PENAL 1 RESUMO

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BREVE HISTORICO DO DIREITO PENAL
NAS SOCIEDADES ANTIGAS, ONDE AINDA NÃO HAVIA UM ÓRGÃO QUE EXERCESSE A AUTORIDADE COLETIVA, O RESPEITO ÀS NORMAS ERA BASEADO NO TEMOR RELIGIOSO. E A PUNIÇÃO, QUE ERA A VINGANÇA, VISAVA APLACAR A IRA DOS DEUSES. REMONTANDO ÀS SOCIEDADES MAIS PRIMITIVAS, A VINGANÇA PRIVADA ERA UM ATO DE GUERRA ENTRE TRIBOS E NÃO UMA PENA. ENTRE OS MEMBROS DO GRUPO A PENA ERA A EXPULSÃO, E EQUIVALIA À PENA DE MORTE, POIS DIFICILMENTE O INDIVÍDUO CONSEGUIRIA SOBREVIVER FORA DOS DOMÍNIOS DE PROTEÇÃO E COOPERAÇÃO DE SEU CLÃ. DESSA FORMA PODERIA HAVER A COMPLETA DIZIMAÇÃO DE GRUPOS INTEIROS. SURGE, ASSIM, A LEI DO TALIÃO, VISANDO APLICAR CERTA PROPORCIONALIDADE AO DIREITO PENAL. EX: O CÓDIGO DE HAMURABI, BABILÔNIA, 2.083 AC. DA VINGANÇA O DIREITO PENAL EVOLUIU PARA A COMPOSIÇÃO. POR ESSE MÉTODO O AUTOR DO DELITO “COMPRAVA” A SUA LIBERDADE. EM VEZ DA VINGANÇA DE SANGUE ERA OFERECIDO UM VALOR SUFICIENTE PARA “COBRIR” OS DANOS SOFRIDOS PELA VÍTIMA. A PARTIR DO SÉC. XII, O ESTADO AFASTOU A VINGANÇA PRIVADA E ASSUMIU O PODER-DEVER DE APLICAR A VINGANÇA PÚBLICA. A NOVA POSTURA É SUBMETER-SE A UM PODER EXTERNO, QUE É O ESTADO, ESTE SUBSTITUI A VÍTIMA DURANTE O PROCESSO. ATÉ O ADVENTO DO PERÍODO HUMANITÁRIO, ESSA JUSTIÇA ESTATAL ERA MARCADA PELA INFLUÊNCIA RELIGIOSA, PELA ARBITRARIEDADE DOS PROCESSOS E PELA CRUELDADE DAS PENAS. O DIREITO ERA INSTRUMENTO PARA QUE A NOBREZA E O CLERO PERMANECESSEM NO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO. ESSES EXCESSOS CRIARAM NA CONSCIÊNCIA COMUM A EXIGÊNCIA DA IMEDIATA REFORMA DAS LEIS PENAIS, E ASSIM INICIA-SE O PERÍODO HUMANITÁRIO.
BREVE HISTORICO DO DIREITO PENAL NO BRASIL
O DIREITO PENAL BRASILEIRO SEMPRE RECEBEU INFLUÊNCIA DO DIREITO PENAL EUROPEU, SOBRE TUDO (ITALIANOS E ALEMÃES). O LIVRO V DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS, DE 1603, FOI A LEGISLAÇÃO PENAL UTILIZADA NO BRASIL DURANTE O PERÍODO COLONIAL. ESSA NORMA NÃO DISTINGUIA O DIREITO DA MORAL E DA RELIGIÃO. OUTRA CARACTERÍSTICA DAS ORDENAÇÕES É A EXTREMA CRUELDADE DAS PENAS. O DIREITO PENAL DESSE PERÍODO ERA A ÚNICA OPÇÃO. AS CONDUTAS HOJE ABARCADAS POR OUTRAS ÁREAS DO DIREITO, COMO O ADMINISTRATIVO OU CIVIL, RECEBIAM TRATAMENTO PENAL. COM A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA EM 1822 SE FEZ NECESSÁRIA A REVISÃO DE TODA A LEGISLAÇÃO VIGENTE NO PAÍS, QUE ERA DE ORIGEM PORTUGUESA. EM 1824 FOI OUTORGADA A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, E EM 1830 FOI PROMULGADO O PRIMEIRO CÓDIGO CRIMINAL BRASILEIRO. A CONSTITUIÇÃO DE 1824, ELABORADA SOB O IDEÁRIO LIBERAL E HUMANISTA, TRAZIA EM SEU BOJO DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS QUE INFLUENCIARAM A ELABORAÇÃO DO CÓDIGO CRIMINAL. O CÓDIGO DE 1830 FOI O PRIMEIRO CÓDIGO AUTÔNOMO DA AMÉRICA LATINA PRODUZIDO COM BASE NOS IDEAIS DO ILUMINISMO E DA REVOLUÇÃO FRANCESA, E DE TÃO ELOGIADO, SERVIU DE MODELO PARA OUTROS CÓDIGOS, TANTO NA AMÉRICA QUANTO NA EUROPA. CONTUDO FOI MANTIDA A PENA DE MORTE (NA FORCA) SOB O ARGUMENTO DE QUE OS ESCRAVOS NÃO TEMERIAM NENHUM OUTRO CASTIGO. COM O FIM DA ESCRAVIDÃO E O ADVENTO DA REPÚBLICA, NOVAMENTE SE FAZIA NECESSÁRIA A ELABORAÇÃO DE NOVOS DIPLOMAS LEGAIS. EM 1890 FOI PROMULGADO O CÓDIGO PENAL, ANTES MESMO DA PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, PROMULGADA EM 1891. ESSE CÓDIGO ABOLIU A PENA DE MORTE E INSTALOU O REGIME PENITENCIÁRIO DE CARÁTER CORRECIONAL. ENTRE O FINAL DO SÉC. XIX E INÍCIO DO SÉC. XX HOUVE UM GRANDE DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA PENAL. MUITOS CONCEITOS HAVIAM SIDO DISCUTIDOS E ESTABELECIDOS E NOVAMENTE SE MOSTRAVA NECESSÁRIO UM NOVO CÓDIGO. O CÓDIGO PENAL DE 1940 FOI ORIGINADO NO PROJETO DE ALCÂNTARA MACHADO E INSPIRADO NO CÓDIGO ROCCO DE 1930, PORÉM SEM ADOTAR A PENA DE MORTE E DE PRISÃO PERPÉTUA, E NO CÓDIGO SUÍÇO DE 1937. EM 1984, A LEI N. 7.209 SUBSTITUIU TODA A PARTE GERAL DO CÓDIGO PENAL, ALTERANDO OS INSTITUTOS DO ERRO, AS PENAS E O CONCURSO DE AGENTES. COM O ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM 1988, HOUVE A REFORMA NO TÍTULO DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL, VISANDO OBEDECER AOS NOVOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS.
CONTROLE SOCIAL, CIÊNCIAS PENAIS E ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
	CONTROLE SOCIAL FORMAL 
	CONTROLE SOCIAL INFORMAL
	
O DIREITO PENAL É UMA DAS ESPÉCIES DE CONTROLE SOCIAL FORMAL. DEVENDO SER UTILIZADO APENAS COMO “ULTIMA RATIO” (ULTIMO RECURSO) PARA OS CASOS DE OFENSAS GRAVES AOS BENS JURÍDICOS FUNDAMENTAIS.
	
APLICADO PELA FAMÍLIA, ESCOLA, IGREJA, PARTIDO POLÍTICO, OPINIÃO PÚBLICA, VIZINHOS, CLUBE. NEM SEMPRE SERÁ SUFICIENTE PARA SOLUCIONAR CONFLITOS MAIS COMPLEXOS OU GRAVES.
O DIREITO PENAL
O DIREITO PENAL É O RAMO DO DIREITO PÚBLICO QUE SE ENCARREGA DE SELECIONAR CONDUTAS ATENTATÓRIAS AOS MAIS IMPORTANTES BENS JURÍDICOS, SANCIONANDO-AS COM UMA PENA CRIMINAL OU MEDIDA DE SEGURANÇA.
 
FONTES DO DIREITO PENAL
MATERIAIS, SUBSTANCIAIS, DE PRODUÇÃO
INDICAM O ÓRGÃO ENCARREGADO DA PRODUÇÃO DO DIREITO PENAL. EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO, SOMENTE A UNIÃO POSSUI COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PARA CRIAR NORMAS PENAIS. 
ART. 22. I CRFB compete privativamente à união legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
§ ÚNICO: Lei complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
FORMAIS, DE CONHECIMENTO, DE COGNIÇÃO
	IMEDIATAS
	MEDIATAS
	
SÓ A LEI PODE SERVIR COMO FONTE PRIMÁRIA E IMEDIATA DO DIREITO PENAL, PORQUANTO NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA, NEM PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL (CF, ART. 5º, XXXIX, E CP, ART. 1º) “PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA ANTERIORIDADE PENAL”
	
OS COSTUMES (CONJUNTO DE NORMAS DE COMPORTAMENTO A QUE PESSOAS OBEDECEM DE MANEIRA UNIFORME E CONSTANTE PELA CONVICÇÃO DE SUA OBRIGATORIEDADE) OS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO (PREMISSAS ÉTICAS QUE SÃO EXTRAÍDAS, MEDIANTE INDUÇÃO, DO MATERIAL LEGISLATIVO)
AS FONTES FORMAIS SÓ AMPLIAM A LICITUDE NA SEARA PENAL E/OU SERVEM DE RECURSOS INTERPRETATIVOS, POIS SOFREM LIMITAÇÃO PELO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (CF, ART. 5º, XXXIX, E CP, ART. 1º). ASSIM, OS TROTES ACADÊMICOS, TRADUZEM UMA PRÁTICA RECONHECIDA E COSTUMEIRA, DE MODO QUE POSSÍVEIS INFRAÇÕES, COMO INJÚRIA (REFERIR-SE AO CALOURO COMO “BICHO”) OU CONSTRANGIMENTO ILEGAL (OBRIGAR O NOVATO A FAZER “PEDÁGIO”) SÃO CONSIDERADAS PERMITIDAS À LUZ DO ART. 23, III, DO CP (EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO). ÀS VEZES HÁ EXCESSOS NOS TROTES, PODENDO CONFIGURAR CRIME. NESSE CASO EXTRAPOLA-SE AQUILO QUE SERIA ADMITIDO PELO COSTUME (TROTE HUMILHANTE, NÃO CONSENTIMENTO DA VÍTIMA – CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO)
ANALOGIA EM DIREITO PENAL
A ANALOGIA É UMA FORMA DE PREENCHIMENTO DE LACUNAS (BRECHAS) LEGISLATIVAS; CONSISTE EM “APLICAR, A UM CASO NÃO CONTEMPLADO DE MODO DIRETO OU ESPECÍFICO POR UMA NORMA JURÍDICA, UMA NORMA PREVISTA PARA UMA HIPÓTESE DISTINTA, MAS SEMELHANTE AO CASO NÃO CONTEMPLADO” (ONDE HÁ A MESMA RAZÃO LEGAL, APLICA-SE O MESMO DISPOSITIVO). EM DIREITO PENAL, SOMENTE SE ADMITE A ANALOGIA “IN BONAM PARTEM”, OU SEJA, EM BENEFÍCIO DO SUJEITO ATIVO DA INFRAÇÃO PENAL. PROÍBE-SE, A ANALOGIA “IN MALAM PARTEM” EM PREJUÍZO DO SUJEITO ATIVO DA INFRAÇÃO PENAL, POR IMPLICAR NA CRIAÇÃO DE DELITOS NÃO PREVISTOS EM LEI OU NO AGRAVAMENTO DE SUAS PUNIÇÕES, ATENTANDO CONTRA O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. 
	ANALÓGIA “LEGIS”
	ANALÓGIA “JURIS”
	APLICAÇÃO DE UMA NORMA EXISTENTE A UM CASO SEMELHANTE;
	BASEIA-SE NUM CONJUNTO DE NORMAS, VISANDO RETIRAR ELEMENTOS QUE POSSIBILITEM SUA APLICABILIDADE AO CASO CONCRETO NÃO PREVISTO, EX: APLICAÇÃO DE PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO;
DIREITO PENAL E AS DEMAIS CIÊNCIAS JURÍDICAS
O DIREITO PENAL É APENAS UM DOS OBJETOS DE ESTUDO DAS CIÊNCIAS PENAIS
	DOGMÁTICA PENAL
	INTERPRETAÇÃO, SISTEMATIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS DISPOSITIVOS LEGAIS;
	CRIMINOLOGIA
	CIÊNCIA QUE PROCURA UMA EXPLICAÇÃO CAUSAL DO DELITO COMO OBRA DE UM AUTOR DETERMINADO;
	POLÍTICA CRIMINAL
	DEVE SER IMPLEMENTADA NO COMBATE À CRIMINALIDADE;
	PSIQUIATRIA E PSICOLÓGIA FORENSE
	
