Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAMENTOS DA FUNÇÃO DIREÇÃO Direção: conceitos Direção Esse pensamento coloca a Direção como elo entre a alta cúpula da empresa e o “chão de fábrica”. Esse elo é feito por meio de comunicação adequada, liderança e motivação. A função Direção é a única das quatro funções do processo organizacional que possui caráter interpessoal, ou seja, defini as relações entre indivíduos. Esta função possui sinônimos que podem aparecem em bancas examinadoras, tais como: Coaching, Liderança ou Influenciação. A direção se distribui por toda a organização, de forma a sofrer modificações quanto na nomenclatura. Esta pode aparecer da seguinte forma: Institucional (Presidentes, Vice-Presidentes,os diretores). Intermediário (Gerência) Operacional (Supervisão) A liderança para Likert O grande paradigma da Liderança é a relação Pessoas-Tarefas, onde o líder muitas vezes tem que escolher entre dar foco nas pessoas que formam a sua equipe ou nas tarefas a serem realizadas. Desta forma, a maioria das teorias sobre a liderança tem foco nessa dicotomia, representada na tabela abaixo: Os Sistemas Organizacionais de Likert Uma dos teóricos que apresentou a relação Tarefa x Pessoas foi Likert, que definiu quatro perfis (Sistemas) organizacionais de liderança, considerando variáveis como processo decisório, sistema de comunicações, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punições. Sistema 1: autoritário-coercitivo É o sistema mais fechado, duro e arbitrário de administrar uma organização. É totalmente coercitivo e coativo, impondo regras e regulamentos, e exige rígida e cega obediência. As decisões são monopolizadas na cúpula da organização. Os Sistemas Organizacionais de Likert Sistema 2: autoritário-benevolente Permite alguma delegação das decisões em níveis mais baixos, desde que essas decisões sejam repetitivas e operacionais e sujeitas à confirmação da cúpula. Este sistema utiliza punições e castigos, mas já se preocupa com recompensas, que são estritamente materiais e salariais, frias e calculistas. Os Sistemas Organizacionais de Likert Sistema 3: consultivo Deixa de ser autocrático e impositivo para dar alguma margem de contribuição das pessoas. Este sistema se apóia em boa dose de confiança nas pessoas, permitindo que elas trabalhem ocasionalmente em grupos ou em equipes. Ele utiliza mais recompensas – que são predominantemente materiais e ocasionalmente sociais – e poucas punições Os Sistemas Organizacionais de Likert Sistema 4: participativo Este sistema incentiva total descentralização e delegação das decisões aos níveis mais baixos da organização, exigindo apenas um controle dos resultados por parte da cúpula. Ele se apóia em total confiança nas pessoas e no seu empoderamento – empowerment – incentivando a responsabilidade e o trabalho conjunto em equipe. Likert ainda divide os 4 sistemas em duas vertentes. Os sistemas I e II são considerados autoritários, e voltados para a tarefa, já os sistemas III e IV são considerados participativos, voltados para as pessoas. Teoria X e Y Douglas McGregor coloca o Gestor X considera a administração de pessoas pelos seguintes aspectos: 1. As pessoas trabalham por exclusivo interesse pessoal e de seus objetivos econômicos. 2. As pessoas não fazem nada se não forem forçadas ou motivas sem essa intervenção ativa por parte da administração, as pessoas seriam totalmente passivas em relação ás necessidades da empresa, ou até resistiriam a elas. 3. As pessoas devem ser recompensadas materialmente, punidas, coagidas e controladas. 4. Suas atividades devem ser padronizadas e dirigidas em função dos objetivos da empresa. 5. As pessoas precisam de subordinação, ou seja, alguém passando tarefas, criando entendimento e cobrando prazos. 6. Um gerente X usará a pressão, o medo, a coerção e a punição para que as pessoas trabalhem. Teoria Y A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e baseado nos valores humanos e sociais 1. Afirma que o trabalho é simples, algo semelhante à diversão ou ao descanso; 2. As pessoas não são preguiçosas por natureza; 3. O trabalhador motivado é capaz de atingir as metas organizacionais; 4. As pessoas têm capacidade de imaginação e criatividade na solução de problemas; 5. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios; 6. As pessoas são esforçadas; 7. Se o trabalho for realizado em ambiente agradável e adequado obtêm muita satisfação. Estilos administrativos segundo a Teoria X e a Teoria Y Pressuposições da Teoria X e da Teoria Y Teoria Z Antes da sua morte, McGregor estava a desenvolver a teoria Z, que sintetizava as teorias X e Y nos seguintes princípios - emprego para a vida - preocupação com os empregados - controlo informal - decisões tomadas por consenso - boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos da hierarquia Willian G. Ouchi aperfeiçoou o estudo de McGregor no Japão Ouchi foi o estudiosos que nomeou a teoria Z que descreveu o estilo de administração adotada pelos japoneses, cujos princípios são: • Filosofia de emprego a longo prazo. • Poucas promoções verticais e movimentos em cargas laterais. • Ênfase no planejamento e desenvolvimento da carreira. • Participação e consenso na tomada de decisões. • Envolvimento dos funcionários. Grupos Sociais As organizações mais avançadas passaram a redesenhar os seus processos organizacionais inteiramente no nível de grupos de trabalho. O trabalho em grupo é aconselhável quando: 1. O problema a ser solucionado não requer nenhuma especialização individual. 2. Para tarefas complexas que podem ser subdivididas. 3. Quando o risco é desejável. Mas o que é um grupo? Um conjunto de dois ou mais indivíduos que estabelecem contatos pessoais, significativos e propositais, uns com os outros, em uma base de continuidade, para alcançar um ou mais objetivos comuns. Grupo Formal Um grupo oficialmente designado para atender a um específico propósito dentro de uma organização. Este tipo de grupo pode ser permanente ou temporário. Podendo variar de tamanho, indo desde um pequeno departamento ou uma equipe de poucas pessoas até grandes divisões com centenas de pessoas envolvidas. Grupo Informal Grupo que emerge extra-oficialmente e que não é reconhecido como parte da estrutura formal da organização. É um grupo amigável que se compõe de pessoas com afinidades naturais entre si e que trabalham juntas com mais facilidade. EQUIPES No ambiente de trabalho, a equipe é um grupo de pessoas com habilidades complementares e que trabalham em conjunto para alcançar um propósito comum pelo qual são coletivamente responsáveis. Uma equipe gera sinergia positiva através do esforço coordenado. Os esforços individuais são integrados para resultar em um nível de desempenho que é maior do que a soma de suas partes individuais. Assim, o que difere uma equipe de um grupo de trabalho são basicamente quatro aspectos fundamentais: Objetivo Sinergia Responsabilidade Habilidades Relacionamentos Grupos versus Equipes Critérios para Fazer uso de Equipes Equipes que recomendam coisas: forças-tarefa, comitês "ad hoc" ou equipes de projeto. Equipes que fazem coisas: grupos (ou mesmo órgãos) funcionais, como departamentos de marketing e propaganda. Equipes que pesquisam e aceleram coisas: órgãos formais ou como grupos de gerentes, são equipes que formulam propósitos, objetivos, valores e direções estratégicas e ajudam as pessoas a implementá-los adequadamente. Característica de Equipes Eficazes 1. Grau de lealdade dos membros entresi e com o líder da equipe. 2. Os membros e líder têm confiança mútua e acreditam uns nos outros. 3. Os membros têm habilidade para ajudar os demais a desenvolver seu pleno potencial. 4. Os membros se comunicam plena e francamente sobre todos os assuntos. 5. Os membros estão seguros em tomar decisões apropriadas. 6. Os valores e necessidades de cada membro se coadunam com os valores e objetivos da equipe. 7. O grau de espírito empreendedor e de responsabilidade individual e coletiva pelos resultados e consequências. 8. A ação inovadora e o senso de inconformismo com o presente. Em outros termos, a vontade dos membros de aprender, de melhorar, de ultrapassar e de ser excelente. A eficácia de uma equipe de trabalho depende, quase sempre, das seguintes condições Exercício Momento para exercitar Administração e Organizações - Página 120 Livro de Stewart Clegg... Liderança Liderança é o processo pelo qual um indivíduo influencia outros para alcançar os objetivos desejados. Existem dois tipos de líderes dentro de uma organização: formais e informais Líderes formais são investidos de autoridade e poder organizacionais, geralmente recebem um título (gerente, diretor ou supervisor). A quantidade de poder é teoricamente determinada pela posição ocupada dentro da firma. Líderes informais não terá o mesmo título oficial de liderança, mas exercerá uma função de liderança. A liderança informal se dá em virtude de um atributo pessoal ou desempenho superior. Os tipos de poder organizacional A habilidade de influenciar subordinados e outros colegas por meio do controle dos recursos organizacionais é o que distingue a posição de liderança. Dentro de uma organização há seis tipos de poder: poder legitimo; poder de recompensa; poder coercitivo; poder de especialização, poder de referência e poder de informação. Poder