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Neurofisiologis NP2 Unip

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MÓDULO 5 - CÓRTEX CEREBRAL
 
Cerebral
O córtex cerebral é a fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro.
No córtex chega impulsos de todas as vias da sensibilidade que tornam-se conscientes e são interpretadas. Do córtex saem os impulsos impulsos nervosos que iniciam e comandam os movimentos voluntários e com ele estão relacionados os fenômenos psíquicos.
 
2. Classificação Funcional do Córtex
As várias áreas funcionais do córtex foram inicialmente classificadas em dois grandes grupos, áreas de projeção e áreas de associação.
As áreas de projeção são as que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade.
As áreas de associação de um modo geral estão relacionadas com funções psíquicas complexas (centro de processamento de ordem superior para informação sensorial ou motora).
Estimulações ou lesões nas áreas de projeção podem causar movimentos, paralisias ou alterações na sensibilidade; e nas áreas de associação podem causar alterações psíquicas.
As áreas de projeção podem ser divididas em dois grupos de função e estrutura diferentes: áreas sensitivas e áreas motoras.
 
2.1 ÁREAS DE PROJEÇÃO PRIMÁRIA SENSITIVA
  Área somestésica ou área somestésica primária: a área somestésica ou área da sensibilidade somática geral esta localizada no giro pós - central, que corresponde às áreas 3-2-1 do mapa de Brodmann. Está relacionado à temperatura, dor, pressão, tato e proprioceptores. Lesões da área somestésica, há perda sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão. O indivíduo perde a discriminação de dois pontos, a capacidade de perceber movimentos de partes do corpo, ou de reconhecer diferentes intensidades de estímulos. Apesar de distinguir as diferentes modalidades de estímulos, ele é incapaz de localizar a parte do corpo tocada, ou de distinguir graus de temperatura, o peso e a textura dos objetos tocados. Devido a isto, o paciente perde a estereognosia, ou seja, a capacidade de reconhecer objetos colocados em sua mão.
  Área visual: localiza-se nos lábios do sulco calcarino e corresponde a área 17 de Brodmann. Estimulações elétricas da área 17 causam alucinações visuais nas quais o indivíduo vê círculos brilhantes, mas nunca objetos definidos. A ablação bilateral desta área causa cegueira completa no humano.
  Área auditiva: está situada no giro temporal superior e corresponde à área 41 e 42 de Brodmann. Estimulações elétricas destas áreas causam alucinações auditivas, nunca são muito precisas, manifestando-se principalmente como zumbido. Lesões unilaterais causam pequenos déficits auditivos, pois a via auditiva não é totalmente cruzada.
  Área gustativa: corresponde à área 43 de Brodmann, se localiza na porção inferior do giro pós - central. Estimulações nesta região causam alucinações gustativas. Lesões nesta área acompanham-se de diminuição da gustação na metade oposta da língua.
 
 
2.2  ÁREA DE PROJEÇÃO PRIMÁRIA MOTORA
  Área motora piramidal: ocupa a parte posterior do giro pré - central. Lesões da área 4 determinam paralisia nos músculos estriados situados do lado oposto da lesão. Inicialmente a paralisia é flácida, os músculos perdem o tônus, ficando abolidos ou diminuídos os reflexos. Algumas semanas depois, a paralisia torna-se espástica, ou seja, há aumento de tônus muscular e exagero dos reflexos. Esta área 4 de Brodmann é responsável pela motricidade voluntária (área motora primária).
 
2.3 ÁREA DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA MOTORA
  Área extrapiramidal: mais conhecida como área pré - motora, corresponde à área 6 de Brodmann e a área 8 que geralmente é incluída entre as áreas extrapiramidais. Estas áreas localizam-se no lobo frontal, ocupando partes do giro frontal superior, médio e inferior.
                                        
