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CALCIFICAÇÃO RESUMO

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CALCIFICAÇÃO
- SINÔNIMO: Mineralização Patológica
MECANISMO PARA CALCIFICAR TECIDO MORTO
CONCEITO: - É a deposição de sais de cálcio (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) em tecidos frouxo não-osteóides, enrijecendo-os. Estas calcificações ocorrem juntas com vários processos patológicos – necrose ou degenerações – podendo estar presente em qualquer lesão. 
A calcificação de tecido necrótico ocorre para controlar a infecção do tecido naquele local. Em alguns lugares onde ocorre pode impedir o órgão de funcionar, ex.: calcificação do pulmão.
O CÁLCIO É IMPORTANTE EM ALGUNS PROCESSOS FISIOLÓGICOS COMO: 
Reações enzimáticas, Transporte e estabilidade de membranas, Coagulação sanguínea, Condução nervosa e transmissão neuromuscular, Contração muscular e manutenção do tônus da musculatura lisa vascular, Secreções hormonais, Controle do metabolismo hepático do glicogênio, Divisão e crescimento celular, Suporte esquelético e Formação e reabsorção óssea.
ABSORÇÃO DO Ca: A ingestão de Ca se dá através da alimentação (leite, ovos, carnes, vegetais, frutas) onde é absorvido no duodeno, vai para o plasma – CALCEMIA- e ela vai informar quanto de Ca vai ser retirado do OSSO e quanto vai ser APOSTO. Em média por dia cerca de 500 mg de cálcio são mobilizados dos ossos pela osteólise osteocítica e redepositados no novo tecido osteóide aposto. Pois os ossos estão sempre se renovando. A CALCEMIA normal em humanos fica entre 8,8 e 10,4 mg% (2,2 a 2,6 mM). Comparação de calcemia em Humanos (8,8 e 10,4 mg%) 
- Hipercalcemia: + 10,4 - Hipocalcemia: - 8,8
Se não mantiver uma concentração ideal de Ca no organismo, pode-se ter uma série de problemas. Em altas concentrações o cálcio é muito toxico para as células, por isso existe mecanismos complexos para manter uma elevada concentração de Ca extracelular e uma baixa concentração intracitoplasmático. 
TETANIA é um exemplo de problema que ocorre devido ao excesso de Ca no sangue, onde o animal fica com o musculo em repouso não conseguindo se contraire o animal fica com a mesma sintomatologia do tétano (posição de cavalete). 
MECANISMO DE CONTROLE DO Ca
TIREOIDE E PARATIREOIDE são os responsáveis pelo mecanismo do Ca. Quando estamos com uma HIPERCALCEMIA devido a alimentação, ela é detectada pela célula C da TIREOIDE que vai secretar – CALCITOCINA- que irá fazer a deposição óssea reduzindo assim o Ca no plasma, interagindo também com o intestino e o rim reduzindo a absorção e deixando ser excretado pelas fezes e urina. Quando o Ca se reduz bastante temos uma HIPOCALCEMIA que agora é detectada pela glândula PARATIREOIDE que irá secretar o - PARATORMONIO (PTH) – como o aumento desse hormônio ele aumenta a saída de Ca dos ossos e aumenta a absorção no rim e intestino.
Além destes hormônios que agem no controle do Ca, temos também a VITAMINA D que estimula a absorção de cálcio e fosforo no intestino diminui a excreção desses minerais pelos rins e aumenta a mineralização óssea. A deficiência de VITAMINA D inibi a absorção de Ca, essa deficiência pode ser causada pelo excesso de acido graxos. No duodeno o Ca é absorvido por transporte ativo através de proteínas. 
. CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA 
- OSSIFICAÇÃO HETEROTRÓFICA: 
METAPLASIA ÓSSEA: É um processo biológico metaplásico onde ocorre a alteração das células de um tecido mole em tecido ósseo na grande circulação (local que não é normal ter osso), de etiologia idiopática. Porém existe hipótese que seja de origem genética, traumática ou isquémica. ACONTECE RARAMENTE!!!
- TEMOS DOIS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO PATOLÓGICA:
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA que ocorre apenas em tecidos normais devido a hipercalcemia e CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA que ocorre apenas em tecido morto independente dos níveis plasmático de Ca e P.
Porem morfologicamente são iguais, e a hipercalcemia pode levar a uma calcificação distrófica pois a célula não consegue se manter viva com muita deposição de Ca nela. A calcificação esta sempre relacionada a uma patologia.
- CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA 
Esta é mais lenta e frequente, por não ter hipercalcemia o Ca se deposita lentamente, ocorre em lesões mais antigas em necrose antiga e não reabsorvidas. 
No TECIDO MORTO OU DEGENERADO pode acontecer:
- O aumento da alcalinidade (pH básico) e redução da solubilidade do Ca, quanto mais básico menor a capacidade de se manter diluído, então ele por estar menos solúvel forma cristais de Ca que se precipita no tecido. 
- O aumento de enzimas fosfatase alcalina que ajuda na formação de fosfato de cálcio. 
- A formação de proteína livre que se associa com o Ca e estimula a deposição de Ca.(Ex.: proteínas de colágenos)
ONDE PODE ACONTECER ESSE TIPO DE CALCIFICAÇÃO:
Necrose isquêmica (ex. infartos antigos)
Inflamação e aderência de Serosas: Pleura, peritônio e pericárdio
Endotélio vascular: aneurismas verminóticos e placas ateromatosas
Trombos vasculares crônicos (flebólitos)
Em células mortas e descamadas dos túbulos renais
Válvulas cardíacas: endocardites valvulares
Tumores
Processos inflamatórios crônicos granulomatosos
Actinomicose e Botriomicose
Necrose caseosa (ex. tuberculose - granulomas)
Nódulos parasitários (ao redor de ovos, larvas e helmintos).
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA
É uma calcificação mais disseminada no organismo, e esta relacionada a hipercalcemia. Causa que levam a hipercalcemia:
Insuficiência renal crônica (retenção de fosforo) 
Hiperparatireoidismo primário ou secundário (renal, nutricional ou por síndrome para-neoplásica)
Intoxicação por vitamina D (plantas calcinogênicas ou rodenticidas)
Destruição óssea: Imobilização prolongada ou neoplasias
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (RETENÇÃO DE FOSFORO) 
Glomérulos e túbulos renais estão comprometidos, dessa forma começa a filtra sem a devida seletividade eles retêm o fosforo e deixam passar o Ca. O fosforo é retido porque ele não precisa de gasto de atp para ser filtrado , ocorre um desequilíbrio em relação a Ca/P no sangue. Ocorre queda do Ca no sangue. Dessa forma força a paratireoide1 a produzir bastante Paratôrmio para retirar Ca dos ossos, ultrapassando o limiar2 e dessa forma acontecendo a precipitação de Ca nos tecidos
Força a paratireoide ou seja hiperparatireoidismo quando a paratireoide é forçada a trabalha fora do seu normal, sendo considerado em casos patológicos. 2 ultrapassar o limiar quer dizer que passou do limite normal que o organismo consegue absorver.
Locais onde são mais encontrados CALCIFICAÇÃO:
Na válvula cardíaca pois é um tecido rico em colágeno que é um proteína que se associa com o Ca e aumenta a deposição.
- Pacientes com doença renal crônica frequentemente apresentam calcificação vascular.
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO OU SECUNDÁRIO
HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO: 
Causa: Tumor ou Hiperplasia das paratireoides, ou seja esta acontecendo algo que aumenta a secreção de Paratôrmio.
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL: É quando algo que não esta relacionado as paratireoides esta estimulando-a. 
Causa: Retenção de PO4 (Hipofosfaturia) que leva a uma Hiperfosfatemia ou a redução de vitamina D devido a lesão renal que leva a uma hipocalcemia.
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL:
Causa: Deficiência de Ca na alimentação dos animais carnívoros (falta de osso), ocorrendo hipocalcemia associado a uma Hiperfosfatemia.
No caso de herbívoros que podem se alimenta de alguns tipos de plantas, que tem uma molécula parecida com a vitamina D que aumenta a Calcemia e leva também a calcificação.
A hiperparatireodismo é quando a paratireoide é forçada a aumentar a reabsorção de Ca dos ossos, do intestino, dos rins – aumentando a Calcemia e consequentemente a deposição de Ca nos tecidos. 
PLANTAS CALCINÔGÊNICAS 
São alguns tipos de plantas que tem uma molécula que simula a vitamina D no organismo do animal, levando a hipercalcemia.
Como a Solanummalacoxylom (espichadeira ) que é encontrada no Pantanal. Os Bovino não come voluntariamente mais apenas 0,3g/kg já são suficientes para intoxicar.