DIVISÕES DO DIREITO PENAL
	OBJETIVO
	SUBJETIVO
	É O PRÓPRIO ORDENAMENTO JURÍDICO-PENAL, O CONJUNTO DE NORMAS JURÍDICAS QUE FAZEMO SISTEMA PENAL;
	JUS PUNIENDI ESTATAL (O DIREITO DE PUNIR DO ESTADO) EM SENTIDO ABSTRATO É O DIREITO DE EXIGIR DE TODOS QUE SE ABSTENHAM DE PRATICAR CONDUTAS DELITIVAS, E, EM SENTIDO CONCRETO O INTERESSE DE APLICAR A SANÇÃO COMINADA AO DELITO ÀQUELE QUE VIOLOU A NORMA PENAL.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS
OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ORIENTAM, ORGANIZAM E ESTRUTURARAM O ORDENAMENTO JURÍDICO, ESPECIALMENTE QUANTO A APLICAÇÃO DO DIREITO E INTERPRETAÇÃO DA NORMA JURÍDICA: 
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
(um dos fundamentos da RFB, art. 1º, III CF) 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
(Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX, e CP, art. 1º)
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL
(A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu, CF art. 5º XL, e CP art. 2º) 
PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM
(Ninguém pode ser condenado pelo mesmo fato mais de uma vez, nem uma única circunstância fática pode ser utilizada mais de uma vez, seja para agravar, seja para beneficiar o agente) 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU DA BAGATELA
(comportamentos que produzam lesões insignificantes aos objetos jurídicos tutelados pela norma penal devem ser considerados penalmente irrelevantes. A aplicação do princípio produz fatos penalmente atípicos) CRITÉRIOS PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO STF: MÍNIMA OFENSIVIDADE DA CONDUTA DO AGENTE; NENHUMA PERICULOSIDADE SOCIAL DA AÇÃO; REDUZIDO GRAU DE REPROVABILIDADE DO COMPORTAMENTO E INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO JURÍDICA PROVOCADA (HC 84.412/SP);
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE OU DA TRANSCENDENTALIDADE
(Proíbe a incriminação de atitude meramente subjetiva, que não ofenda bem jurídico alheio. A ação ou omissão puramente pecaminosa ou imoral não apresenta a necessária lesividade que legitima a intervenção do direito penal, por isso que não se pune a autolesão, salvo quando se projeta prejudicar a terceiros, como no art. 171, § 2º, V, do CP (autolesão para fraudar seguro) a tentativa de suicídio (O CP só pune a participação no suicídio alheio — art. 122) 
PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE
(Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado) Entretanto, a jurisprudência dominante tende a admitir como válidos os delitos de perigo abstrato, por constituírem uma forma legítima de punição de infrações penais em sua fase embrionária;
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS (OU PRINCÍPIO DO FATO)
o direito penal não pode tutelar valores meramente morais, religiosos, ideológicos ou éticos, mas somente atos atentatórios a bens jurídicos fundamentais e reconhecidos na Constituição Federal; “SEM BEM JURÍDICO NÃO EXISTE INFRAÇÃO PENAL” 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
Somente se deve recorrer à intervenção do direito penal em situações extremas, como a última saída (ULTIMA RATIO) 
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE
as normas penais somente se devem ocupar de punir uma pequena parcela, um pequeno fragmento dos atos ilícitos; justamente aquelas condutas que violem de forma mais grave os bens jurídicos mais importantes;
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
O fato deixará de ser típico quando aceito socialmente. Em vez de punir um fato por ser típico, devemos adequá-lo à realidade vigente, aos costumes sociais, à consciência coletiva. OBS: SUA ACEITAÇÃO IMPLICARIA A CONCLUSÃO DE QUE OS COSTUMES TERIAM FORÇA PARA REVOGAR LEI PENAL, O QUE É INADMISSÍVEL EM FACE DO ART. 22, I, DA CF, E ART. 2º, § 1º, DA LINDB;
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE
As normas penais devem sempre dispensar tratamento humanizado aos sujeitos ativos de infrações penais, vedando-se a tortura, o tratamento desumano ou degradante (CF, art.5º, III), penas de morte, de caráter perpétuo, cruéis, de banimento ou de trabalhos forçados (CF, art. 5º, XLVII) 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
A resposta punitiva estatal ao crime, deve guardar proporção com o mal infligido ao corpo social;
PRINCÍPIO DO ESTADO DE INOCÊNCIA OU PRESUNÇÃO DE NÃO CULPABILIDADE 
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (CF, art. 5º, LVII)
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
não se admite responsabilidade penal objetiva, ou seja, desprovida de dolo ou culpa (art. 19 do CP) ou carente de culpabilidade (artigos 21 a 28 do CP); A PENA HÁ DE SER DOSADA SEGUNDO O GRAU DE REPROVABILIDADE DA CONDUTA DO AGENTE.
TEORIA DA NORMA
A NORMA JURÍDICA NO DIREITO PENAL REVESTE-SE DAS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
	
IMPERATIVIDADE
	IMPÕE-SE A TODOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA VONTADE OU CONCORDÂNCIA;
	
EXCLUSIVIDADE
	SOMENTE A ELA CABE A TAREFA DE DEFINIR INFRAÇÕES PENAIS;
	
GENERALIDADE
	INCIDE SOBRE TODOS GENERALIZADAMENTE;
	
IMPESSOALIDADE
	PROJETA-SE A FATOS FUTUROS, SEM INDICAR A PUNIÇÃO A PESSOAS DETERMINADAS;
	LEI PENAL É O ENUNCIADO LEGISLATIVO, ISTO É, O FATO DESCRITO E A PENA A ELE COMINADA; ART 121 CAPUT CP (HOMICIDIO SIMPLES) LEI PENAL “MATAR ALGUÉM” PENA “RECLUSÃO, DE SEIS A VINTE ANOS”
	NORMA PENAL REFERE-SE AO COMANDO NORMATIVO IMPLÍCITO NA LEI, ISTO É, A NORMA DE CONDUTA IMPOSTA A TODOS. “NÃO MATARÁS” 
NORMA PENAL
	INCRIMINADORA
	NÃO INCRIMINADORA
	
TODOS OS DISPOSITIVOS PENAIS QUE DESCREVEM CONDUTAS E LHES COMINAM UMA PENA. COMPÕE-SE DO PRECEITO PRIMÁRIO (DESCRIÇÃO DA CONDUTA PROIBIDA) E DA SANÇÃO OU PRECEITO SECUNDÁRIO (QUANTIDADE E QUALIDADE DA PENA APLICÁVEL) SEU COMANDO NORMATIVO PODE SER PROIBITIVO CR. COMISSIVO, A AÇÃO PREVISTA EM LEI É PROIBIDA, SOB AMEAÇA DE PENA; A LEI PENAL DESCREVE UM NÃO FAZER OU MANDAMENTAL A LEI PENAL DESCREVE UMA OMISSÃO, UM NÃO FAZER; A LEI PENAL MANDA AGIR, SOB PENA DE OMITINDO-SE, RECEBER UMA PENA.
	
SUBDIVIDE-SE EM EXPLICATIVA OU COMPLEMENTAR, QUANDO FORNECE PARÂMETROS PARA A APLICAÇÃO DE OUTRAS NORMAS (O CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS DO ART. 327 DO CP) E PERMISSIVA QUANDO AUMENTA O ÂMBITO DE LICITUDE DA CONDUTA, CONCOMITANTE À MITIGAÇÃO DO DIREITO DE PUNIR DO ESTADO (EXCLUDENTES DE ILICITUDE)
NORMA PENAL DO MANDATO EM BRANCO 
TRATA-SE DA LEI CUJO PRECEITO PRIMÁRIO É INCOMPLETO, EMBORA O PRECEITO SECUNDÁRIO SEJA DETERMINADO. TAL LEI TEM DE SER COMPLETADA POR OUTRA, JÁ EXISTENTE OU FUTURA, DA MESMA HIERARQUIA OU DE HIERARQUIA INFERIOR. EX: OS TIPOS PENAIS DA LEI 11.343/06 SÃO LEIS PENAIS EM BRANCO, UMA VEZ QUE PUNEM CONDUTAS RELACIONADAS COM DROGAS ILÍCITAS SEM DESCREVER QUAIS SERIAM ESSAS SUBSTÂNCIAS (TAL INFORMAÇÃO SE ENCONTRA EM ATO ADMINISTRATIVO DA ANVISA, PORTARIA 344/98).
	SENTIDO AMPLO, HOMOGÊNEA, IMPRÓPRIA.
	SENTIDO RESTRITO, HETEROGÊNEA, PRÓPRIA.
	
O COMPLEMENTO SE ENCONTRA DESCRITO NUMA FONTE FORMAL DA MESMA HIERARQUIA DA NORMA INCRIMINADORA, ISTO É, LEI ORDINÁRIA OU OUTRA ESPÉCIE NORMATIVA EQUIVALENTE.
	
O COMPLEMENTO ESTÁ DESCRITO EM FONTE FORMAL DISTINTA DAQUELA DO TIPO PENAL INCRIMINADOR;
SUBDIVIDEM-SE EM HOMOVITELINA/ HOMÓLOGA O COMPLEMENTO NORMATIVO SE ENCONTRA NO MESMO DOCUMENTO LEGAL.
HETEROVITELINA/HETEROLÓGA (...) DOCUMENTO LEGAL DIVERSO.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
UM MESMO FATO CONCRETO NÃO PODE SER ENQUADRADO EM VÁRIOS TIPOS PENAIS, SOB PENA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM OU (NE BIS IN IDEM). LOGO, SE APARENTEMENTE OCORRER A INCIDÊNCIA DE MAIS DE UM TIPO PENAL A UM MESMO FATO, CABERÁ AO INTÉRPRETE, RESOLVER O CONFLITO, APONTANDO O CORRETO ENQUADRAMENTO COM BASE NOS PRINCÍPIOS DA ESPECIALIDADE (ART 12 CP), CONSUNÇÃO, SUBSIDIARIEDADE OU ALTERNATIVIDADE, CONFORME O CASO. SÓ HAVERÁ CONFLITO APARENTE DE NORMAS (APARENTE PORQUE SÓ SERÁ APLICADA UMA ÚNICA NORMA NO CASO CONCRETO) SE HOUVER UM SÓ FATO AO QUAL APARENTEMENTE SE APLIQUEM VÁRIAS NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS (TODAS VIGENTES) CASO CONTRÁRIO SURGIRÁ UM CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO. NA HIPÓTESE DE SEREM VÁRIOS OS FATOS, TER-SE-Á CONCURSO DE CRIMES (69 A 71 DO CP).
PRINCIPIO DA ESPECIALIDADE
RELAÇÃO DE GÊNERO E ESPÉCIE;
LEI ESPECIAL (CONTÉM TODOS OS ELEMENTOS DA LEI GERAL) ACRESCIDA DE OUTROS PREVALECE SOBRE LEI GERAL;
TODA AÇÃO QUE REALIZA O TIPO DO DELITO ESPECIAL REALIZA, CONCOMITANTIMENTE,O TIPO DO GERAL, A RECÍPROCA NÃO É VERDADEIRA; 
NA RELAÇÃO DE ESPECIALIDADE É INDIFERENTE SE A NORMA ESPECIAL É MAIS OU MENOS GRAVE; 
PRINCIPIO DA SUBSIDIARIEDADE
RELAÇÃO DE CONTEÚDO A CONTINENTE; 
HÁ UMA NORMA MAIS AMPLA (PRIMÁRIA), PORQUE DESCREVE UM GRAU MAIOR DE VIOLAÇÃO AO BEM JURÍDICO, E UMA NORMA MENOS AMPLA (SUBSIDIÁRIA) QUE DESCREVE UM GRAU INFERIOR DE VIOLAÇÃO A ESSE MESMO BEM;
A NORMA APLICÁVEL SERÁ SEMPRE A QUE PREVIR O MAIOR GRAU DE VIOLAÇÃO (LEI PRIMÁRIA) (EX: ESTUPRO E CONSTRAGIMENTO ILEGAL)
ART 213 CP  constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
PENA - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos
§ 1O  se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:          
PENA - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos
§ 2O  se da conduta resulta morte:             
PENA - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
ART 146 CP constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
PENA - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - as penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
          