 
2.4  ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA SENSITIVA:
Áreas Gnósicas
São áreas de interpretação. Para identificar um objeto faz-se necessário a sensação e a interpretação. A sensação toma-se consciência das características sensoriais do objeto, sua forma, dureza, cor, tamanho, etc... Na etapa da interpretação (gnosia) as características sensoriais são comparadas com o conceito do objeto existente na memória do sujeito, o que permite a identificação.
Existem as seguintes áreas gnósicas:
  psico - somestésica: corresponde às áreas 5 e 7 de Brodmann, localizadas no giro parietal superior.
  psico - visual: corresponde às áreas 18 e 19 de Brodmann, próximo da área 17 situada nos lábios da fissura calcarina. Também se estendendo ao lobo parietal (posterior) e  temporal, onde localizam-se as áreas 20,21,37 de Brodmann
  psico - auditiva: corresponde à área 22 de Brodmann, giro temporal superior, próximo da área auditiva 41 e 42.
Lesões destas áreas geralmente associam-se a quadros clínicos denominados agnosias, nos quais há perda na capacidade de reconhecer objetos, apesar das vias sensitivas e das áreas de projeção cortical estarem perfeitamente normais.
Agnosias são defeitos psíquicos relacionados com a percepção. Os defeitos correspondentes relativos à motricidade são denominados de apraxias, dificuldade de executar determinados atos voluntários, sem que exista qualquer déficit motor. Neste caso a lesão esta nas áreas corticais de associação, relacionados com o planejamento dos atos voluntários.
Um sujeito apráxico é incapaz de executar corretamente a seqüência de movimentos necessários para acender um palito de fósforo para apagá-lo.
Tipos especiais de apraxias são os defeitos de linguagem nos quais o indivíduo tem dificuldade de falar (anartria), ou de escrever (agrafia).
 
 
  Áreas Relacionadas com a Linguagem
Certas lesões corticais resultam em déficits de linguagem denominados afasia, que ocorrem na ausência de qualquer déficit motor ou sensitivo. Ocorrem por acometimento das áreas de associação do córtex relacionadas à linguagem.
As afasias podem ser de expressão (motora) e de percepção (sensorial).
Na afasia de expressão o sujeito perde total ou parcial a capacidade de falar (anartria), ou de escrever (agrafia). Na afasia de percepção ou de compreensão (Afasia de Wernicke, área 22) perde a capacidade total ou parcial de entender a linguagem falada (surdez verbal) ou a linguagem escrita (cegueira verbal).
É muito difícil afasia pura, geralmente estas formas de afasias se combinam de maneira muito variada.
As áreas corticais cujas lesões resultam mais freqüentemente em agrafia ou anartria situam-se próximo à área motora de projeção, ou seja, no giro frontal médio e na parte opercular e triangular do giro frontal inferior (giro de Broca - área 44 - 45 de Brodmann - centro da palavra escrita e falada). As áreas cuja lesão resulta em surdez verbal e cegueira verbal situa-se próximo às áreas auditivas e visuais, correspondem as áreas psico - auditiva e psico - visual.
                                                                       
 
2.5  ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIA
As áreas de associação terciária do córtex são consideradas aquelas que não se relacionam diretamente com a motricidade, ou com a sensibilidade.
  Área Relacionada com o Esquema Corporal - área do esquema corporal permite ao sujeito ter uma imagem das partes componentes de seu corpo. Esta área está localizada no giro supramarginal (área 40) e regiões vizinhas, giro angular (área 39) no hemisfério não dominante. Estas áreas também são conhecidas como área temporoparietal. Lesões nesta área resultam em perturbações psíquicas, o sujeito não reconhece a existência de uma metade ou de partes de seu corpo (Síndrome de negligência).
 
Áreas Relacionadas com a Memória - certas áreas corticais participam mais diretamente no fenômeno da memória. As impressões passadas são armazenadas no lobo temporal, e a estrutura mais importante é o hipocampo. O hipocampo é importante para o aprendizado e para a memória de fatos recentes assim como a amigdala. Acredita-se que a memória para fatos antigos necessite de áreas corticais muito maiores, que envolve todo o córtexcerebral.
 
