemos aumentar o numero de eritrócitos. Isso é usado muitas vezes como doping. A seleção brasileira faz seus treinamentos em Teresópolis por estar muito acima do nível do mar, aumentando a quantidade de eritrócitos dos atletas que vai aumentar a oxigenação tecidual. Se passar uma temporada em um lugar de alta altitude o resultado disso será o aumento da quantidade de hematócritos, chamamos isso de Policitemia Fisiológica Em algumas circunstâncias não estamos em altas altitudes e nem desidratados mas mesmo assim o hematócrito chega a 60-65%, acontece isso quando a medula óssea produz mais eritrócitos que o necessário, condição patológica conhecida como Policitemia Vera que é uma disfunção da medula óssea Obs: uma desfunção no baço (local de destruição) desenvolveria uma anemia Histologia dos vasos sanguíneos: Endotélio= camada basal de células que estão em contato direto com o sangue, é a camada mais interna. Artéria tem certo tônus muscular, ela pode se contrair ou dilatar de acordo com a contração e o relaxamento da musculatura lisa vascular que é controlada pelo sistema nervoso autonômico. Ela contém os quatro componentes. A artéria é um vaso que sua constituição histológica esta toda adaptada para conduzir esse sangue em alta pressão sem danos.Veia também contem os quatro componentes, mas em menor quantidade que as artérias, as veias também são condutoras de sangue, porem com um pressão bem mais baixa por isso ela não precisa ser tão rígida como as artérias, as veias tem uma segunda função que é constituir um reservatório de sangue no organismo. Se não tivermos com o metabolismo alto, se tivermos em repouso não estamos utilizando todo sangue que nós temos, então ele é armazenado principalmente no fígado, baço e grandes veias abdominais. Se começarmos a correr sentiremos um dorzinha na região inferior do abdômen que é uma dor esplenomegalia, o baço é um reservatório de sangue importante então naquele momento onde há uma maior necessidade de sangue para suprir as necessidades o sangue é desviado das veias por vasoconstrição para o baço por esplenocontração isso provoca possivelmente uma pressão sob terminações nervosas por isso a dorzinha ( lado esquerdo). Além de ter apenas endotélio, alguns capilares também tem estruturas que propiciam a saída ou a entrada de substâncias, o que são chamadas de fenestrações (como se fossem poros). Os capilares fenestrados são encontrados no intestino, que por sua vez propiciam absorção; nos rins, propiciando filtração. É a nível de capilares que ocorrem trocas, mas também é nível da capilares que trocas não podem ser feitas. Há capilares que não possuem fenestrações e sim junções de oclusão, que não permitem a entrada de nenhuma substância. O que tem que entrar ou sair por questão fisiológica entra e sai por transcitose, através de proteínas carregadoras e não por porosidades da membrana. Os capilares que possuem junções de oclusão são encontrados na barreira hemato-encefálica. Arteríolas: - Componentes da parede: endotélio e músculo liso. Possuem em abundância musculo liso. Levando em consideração o estado da musculatura lisa vascular, é variável de momento a momento, então suas funções são conduzir sangue e possuir capacidade de se contrair e relaxar. Portanto, as arteríolas são o maior sítio de resistência ao fluxo sanguíneo. Isso significa dizer que as arteríolas tem um papel fundamental no controle da pressão arterial. PA = Dc x Rp *Dc – débito cardíaco – Dc = Fc x Ve (freq. cardíaca x volume de ejeção) *Rp – resistência periférica O componente mais importante da resistência periférica são as arteríolas porque controlando o diâmetro das arteríolas é possível controlar a resistência periférica. Se houver uma intensa vasoconstrição arteriolar, aumenta a resistência periférica e aumenta a pressão arterial. Se houver um aumento de pressão arterial, a origem dessa hipertensão pode ser do aumento do débito cardíaco, da resistência periférica. Na maioria das pessoas que apresentam hipertensão, o aumento da pressão é oriundo da resistência periférica. Uma pessoa com estresse crônico, com intensa liberação de noradrenalina provoca intensa estimulação da musculatura lisa arteriolar. Então o estresse é uma causa de hipertensão. Estresse significa liberação de adrenalina, estimulação simpática com secreção de noradrenalina, causando vasoconstrição. Isso aumenta a resistência periférica, que por sua vez, aumenta a pressão arterial. Essa imagem mostra exatamente o que as arteríolas podem fazer nos vasos sanguíneos: Contração, com aumento de resistência; Dilatação, com diminuição da resistência. Por isso, as arteríolas são o maior sítio de resistência ao fluxo