ANierembergia veitchii só ocorre no Uruguai e no Rio Grande do Sul. Pode ser ingerida por ovelhas nos períodos de janeiro a fevereiro.
ESTAS PLANTAS CAUSAM: CALCINOSE ENZÓTICA
- Que é a Calcificação da parede das veias, artérias, tendões e endocárdio esquerdo (locais onde tem fibras colágenas), nos rins verifica-se pontos brancos (calcificação de capilares) levando a insuficiência e pulmão calcificação.
NO ENVENENAMENTO COM RODENTICIDAS 
Rodenticidas são tóxicos usados para envenenamento de ratos. Eles são ricos em Ca, parecidos com a vitamina D e bloqueiam a ação da vitamina K, impedem a coagulação. Quando o animal ingere esse tóxico se observa nos rins o acumulo de Cálcio devido a Warfarina e compostos relacionados (cumarinas e indandionas).
NEOPLASIA
Em cerca de 5% dos carcinomas, principalmente no mamário e
pulmonar, pode ocorrer hipercalcemia.
- Células tumorais podem secretar determinadas substâncias tipo proteínas que mimetizam a ação do paratormônio (nas "síndromes para-neoplásicas")
- Osteólise nas metástases ósseas. A maioria dos pacientes nessas
condições, no entanto, não sobrevivem a tempo de ocorrer
calcificação metastática em níveis significativos.
ASPECTO MACRO E MICRO
Elas são muito parecidas, o que vai mudar é que a distrófica mais localizada, pontual, aonde tem tecido morto e a metastática mais disseminada, principalmente relacionado a problemas renais e que irão desregular as paratireoides. 
MACRO
Sitio da lesão esbranquiçado, consistência arenosa ou pétrea, constatação do “ranger da faca” ao corte, na necropsia ou na inspeção da carcaça em frigoríficos.
MICRO
Os cristais de fosfato de cálcio depositados nas calcificações patológicas são similares a hidroxiapatita do osso.
Quando corada por H&E apresenta-se de coloração intensamente basofílica e invariavelmente de aspecto amorfo.
Coloração diferencial: VonKossa , onde o cálcio depositado apresenta cor negra.
Em necrose caseosa tem a presença de calcificação na borda do granuloma.
	CONSEQUÊNCIAS
	COMPLICAÇÕES
	Dependem do local e intensidade da calcificação
	Pode ocorrer insuficiência respiratória ou renal
	Em geral são inócuas e inertes apesar de permanentes e irreversíveis
	Grave quando atingem válvulas cardíacas
	Benéficas na contenção de parasitos e dos bacilos da tuberculose
	Complicam as placas de aterosclerose
	
	Podem obstruir vasos /ductos (trombos e cálculos)
 
LITIASE
Conhecido também como CALCULOS. É uma massas esferoidais, ovoides ou facetadas, solidas, concretas e compactadas, de consistência argilosa a pétrea. Se localizam no interior de órgãos ocos, cavidades naturais, condutos naturais (ureter, colédoco, ducto pancreático ou salivar).
Afetam todas as espécies, ocorrendo tanto em fêmeas quanto em machos. Os machos castrados sofrem mais pois quem determina a espessura da uretra é o testosterona. Os machos tem mais dificuldade de expelir os cálculos pois tem a uretra maior, e em algumas espécies tem o S peniano o que dificulta mais a eliminação. Em alguns casos tem que ser realizado a penectomia (retirada do pênis).
Os cálculos também são conhecidos por: Litíases, Concreções endógenas ou lixases (mais usado em Portugal).
A depender do local onde os cálculos estão é classificado da seguinte forma o nome do local + sufixo (lixase – fenômeno; lito – calculo). Ex.: Urolixase – urolito (bexiga e ureteres)
 Sialolito à glandular - salivar
Causa: Dores, obstrução, icterícia e perda de função.
FORMAÇÃO DOS CÁLCULOS
A depender do local os cálculos podem ser de varias formas, de cálcio, de acido úrico, cálculos de estruvita (comum em cães) e calculo de cistina (comum em gatos). Os constituintes dos cálculos depositam-se por precipitações sucessivas de sais inorgânicos ao redor de um núcleo orgânico, formado por agregados de células descamadas, grumos bacterianos, massas deíibrina ou de mucina, corpos estranhos etc.; como resultado, os cálculos apresentam estrutura radiada ou camadas concêntricas dos elementos depositados.

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