 
Áreas Relacionadas com as Emoções - participam destas áreas corticais (área pré frontal 9 – 10 – 11) subcorticais as que fazem parte do Sistema Límbico (giro do cíngulo, istmo do giro do cíngulo, giro parahipocampal, hipocampo, partes do hipotálamo, núcleos anteriores do tálamo, partes do epitálamo, área septal e corpo amigdalóide).
MÓDULO 6 – TÁLAMO E HIPOTÁLAMO
 
Tálamo
1.1. Funções do Tálamo
1.2. Patologia do Tálamo
Hipotálamo
2.1  Funções do Hipotálamo
 
1. TÁLAMO:
•         Situado no diencéfalo acima do sulco hipotalâmico.
•         Estão unidos pela aderência intertalâmica.
•         Constituído de substância cinzenta.
•         Formado por agregado de núcleos de conexões muito diferentes, com funções diferentes.
 
 
 
1.1 FUNÇÕES DO TÁLAMO:
•         SENSIBILIDADE – todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, param em um núcleo talâmico, fazendo exceção apenas os impulsos olfatórios
•         MOTRICIDADE –  relaciona-se com os circuitos do cerebelo - corticais
•         COMPORTAMENTO EMOCIONAL – conexões com a área pré- frontal
•         ATIVAÇÃO DO CÓRTEX – conexão com o sistema ativador reticular
 
1.2 PATOLOGIA:
Síndrome Talâmica – manifesta importante alteração da sensibilidade. Uma delas é o aparecimento de crises da chamada dor central, dor espontânea e pouco localizada, que freqüentemente se irradia a toda metade do corpo situado do lado oposto ao tálamo comprometido.
            Certos estímulos térmicos ou táteis desencadeiam sensações desproporcionalmente intensas. Há casos que até mesmo estímulos auditivos se tornam desagradáveis.
 
2. HIPOTÁLAMO
•         Localiza-se no diencéfalo, abaixo do sulco hipotalâmico, que o separa do tálamo
•         Área pequena, com apenas 4g. Em um cérebro de 1.200g.
•         Constituído por substância cinzenta que se agrupa em núcleos
 
2.1. FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO
A maioria das funções do hipotálamo se relaciona com a homeostase, ou seja, com a manutenção do meio interno dentro de limites compatíveis com o funcionamento adequado de diversos órgãos.
O hipotálamo tem um papel regulador sobre o Sistema Nervoso Autônomo e o Sistema Endócrino, além de controlar vários processos motivacionais importantes para a sobrevivência do indivíduo e da espécie, como a fome, a sede e o sexo.
 
  CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
•         O hipotálamo anterior controla o Sistema Parassimpático (aumento do peristaltismo gastrointestinal, constrição da pupila, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sangüínea entre outros).
•         O hipotálamo posterior controla o Sistema Simpático (diminuição do peristaltismo gastrointestinal, dilatação da pupila, aumento do ritmo cardíaco e da pressão sangüínea entre outros).
 
  REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL
•         O hipotálamo é informado da temperatura corporal pelos termorreceptores periféricos e também por neurônios localizados no hipotálamo anterior.
•         O hipotálamo funciona como um termostato capaz de detectar as variações de temperatura do sangue que por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal.
 
  REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL
•         Hipotálamo + Sistema Límbico + Área Pré Frontal = regulação de processos emocionais – como: raiva, medo, prazer, sexualidade, entre outros.
 
  REGULAÇÃO DO SONO E DA VIGÍLIA
•         Lesões na parte posterior do hipotálamo podem causar sono - Encefalite letárgica (patologia).
•         Parte posterior do hipotálamo relaciona-se com a vigília, reforçando a ação do sistema ativador reticular (SARA).
 
 
  REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS
•         Centro da Fome e da Saciedade - a base para este centro é a glicemia (açúcar). O hipotálamo percebe as quedas de glicemia (jejum) e estimula o indivíduo a comer. Quando o indivíduo se alimenta aumenta os níveis de glicose então se dá a sensação de saciedade.
 
  REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁGUA
•         Metabolismo de água e sais minerais - o centro da sede funciona através da concentração do sangue no organismo. Se a concentração de sangue aumenta ela rouba líquido dos tecidos, se ela diminui ela manda líquido para os tecidos. Controla o metabolismo através do centro da sede e também através do hormônio anti diurético (HAD), quando em ação retém líquido e quando em inibição libera líquido.
 