ASSIM, SE ALGUÉM CONSTRANGE MULHER À CONJUNÇÃO CARNAL, HAVERÁ ESTUPRO;
	EXPRESSA
	TÁCITA
	SE A NORMA EXPRESSAMENTE DECLARAR QUE SÓ TERÁ APLICAÇÃO SE O FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.
	O CRIME DEFINIDO POR UMA NORMA É ELEMENTO OU CIRCUNSTÂNCIA LEGAL DE OUTRO CRIME 
PRINCIPIO DA CONSUNÇÃO OU ABSORÇÃO
OS FATOS SE APRESENTAM EM RELAÇÃO DE MINUS A PLUS, DE CONTEÚDO A CONTINENTE, DE PARTE A TODO, DE MEIO A FIM, DE FRAÇÃO A MEIO;
CR. PROGRESSIVO O AG. P/ ALCANÇAR UM RESULTADO PASSA NECESSARIAMENTE POR UM CR. MENOS GRAVE (CR. DE PASSAGEM). P/ MATAR O AG. DEVE, NECESSARIAMENTE, OFENDER A INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA.
PROGRESSÃO CRIMINOSA DE DOIS FATOS, O AG. QUER PRATICAR O MENOR, E DEPOIS DE FEITO DECIDE PRATICAR O MAIOR (NO MESMO CONTEXTO CRIMINOSO) SUBSTITUI-SE O DOLO. O AG. QUER FERIR DEPOIS DE FEITO DECIDE MATAR
ANTE FATO IMPUNÍVEL FATOS MEIOS P/ FATOS FINS; FATOS ANTERIORES QUE ESTÃO NA LINHA DE DESDOBRAMENTO DA OFENSA MAIS GRAVE. VIOLAÇÃO DE DOMICILIO P/ FURTAR.
PÓS FATO IMPUNÍVEL O AG. DEPOIS DE OFENDER O BEM JURÍDICO INCREMENTA A LESÃO. DANIFICAR OU VENDER O PRODUTO DO FURTO.
PRINCIPIO DA ALTERNATIVIDADE
TIPOS PENAIS QUE POSSUEM DIVERSOS NÚCLEOS (VERBOS), SEPARADOS PELA CONJUNÇÃO ALTERNATIVA “OU”; 
QUANDO ALGUÉM PRATICA MAIS DE UM VERBO DO MESMO TIPO PENAL, NUM MESMO CONTEXTO FÁTICO, SÓ RESPONDE POR UM CRIME EX: AQUELE QUE EXPÕE À VENDA E, EM SEGUIDA, VENDE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE PRATICA UM SÓ CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES;
LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
A LEI QUE DEVE SER APLICADA É A VIGENTE AO TEMPO DA PRÁTICA DO FATO CRIMINOSO, DE ACORDO COM O PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. AS EXCEÇÕES SÃO:
	RETROATIVIDADE
	ULTRA ATIVIDADE
	APLICAÇÃO DA LEI A FATOS COMETIDOS ANTES DA SUA VIGÊNCIA QUANDO FOR MAIS BENÉFICA.
	A LEI PENAL REVOGADA PODE SER APLICADA APÓS SUA REVOGAÇÃO, QUANDO O ILÍCITO PRATICADO DURANTE A SUA VIGÊNCIA FOR SUCEDIDO POR LEI MAIS SEVERA.
	NOVATIO LEGI INCRIMINADORA
	LEI POSTERIOR INCRIMINA CONDUTA QUE ERA LÍCITA (CRIA UM NOVO CRIME)
	IRRETROATIVIDADE
	
ABOLITIO CRIMINIS
	LEI POSTERIOR DESCRIMINALIZA CONDUTAS, TORNANDO-AS ATÍPICAS.
	RETROATIVIDADE
	
NOVATIO LEGIS INPEJUS
	LEI POSTERIOR, MANTENDO A INCRIMINAÇÃO DO FATO, TORNA MAIS GRAVE A SITUAÇÃO DO RÉU.
	IRRETROATIVIDADE
	NOVATIO LEGIS INMELLIUS
	LEI POSTERIOR, SEM SUPRIMIR A INCRIMINAÇÃO DO FATO, BENEFICIA DE ALGUM MODO O AGENTE.
	RETROATIVIDADE
	SÚMULA 711 DO STF
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU PERMANÊNCIA DO ATO.
 
LEIS EXCEPCIONAIS E LEIS TEMPORÁRIAS
	LEI EXCEPCIONAL
	LEI TEMPORÁRIA
	ELABORADA PARA INCIDIR SOBRE FATOS HAVIDOS DURANTE DETERMINADAS CIRCUNSTÂNCIAS EXCEPCIONAIS;
	ELABORADA PARA INCIDIR SOBRE FATOS OCORRIDOS APENAS DURANTE CERTO PERÍODO DE TEMPO;
ART 3º CP A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
FALA-SE EM ULTRA ATIVIDADE DE TAIS LEIS, PORÉM DE FORMA EQUIVOCADA, POIS COM O PASSAR DA SITUAÇÃO EXCEPCIONAL OU TEMPORAL ESTIPULADAS NA LEI, ELA CONTINUA EM VIGOR, EMBORA NÃO MAIS SEJA APLICÁVEL.
TEMPO DO CRIME
ART 4º CP Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Teoria da atividade 
O ART 4ºCP NÃO SE APLICA AO PRAZO PRESCRICIONAL, QUE, POR FORÇA DE REGRA PRÓPRIA COMEÇA A SER CONTADO DO MOMENTO DA CONSUMAÇÃO DO CRIME;
ART 111 CP A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
I - do dia em que o crime se consumou;
ART 115 São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos;
LEI PENAL NO ESPAÇO
ART 6º CP Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Teoria da ubiquidade
TERRITORIALIDADE DA LEI PENAL
ART 5º CP aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Princípio da territorialidade temperada ou mitigada
	TERRITÓRIO NACIONAL
	FRONTEIRAS NACIONAIS; MAR TERRITORIAL BRASILEIRO (FAIXA DE 12 MILHAS CONTADAS DA FAIXA LITORÂNEA MÉDIA).
	TODO O ESPAÇO AÉREO SUBJACENTE AO NOSSO TERRITÓRIO FÍSICO E AO MAR TERRITORIAL NACIONAL (PRINCÍPIO DA ABSOLUTA SOBERANIA DO PAÍS SUBJACENTE).
	AS AERONAVES E EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS PRIVADAS QUE SE ACHEM NO ESPAÇO AÉREO CORRESPONDENTE OU EM AUTO MAR.
	AS AERONAVES E EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS PÚBLICAS, ONDE QUER QUE SE ENCONTREM.
	AS AERONAVES E EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS PRIVADAS, NO MAR TERRITORIAL BRASILEIRO.
EMBAIXADA NÃO É TERRITÓRIO DE SEU RESPECTIVO PAÍS, EMBORA SEJA INVIOLÁVEL.
EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL 
	CONDICIONADA
	INCONDICIONADA
	CR PREVISTOS EM TRATADO OU CONVENÇÃO INTERNACIONAL E QUE O BRASIL SE OBRIGOU A REPRIMIR PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PENAL UNIVERSAL OU COSMOPOLITA;
	CR. CONTRA A VIDA OU A LIBERDADE DO PR PRINCÍPIO REAL, DA PROTEÇÃO OU DA DEFESA;
	CR PRATICADOS POR ESTRANGEIRO CONTRA BRASILEIRO, FORA DO NOSSO TERRITÓRIO (SE NÃO FOI PEDIDA OU SE FOI NEGADA A EXTRADIÇÃO E SE HOUVE REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA)
	CR CONTRA O PATRIMÔNIO OU A FÉ PÚBLICA DA (U, E, DF, M) OU SUAS AUT, EP, SEM, FUND INSTITUÍDAS PELO PODER PÚBLICO PRINCÍPIO REAL, DA PROTEÇÃO OU DA DEFESA;
	CRIMES PRATICADOS POR BRASILEIROS PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE ATIVA E PASSIVA;
	CR CONTRA A ADM PÚBLICA BRASILEIRA POR QUEM ESTÁ A SEU SERVIÇO PRINCÍPIO REAL, DA PROTEÇÃO OU DA DEFESA;
	CR PRATICADO A BORDO DE NAVIOS OU AERONAVES BRASILEIROS PRIVADOS, NO EXTERIOR E ALI NÃO FOREM JULGADOS PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO OU DA BANDEIRA;
	CR DE GENOCÍDIO, SE O AGENTE FOR BRASILEIRO OU DOMICILIADO NO BRASIL PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PENAL UNIVERSAL OU COSMOPOLITA;
PRINCÍPIOS 
	
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PENAL UNIVERSAL OU COSMOPOLITA
	A GRAVIDADE DO CR OU A IMPORTÂNCIA DO BEM JURÍDICO VIOLADOJUSTIFICAM A PUNIÇÃO DO FATO, INDEPENDENTEMENTE DO LOCAL EM QUE FOR PRATICADO E DA NACIONALIDADE DO AGENTE;
	PRINCÍPIO REAL, DA PROTEÇÃO OU DA DEFESA
	OFENSA A UM BEM JURÍDICO NACIONAL DE ORIGEM PÚBLICA;
	PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE ATIVA
	A LEI PÁTRIA SE APLICA AOS BRASILEIROS, EM QUALQUER LUGAR QUE O CRIME TENHA SIDO PRATICADO;
	
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE PASSIVA
	SE A VÍTIMA FOR BRASILEIRA, NOSSO PAÍS TERÁ INTERESSE EM PUNIR O AUTOR DO CRIME; ESSE PRINCÍPIO NÃO SE CONFUNDE COM O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO, QUE SE REFERE A BENS PÚBLICOS;
	PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO OU DA BANDEIRA OU PAVILHÃO
	A LEI BRASILEIRA SE APLICA ÀS EMBARCAÇÕES OU AERONAVES QUE CARREGUEM NOSSA BANDEIRA;
CONDIÇÕES APLICÁVEIS A EXTRATERRITORIEDADE CONDICIONADA
	ENTRADA DO AGENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL;
	SER O FATO PUNÍVEL TAMBÉM NO PAÍS EM QUE FOR COMETIDO;
	ESTAR O CRIME ENTRE AQUELES QUE A LEI BRASILEIRA ADMITE A EXTRADIÇÃO;
	NÃO TER SIDO O AG. ABSOLVIDO OU NÃO TER CUMPRIDO PENA NO ESTRANGEIRO;
	NÃO TER SIDO O AG. PERDOADO NO ESTRANGEIRO E NÃO ESTÁ EXTINTA A PUNIBILIDADE, SEGUNDO A LEI MAIS FAVORÁVEL;
EXTRATERRITORIALIDADE NA LEI DE TORTURA
LEI 9.455/97 ART 1º constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
B) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
C) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
PENA - reclusão, de dois a oito anos.
SEUS DISPOSITIVOS SE APLICAM AINDA QUANDO O CRIME NÃO TENHA SIDO COMETIDO EM TERRITÓRIO NACIONAL, SENDO A VÍTIMA BRASILEIRA OU ENCONTRANDO-SE O AGENTE EM LOCAL SOB JURISDIÇÃO BRASILEIRA.
PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM 
ART 8º CP A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. DETRAÇÃO;
NAS HIPÓTESES DE EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA É POSSÍVEL, EM TESE, QUE O AGENTE RESPONDA POR DOIS PROCESSOS PELO MESMO FATO, UM NO EXTERIOR, OUTRO NO BRASIL, SOBREVINDO DUAS CONDENAÇÕES. SE ISSO OCORRER, APLICAR-SE-Á O ART. 8º DO CP, EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM (VEDA-SE A DUPLA CONDENAÇÃO DE ALGUÉM PELO MESMO FATO).
TEORIA DO DELITO
NOSSA LEGISLAÇÃO NÃO APRESENTA, ATUALMENTE, UM CONCEITO DE CRIME, COMO OCORRIA NOS CÓDIGOS ANTERIORES (1830 E 1890). CABE À DOUTRINA DEFINIR ESSE IMPORTANTE INSTITUTO JURÍDICO, POR MEIO DO ASPECTO PURAMENTE LEGISLATIVO (CONCEITOS FORMAIS) OU PROCURANDO INVESTIGAR A ESSÊNCIA DO INSTITUTO (CONCEITOS MATERIAIS) OU VERIFICANDO OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CRIME (CONCEITOS ANALÍTICOS) ESTE É O FOCO CENTRAL DA PREOCUPAÇÃO DOS JURISTAS BRASILEIROS;
	CONCEITO FORMAL
	CONCEITO MATERIAL
	CRIME É A CONDUTA PROIBIDA POR LEI, COM AMEAÇA DE PENA CRIMINAL (PRISÃO, PENA ALTERNATIVA OU MULTA).
	CRIME É TODA AÇÃO OU OMISSÃO CONSCIENTE, VOLUNTÁRIA E DIRIGIDA A UMA FINALIDADE, QUE CRIA UM RISCO JURIDICAMENTE PROIBIDO E RELEVANTE A BENS CONSIDERADOS ESSENCIAIS PARA A PAZ E O CONVÍVIO EM SOCIEDADE.
CONCEITO ANALÍTICO
	
