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Biodiversidade: Variedade de Vida no Planeta

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BIODIVERSIDADE 
 
 
 
Biodiversidade 
Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os 
organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela 
pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: 
ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área 
definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo 
maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. 
 Diversidade biológica 
 Significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros 
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; 
compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de 
ecossistemas. (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica) 
Mais claramente falando, diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à 
variedade de vida no planeta terra, incluindo a variedade genética dentro das 
populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de 
microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos 
organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e 
ecossistemas formados pelos organismos. Biodiversidade refere-se tanto ao 
número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância 
relativa (equitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local 
(alfa diversidade), complementaridade biológica entre hábitats (beta 
diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). 
Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e 
dos recursos genéticos, e seus componentes. 
A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, 
responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso 
potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades 
agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a 
estratégica indústria da biotecnologia. As funções ecológicas desempenhadas 
pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-
se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos 
pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e 
modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A 
diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, 
genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e 
estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade. 
 
Impactos sobre a biodiversidade 
Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-
governamentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade 
biológica em todo o mundo, e, particularmente nas regiões tropicais. A 
degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição 
humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população 
humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade 
biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos. 
Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis 
aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. 
Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades. Áreas 
muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil 
Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos 
os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, 
de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e 
utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida 
das populações locais. 
Como resultado das pressões da ocupação humana na zona costeira, a Mata 
Atlântica, por exemplo, ficou reduzida a aproximadamente 10% de sua 
vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, são 
encontradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas 
dessas são árvores de grande porte, ainda não descritas pela ciência. 
 
Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são: 
1. Perda e fragmentação dos hábitats; 
2. Introdução de espécies e doenças exóticas; 
3. Exploração excessiva de espécies de plantas e animais; 
4. Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de 
reflorestamento; 
5. Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e 
6. Mudanças Climáticas. 
 
As inter-relações das causas de perda de biodiversidade com a mudança do 
clima e o funcionamento dos ecossistemas apenas agora começam a ser 
vislumbradas. 
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da 
diversidade biológica. Primeiro porque se acredita que a diversidade biológica 
seja uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo 
equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo porque se acredita que a 
diversidade biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em 
especial pela biotecnologia. Terceiro porque se acredita que a diversidade 
biológica esteja se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de extinção de 
espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas. 
 O Princípio da Precaução, aprovado na Declaração do Rio durante a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - 
CNUMAD (Rio-92), estabelece que devemos agir já e de forma preventiva, ao 
invés de continuar acomodados aguardando a confirmação das previsões para 
então tomar medidas corretivas, em geral caras e ineficazes. 
 