  REGULAÇÃO DA DIURESE
         O Hipotálamo tem importante papel na regulação da quantidade de água no organismo. Isto se faz não só pelo controle da ingestão de água, mas também pela regulação da quantidade de água eliminada na urina. Para isso os núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo sintetizam o hormônio antidiurético, também chamado vasopressina, que age aumentando a absorção de água nos túbulos renais e, conseqüentemente diminuindo a eliminação de água pela urina (diurese).
 
  REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO
         O Hipotálamo regula a secreção de todos os hormônios produzidos e armazenados na adeno-hipófise e deste modo exerce ação controladora sobre quase todo o sistema endócrino.
         O Hipotálamo produz e regula a secreção dos hormônios armazenados na neuro-hipófise.
 
 
  GERAÇÃO E REGULAÇÃO DE RITMOS CIRCADIANOS
         A maioria dos parâmetros fisiológicos, metabólicos ou mesmo comportamentais sofre oscilação que se repetem no período de 24 horas. Ex.: temperatura corporal, nível hormonal, de    glicose, nos padrões de atividade motora  e de sono e vigília,... – Essas variações rítmicas são endógenas.
         Os ritmos circadianos ocorrem em quase todo o organismos e são geradores em marcapassos ou relógios biológicos. O principal situa-se em um dos núcleos hipotalâmicos (supraquiasmático). Este núcleo recebe informações sobre a luminosidade do ambiente através do tracto retino hipotalâmico, o que lhe permite sincronizar os ritmos circadianos com o ritmo claro/escuro.
 
  REGULAÇÃO DE SECREÇÃO E MOTILIDADE DO APARELHO DIGESTIVO
         O hipotálamo controla o peristaltismo e também o ácido clorídrico no organismo. Se o Indivíduo apresentar um problema emocional, como o sistema límbico está muito ligado a ele, este pode estimular a secreção de HCL aumentar muito sua quantidade no estômago e com isso a acidez aumenta causando uma ferida na parede do estômago (úlcera).
MÓDULO 7 -  FORMAÇÃO RETICULAR
 
1. FORMAÇÃO RETICULAR (SARA)
  A Formação Reticular Ativadora é uma trama, uma rede de neurônios, que vai do Bulbo até região de Tálamo. Uma das mais antigas estruturas do cérebro.
A Formação Reticular Ativadora pode ter momentos de maior ou menor ativação. Podemos perceber se ela está estimulada através da pupila e do eletroencefalograma.
A integração da FR, Sistema Límbico, Cérebro e Glândula Pineal forma o que chamamos de “consciência” (estado de percepção).
 
2. RELAÇÕES DA FORMAÇÃO RETICULAR (SARA)
  Córtex
  Cerebelo
  Medula
  Sistema Límbico
  Hipotálamo
3. FUNÇÕES DO SARA
  Regulação dos Motoneurônios do  Tronco Medular
  Regulação do ritmo Sono-Vigília
  Ativação do Córtex - Atenção
  Integração de Reflexos
  Manutenção do Tônus e Postura
  Regulação do SNA
 
  REGULAÇÃO DOS MOTONEURÔNIOS -  Regula os motoneurônios do tronco e medula. É capaz de inibir os neurônios motores para que o cérebro trabalhe durante o sono.
  REGULAÇÃO DO RITMO SONO-VIGÍLIA - Responsável pelos mecanismos de regulação de sono e vigília. Tem todo o controle do dia a dia.
  REGULAÇÃO DO RITMO SONO-VIGÍLIA - O sono corresponde a um estado da baixa atividade do SARA. Se nessa situação o sistema for excitado, encaminhará ao córtex cerebral um fluxo de impulsos que irão colocar em atividade células corticais; o indivíduo acorda. 
  ATENÇÃO - Admite-se que o SARA juntamente com o Tálamo seriam responsáveis pela regulação dos graus gerais e específicos da Atenção.
 Atividade cortical é controlada pelo SARA e Tálamo que formam o “Sistema Centrencefálico”.
Atenção geral - SARA
Atençãomais específica - Tálamo
O SARA e o Tálamo são uma central de triagem de estímulos sensoriais que chegam ao córtex. São capazes de processar toda e qualquer informação sensorial.
  INTEGRAÇÃO DE REFLEXOS - Reflexos complexos: Vômito. Para que ele ocorra é necessário que haja uma integração de vários sistemas.Essa integração é dada pelo SARA.
  TÔNUS E POSTURA - A Formação Reticular tem a capacidade de regular o Tônus Muscular controlado pelo Sistema Extra-Piramidal. Há um controle de todo o Tônus com a possibilidade de aumento ou diminuição. Esse controle depende de inibição ou facilitação do SARA.
  REGULAÇÃO DO S.N.A. - Os efeitos dos neurotransmissores liberados pelo Sistema Nervoso Simpático e pelo Sistema Nervoso Parassimpático são regulados pela Formação Reticular Ativadora.
 