TEORIA BIPARTIDA 
	
TEORIA TRIPARTIDA 
	
TEORIA QUADIPARTIDA
	
CRIME É O FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO (OU ILÍCITO); 
	
CRIME É O FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO (OU ILÍCITO) E CULPÁVEL;
	CRIME É O FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO (OU ILÍCITO) CULPÁVEL E PUNÍVEL; 
A PUNIBILIDADE NÃO PODE SER CONSIDERADA ELEMENTO DO CRIME, JÁ QUE LHE É ALGO EXTERIOR.
O CONCEITO TRIPARTIDO (FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO E CULPÁVEL) É O PREDOMINANTE NA DOUTRINA, APESAR DE HAVER VÁRIOS ADEPTOS DA CORRENTE BIPARTIDA NO BRASIL. OS EFEITOS DA OPÇÃO PELO CONCEITO TRIPARTIDO OU BIPARTIDO SÃO MUITO MAIS TEÓRICOS DO QUE PRÁTICOS; POIS, PARA AMBAS AS CORRENTES SE NÃO HOUVER A CULPABILIDADE NÃO HAVERÁ A IMPOSIÇÃO DE PENA.
PUNIBILIDADE É A POSSIBILIDADE JURÍDICA DE APLICAÇÃO DA SANÇÃO PENAL. É POSSÍVEL, DIANTE DISSO, QUE UM CRIME TENHA OCORRIDO, MAS, POR FATORES ALHEIOS À CONDUTA DELITIVA, NÃO SE POSSA APLICAR A CORRESPONDENTE SANÇÃO. EX: (A) MATA (B) EM 1980, MAS A AUTORIA DESSE DELITO SÓ VEM A SER DESCOBERTA EM 2005. O HOMICÍDIO PRESCREVE EM 20 ANOS (CP, ART. 109, I) PRESCRIÇÃO (CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE ART. 107, IV, DO CP) O CRIME SUBSISTE APESAR DE EXTINTA SUA PUNIBILIDADE. 
SISTEMAS PENAIS E OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CRIME
A EXPRESSÃO “SISTEMAS PENAIS” É POUCO UTILIZADA PELA DOUTRINA BRASILEIRA, PREFERINDO-SE “TEORIAS PENAIS” A TERMINOLOGIA “SISTEMA”, TORNA-SE A MAIS ADEQUADA, POIS SIGNIFICA “UNIDADE DOS MÚLTIPLOS CONHECIMENTOS SOBRE UMA IDEIA” OU “UMA TOTALIDADE DE CONHECIMENTOS ORDENADA SOBRE PRINCÍPIOS”.
	SISTEMA CLÁSSICO
	SISTEMA “LISZT/BELING/RADBRUCH” REMONTA AO INÍCIO DO SÉCULO XX
	SISTEMA NEOCLÁSSICO
	(NORMATIVISTA) CORRESPONDE AO SISTEMA CLÁSSICO ACRESCIDO DA TEORIA DE “REINHARD FRANK” SURGIDO EM 1907
	SISTEMA FINALISTA
	FENOMENOLÓGICO DIFUNDIDO A PARTIR DA DÉCADA DE 1930
	SISTEMA FUNCIONALISTA
	(TELEOLÓGICO-RACIONAL) DIVIDE-SE EM: FUNCIONALISMO SISTÊMICO “JAKOBS” E TELEOLÓGICO “ROXIN” DENTRO DOS QUAIS SE DESENVOLVEU A (MODERNA) TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
O SISTEMA CLÁSSICO (OU SISTEMA “LISZT/BELING/RADBRUCH”)
NO FINAL DO SÉCULO XIX, INICIALMENTE COM FRANZ VON LISZT, DEPOIS COM BELING E RADBRUCH, SURGIU O SISTEMA CLÁSSICO, UM DOS SEUS AVANÇOS MAIS MARCANTES FOI AFASTAR DE VEZ A RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA, JÁ QUE ESSES PENALISTAS INSTITUÍRAM O DOLO E A CULPA A ELEMENTOS ESSENCIAIS DO CRIME, SEM OS QUAIS ELE NÃO EXISTE. ESSA DOUTRINA TEVE GRANDE INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO CIENTÍFICO, POIS, ANALISAVA O CRIME SOB UMA ÓTICA PURAMENTE JURÍDICA, DESPROVIDO DE QUALQUER INTERFERÊNCIA DE OUTRAS CIÊNCIAS, COMO A SOCIOLOGIA, A FILOSOFIA OU A PSICOLOGIA; O SISTEMA EM QUESTÃO RESULTOU DA CONJUGAÇÃO DE DUAS IMPORTANTES TEORIAS: 
	TEORIA CAUSAL OU NATURALISTA DA AÇÃO
	TEORIA PSICOLÓGICA DA CULPABILIDADE
	VÊ A AÇÃO COMO A INERVAÇÃO MUSCULAR, PRODUZIDA POR ENERGIAS DE UM IMPULSO CEREBRAL, QUE PROVOCA MODIFICAÇÕES NO MUNDO EXTERIOR.
	A CULPABILIDADE É O VÍNCULO PSICOLÓGICO QUE UNE O AUTOR AO FATO PRATICADO, POR MEIO DO DOLO OU DA CULPA.
ELEMENTOS DO CRIME PARA OS PENALISTAS CLÁSSICOS 
	ASPECTO OBJETIVO
	ASPECTO SUBJETIVO
	FATO TÍPICO CONDUTA/AÇÃO; TIPICIDADE; ADEQUAÇÃO PERFEITA ENTRE O FATO HUMANO E O MODELO LEGAL ABSTRATO;
RESULTADO; MODIFICAÇÃO CAUSAL NO MUNDO EXTERIOR PROVOCADA PELA CONDUTA;
 
NEXO CAUSAL; VÍNCULO QUE UNE A CONDUTA AO RESULTADO; 
E ANTIJURIDICIDADE CONSEQUÊNCIA INERENTE À TIPICIDADE (TODO FATO TÍPICO PRESUME-SE ILÍCITO) EXCETO, NOS CASOS DE EXCLUDENTES DE ILICITUDE;
	
CULPABILIDADE VÍNCULO PSICOLÓGICO QUE UNE O AUTOR AO FATO, POR MEIO DO DOLO OU DA CULPA; 
TINHA COMO PRESSUPOSTO A IMPUTABILIDADE, ENTENDIDA À ÉPOCA COMO CAPACIDADE DE REUNIR MATURIDADE INTELECTUAL SUFICIENTE PARA AGIR DOLOSA OU CULPOSAMENTE. ERA O LIAME SUBJETIVO QUE JUSTIFICAVA A PUNIÇÃO DO AUTOR;
SISTEMA NEOCLÁSSICO (FRANK/MEZGER)
REINHARD FRANK (1960-1934) PROFESSOR ALEMÃO DE DIREITO PENAL, VINCULOU A CULPABILIDADE À IDEIA DE REPROVABILIDADE, DEFENDENDO QUE SÓ SE PODE CONSIDERAR CULPÁVEL A CONDUTA REPROVÁVEL SOCIALMENTE, OU SEJA, DIGNA DE CENSURA. EX: A PESSOA QUE FALSIFICA UM DOCUMENTO SOB AMEAÇA DE MORTE EXERCIDA COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO OU SOB PENA DE QUE ALGUM FAMILIAR SEU MORRA, EMBORA COMETA UM CRIME E AJA DOLOSAMENTE (DE MODO CONSCIENTE E VOLUNTÁRIO) NÃO TEM ESCOLHA NA SITUAÇÃO CONCRETA, POIS, SENÃO AGIR DESSA FORMA MORRERÁ. NÃO SE PODE EXIGIR DO AGENTE COMPORTAMENTO DISTINTO; NESSAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, O RÉU DEVE SER ABSOLVIDO, ENTENDENDO-SE QUE SUA CONDUTA NÃO FOI CENSURÁVEL.
ESSA TEORIA ANEXOU À CULPABILIDADE ALGUNS NOVOS ELEMENTOS:
A EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA (SÓ AGE CULPAVELMENTE QUEM, NASITUAÇÃO CONCRETA, PODERIA TER-SE COMPORTADO DE OUTRO MODO) 
O DOLO OU CULPA E IMPUTABILIDADE (ANTES VISTA COMO PRESSUPOSTO DA CULPABILIDADE PASSA A SER CONSIDERADA SEU ELEMENTO) 
ALGUNS AUTORES NEOCLÁSSICOS CRIARAM O CHAMADO “DOLO HÍBRIDO OU NORMATIVO” ESTE EXIGE TRÊS ELEMENTOS: CONSCIÊNCIA, VONTADE E CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE DO COMPORTAMENTO. ASSIM, AQUELE QUE AGE SEM TER CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE DE SUA CONDUTA NÃO AGE DOLOSAMENTE, SENDO ABSOLVIDO, POIS. 
EM SÍNTESE: A TEORIA DE FRANK, DENOMINADA “PSICOLÓGICO-NORMATIVA DA CULPABILIDADE” OU “NORMATIVA DA CULPABILIDADE”, UMA DAS BASES DESSE SISTEMA, “A CULPABILIDADE” TEM OS SEGUINTES ELEMENTOS: IMPUTABILIDADE; DOLO OU CULPA; EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. 
ELEMENTOS DO CRIME PARA OS PENALISTAS NEOCLÁSSICOS
	ASPECTO OBJETIVO
	ASPECTO SUBJETIVO
	FATO TÍPICO: CONDUTA; RESULTADO NEXO CAUSAL; TIPICIDADE; 
ANTIJURIDICIDADE SEMPRE PRESENTE, SALVO QUANDO O FATO TÍPICO FOR PRATICADO SOB O ABRIGO DE ALGUMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE;
	CULPABILIDADE: IMPUTABILIDADE; DOLO OU CULPA; EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA;
SISTEMA FINALISTA (HANS WELZEL)
EM 1931, EM SUA OBRA CAUSALIDADE E OMISSÃO, “WELZEL” (PENSADOR ALEMÃO, PAI DA TEORIA FINALISTA) ROMPE DEFINITIVAMENTE COM OS SISTEMAS ANTERIORES; A PARTIR DE ANÁLISES PSICOLÓGICAS, ELE PERCEBE QUE A FINALIDADE CONSTITUI A ESPINHA DORSAL DA CONDUTA HUMANA. A CONDUTA HUMANA PENALMENTE RELEVANTE DEVE SER ANALISADA, A PARTIR DA INTENÇÃO QUE A MOVEU ESSA É A BASE DA TEORIA FINALISTA DA AÇÃO. 
OS CLÁSSICOS EQUIVOCARAM-SE QUANDO ANALISARAM O DOLO A PARTIR DO EXAME DA CULPABILIDADE, FOI JUSTAMENTE ISSO QUE “WELZEL” RETIFICOU; RETIRANDO O DOLO E A CULPA DA CULPABILIDADE E ALOCOU-OS NO FATO TÍPICO.
ELEMENTOS DO CRIME PARA OS PENALISTAS FINALISTAS
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
	CULPABILIDADE
	CONDUTA; (DOLOSA OU CULPOSA) 
RESULTADO; 
NEXO CAUSAL; 
TIPICIDADE;
	(...)
	