sanguíneo e são controladas pela adrenalina e pela noradrenalina pelos receptores alfa-adrenérgicos. Para que haja fluxo sanguíneo pelo organismo ele tem que ser contínuo e pulsátil. No momento no qual os ventrículos se contraem, principalmente o esquerdo, bombeiam sangue para as artérias sistêmicas. Essas artérias se dilatam para receber esse sangue extra. Essa dilatação cria uma energia cinética e logo em seguida, no momento de relaxamento ventricular, a energia cinética acumulada nas paredes das artérias sistêmicas vem na forma de contração das mesmas, impulsionando sangue para os segmentos posteriores. Isso se chama RETRAÇÃO ELÁSTICA. É esse processo que propicia fluxo contínuo mesmo durante a diástole. Então o fluxo sanguíneo esta garantido pela sístole ventricular e pela retração elástica. Uma pessoa de aproximadamente 70 kg, que tenha aproximadamente 7% de sua massa corporal em sangue, tendo aproximadamente 5L de sangue no corpo. Uma pessoa com 5L de sangue no corpo bombeia todo o sangue por minuto na condição de repouso, então seu débito cardíaco na condição de repouso é 5L/min de sangue. Aproximadamente: - 14% do débito cardíaco foi enviado para o encéfalo na condição de repouso físico; - 4% para o coração através das coronárias; O coração não trabalha com grandes reservas, quando exposto a atividade exposta pode chegar em uma condição de hipóxia, pois não sobra muito sangue para ele. O fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco não é o ideal. - 27% para fígado e trato digestório; - 20% para os rins; - 21% para os músculos esqueléticos na condição de repouso, durante uma atividade física intensa, o débito cardíaco pode chegar a 80 a 85%; - 5% para pele; - 9% para ossos e outros tecidos. A partir desses dados, pensamos que fígado e trato digestório possuem maior Dc, pois detêm 27%, mas, analisando a massa total dos órgãos chega-se a conclusão que o órgão que tem maior débito cardíaco do organismo são os rins porque eles filtram aproximadamente 180L de sangue por dia. Pressão: Se uma pessoa apresentar algum tipo de decompensação, em um desses dois parâmetros, seja na resistência periférica ou débito cardíaco, ela terá uma alteração na pressão arterial. Uma pressão sistólica de aproximadamente 120 mmHg e uma pressão diastólica de aproximadamente 80 mmHg, seria a ideal, o que se chama vulgarmente de “12 por 8”. É importante manter a pressão sob esses parâmetros pois isso significa um fluxo sanguíneo adequado, menos estresse para os vasos sanguíneos e menos sobrecarga para o coração. Pressão de pulso: PP = Ps – Pd PAM = Pd + 1/3 (Ps – Pd) Pressão arterial média - usada para saber a pressão de uma forma mais conscienciosa do paciente. O fator mais importante da pressão média é a pressão diastólica porque a diástole na condição de repouso é duas vezes mais duradoura que a sístole, portanto, a pressão diastólica é o fator determinante da Pressão Média. Para determinar que um indivíduo é hipertenso é preciso aferir a pressão em dias subsequentes. Verificação da pressão: Coloca-se o aparelho no braço com o manguito inflado, mandando uma força centrípeta de fora para dentro até a oclusão da artéria radial. Quando ela for completamente ocluída não haverá nenhum fluxo sanguíneo. O estetoscópio é colocado na fossa anti-cubital e não se ouve nenhum som, porque a artéria está ocluída. Ao soltar a válvula, a artéria começa a se soltar, mas suas paredes ainda estão parcialmente fechadas, então ainda há um fluxo sanguíneo do tipo onde há som, chamados de sons de korotkoff. A partir dos primeiros sons são determinadas as pressões sistólica e diastólica. Quando a pressão no manguito for inferior a pressão da artéria não há mais fluxo e nem som. Hipertensão Causas: estrese, fatores genéticos, obesidade, sedentarismo, lesão renal, diabetes mellitus etc. Consequências: - Ruptura de vasos sanguíneos renais, levando a insuficiência renal. Grande parte dos pacientes que fazem hemodiálise houve falência renal por conta de uma hipertensão; - Ruptura de vasos sanguíneos no SNC, levando a um AVC do tipo hemorrágico; - Doença coronariana; - Aumento da sobrecarga para o coração, podendo levar a insuficiência cardíaca; Tratamento: terapêutico e/ou farmacológico. Pressão arterial média do sangue: O que determina a PAM é o volume sanguíneo, estando relacionada ao débito cardíaco. Volume sanguíneo é determinado pela ejeção e perda de fluidos, que pode ser ativa (regulada pelos rins) ou passiva. Quandoo volume sanguíneo é alterado, os rins entram em ação para que ele volte aos valores normais. A PAM também tem a ver com o débito cardíaco, frequência cardíaca e volume de ejeção. É resultante da resistência