4. VIGÍLIA
Para que o indivíduo permaneça em estado de vigília é necessário que haja atividade muscular, a qual estimula o SARA que ativará o Córtex. Os maiores estímulos para a vigília são os impulsos proprioceptivos das articulações e músculos.
 
5. SONO
O sono é uma alternativa vital da atividade cerebral.Não é um desligamento do cérebro. Ocorre uma baixa atividade do SARA. O número de horas de sono varia de indivíduo para indivíduo. Não importa o número de horas que dormimos e sim a qualidade do sono. Durante o sono há uma restauração de componentes celulares. Durante o sono ocorre depressão metabólica:
  Bradicardia
  Bradipnéia
  Hipotensão Arterial
  Hipotermia
 
O sono é dividido em:
  sono não REM (70 a 80% do tempo total)
   sono REM ou paradoxal (+ ou - 30% do tempo total)
 
A cada 90 minutos de sono não REM temos 20 minutos de sono REM num período aproximado de 8 horas de sono. O sono varia em estágios de maior ou menor profundidade.
 
5.1 SONO NÃO REM
  Inicia o ciclo do sono.
  Estágios de 1 a 4.
  Apresenta ondas leves no EEG
  Diminuição:
         Tônus Muscular
         Frequência Cardíaca
         Frequência Respiratória
         Pressão Arterial
         Vias Serotoninérgicas
 
5.2 SONO REM
  No Sono REM cai toda a atividade metabólica:
         O tônus muscular cai ao máximo;
         FC diminui até 30 b.p.m.
         PA diminui até 30mm HG
         EEG é idêntico ao captado durante a vigília o que denota intensa atividade do S.N.
         Ocorrem leves abalos musculares
         Oscilações rápidas dos globos oculares
         Vias de Noradrenalina
 
 Os sonhos ocorrem nos momentos de sono REM e às vezes no sono Não REM no estágio 3. O momento do sonho deve ser muito seguro, pois, o indivíduo está com uma vulnerabilidade orgânica muito grande. Parece demonstrado que o sono REM predomina nas fases de formação das estruturas mais complexas do córtex cerebral.
Há uma região que controla o sono e o sonho que é o Locus Cerúleo que está na Pontejunto com o Corpo Geniculado e Córtex Occipital que origina a atividade PGO. Ela inibe os motoneurônios e é responsável pela maturação cortical.
 
MÓDULO 8 – SISTEMA LÍMBICO E PSICOSSOMÁTICA
1. SISTEMA LÍMBICO
2. PSICOSSOMÁTICA
 
1. SISTEMA LÍMBICO
A emoção é um fenômeno visceral. É um fenômeno psicossomático. Ela parte de um fato, de uma vivência que desencadeia alterações orgânicas, viscerais e que também se dá a nível psíquico. Estas alterações ocorrem de uma maneira tal que até pode desencadear uma atividade motora.
DEFINIÇÃO DE EMOÇÃO - Estados afetivos dado pela introspecção mediado por atos interpretativos. Conjunto de alterações fisiológicas internas que visam ao retorno do equilíbrio normal entre o organismo e o meio ambiente. Os vários tipos de comportamento manifestos, expressivos do estado fisiológico e psicológico.
As áreas cerebrais relacionadas com a emoção ocupam regiões importantes do Sistema Nervoso Central. Como por exemplo, o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. A maioria destas regiões está relacionada com os processos motivacionais primários, que são os estados de necessidade ou de desejo essenciais a sobrevivência do indivíduo, como por exemplo a fome, sede e sexo (MACHADO, 2000).
 