IMPUTABILIDADE; 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA;
OBSERVE QUE DOLO E CULPA, DESLOCARAM-SE PARA O FATO TÍPICO, O QUE MOTIVOU O SURGIMENTO DE UM FATO TÍPICO DE CRIME DOLOSO E OUTRO DE CRIME CULPOSO. “HANS WELZEL” NOTOU, QUE O DOLO DEVE POSSUIR APENAS DOIS ELEMENTOS: CONSCIÊNCIA E VONTADE (“DOLO NATURAL” OU “DOLO NEUTRO”) AS IDEIAS DESSE AUTOR RESULTARAM EM DUAS NOVAS TEORIAS: TEORIA FINALISTA DA AÇÃO E TEORIA NORMATIVA PURA DA CULPABILIDADE, OS PILARES DO SISTEMA FINALISTA.
TEORIA FINALISTA DA AÇÃO
SUSTENTA QUE A AÇÃO NÃO É UM MERO ACONTECER CAUSAL, MAS SIM UM ACONTECER FINAL. A FINALIDADE ESTÁ SEMPRE PRESENTE PORQUE O HOMEM, GRAÇAS AO SEU SABER CAUSAL (CONHECEDOR DAS LEIS DA CAUSA E EFEITO), PODE DIRECIONAR SUA AÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE UM RESULTADO QUERIDO. AÇÃO E FINALIDADE SÃO INSEPARÁVEIS. 
ESTRUTURA DO CRIME NO SISTEMA FINALISTA
FATO TÍPICO: GRAÇAS À TEORIA FINALISTA, FOI POSSÍVEL DIFERENCIAR UM FATO TÍPICO DE CRIME DOLOSO E OUTRO DE CRIME CULPOSO (O DOLO E A CULPA SAÍRAM DA CULPABILIDADE E SE AGREGARAM AO FATO TÍPICO, AO LADO DA CONDUTA, QUE PODE SER DOLOSA OU CULPOSA)
	CRIME DOLOSO
	CRIME CULPOSO
	CONDUTA DOLOSA
 
	CONDUTA VOLUNTÁRIA
	RESULTADO VOLUNTÁRIO (NOS CRIMES MATERIAIS)
	RESULTADO INVOLUNTÁRIO
	NEXO CAUSAL (ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO NOS CRIMES MATERIAIS)
	NEXO CAUSAL (ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO NOS CRIMES MATERIAIS)
	
TIPICIDADE
	TIPICIDADE
	
	QUEBRA DO DEVER DE CUIDADO OBJETIVO (IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA)
	
	PREVISIBILIDADE OBJETIVA DO RESULTADO
ILICITUDE: COM A IMPORTÂNCIA CONFERIDA À FINALIDADE DA CONDUTA, PASSOU-SE A SUSTENTAR QUE TODAS AS CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE POSSUEM UM ELEMENTO SUBJETIVO, AO LADO DOS REQUISITOS OBJETIVOS EXIGIDOS POR LEI. ASSIM, NA LEGÍTIMA DEFESA, ALÉM DO TIPO OBJETIVO É PRECISO QUE A PESSOA AJA COM A INTENÇÃO DE DEFENDER-SE OU DE DEFENDER TERCEIRO.
ART 25 CP Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem;
CULPABILIDADE: A RETIRADA DO DOLO E DA CULPA DA CULPABILIDADE PROMOVEU SUA REESTRUTURAÇÃO, PASSANDO ELA A CONTER OS SEGUINTES ELEMENTOS: IMPUTABILIDADE; EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA; POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE TODOS OS ELEMENTOS DA CULPABILIDADE TÊM NATUREZA NORMATIVA, POR ISSO IMPLICAM UM JUÍZO DE VALOR (TEORIA NORMATIVA PURA DA CULPABILIDADE) O ELEMENTO POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE FOI DESTACADO DO DOLO, ONDE SE ENCONTRAVA ATÉ ENTÃO. NO SISTEMA ANTERIOR, O DOLO COMPUNHA-SE DE CONSCIÊNCIA E VONTADE (ELEMENTOS PSICOLÓGICOS) E CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE (ELEMENTO NORMATIVO) (“DOLO HÍBRIDO OU NORMATIVO”) A PARTIR DO FINALISMO, PASSOU A CONTER SOMENTE OS DOIS PRIMEIROS ELEMENTOS “CONSCIÊNCIA E VONTADE” (“DOLO NATURAL” OU “NEUTRO”) A CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE, PERMANECEU NA CULPABILIDADE, DE MODO QUE A SIMPLES FALTA DE COMPREENSÃO ACERCA DO CARÁTER ILÍCITO DO FATO NÃO MAIS É SUFICIENTE PARA ISENTAR O AGENTE DE RESPONSABILIDADE PENAL, MAS TÃO SOMENTE ENSEJARÁ UMA REDUÇÃO DA PENA; 
ART. 21 CP O desconhecimento da lei é inescusável. (Indesculpável, evitável) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
§ ÚNICO - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
TEORIA SOCIAL DA AÇÃO (WESSELS E JESCHECK)
PODE SER ENQUADRADA DENTRO DO SISTEMA FINALISTA, UMA VEZ QUE INCORPORA BOA PARTE DE SEUS POSTULADOS, FOI CONCEBIDA VISANDO SUPLANTAR O CONCEITO FINALISTA E, POR ESSA RAZÃO, AGREGOU UM ELEMENTO INEXISTENTE AO CONCEITO DE AÇÃO: “RELEVÂNCIA SOCIAL” DESSE MODO, A AÇÃO PASSA A SER ENTENDIDA COMO: A CONDUTA SOCIALMENTE RELEVANTE, DOMINADA OU DOMINÁVEL PELA AÇÃO E DIRIGIDA A UMA FINALIDADE. 
ESTA TEORIA NÃO FOI ACEITA, POIS SIGNIFICA A REVOGAÇÃO DE UMA LEI PENAL POR UM COSTUME SOCIAL.
SISTEMA FUNCIONALISTA
EIS O DILEMA, DEVE A SISTEMÁTICA DO DIREITO PENAL, CONTEMPORÂNEO, SER ENTENDIDA COM BASE NO:
	FUNÇÃO (MISSÃO) DO DIREITO PENAL (FUNCIONALISMO)
	DADOS EMPÍRICOS (CAUSALISMO E FINALISMO)
	TEM REVOLUCIONADO O DIREITO PENAL, POIS PROPÕE QUE MAIS IMPORTANTE QUE A “BELEZA ESTÉTICA” DO SISTEMA É A BUSCA DE SOLUÇÕES JUSTAS. ESSA VERTENTE É A MAIS ACEITA NA EUROPA E TEM GANHADO CORPO NA AMÉRICA LATINA. NO SEU CONTEXTO É QUE SE DEU O DESENVOLVIMENTO DA TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA: “A IMPUTAÇÃO OBJETIVA, AO CONSIDERAR A AÇÃO TÍPICA UMA REALIZAÇÃO DE UM RISCO PERMITIDO DENTRO DO ALCANCE DO TIPO, ESTRUTURA O ILÍCITO À LUZ DA FUNÇÃO DO DIREITO PENAL” SEUS PRINCIPAIS SEGUIDORES SÃO “CLAUS ROXIN” PROPÕE LIMITAÇÕES EXPRESSAS AO DIREITO DE PUNIR ESTATAL (FUNCIONALISMO RACIONAL-TELEOLÓGICO) E “GÜNTHER JAKOBS” NÃO PREVÊ TAL LIMITAÇÃO (FUNCIONALISMO SISTÊMICO) 
	
PROPORCIONA SEGURANÇA JURÍDICA ORIUNDA DE SEUS CRITÉRIOS BEM DEFINIDOS (AÇÃO, NEXO CAUSAL, DOLO E CULPA);
PORÉM, ALGUMAS DE SUAS SOLUÇÕES, TORNAM-SE INJUSTAS REGRESSUS AD INFINITUM RESPONSABILIZAR PENALMENTE TODOS OS QUE CONCORREM CAUSALMENTE PARA O RESULTADO EX: PELA MORTE DE UMA PESSOA RESPONDERIA QUEM EFETUOU O DISPARO, O VENDEDOR DA ARMA, O FABRICANTE DELA...
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
UM RESULTADO SÓ PODE SER ATRIBUÍDO A QUEM REALIZOU UM COMPORTAMENTO GERADOR DE UM RISCO RELEVANTE E PROIBIDO, QUE SE PRODUZIU NESTE RESULTADO. 
	CLAUS ROXIN
	JAKOBS
	PROCURA ELABORAR UMA TEORIA GERAL DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA, APLICÁVEL AOS CRIMES MATERIAIS, SEGUNDO ELE, A IMPUTAÇÃO OBJETIVA DEVE SUBSTITUIR A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE; 
	ASSEVERA QUE NÃO SE DEVE ABRIR MÃO DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE FÍSICA, SERVINDO A IMPUTAÇÃO OBJETIVA COMO UMA ESPÉCIE DE FREIO. 
ART 13 CP O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. CONCEPÇÃO DE JAKOBS
A RELAÇÃO DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA DÁ-SE QUANDO FOR POSSÍVEL ATRIBUIR A ALGUÉM A CRIAÇÃO DE UM RISCO JURIDICAMENTE PROIBIDO E RELEVANTE E A PRODUÇÃO DEUM RESULTADO JURÍDICO, COMO CONSEQUÊNCIA DAQUELE. 
A TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA BUSCA MITIGAR O ALCANCE NO NEXO DE CAUSALIDADE, FUNDADO NA TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES, CUJA EXTENSÃO CONDUZ A SITUAÇÕES INJUSTAS E ABSURDAS (AFIRMAR A EXISTÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A AÇÃO DO VENDEDOR DE UMA ARMA DE FOGO OU DO FABRICANTE E A MORTE PROVOCADA COM O TIRO DO REVÓLVER CONFIGURA DEMASIADO EXAGERO) O COMPORTAMENTO DO VENDEDOR NÃO GERA NENHUM PERIGO OU RISCO PROIBIDO À VIDA DE TERCEIROS. NÃO FAZ PARTE DE SEU PAPEL SOCIAL ZELAR PELO BOM OU MAU USO DA ARMA POR SEU ADQUIRENTE. POR ESSE MOTIVO, MESMO QUE HAJA NEXO CAUSAL E DOLO, ELE NÃO RESPONDE PELA MORTE, PELA FALTA DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA. ADEMAIS, UMA CONDUTA INICIAL LÍCITA NÃO CONDUZ SEU AUTOR À RESPONSABILIDADE POR AÇÕES POSTERIORES ILÍCITAS PRATICADAS POR TERCEIRO PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO REGRESSO;
O FATO TÍPICO, NA CONCEPÇÃO DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA, CONTERIA OS SEGUINTES ELEMENTOS:
	CONDUTA
	RESULTADO
	NEXO DE CAUSALIDADE
	TIPICIDADE
	IMPUTAÇÃO OBJETIVA
	DOLOSA OU CULPOSA
	NOS CRIMES MATERIAIS OU DE RESULTADO
	NOS CRIMES MATERIAIS OU DE RESULTADO
	PREVISÃO LEGAL
	ELEMENTO NORMATIVO IMPLÍCITO, O QUAL SE DESDOBRA NO EXAME DA CRIAÇÃO DE UM RISCO PROIBIDO E NA REALIZAÇÃO DO RISCO NO RESULTADO.
JAKOBS “AFIRMA QUE A TAREFA DE DETERMINAR QUANDO ALGUÉM DEVE RESPONDER POR SEUS ATOS, SEMPRE ACOMPANHOU A HUMANIDADE, DESDE ADÃO E EVA, EM QUE AQUELE PROCUROU JUSTIFICAR-SE PERANTE DEUS, QUE A MAÇÃ QUE HAVIA COMIDO LHE FORA DADA PELA MULHER QUE ELE HAVIA CRIADO, OU SEJA, TENTAVA EXIMIR-SE DE RESPONSABILIDADE ALEGANDO QUE O FIZERA CONFIANDO NA MULHER QUE O PRÓPRIO CRIADOR LHE ENVIARA”
TODO CONTATO SOCIAL GERA ALGUM RISCO, SENDO ESTE INERENTE À VIDA EM SOCIEDADE. UM SIMPLES APERTO DE MÃO PODE TRANSMITIR GERMES; SERVIR UMA COMIDA QUE PODE ESTAR ESTRAGADA; FABRICAR CARROS, PRODUZIR BENS DE CONSUMO, PODEM GERAR ACIDENTES... ENTRETANTO, O QUE SE DEVE ESPERAR DAS PESSOAS, NESSE SENTIDO, NÃO É A TOTAL ELIMINAÇÃO DE RISCOS (ALGO INATINGÍVEL) MAS QUE CUMPRAM CORRETAMENTE SEU PAPEL SOCIAL ASSIM, NÃO SE PODE IMPEDIR QUE UM BARMAN SIRVA BEBIDAS ALCOÓLICAS A SEUS FREGUESES, MAS PODE-SE EXIGIR QUE NÃO O FAÇA A MENORES DE 18 ANOS. É IMPOSSÍVEL IMPEDIR A FABRICAÇÃO DE CARROS, MAS PODE-SE EXIGIR QUE SEJAM FABRICADOS COM OBSERVÂNCIA ÀS NORMAS TÉCNICAS DE SEGURANÇA. NÃO HÁ COMO EVITAR QUE RESTAURANTES SIRVAM COMIDA, MAS É POSSÍVEL ESTABELECER A OBRIGATORIEDADE DE OBSERVAREM CONDIÇÕES MÍNIMAS DE HIGIENE.
A IMPUTAÇÃO OBJETIVA ENFOCA APENAS COMPORTAMENTOS QUE VIOLAM DETERMINADO PAPEL SOCIAL
NÃO SE PODE EXIGIR DE UM MECÂNICO QUE, MESMO SABENDO QUE O DONO DO AUTOMÓVEL COSTUMA ANDAR EM ALTA VELOCIDADE, DEIXE DE CONSERTÁ-LO. SEU PAPEL SOCIAL CONSISTE EM ARRUMAR OS DEFEITOS DOS VEÍCULOS, MANTENDO-OS DENTRO DE SUAS ESPECIFICAÇÕES REGULARES, NADA MAIS QUE ISSO. NÃO SE PODE ATRIBUIR A ESSE MECÂNICO, QUE SE LIMITOU A EXERCER SEU PAPEL SOCIAL, A RESPONSABILIDADE PELA MORTE DO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO NUM ACIDENTE DE TRÂNSITO. UM BARMAN QUE SERVE BEBIDA ALCOÓLICA A UM MOTORISTA NÃO PODE SER RESPONSABILIZADO PELO ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO POSTERIORMENTE CAUSADO, JÁ QUE SE LIMITOU A CUMPRIR SEU PAPEL SOCIAL.
A IMPUTAÇÃO OBJETIVA NÃO SE FARÁ PRESENTE, SEGUNDO JAKOBS, NAS HIPÓTESES: 
	CRIAÇÃO DE UM RISCO PERMITIDO
	A COMPENSAÇÃO DE UM RISCO
	A VARIABILIDADE DO RISCO
	PODE SER LEVADA EM CONTA QUANDO A LEI NÃO ESTABELECE DETERMINADO PADRÃO (PORQUE, SE O FAZ, É JUSTAMENTE POR NÃO ADMITIR NENHUM TIPO DE COMPENSAÇÃO) SE UM MOTORISTA CONDUZ SEU AUTOMÓVEL SOB EFEITO DE ÁLCOOL ACIMA DO LIMITE PERMITIDO, NÃO PODE COMPENSAR ESSA ATITUDE POR SUA EXPERIÊNCIA AO VOLANTE.
	O MESMO COMPORTAMENTO PRODUTOR DE RISCO PODE VARIAR CONFORME O PAPEL SOCIAL DO AGENTE UMA MÃE QUE TRATA A FERIDA DO FILHO COM UM PANO NÃO ESTERILIZADO NÃO COMETE DELITO, AINDA QUE ISSO AGRAVE A LESÃO. UM MÉDICO, CONTUDO, NÃO PODE AGIR DA MESMA MANEIRA, SOB PENA DE RESPONDER PENALMENTE POR SUA CONDUTA.
 
