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ADAPTAÇOES cv

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ADAPTAÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR AO EXERCÍCIO FÍSICO
Fábio Sprada de Menezes
EXERCÍCIO FÍSICO
 O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética. 
Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
As respostas cardiovasculares que ocorrem podem ser rápidas e “pequenas”, como um leve aumento na frequência cardíaca quando levantamos uma cadeira.
Mas as respostas cardiovasculares podem ser também complexas, até o ponto do fluxo sanguíneo, durante um exercício físico, aumentar e dar preferência para os músculos esqueléticos metabolicamente ativos.
ESTRUTURA DO CORAÇÃO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vale lembrar que o sistema respiratório durante o exercício, deve estar em completa harmonia com o sistema cardiovascular, para suprir as demandas do transporte de gases (O2e CO2), pois deve ocorrer um aumento no fluxo sanguíneo ou na quantidade de sangue levado aos músculos ativos. 
As duas principais modificações responsáveis pelo aumento do fluxo sanguíneo são: 
	-Um aumento no débito cardíaco (quantidade de 	sangue bombeada por minuto pelo coração);
	-Uma redistribuição do fluxo sanguíneo dos 	órgãos menos ativos para os músculos 	esqueléticos mais ativos.
CICLO CARDÍACO
O ciclo cardíaco se refere ao padrão de repetição da contração e relaxamento do coração. A fase de contração é denominada sístole e a de relaxamento, diástole que é a contração e relaxamento dos ventrículos e átrios que também contraem e relaxam. 
A contração atrial ocorre durante a diástole ventricular e o relaxamento atrial, durante a sístole ventricular. Os átrios despejam sangue nos ventrículos e os ventrículos mandam sangue para as circulações sistêmica e pulmonar. 
Os aumentos da frequência cardíaca durante o exercício são obtidos por meio de uma diminuição do tempo dispendido na diástole. No entanto, nas frequências cardíacas elevadas o tempo dispendido na sístole também diminui.
DÉBITO CARDÍACO
É a quantidade de sangue bombeada pelo coração durante um determinado intervalo de tempo. 
Essa medida de fluxo constitui-se em um dos melhores parâmetros para aferir a performance cardíaca global.
 