periférica através do diâmetro das arteríolas e da distribuição relativa do sangue entre vasos arteriais e venosos, determinado pelo diâmetro das veias. Substâncias químicas envolvidas na contração e relaxamento: O musculo liso vascular pode ser contraído ou relaxado, influenciando na pressão arterial. • Barorreceptores: receptores de pressão encontrados no arco aórtico e no seio carotídeo, funcionam de acordo com a pressão, ajudando no controle da mesma. • Parácrino: quando a célula libera uma substância que age sobre células adjacentes. • A serotonina é um poderoso vasoconstritor; alguns casos de enxaqueca podem ser causados tanto por vasodilatação inapropriada quanto por vasoconstrição inapropriada. Após grandes doses de bebida alcoólica, há dor de cabeça pois o álcool é vasodilatador do SNC e vasoconstritor das coronárias, por isso no dia seguinte há dor de cabeça, por vasodilatação excessiva e inadequada. Pessoas com enxaqueca por vasodilatação inadequada são tratadas com um fármaco chamado sumatriptan, um agonista de serotonina que promove vasoconstrição. • Vasopressina: ADH • Angiotensina 2: Tudo começa nos rins com o angiotensinogênio, transformado em angiotensina 1 e angiotensina 2 pela enzima ECA. O rins exercem papel fundamental no controle a médio e longo prazos da pressão arterial ao excretar volume de água na urina ou secretando renina, angiotensina e aldosterona (sistema RAA). Angiotensina 1: fraco agente vasoconstritor, mas ao ser transformada em angiotensina 2 pela enzima ECA (enzima conversora de angiotensina), sendo um poderoso agente vasoconstritor. Além da angiotensina 2 provocar vasoconstrição também determina a secreção pelo córtex adrenal de aldosterona, estabelecendo a pressão para os níveis normais. Se isso não for suficiente, é complementado pela ação da aldosterona, que faz com que os rins retenham água e sais, aumentando o volume sanguíneo. Duas formas de aumento de pressão arterial: por aumento da resistência periférica provocado pela angiotensina 2 e pelo aumento do débito cardíaco provocado pela aldosterona ao fazer a retenção renal de sal e de água. Temos duas formas de aumento de pressão arterial, por aumento da resistência periférica provocada pela angiotensina II e por aumento do débito cardíaco provocado pela aldosterona ao fazer a retenção renal de sal e de água. A renina é secretada pelos rins na condição de hipotensão, isso provoca a formação da angiotensina I, que é um fraco agente vasoconstritor, mas é convertida para angiotensina II que é um poderoso agente vasoconstritor, através da E.C.A (enzima conversora de angiotensina); isso promove um aumento da P.A provocado pelo aumento da resistência periférica. Aumento de P.A → provocado pelo aumento da resistência periférica → provocado pela angiotensina II. Quando a angiotensina II é secretada, ela estimula fortemente o córtex adrenal para secretar aldosterona (hormônio esteróide que tem uma ação sobre os rins – retenção de água e sais, o que aumenta o volume sanguíneo circulante e aumentando o débito cardíaco). Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona: é um sistema completo que aumenta a pressão pelo aumento da resistência periférica e pelo aumento do débito cardíaco. O que pode salvar a vida de um indivíduo que teve uma perda aguda de sangue, uma hemorragia. Não só o ADH, mas todo o sistema. Para bloquear esse sistema em caso de indivíduos hipertensos, utiliza-se um poderoso fármaco que inibe a ação da enzima conversora (E.C.A), o Captopril. Sem E.C.A, não há conversão de angiotensina I para angiotensina II, sem angiotensina não há aldosterona. Não ocorre a vasoconstrição e nem o aumento do fluxo sanguíneo circulante junto com sais, estabilizando a P.A do paciente. Os dois principais fatores que determinam a secreção de aldosterona: angiotensina II e K. Toda vez que houver K em excesso e angiotensina II, haverá a secreção de aldosterona. Prostaciclinas/ protaglandinas: minimizam a perda de sangue, liberadas pelo endotélio. Para o relaxamento da musculatura lisa vascular: Óxido nítrico: neurotransmissor e agente que provoca relaxamento da musculatura lisa vascular. Peptídeo Atrial Natriurético (P.A.N): secretado pelo átrio cardíaco, reduz a pressão arterial, o próprio coração tem um sistema que reduz a pressão arterial. O coração além de bombear sangue produz essa substância considerada um neuromodulador. (Vasodilatação) Peptídeo Intestinal Vasoativo: secreção digestiva, relaxa o músculo liso. Histamina: vasodilatadora, aumenta a permeabilidade vascular, age nas células parietais da mucosa gástrica liberando o ácido clorídrico. Broncoconstritora; aumenta o fluxo sanguíneo, pois faz