	AQUELE QUE REALIZA UM RISCO PERMITIDO
	NORMAS JURÍDICAS QUE AUTORIZAM COMPORTAMENTOS PERIGOSOS (PRÁTICAS DESPORTIVAS AUTORIZADAS) 
FATOS SOCIALMENTE ADEQUADOS (PASSEIO DE AUTOMÓVEL COM AMIGOS) 
LEX ARTIS (REGRAS TÉCNICAS DE DETERMINADA ATIVIDADE COMO A MEDICINA) 
	PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
	NA VIDA EM SOCIEDADE, AS PESSOAS NÃO PODEM SER OBRIGADAS A DESCONFIAR DAS DEMAIS, SUPONDO CONSTANTEMENTE QUE OS OUTROS NÃO CUMPRIRÃO SEU PAPEL. DAÍ A EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE PENAL QUANDO ALGUÉM AGIU NA CONFIANÇA DE QUE O OUTRO O CUMPRIU OU CUMPRIRIA
	PROIBIÇÃO DO REGRESSO
	
UMA CONDUTA LÍCITA NÃO GERA RESPONSABILIDADE POR ATOS ILÍCITOS PRATICADOS POSTERIORMENTE POR TERCEIROS. O MOTORISTA DE TÁXI QUE CONDUZ UM PASSAGEIRO ATÉ O SEU DESTINO NÃO PODE SER RESPONSABILIZADO PELAS ATITUDES DESTE (MATAR ALGUÉM) AINDA QUE TENHA CONHECIMENTO DELAS NO TRAJETO
	CAPACIDADE DA VÍTIMA
	
O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO A AGRESSÕES A BENS JURÍDICOS A ELE PERTENCENTES DEVE EXCLUIR A RESPONSABILIDADE PENAL, QUANDO A VÍTIMA TINHA CAPACIDADE PARA ENTENDER E CONSENTIR A LESÃO AQUELE QUE REALIZA UM CONTATO SEXUAL VOLUNTÁRIO COM UMA PESSOA PORTADORA DO HIV, CIENTE DESSA CIRCUNSTÂNCIA E NÃO FAZ NADA PARA EVITAR O CONTÁGIO DEVE SER O ÚNICO RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DA DOENÇA, EXIMINDO DE RESPONSABILIDADE O PARCEIRO.
FATO TÍPICO
FATO TÍPICO É O FATO HUMANO QUE SE ADEQUA PERFEITAMENTE AO TIPO PENAL. O FATO TÍPICO CONSUBSTANCIA O PRIMEIRO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO DELITO E SUA COMPOSIÇÃO VARIA EM FUNÇÃO DA ESPÉCIE DE CRIME:
	DOLOSOS
	CULPOSOS
	CONDUTA DOLOSA; 
RESULTADO (NOS CRIMES MATERIAIS) 
NEXO CAUSAL (NOS CRIMES MATERIAIS) 
TIPICIDADE; 
RELAÇÃO DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA (ELEMENTO NORMATIVO IMPLÍCITO DO FATO TÍPICO)
	CONDUTA VOLUNTÁRIA; 
RESULTADO INVOLUNTÁRIO; 
NEXO CAUSAL;
TIPICIDADE;
RELAÇÃO DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA (ELEMENTO NORMATIVO IMPLÍCITO DO FATO TÍPICO)
QUEBRA DO DEVER DE CUIDADO OBJETIVO;
PREVISIBILIDADE OBJETIVA;
CONDUTA
AÇÃO OU OMISSÃO HUMANA, CONSCIENTE E VOLUNTÁRIA DIRIGIDA A UMA FINALIDADE; EXTERIORIZAÇÃO, CONSCIÊNCIA E VOLUNTARIEDADE FALTANDO UM DESSES ELEMENTOS, NÃO HÁ O QUE SE FALAR EM CONDUTA;
	AÇÃO
	OMISSÃO
	CONDUTA POSITIVA QUE SE MANIFESTA POR UM MOVIMENTO DO CORPO HUMANO “MATAR”, “CONSTRANGER”, “SUBTRAIR”
	CONDUTA NEGATIVA QUE CONSISTE NA ABSTENÇÃO DE UM MOVIMENTO É O DEIXAR DE FAZER ALGO PENALMENTE RELEVANTE
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO OU PURO
SÃO CRIMES DE MERA CONDUTA, O TIPO PENAL NEM SEQUER FAZ UMA REFERÊNCIA À OCORRÊNCIA DE UM RESULTADO NO MUNDO EXTERIOR; 
O AG. TEM O DEVER DE AGIR, MAS NÃO O DE EVITAR O RESULTADO; 
RESPONDE PELA OMISSÃO, NÃO PELO RESULTADO;
BASTA O SUJEITO SE OMITIR PARA RESTAR CONFIGURADO O TIPO;
ADMITE TENTATIVA.
ART 135 CP Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
PENA - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ ÚNICO - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
ART 244 Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: 
 PENA - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País
§ ÚNICO - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.
ART 259 - Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidadeeconômica:
PENA - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
§ ÚNICO - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa.
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO OU IMPURO OU COMISSIVO POR OMISSÃO
O TIPO PENAL DESCREVE UMA CONDUTA POSITIVA (AÇÃO);
O SUJEITO RESPONDE PELO CRIME PORQUE ESTAVA JURIDICAMENTE OBRIGADO A IMPEDIR A OCORRÊNCIA DO RESULTADO;
O AG. TEM O DEVER DE AGIR E DE EVITAR O RESULTADO, RESPONDE PELO RESULTADO “SE ESTE ACONTECER” 
NÃO ADMITE TENTATIVA;
ART 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:        
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
RESULTADO
	TEORIA NATURALISTICA *
	TEORIA JURÍDICA
	RESULTADO É A MODIFICAÇÃO NO MUNDO EXTERIOR PROVOCADA PELA AÇÃO OU OMISSÃO HÁ CRIME SEM RESULTADO (CRIME DE MERA CONDUTA)
	RESULTADO É A LESÃO OU AMEAÇA DE LESÃO AO BEM JURÍDICO TUTELADO PELA NORMA PENAL NÃO HÁ CRIME SEM RESULTADO JURÍDICO 
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO NATURALÍSTICO
MATERIAIS 
O TIPO PENAL DESCREVE A CONDUTA E UM RESULTADO MATERIAL, EXIGINDO-O PARA FINS DE CONSUMAÇÃO;
ART 121 CP Matar alguém:
PENA - reclusão, de seis a vinte anos.
FORMAIS
O TIPO PENAL DESCREVE A CONDUTA E O RESULTADO MATERIAL, PORÉM NÃO O EXIGE PARA FINS DE CONSUMAÇÃO; DEFINIDO PELA DOUTRINA COMO INCONGRUENTE PORQUE DESCREVE CONDUTA E RESULTADO, MAS SE CONTENTA COM AQUELA PARA QUE OCORRA A CONSUMAÇÃO; 
ART 158 CP Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
PENA - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. SE RESULTA LESÃO CORPORAL GRAVE (RECLUSÃO SETE A QUINZE ANOS, ALÉM DA MULTA) SE RESULTA MORTE (A RECLUSÃO É DE VINTE A TRINTA ANOS, SEM PREJUÍZO DA MULTA) 
§ 3o  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave RECLUSÃO, DE 16 A 24 ANOS ou morte, RECLUSÃO, DE 24 A 30 ANOS aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.  
DE MERA CONDUTA
O TIPO PENAL NÃO FAZ NENHUMA ALUSÃO A RESULTADO NATURALÍSTICO, LIMITANDO-SE A DESCREVER A CONDUTA PUNÍVEL INDEPENDENTE DE QUALQUER MODIFICAÇÃO NO MUNDO EXTERIOR. 
ART. 150 CP - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
PENA - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
PENA - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO JURÍDICO 
CRIME DE DANO OU LESÃO 
SUA CONSUMAÇÃO EXIGE EFETIVA LESÃO AO BEM TUTELADO:
ART. 121 CP Matar alguém:
PENA - reclusão, de seis a vinte anos.
CRIME DE PERIGO
DAR-SE-Á A CONSUMAÇÃO APENAS COM A EXPOSIÇÃO DO BEM JURÍDICO A UMA SITUAÇÃO DE RISCO:
ART. 130 CP - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
PENA - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
PENA - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
OS CRIMES DE PERIGO DIVIDEM-SE
	CR. DE PERIGO CONCRETO
	CR. PERIGO DE ABSTRATO
	O RISCO DEVE SER DEMONSTRADO
	A PRÁTICA DA AÇÃO OU OMISSÃO GERA UMA PRESUNÇÃO ABSOLUTA DE QUE O BEM JURÍDICO SOFREU UM RISCO
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
ART 13 CAPUT CP O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. O RESULTADO A QUE ALUDE O DISPOSITIVO É O NATURALÍSTICO OU MATERIAL (MODIFICAÇÃO NO MUNDO EXTERIOR PROVOCADA PELA CONDUTA)
VÁRIAS TEORIAS SE PREOCUPAM EM DEFINIR O CRITÉRIO PARA CONSTATAR O NEXO CAUSAL (VÍNCULO OU LIAME QUE UNE A CONDUTA AO RESULTADO NOS CRIMES MATERIAIS)
	TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES 
“CONDITIO SINE QUA NON” 
	
“CONDITIO SINE QUA NON” EXPRESSÃO LATINA QUE SIGNIFICA “SEM A QUAL NÃO” TODO FATOR QUE DE FORMA DIRETA OU INDIRETA EXERCEU ALGUMA INFLUÊNCIA NO RESULTADO DEVE SER CONSIDERADO COMO SUA CAUSA. ADOTADA PELO CP
UMA DAS CRÍTICAS MAIS VEEMENTES CONTRA A TEORIA DA CONDITIO SINE QUA NON (AÇÃO OU CONDIÇÃO QUE É INDISPENSÁVEL, IMPRESCINDÍVEL/ESSENCIAL “SEM A QUAL NÃO”) DIZ RESPEITO À QUESTÃO DO “REGRESSUS AD INFINITUM” (REGRESSO AO INFINITO) O MAIS REMOTO ANTECEDENTE DEVERÁ SER CONSIDERADO CAUSA DO RESULTADO; EX: HOMICÍDIO COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, A CONDUTA DAQUELE QUE VENDEU A ARMA AO HOMICIDA E ATÉ A DO FABRICANTE DO INSTRUMENTO BÉLICO SERÃO CONSIDERADAS CAUSA DO RESULTADO A DOUTRINA SUSTENTA A NÃO RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DO FABRICANTE DA ARMA OU DO VENDEDOR COM BASE NA TEORIA DA AUSÊNCIA DO DOLO; APESAR DO NEXO OBJETIVO ENTRE CONDUTA E RESULTADO, NÃO HÁ LIAME SUBJETIVO, PSICOLÓGICO. 
	TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA
	