Historicamente Papez foi um cientista que estudou a emoção e criou um circuito, chamado“circuito de Papez”. Ele descobriu que a emoção ocorre à partir de uma integração de sistemas. Conseguiu demonstrar como isso era desencadeado.
Direção predominante dos impulsos nervosos: hipocampo, fórnix, corpo mamilar, fascículo mamilo-talâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e novamente o hipocampo, fechando o circuito.
 
Depois de Papez surge Mc Lean que definiu estas estruturas como Sistema Límbico que está intimamente ligado a Substância Reticular e Hipotálamo.
Este sistema é o mais primitivo do cérebro e esta ligado à emoção. Ele pode ser dividido em Andar Inferior (ligado ao córtex orbitário e temporal) que é ligado à sobrevivência e Andar Superior (área septal, hipocampo, giro do cíngulo) que é ligado ao prazer, ligado à área genital que conduz à preservação da espécie.
O prazer ou o ciclo de resposta sexual está ligado à excitação, platô, orgasmo e relaxamento - Sistema EPOR. O ciclo de resposta da mulher pode ser igual ao do homem que pode ter múltiplos orgasmos.
O importante é que a excitação e platô é muito ligado ao Hipotálamo e o orgasmo é muito ligado ao Sistema Límbico. Por isso que o Hipotálamo e o Sistema Límbico tem que estar bem integrados para que o EPOR funcione adequadamente.
Tem uma parte da fome que é ligada ao Sistema Límbico, à emoção, de saciedade. Uma determinada emoção pode desencadear a fome.O Sistema Límbico também controla o ciclo circadiano que é o ritmo fisiológico do indivíduo.
O córtex é uma estrutura mais recente do Sistema Nervoso e o Sistema Límbico é uma estrutura arcaica. O córtex é o Pensar e o Sistema Límbico é o Sentir. O pensar tem que estar ligado ao sentir. O Importante é estabelecer uma ponte virtual entre o sentir e o pensar. Nascemos com o sentir e quando vamos crescendo vamos adquirindo o pensar. É fundamental a integração entre o pensar e o sentir que é o crescimento (desenvolvimento) psicológico do indivíduo. O sentir, afeto é a carga energética do pensar. Colocar o afeto no pensar é a Vida. A ponte virtual entre o pensar e o sentir é o PSIQUISMO. Quando entendemos isso, começamos a entender como ocorrem as doenças.
Exemplo: Neurose. O indivíduo tem muitos conflitos e não consegue achar uma saída a nível mental então cria a neurose.
Outra saída para os conflitos que não acham uma saída é o corpo e aí surge a Doença Psicossomática.
A psicoterapia o que faz? Trabalha o afeto em relação ao pensar.
CÉREBRO TRIÚNICO - Córtex cerebral: estrutura do pensar. Toda cognição está no córtex. Funções intelectuais.
Sistema Límbico: abaixo do córtex. Responsável pelas emoções. O indivíduo deve usar a emoção colorindo o seu dia-a-dia. Se ficar só no pensar e não usar a emoção esta procura outra via de saída, o corpo.
CÉREBRO REPTILIANO - (Tronco Encefálico, Substância Reticular Ativadora, Núcleos da Base, Mesencéfalo): controla funções de sobrevivência.
 
 
 