a vasodilatação, diminuindo a resistência periférica e aumentando o fluxo. Adrenalina: sob receptores α– vasoconstrição. Noradrenalina: sob receptores α– vasoconstrição. Durante uma atividade física intensa há secreção de adrenalina, sob receptores beta II que não são inervados, portanto eles não se submetem a ação da noradrenalina, apenas a ação da adrenalina circulante, provocando então vasodilatação. Ela aumenta a força do coração e aumenta a freqüência cardíaca. Receptores beta II: encontram-se na musculatura esquelética, no fígado e nas coronárias. Em condições (atividade física, luta, fuga...) que se necessita de maior fluxo de sangue nos músculos esqueléticos há estímulo do sistema nervoso simpático sobre a glândula adrenal provocando intensa secreção de adrenalina. Ocorre a vasoconstrição, onde há receptores alfa, então todos os órgãos que possuem receptores alfa, sofrerão a vasoconstrição para que o sangue seja desviado para a atividade motora (músculos). Isso ocorre tanto com a adrenalina quanto com a noradrenalina sobre receptores adrenérgicos alfa. Vasoconstrição é boa para o músculo esquelético que está em intensa atividade de contração? Não. É bom para o fígado que tem que produzir glicose e liberar glicogênio para sustentar a contração muscular? Não. É bom para as coronárias, diminuindo o fluxo sanguíneo para o coração? Não. Por isso os receptores da musculatura lisa do músculo esquelético, do fígado e das coronárias, não são alfa, são beta II. Não são inervados e não respondem a noradrenalina, mas respondem fortemente a adrenalina, desencadeando então a vasodilatação nessas estruturas. Acetilcolina: pode ser um agente vasodilatador em circunstâncias especiais. Sob receptores muscarínicos provoca a ereção do clitóris e do pênis (órgãos análogos). Bradicinina: aumento do fluxo sanguíneo via óxido nítrico, atua provocando vasodilatação. Adenosina: propicia o aumento do fluxo sanguíneo associado ao metabolismo, toda vez que o metabolismo aumenta, a adenosina é liberada para aumentar a dilatação do vaso e o suprimento sanguíneo. Atividade miogênica (atividade sob a musculatura lisa vascular): aumento do estiramento da parede devido o aumento da pressão, é uma forma de proteção. Substâncias parácrinas a partir do metabolismo: toda vez que houver diminuição de oxigênio, aumento de gás carbônico, aumento de íons de H e K; haverá VASODILATAÇÃO. (Menor resistência – Maior fluxo). Toda vez que um fluxo sanguíneo for interrompido por qualquer causa que seja (pode ser por uma placa aterosclerótica/de gordura, coágulo sanguíneo), a área que está depois da obstrução será isquêmica. Isquemia: área destituída de fluxo sanguíneo, dependendo do tempo de isquemia pode ocorrer a morte das células do tecido, que provoca a necrose (que pode ser química, física, biológica) isquêmica. Acarreta a diminuição de oxigênio, aumento de dióxido de carbono, o tecido procura uma via anaeróbia, produzindo ácido lático e íons de H e K; é a condição que mais mataa célula. O I.A.M (Infarto Agudo do Miocárdio) e a parada de funcionamento das bombas de Na e K significa que não há mais controle intracelular, a célula encharca de água até a sua lise. Controle reflexo: nervoso e hormonal, aumento de substância simpáticas, noradrenalina sob receptores alfa – vasoconstrição. Adrenalina sob receptores beta II – vasodilatação. I.A.M: a gravidade está na dependência da sua localização e da extensão da área que sofreu a lesão. Será fatal caso afete o sistema excitocondutor do coração, nodo sinusal, vias internodais, nodo átrioventricular, fibras de Purkinje, feixe de Hiss ou uma extensa área de lesão em outra parte do coração. Por que o infarto é mais grave em pessoas mais jovens? Devido às citocinas angiogênicas*: FCVE (fator de crescimento vascular endotelial) e FCF (fator de crescimento fibroblástico). A angiogênese ocorre durante a fase de crescimento, mas também acontece na idade adulta e em qualquer idade pode haver angiogênese no músculo cardíaco. Toda vez que o coração é exposto à condição de hipóxia, por um esforço excessivo e intenso, o coração lança a mão essas duas substancias, que em conjunto propiciam a formação de novos vasos sanguíneos para o coração, formando novas conexões. A atividade física estimula a angiogênese. Existem também as citocinas antiangiogênicas: impedem a formação de novos vasos sanguíneos. Importantes principalmente em condições de tumores, quando o crescimento é tão rápido que provoca uma angiogênese para suprir o tumor, essa formação de novos vasos é bloqueada por duas citocinas antiangiogênicas, a ANGIOSTATINA e a ENDOSTATINA. *Angiogênese: formação de vasos sanguíneos.
Compartilhar