APENAS SE REPUTA CAUSA DO RESULTADO A CIRCUNSTÂNCIA MAIS ADEQUADA A PRODUZI-LO, SEGUNDO UM JUÍZO DE PROBABILIDADE “PROGNOSE PÓSTUMA-OBJETIVA” VERIFICA-SE SE UM HOMEM DOTADO DE CONHECIMENTOS MEDIANOS PODERIA ANTEVER O RESULTADO COMO PROVÁVEL OU POSSÍVEL NA SITUAÇÃO EM QUE O AGENTE SE ENCONTRAVA;
	TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA DO RESULTADO
	
DEFENDE QUE A CAUSALIDADE NATURAL, FUNDADA NA TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES, LEVA A EXAGEROS QUE DEVEM SER LIMITADOS PELA VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE IMPUTAÇÃO OBJETIVA ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO; ALÉM DA CAUSALIDADE MATERIAL É PRECISO QUE A ATITUDE DO AGENTE TENHA PRODUZIDO UM RISCO JURIDICAMENTE RELEVANTE E PROIBIDO AO BEM JURÍDICO.
PROCESSO OU JUÍZO DE ELIMINAÇÃO HIPOTÉTICA
PROCEDIMENTO PARA DETERMINAR QUAL FATOR É OU NÃO CAUSA DE UM RESULTADO, POR MEIO DA EXCLUSÃO MENTAL DE ALGUM ANTECEDENTE DO RESULTADO PARA SABER SE ELE É OU NÃO SUA CAUSA; 
EX: A, PRETENDENDO MATAR B, DIRIGE-SE À RESIDÊNCIA DA VÍTIMA À NOITE E, VENDO SEU CORPO DEITADO SOBRE A CAMA, EFETUA DISPAROS DE ARMA DE FOGO. CONSTATA-SE, POSTERIORMENTE, QUE B HAVIA FALECIDO DUAS HORAS ANTES DOS TIROS, EM VIRTUDE DE UM ATAQUE CARDÍACO. OS DISPAROS QUE A EFETUOU, NESSE CASO, NÃO FORAM CAUSA DA MORTE DE B. BASTA EXCLUIR MENTALMENTE A CONDUTA DO ATIRADOR PARA CONCLUIR QUE O RESULTADO TERIA OCORRIDO EXATAMENTE COMO OCORREU;
CAUSAS DEPENDENTES E INDEPENDENTES
CONCAUSAS OU CAUSAS SÃO FATORES QUE INTERPÕEM-SE ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO DE MODO A INFLUENCIAR NO LIAME CAUSAL, DIVIDEM-SE EM CAUSAS:
	DEPENDENTES
	INDEPENDENTES
	
ORIGINAM-SE NA CONDUTA DO AGENTE E SE INSEREM DENTRO DA SUA LINHA DE DESDOBRAMENTO CAUSAL NATURAL, ESPERADO; 
SÃO DECORRÊNCIAS CORRIQUEIRAS DA CONDUTA; 
A MORTE EM VIRTUDE DE INFECÇÃO HOSPITALAR É CONSIDERADA DECORRÊNCIA ESPERADA DE UMA INTERNAÇÃO; 
O AGENTE RESPONDERÁ POR TODOS OS SEUS DESDOBRAMENTOS; 
	ORIGINAM-SE OU NÃO DA CONDUTA;
 PRODUZEM POR SI SÓS O RESULTADO;
CONFIGURAM ALGO QUE NORMALMENTE NÃO ACONTECE; 
SÃO EVENTOS INUSITADOS, INESPERADOS; 
UMA PEQUENA FERIDA INCISA, NORMALMENTE, NÃO É CAPAZ DE LEVAR À MORTE, MASISSO PODE OCORRER SE A VÍTIMA FOR HEMOFÍLICA; 
É PRECISO DISTINGUIR ENTRE AS CAUSAS ABSOLUTAMENTE E AS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES DA CONDUTA DO AGENTE; 
	CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES 
	
PRODUZEM POR SI SÓS O RESULTADO;
NÃO TÊM QUALQUER ORIGEM OU RELAÇÃO COM A CONDUTA PRATICADA PELO SUJEITO; 
O RESULTADO OCORRERIA DE QUALQUER MANEIRA, COM OU SEM O COMPORTAMENTO REALIZADO; 
AFASTA O NEXO DE CAUSALIDADE, O AGENTE NÃO RESPONDERÁ PELO RESULTADO. 
	
PREEXISTENTES
	
CONCOMITANTES
	
SUPERVENIENTES
	
ANTERIORES À CONDUTA DO AGENTE; 
EFETUAR DISPAROS DE ARMA DE FOGO, COM INTENÇÃO HOMICIDA, EM PESSOA QUE FALECERA MINUTOS ANTES; 
	
OCORREM AO MESMO TEMPO; 
ATIRAR EM PESSOA QUE, NO EXATO MOMENTO DO TIRO, SOFRE ATAQUE CARDÍACO FULMINANTE QUE NÃO GUARDA RELAÇÃO ALGUMA COM O DISPARO;
	
POSTERIORES À CONDUTA DO AGENTE; 
MINISTRAR VENENO NA COMIDA DA VÍTIMA, QUE, ANTES QUE A PEÇONHA FAÇA EFEITO, VEM A SER ATROPELADA; O AGENTE SÓ RESPONDE PELOS ATOS PRATICADOS, OU SEJA, POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO; 
	CAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES
	
SOMADAS À CONDUTA DO AGENTE, PRODUZEM O RESULTADO; 
EM REGRA, NÃO SE EXCLUI O NEXO DE CAUSALIDADE;
O RESULTADO PODERÁ SER ATRIBUÍDO AO AGENTE, QUE POR ELE RESPONDERÁ. 
	
PREEXISTENTES
	
CONCOMITANTES
	
SUPERVENIENTES
	
EFETUAR FERIMENTO LEVE, COM INSTRUMENTO CORTANTE (QUE NÃO PRODUZIRIA A MORTE DE UMA PESSOA SAUDÁVEL) NUM HEMOFÍLICO, QUE SANGRA ATÉ A MORTE.
 
A HEMÓFILIA É A CAUSA PREEXISTENTE QUE, SOMADA À CONDUTA DO AGENTE, PRODUZIU A MORTE.
	
EFETUAR DISPARO CONTRA A VÍTIMA QUE, AO SER ATINGIDA SOFRE ATAQUE CARDÍACO E MORRE, APURANDO-SE QUE A SOMA DESSES FATORES PRODUZIU SUA MORTE.
NEM O DISPARO, POR SI SÓ, NEM, O ATAQUE DO CORAÇÃO NÃO TERIAM O CONDÃO DE MATÁ-LA. 
	
APÓS SER ATROPELADA, A VÍTIMA É SOCORRIDA COM ALGUMAS LESÕES AO HOSPITAL; NO CAMINHO, A AMBULÂNCIA EXPLODE, OCORRENDO A MORTE. 
A EXPLOSÃO (CAUSA SUPERVENIÊNTE) ALIADA AO ATROPELAMENTO DEU CAUSA À MORTE DO OFENDIDO.
 
NESSES TRÊS ÚLTIMOS EXEMPLOS HÁ NEXO CAUSAL ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO; O AGENTE, CONTUDO, SÓ RESPONDERÁ SE A CAUSA PREEXISTENTE OU CONCOMITANTE FOR CONHECIDA INDICATIVO DE DOLO OU, AO MENOS, PREVISÍVEL INDICATIVO DE CULPA. 
NAS CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES SUPERVENIENTES NÃO HÁ NEXO CAUSAL, POR FORÇA DE LEI; 
ART 13 § 1º CP- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou; TRATA-SE DE UMA EXCEÇÃO LEGAL À TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES.
TIPICIDADE 
TIPICIDADE É A RELAÇÃO DE SUBSUNÇÃO (O CASO CONCRETO SE ENQUADRA À NORMA LEGAL EM ABSTRATO) ENTRE UM FATO CONCRETO E UM TIPO PENAL PREVISTO ABSTRATAMENTE NA LEI. 
CONCEITO
O CONCEITO DE TIPICIDADE HODIERNAMENTE PASSOU A SER ESTRUTURADO A PARTIR DAS LIÇÕES DE BELING (1906), CUJO MAIOR MÉRITO FOI DISTINGUI-LA DA ANTIJURIDICIDADE E DA CULPABILIDADE; 
	
JIMÉNEZ DE ASÚA (JURISTA E POLITICO ESPANHOL) SISTEMATIZOU ESSA EVOLUÇÃO, DIVIDINDO-A EM TRÊS FASES:
	
FASE DA INDEPENDÊNCIA (BELING — 1906)
	FASE DO CARÁTER INDICIÁRIO DA ILICITUDE/DA RATIO COGNOSCENDI 
(MAYER — 1915)
CORENTE MAJORITÁRIA
	
FASE DA RATIO ESSENDI DA ILICITUDE
(MEZGER — 1931)
	
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE A TIPICIDADE E A ILICITUDE;
NÃO HÁ ELEMENTOS NORMATIVOS OU SUBJETIVOS DO TIPO PENAL. 
	
A TIPICIDADE PASSA A SER UM INDÍCIO DE ANTIJURIDICIDADE; 
PRATICANDO-SE UM FATO TÍPICO, ELE SE PRESUME ILÍCITO; TAL PRESUNÇÃO É RELATIVA “JUIRS TANTUM” (ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO).
ADMITE-SE ELEMENTOS NORMATIVOS E SUBJETIVOS DO TIPO PENAL;
	
A ILICITUDE FAZ PARTE DA TIPICIDADE; 
SE O FATO FOR LÍCITO, SERÁ ATÍPICO; O TIPO PENAL DO HOMICÍDIO NÃO SERIA MATAR ALGUÉM, MAS MATAR ALGUÉM FORA DAS HIPÓTESES DE LEGÍTIMA DEFESA, ESTADO DE NECESSIDADE, ETC
ADEQUAÇÃO TÍPICA
	TIPICIDADE
	ADEQUAÇÃO TÍPICA
	RELAÇÃO DE SUBSUNÇÃO ENTRE O FATO E A NORMA PENAL
	COMPORTA NÃO APENAS UMA RELAÇÃO FORMAL DE JUSTAPOSIÇÃO ENTRE O FATO E A NORMA, MAS A CONSIDERAÇÃO DO DOLO OU DA CULPA.
	ADEQUAÇÃO TÍPICA POR SUBORDINAÇÃO IMEDIATA - DIRETA
	ADEQUAÇÃO TIPICA POR SUBORDINAÇÃO MEDIATA - INDIRETA
	
A ADEQUAÇÃO FATO/NORMA PENAL INCRIMINADORA É IMEDIATA, DIRETA; NÃO É PRECISO QUE SE RECORRA A NENHUMA NORMA DE EXTENSÃO DO TIPO; 
ALGUÉM EFETUA DOLOSAMENTE VÁRIOS DISPAROS CONTRA A VÍTIMA, ESSE FATO SE AMOLDA DIRETAMENTE AO TIPO PENAL INCRIMINADOR DO (ART 121 CP, HOMICÍDIO SIMPLES) 
	