legítimo é o poder inerente a estrutura organizacional em si, sendo atribuído a um individuo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo venha a deixar o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o individuo. Poder legítimo é o poder inerente a estrutura organizacional em si, sendo atribuído a um individuo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo venha a deixar o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o individuo. Poder de recompensa pelo fato dos colaboradores subordinados desejarem a recompensa, eles são influenciados pela possibilidade de recebê-las como produto de seu desempenho, exemplo: promoções, elogio de gerentes, status e outros. Geralmente a gerência acena uma variedade de recompensas para motivar o desempenho no trabalho. Poder de especialização é relacionado com a experiência interior do individuo, conhecimento, habilidades e talentos especiais. Poder de referência É o poder de influenciar o outro pela força do seu carisma ou por características pessoais que são admiradas e servem como referência. Tem como base a identificação com o outro, desejo de ser semelhante ao outro. Poder coercivo está relacionado ao poder do gerente punir o colaborador, podendo ser manifestado em uma simples advertência, suspensão ou até mesmo o desligamento efetivo. • Poder de informação é a posse da informação importante em um momento crítico quando se faz necessário ao funcionamento da organização, assim sendo a secretária de um gerente pode se considerar em uma posição poderosa a partir do momento que tenha informação importante. Teorias da Liderança Essa crença sobreviveu até a primeira guerra mundial quando muitos castelos Europeus foram destruídos e a força dos reis diminuiu. A teoria genética não pode explicar por que muitos indivíduos chegaram a posições de liderança em organizações e em países sem serem de famílias reais. A Teoria genética se explica na frase “um líder é nato, não feito”, o que se considera nos dias de hoje um mito sobre a liderança. ABORDAGEM GENÉTICA Montana e Charnov (1998, p. 225-226) afirmam que uma das mais antigas explicações de liderança é a abordagem genética. Os reis acreditavam nessa crença e no direito a uma posição de liderança; chama- se de direito divino dos reis (ou da realeza). TEORIA DOS TRAÇOS Essa teoria implica que os líderes já nascem feitos, não são produzidos. O líder é o indivíduo que possui traços específicos de personalidade que o diferencia dos demais e tem características marcantes que podem influenciar o comportamento das pessoas. Segue alguns desses traços de personalidade conforme Chiavenato (2003, p.123): 1. Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso; 2. Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança; 3. Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa; 4. Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. ABORDAGEM COMPORTAMENTAL A administração não iria muito longe apenas com os estudos a respeito do perfil do líder eficaz, assim a partir da década iniciada em 1950, as atenções voltam para a “dinâmica do comportamento do líder” e os estudiosos agora querem saber “aquilo que o líder faz”, questionando sobre os comportamentos do líder que respondem por sua eficácia (BERGAMINI, 1994) Diferente da teoria dos traços analisadas anteriormente, que sugeria que a liderança era herdada, a abordagem Comportamental enfatiza que a liderança pode ser aprendida por meio de técnicas de desenvolvimento pessoal. A abordagem comportamental procurou determinar o melhor estilo de liderança que funcionaria eficazmente em todas as situações. Duas dimensões básicas da liderança foram estudadas (Universidade de Michigan e do Estado de Ohio) A abordagem comportamental enfatiza que a liderança pode ser aprendida e deve ser flexível. Concluiu-se ainda que não existe apenas um estilo certo de liderança. A grade gerencial de Blake e Mouton ABORDAGEM SITUACIONAL DA LIDERANÇA No início da década de 1960 surgiram as abordagens situacional e contingencial. Essas partiam do princípio que as características e aptidões necessárias para o exercício da liderança são determinadas pelas exigências da situação em que o indivíduo atua como líder. Para entender uma situação foram definidas quatro dimensões, no qual influenciará a eficácia da liderança. Atividade Liderança... Questionário de Liderança T-P Uma avaliação do estilo Página 393 Administração De Richard L. Daft Chiavenato, I. (2004). Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier. MULLINS Laurie J. Gestão da Hospitalidade e Comportamento Organizacional. 4ª edição. Porto Alegre. Artmed Editora S.A, 2001
Compartilhar