2. PSICOSSOMÁTICA
DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS são pontos de cristalização doentios que podem ser hereditário. Esses pontos podem ser veículo da memória do passado dos pais e avós. Como por exemplo, existem famílias de asmáticos, ulcerosos, entre outros
HEREDITARIEDADE  Os choques picológicos (vida fetal e infância), os sofrimentos afetivos, carência de amor dos pais, são quimicamente codificados no sistema límbico.
Esta memória afetiva pode inscrever-se nas fibras do corpo, no DNA.
HIERARQUIA DAS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
            As doenças psicossomáticas mais comumente aparecem no:
SISTEMA DIGESTIVO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA CIRCULÁTORIO, ETC...
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
DOENÇAS DO ESTADO DE ALERTA
DOENÇAS LIGADAS AO SISTEMA IMUNITÁRIO
DOENÇAS LIGADAS AO ESTADO AFETIVO
DOENÇAS DO ESTADO DE ALERTA
       CHOQUES EMOCIONAIS
 DIVERSAS FORMAS DE ESTRESSES
EXEMPLO  5% -10%  CAUSA DA INFERTILIDADE MASCULINA
                   15% - 20%  CAUSA DE ESTERILIDADE PSICOGÊNICA
                   CAUSA DE ABORTAMENTO ESPONTÂNEO
                  ESTRESSES NA ESCOLA
AMENORRÉIA PSICOGÊNICA
EX.: * ESTUDANTE QUE NÃO MENSTRUA PRÓXIMO AO EXAME
        * JOVENS QUE IAM PARA O CONVENTO
         * MULHERES DETENTAS
Alterações emocionais influenciam na relação hipotálamo x sistema límbico, modificando os processos hormonais, não permitindo a descamação e o fluxo uterino.
INFARTO DO MIOCÁRDIO OU ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - Os estados de angústia, estresses liberam adrenalina (catecolaminas) nos vasos sangüíneos que provocam aumento da coagulação  facilitando a trombose ou o infarto agudo do miocárdio ou o acidente vascular encefálico.
 ALTERAÇÕES GASTRO-INTESTINAIS
EX.: um peso no estomago, bola na garganta. O estresse produz no organismo um grupo de substâncias químicas que provocam contração das fibras musculares do tubo digestivo, podendo causar espasmos no esôfago.
DOENÇAS LIGADAS AO SISTEMA IMUNITÁRIO
 DIMINUIÇÃO DAS DEFESAS DO ORGANISMO – CAPAZES DE DEPRIMIR O SISTEMA IMUNITÁRIO
 DEPRESSÃO PSICOLÓGICA PODE ESTAR LIGADA A DEPRESSÃO IMUNOLÓGICA
MORRER DE DESGOSTO
Exemplo: A depressão que surge pela perda de um ente querido, quando chega a limites extremos, o corpo se auto-suicída sem avisar a consciência
AS CHAMADAS “IDÉIAS NEGRAS”
Atingem o hipotálamo, estimulando os fatores liberadores da cortisona que agem diminuindo as dores corporais, porém destrói o sistema imunitário. Nesse sentindo abrindo a porta de entrada para ulcera, pneumonia e câncer
A DOENÇA PSICOSSOMÁTICA IRÁ DEPENDER DA INTENSIDADE, DA SITUAÇÃO EMOCIONAL, DA DURAÇÃO, DA REPETIVIDADE, DA BAGAGEM HEREDITÁRIA, BIOLÓGICA E CULTURAL DO INDIVÍDUO, COMO TAMBÉM DA FORMA QUE IRÁ GERENCIAR SUAS ANGÚSTIAS
 
 DOENÇAS LIGADAS AO ESTADO AFETIVO
  LIGADAS AO “MAL DE VIVER
  AOS PROBLEMAS AFETIVOS
  AOS CONFLITOS MAL RESOLVIDOS
  AOS RECALCAMENTOS
Estas emoções são geradoras das doenças funcionais. Como por exemplo, enxaquecas, constipação intestinal, falsas dores cardíacas, etc...
ESTRESSE E AGRESSÃO FÍSICA  Ocasionam reações químicas que provocam o aumento da freqüência cardíaca, pressão arterial, corticóides e de hormônios. Essa reação é caracterizada por reação de luta e fuga.
 Atualmente o estresse mudou de natureza, são mais psíquicos do que físicos
Exemplo: conflitos afetivos, familiares, ansiedade profissional, angustias existenciais.
Raramente temos respostas de luta e fuga, pois a educação, moral, polidez, convenções sociais dominam a cólera, portanto não permite as atuações físicas.
 
 O cérebro reage como a 4 milhões de anos diante de uma situação de estresse, libera adrenalina que por sua vez provoca o aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca, as plaquetas se aglutinam, os hormônios ficam em ebulição, porém são alterações passageiras.
Estes estados de estresse podem se tornar crônicos, em função das tensões profissionais ou conjugais cotidianas. O sistema de defesa e adaptação passam a atuar contra nos mesmos, como se fossemos um automóvel com o freio de mão puxado, sendo acelerado.

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