Riqueza de espécies 
O Brasil tem uma área de 8,5 milhões km², ocupando quase a metade da 
América do Sul. Essa área possui várias zonas climáticas que incluem o trópico 
úmido no norte, o semi-árido no nordeste e áreas temperadas no sul. As 
diferenças climáticas contribuem para as diferenças ecológicas formando 
zonas biogeográficas distintas chamadas biomas. A maior floresta tropical 
úmida (Floresta Amazônica) e a maior planínice inundável (o Pantanal) do 
mundo se encontram nesses biomas, além do Cerrado (savanas e bosques), 
da Caatinga (florestas semi-áridas) e da Mata Atlântica (floresta tropical 
pluvial). O Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km² com uma 
variedade de ecossistemas que incluem recifes de corais, dunas, manguezais, 
lagoas, estuários e pântanos. 
A variedade de biomas reflete a riqueza da flora e fauna brasileiras, tornando-
as as mais diversas do mundo. Muitas das espécies brasileiras são exclusivas 
no mundo (endêmicas). O Brasil é o país com a maior biodiversidade do 
mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do número total 
de espécies do planeta. Diversas espécies de plantas de importância 
econômica mundial são originárias do Brasil, destacando-se dentre elas o 
abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (também conhecida como castanha 
do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba. 
O Brasil abriga o maior número de primatas com 55 espécies, o que 
corresponde a 24% do total mundial; de anfíbios com 516 espécies; e de 
animais vertebrados com 3.010 espécies de vertebrados vulneráveis, ou em 
perigo de extinção. O país conta também com a mais diversa flora do mundo, 
número superior a 55 mil espécies descritas, o que corresponde a 22% do total 
mundial. Possui por exemplo, a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 
espécies) e de orquídeas (2.300 espécies). Possui também 3.000 espécies de 
peixes de água doce totalizando três vezes mais que qualquer outro país do 
mundo. 
O Brasil é agraciado não só com a maior riqueza de espécies, mas, também,com a mais alta taxa de endemismo. Uma em cada onze espécies de 
mamíferos existentes no mundo é encontrada no Brasil (522 espécies), 
juntamente com uma em cada seis espécies de aves (1.622), uma em cada 
quinze espécies de répteis (468), e uma em cada oito espécies de anfíbios 
(516). Muitas dessas são exclusivas para o Brasil, com 68 espécies endêmicas 
de mamíferos, 191 espécies endêmicas de aves, 172 espécies endêmicas de 
répteis e 294 espécies endêmicas de anfíbios. Esta riqueza de espécies 
corresponde a, pelo menos, 10% dos anfíbios e mamíferos e 17% das aves 
descritas em todo o planeta. 
A composição total da biodiversidade brasileira não é conhecida e talvez nunca 
venha a ser, tal a sua magnitude e complexidade. Sabendo-se, entretanto, que 
para a maioria dos seres vivos o número de espécies no território nacional, na 
plataforma continental e nas águas jurisdicionais brasileiras é elevado, é fácil 
inferir que o número de espécies, tanto terrestres quanto marinhas, ainda não 
identificadas, pode alcançar valores da ordem de dezena de milhões no Brasil. 
Apesar da riqueza de espécies nativas, a maior parte de nossas atividades 
econômicas está baseada em espécies exóticas. Nossa agricultura está 
baseada na cana-de-açúcar proveniente da Nova Guiné, no café da Etiópia, no 
arroz das Filipinas, na soja e na laranja da China, no cacau do México e no 
trigo da Ásia Menor. A silvicultura nacional depende de eucaliptos da Austrália 
e de pinheiros da América Central. A pecuária depende de bovinos da Índia, de 
eqüinos da Ásia Central e de capins Africanos. A piscicultura depende de 
carpas da China e de tilápias da África Oriental, e a apicultura está baseada em 
variedades da abelha-europa proveniente da Europa e da África Tropical. 
É fundamental que o país intensifique a implementação de programas de 
pesquisa na busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira e 
continue a ter acesso aos recursos genéticos exóticos, também essenciais para 
o melhoramento da agricultura, pecuária, silvicultura e piscicultura nacionais. 
Essa necessidade está ligada à importância que a biodiversidade ostenta na 
economia do país. Somente o setor da Agroindústria responde por cerca de 
40% do PIB brasileiro, o setor florestal por 4% do PIB e o setor pesqueiro por 
1% do PIB. Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações 
brasileiras, especialmente destacando café, soja e laranja. As atividades de 
extrativismo florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de pessoas. 
A biomassa vegetal, contando o álcool da cana-de-açúcar e a lenha e o carvão 
derivados de florestas nativas e plantadas respondem por 30% da matriz 
energética nacional e em determinadas regiões, como o Nordeste, atendem a 
mais da metade da demanda energética industrial e residencial. Grande parte 
da população brasileira utiliza-se de plantas medicinais na solução de 
problemas corriqueiros de saúde. A diversidade biológica constitui, portanto, 
uma das características de recursos ambientais, fornecendo produtos para 
exploração e consumo e prestando serviços de uso indireto. É importante, 
portanto, a disseminação da prática da valoração da diversidade biológica. A 
redução da diversidade biológica compromete a sustentabilidade do meio 
ambiente e a disponibilidade permanente dos recursos ambientais. 
Cálculos sobre a biodiversidade global, conduzidos por E.O. Wilson, da 
Universidade de Harvard, indicavam, em 1987, a existência de mais de 5 
milhões de espécies de organismos. Entretanto, coletas intensivas conduzidas 
à época, principalmente na floresta tropical úmida, e com atenção concentrada 
nos insetos, permitiram projetar valor da ordem de 30 milhões de espécies. 
Novos trabalhos recentemente conduzidos estimaram que a biodiversidade do 
planeta pode alcançar valores ainda muito mais elevados, sendo admitida uma 
amplitude que vai de 10 a 100 milhões de espécies. A realidade dos fatos, 
entretando, é que o número de espécies hoje conhecido em todo o planeta está 
em torno de 1,7 milhões, valor que atesta o elevado grau de desconhecimento 
da biodiversidade, mormente nas regiões tropicais.

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