É o produto entre a frequência cardíaca e o volume sistólico. 
DÉBITO CARDÍACO
Durante um exercício, o aumento do débito cardíaco se deve tanto ao aumento da frequência cardíaca quanto do volume sistólico. 
Durante um trabalho submáximo, o volume de ejeção diminui gradualmente e frequência cardíaca aumenta também gradualmente com a progressão do exercício, mas o débito cardíaco se mantém razoavelmente constante. 
Sendo assim, nos esforços prolongados não é surpreendente encontrar freqüências cardíacas quase máximas no final do exercício. 
DÉBITO CARDÍACO
As razões responsáveis pelo aumento na frequência cardíaca e pelo volume de ejeção durante o exercício prolongado estão relacionadas com a temperatura corporal. 
O débito cardíaco máximo tende a diminuir de forma linear tanto nos homens quanto nas mulheres após os trinta anos de idade.
REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Durante o exercício, a quantidade de sangue bombeado para o coração deve ser alterada de acordo com a demanda elevada de oxigênio do músculo esquelético. 
Como o nodo sinoatrial controla a frequência cardíaca, as alterações desta envolvem fatores que a influenciam. 
Os dois maiores fatores que influenciam a frequência cardíaca são os sistemas nervosos parassimpático e simpático.
REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Durante o exercício, a frequência cardíaca aumenta de acordo com a taxa de trabalho ou no VO2. 
A frequência cardíaca máxima se torna mais baixa ou não sofre nenhuma alteração nas pessoas treinadas X pessoas destreinadas. 
Entre pessoas com 18 a 30 anos de idade, a frequência cardíaca máxima pode se aproximar ou ultrapassar os 200 batimentos/min, diminuindo com a idade.
VOLUME DE EJEÇÃO
É a quantidade de sangue (em ml) bombeada pelo coração em cada pulsação ou batimento cardíaco. O valor para o ventrículo esquerdo é o mesmo que do ventrículo direito. 
O volume de ejeção em repouso e na posição sentada para homens destreinados fica em media entre 70 a 90 ml/batimento e, com homens treinados fica em media de 100 a 120 ml/batimento. 
Entre mulheres destreinadas, o volume de ejeção em repouso pode ficar entre 50 a 70 ml/batimento, enquanto mulheres treinadas pode ficar entre 70 a 90 ml/batimento.
VOLUME DE EJEÇÃO
O volume de ejeção pode ser calculado da seguinte maneira: 
Volume de ejeção= volume diastólico terminal – volume sistólico terminal. 
Sendo o volume diastólico terminal ventricular esquerdo significa a quantidade de sangue no ventrículo esquerdo exatamente no final da diástole antes da próxima contração. 
E o volume sistólico terminal ventricular esquerdo sendo a quantidade de sangue que permanece no ventrículo esquerdo após a contração do coração. 
DIFERENÇA ENTRE INDIVÍDUOS TREINADOS E SEDENTÁRIOS
É amplamente aceito que o treinamento físico regular é cardioprotetor. 
De fato, muitos estudos epidemiológicos forneceram evidências de que o exercício regular pode reduzir a incidência de infarto do miocárdio e que a taxa de sobrevivência de vítimas dessa patologia é maior entre as pessoas ativas que entre as sedentárias. 
DIFERENÇA ENTRE INDIVÍDUOS TREINADOS E SEDENTÁRIOS
DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO
Em repouso, cerca de 20% do fluxo sistêmico total são distribuídos para os músculos, e a maior parte vai para os órgãos viscerais, coração e para o cérebro. 
Durante o exercício, percebe-se uma redistribuição do fluxo sanguíneo, sendo que os músculos ativos recebem a maior proporção do débito cardíaco, podendo receber até 85-90% do fluxo total. 
Essa redistribuição do fluxo sanguíneo durante o exercício ocorre por causa da vasoconstrição das arteríolas mais calibrosas que irrigam os tecidos menos ativos, quanto da vasodilatação das arteríolas que irrigam os músculos esqueléticos mais ativos.
TRANSIÇÃO DE REPOUSO AO EXERCÍCIO
Início do exercício = aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e débito cardíaco. 
Frequência cardíaca e débito cardíaco aumentam no primeiro segundo após a contração muscular. 
Se a taxa de trabalho for constante e abaixo do limiar de lactato, atinge-se um platô de estabilidade da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco em dois ou três minutos. 
REGULAÇÃO DOS AJUSTES CARDIOVASCULARES AO EXERCÍCIO
No primeiro segundo após o início da contração muscular, ocorre uma interrupção do fluxo vagal ao coração;
Em seguida ocorre um aumento da estimulação simpática cardíaca;
Ao mesmo tempo, ocorre uma vasodilatação arteriolar nos músculos esqueléticos ativos e um aumento do reflexo da resistência dos vasos nas áreas menos ativas.
Obtém-se o resultado devido ao aumento do débito cardíaco para garantir que o fluxo sanguíneo dos músculos seja adequado a demanda metabólica;
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
RECUPERAÇÃO DE UM EXERCÍCIO DE BAIXA INTENSIDADE E DE CURTA DURAÇÃO
Rápida
Frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco diminuem rapidamente aos níveis de repouso nesse tipo de exercício.
Velocidade da recuperação varia para cada indivíduo.
Indivíduo bem condicionado X indivíduo não treinado.
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
RECUPERAÇÃO DE UM EXERCÍCIO DE LONGA DURAÇÃO
Lenta
Exercício realizado em ambiente quente-úmido, a temperatura corporal elevada atrasa a queda da frequência cardíaca na recuperação do exercício.
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
EXERCÍCIO PROGRESSIVO
Frequência cardíaca e o debito cardíaco aumentam em proporção direta ao consumo do oxigênio. Além disso, o fluxo sanguíneo para o músculo aumenta como uma função do volume do oxigênio. Isso garante o suprimento de oxigênio que chega ao músculo aumente a medida que aumenta a necessidade de sintetização de ATP, suprindo assim a energia
para a contração muscular.
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
EXERCÍCIO INTERMITENTE
Se o exercício não for contínuo (como no treinamento intervalado),a extensão de recuperação da frequência cardíaca e da pressão arterial entre os episódios dependente do nível de aptidão física do indivíduo das condições ambientais (temperatura, umidade) e da intensidade do exercício.

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