A ADEQUAÇÃO FATO/NORMA PENAL NÃO OCORRE DIRETAMENTE, EXIGINDO-SE O RECURSO A UMA NORMA DE EXTENSÃO PARA HAVER SUBSUNÇÃO TOTAL ENTRE FATO CONCRETO E LEI PENAL; 
ALGUÉM EMPRESTA ARMA DE FOGO A UM HOMICIDA, QUE A UTILIZA POSTERIORMENTE PARA COMETER UM HOMICIDIO; A CONDUTA DE QUEM EMPRESTA NÃO ENCONTRA CORRESPONDÊNCIA DIRETA COM O (ART 121 CP) É PRECISO, ENTÃO, SOCORRER-SE DE UMA NORMA DE EXTENSÃO NESSE CASO, O ART 29 CAPUT CP, QUE PUNE A PARTICIPAÇÃO.
TIPICIDADE CONGLOBANTE
	TIPICIDADE LEGAL
	TIPICIDADE CONGLOBANTE
	ADEQUAÇÃO DO FATO COM A NORMA PENAL, SEGUNDO UMA ANÁLISE ESTRITAMENTE FORMAL
	DEVE-SE VERIFICAR SE O FATO, QUE APARENTEMENTE VIOLA UMA NORMA PENAL PROIBITIVA, NÃO É PERMITIDO OU MESMO INCENTIVADO POR OUTRA NORMA JURÍDICA; INTERVENÇÕES MÉDICO-CIRÚRGICAS, VIOLÊNCIA DESPORTIVA, ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL, ETC 
NÃO TERIA SENTIDO AFIRMAR QUE A CONDUTA DO MÉDICO QUE REALIZA UMA CIRURGIA NO PACIENTE VIOLA A NORMA PENAL DO (ART 129 DO CP LESÃO CORPORAL) E, CONCOMITANTEMENTE, ATENDE AO PRECEITO CONSTITUCIONAL SEGUNDO O QUAL A SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS NÃO É LÓGICO DIZER QUE ELE VIOLA UMA NORMA E OBEDECE A OUTRA, AO MESMO TEMPO; POR MEIO DA TIPICIDADE CONGLOBANTE (ANÁLISE CONGLOBADA DO FATO COM TODAS AS NORMAS JURÍDICAS, INCLUSIVE EXTRAPENAIS) SITUAÇÕES CONSIDERADAS TRADICIONALMENTE COMO TÍPICAS, MAS ENQUADRÁVEIS NAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE (EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO, ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL, ETC) PASSARIAM A SER TRATADAS COMO ATÍPICAS.
DOLO
DOLO É A VONTADE DE CONCRETIZAR AS CARACTERÍSTICAS OBJETIVAS DO TIPO (DAMÁSIO DE JESUS) TRATA-SE DE ELEMENTO SUBJETIVO IMPLÍCITO DA CONDUTA
	ELEMENTO COGNITIVO/INTELECTUAL
	ELEMENTO VOLITIVO
	
É A REPRESENTAÇÃO, A CONSCIÊNCIA DA CONDUTA, DO RESULTADO E DO NEXO CAUSAL ENTRE ELES;
	
É A VONTADE DE REALIZAR A CONDUTA E PRODUZIR O RESULTADO
ART 18 CP Diz-se o crime: 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
CULPA
ART 18 CP Diz-se o crime:  
       
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia
PARA DETERMINAR QUANDO SURGE A IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA, É NECESSÁRIA A NOÇÃO DE DEVER DE CUIDADO OBJETIVO; QUE A TODOS SE IMPÕE, DE PRATICAR OS ATOS DA VIDA COM AS CAUTELAS NECESSÁRIAS, PARA QUE DO SEU ATUAR NÃO DECORRAM DANOS A BENS ALHEIOS.
	IMPRUDÊNCIA
	NEGLIGÊNCIA
	IMPERÍCIA
	
CONDUTA POSITIVA, QUE SE DÁ COM A QUEBRA DE REGRAS DE CONDUTA ENSINADAS PELA EXPERIÊNCIA; 
DIRIGIR EM EXCESSO DE VELOCIDADE E ATROPELAR UM PEDESTRE.
	
CONDUTA NEGATIVA, UMA OMISSÃO QUANDO O CASO IMPUNHA UMA AÇÃO PREVENTIVA; O SUJEITO SE PORTA SEM A DEVIDA CAUTELA;
 MÃE QUE DEIXA UM VENENO À MESA, PERMITINDO QUE SEU FILHO PEQUENO O INGIRA E MORRA.
	
QUALIFICAÇÃO OU HABILITAÇÃO LEGAL PARA O OFÍCIO;
UM MÉDICO, DURANTE UMA CIRURGIA, SECCIONA UMA ARTÉRIA E CAUSA HEMORRAGIA SEGUIDA DE MORTE.
ILICITUDE
	ENFOQUE PURAMENTE FORMAL OU ILICITUDE FORMAL
	ENFOQUE MATERIAL OU ILICITUDE MATERIAL
	
TRATA-SE DA CONTRARIEDADE DO FATO COM O ORDENAMENTO JURÍDICO.
	
EXPOR UM BEM JURÍDICO TUTELADO A PERIGO DE DANO OU LESÃO. 
A ANTIJURIDICIDADE DA CONDUTA DEVE SER APRECIADA OBJETIVAMENTE (SEM SE QUESTIONAR SE O SUJEITO TINHA CONSCIÊNCIA DE QUE AGIA DE FORMA ILÍCITA) ASSIM, PODE SER CONSIDERADA ILÍCITA EVENTUAL CONDUTA DE UM INIMPUTÁVEL, AINDA QUE ELE NÃO TENHA CAPACIDADE DE AVALIAR A ANTIJURIDICIDADE DE SEU COMPORTAMENTO; ELEPODE COMETER, PORTANTO, UM FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO, MAS NÃO RECEBERÁ PENA POR AUSÊNCIA DE CULPABILIDADE.
	ILICITUDE GENÉRICA
	ILICITUDE ESPECÍFICA.
	
CORRESPONDE À CONTRADIÇÃO DO FATO COM A NORMA ABSTRATA, POR MEIO DA AFETAÇÃO A ALGUM BEM JURÍDICO.
SÓ ESTA INTERESSA
	
CONSISTE NA ILICITUDE PRESENTE EM CERTOS TIPOS PENAIS, OS QUAIS EMPREGAM TERMOS COMO SEM JUSTA CAUSA; INDEVIDAMENTE; SEM AUTORIZAÇÃO; EM DESACORDO COM DETERMINAÇÃO LEGAL;
DESCRIMINANTES LEGAIS, SUPRALEGAIS E PUTATIVAS
NOSSA LEGISLAÇÃO DISPÕE SOBRE 4 EXCLUDENTES: ESTADO DE NECESSIDADE, LEGÍTIMA DEFESA, EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL; O FATO PRATICADO NESSAS CIRCUNSTÂNCIAS, NÃO CONFIGURA CRIME 
ART. 23 CP - Não há crime quando o agente pratica o fato:        
I - em estado de necessidade;         
II - em legítima defesa; 
        
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
A DOUTRINA ADMITE A EXISTÊNCIA DE CAUSAS SUPRALEGAIS (NÃO PREVISTAS EM LEI) DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE, FUNDADAS NO EMPREGO DA ANALOGIA IN BONAM PARTEM, SUPRINDO EVENTUAIS SITUAÇÕES NÃO COMPREENDIDAS NO TEXTO LEGAL; É O QUE OCORRE COM O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO NOS TIPOS PENAIS EM QUE O BEM JURÍDICO É DISPONÍVEL (DANO ART 163 CP) EXIGINDO-SE QUE O SUJEITO PASSIVO SEJA AGENTE CAPAZ; EM CERTOS CASOS, O TIPO PENAL PREVÊ O DISSENSO DA VÍTIMA COMO ELEMENTAR; LOGO, SEU CONSENTIMENTO FIGURARÁ COMO CAUSA EXCLUDENTE DE TIPICIDADE (VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO ART 150 CP)
ESTADO DE NECESSIDADE
ART. 24 CP- Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
A SITUAÇÃO DE NECESSIDADE PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA DE UM PERIGO (ATUAL) QUE PONHA EM CONFLITO DOIS OU MAIS INTERESSES LEGÍTIMOS, QUE, PELAS CIRCUNSTÂNCIAS, NÃO PODEM SER TODOS SALVOS; UM DELES, PELO MENOS, TERÁ DE PERECER EM FAVOR DOS DEMAIS; APÓS UM NAUFRÁGIO, DUAS PESSOAS SE VEEM OBRIGADAS A DIVIDIR UMA MESMA TÁBUA, QUE SOMENTE SUPORTA O PESO DE UMA DELAS; NESSE CONTEXTO, O DIREITO AUTORIZA UM DELES A MATAR O OUTRO, SE ISSO FOR PRECISO PARA SALVAR SUA PRÓPRIA VIDA. 
O SUJEITO PASSIVO DESSA RELAÇÃO JURÍDICA É O ESTADO, (E NÃO O 3ª DETENTOR LEGÍTIMO DE SEU DIREITO) QUE TEM A OBRIGAÇÃO DE RECONHECER A LICITUDE DA CONDUTA DO AGENTE;
CONTRA AGRESSÕES DE INIMPUTÁVEIS SÓ É CABÍVEL ESTADO DE NECESSIDADE, QUANDO O PERIGO FOR INEVITÁVEL;
TEORIAS
	DIFERENCIADORA
	UNITÁRIA
	
O BEM SALVO É MAIS IMPORTANTE QUE O SACRIFICADO; SALVAR A VIDA E DANIFICAR PATRIMÔNIO ALHEIO;
EXCLUI-SE A ILICITUDE 
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE 
OS BENS EM CONFLITO SÃO EQUIVALENTES; SALVAR A PRÓPRIA VIDA EM DETRIMENTO DA VIDA ALHEIA; 
AFASTA-SE A CULPABILIDADE 
ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE
	
EM QUAISQUER DAS HIPÓTESES AO LADO ANALISADAS HÁ:
 EXCLUSÃO DA ILICITUDE. 
TEORIA ADOTADA NO CP
REQUISITOS QUE JUSTIFICAM A EXCLUDENTE
EXISTÊNCIA DE UM PERIGO ATUAL
É A PROBABILIDADE DE DANO; 
DEVE-SE ADMITIR O ESTADO DE NECESSIDADE QUANDO IMINENTE O PERIGO (ANALOGIA IN BONAM PARTEM);
NÃO SE ADMITE A EXCLUDENTE QUANDO PASSADO O PERIGO (VINGANÇA) OU QUANDO ESTE AINDA ESTÁ POR VIR;
PERIGO QUE AMEACE DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO;
ESTADO DE NECESSIDADE DE DIREITO PRÓPRIO OU DE TERCEIRO;
CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO JUSTIFICANTE
É FUNDAMENTAL QUE O SUJEITO TENHA PLENA CONSCIÊNCIA DA EXISTÊNCIA DO PERIGO E ATUE COM O FIM DE SALVAR DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO;
INVOLUNTÁRIEDADE DA SITUAÇÃO DE PERIGO
AQUELE QUE POR SUA VONTADE (DOLO) PRODUZ O PERIGO NÃO PODERÁ AGIR EM ESTADO DE NECESSIDADE; ASSIM, SE O AGENTE PROVOCOU CULPOSAMENTE O PERIGO, PODERÁ SER BENEFICIADO PELA EXCLUDENTE;
REQUISITOS LIGADOS À REAÇÃO DO AGENTE
INEXIGIBILIDADE DO SACRIFÍCIO DO BEM AMEAÇADO
PRINCIPIO DA PONDERAÇÃO DE BENS AMEAÇADOS NO CASO CONCRETO DEVE-SE FAZER UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O BEM SALVO E O BEM SACRIFICADO; 
PROPORCIONALIDADE DOS BENS EM CONFRONTO O BEM SALVO DEVE SER EQUIVALENTE OU MAIS IMPORTANTE QUE O SACRIFICADO (PARA EVITAR O NAUFRÁGIO DO NAVIO O CAPITÃO ORDENA QUE OS TRIPULANTES JOGUEM AO MAR TODOS OS SEUS BENS)
CASO O BEM SALVO SEJA MENOS IMPORTANTE QUE O SACRIFICADO, NÃO HAVERÁ ESTADO DE NECESSIDADE (PARA EVITAR QUE O NAVIO AFUNDE, O CAPITÃO ORDENA QUE A TRIPULAÇÃO SE JOGUE EM ALTO-MAR) APLICA-SE O:
§ 2º DO ART 24 CP- Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
INEVITABILIDADE DO PERIGO
A CONDUTA LESIVA DEVE SER O ÚNICO MEIO DE SALVAR O BEM DO PERIGO; SE O CONFLITO ENTRE OS BENS PUDER SER SOLUCIONADO DE FORMA DIVERSA (PEDIDO DE SOCORRO A 3º; FUGA DO LOCAL) O FATO NÃO SE CONSIDERARÁ JUSTIFICADO; 
INEXISTÊNCIA DO DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO 
QUEM TEM DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO NÃO PODE INVOCAR ESTADO DE NECESSIDADE; BOMBEIRO, POLICIAL, ETC. 
OBS: NÃO É RAZOÁVEL O BOMBEIRO INGRESSAR EM UMA CASA TOTALMENTE EM CHAMAS PARA SALVAR ALGUM BEM VALIOSO, SENDO IMPROVÁVEL, NA SITUAÇÃO, QUE ELE SOBREVIVA, APESAR DE TODO O SEU TREINAMENTO;
CLASSIFICAÇÃO
ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO
SE O PERIGO FOI CAUSADO POR ALGUÉM, CONTRA ESTE É QUE SE DIRIGE A CONDUTA, LESIONANDO UM BEM DE SUA TITULARIDADE; UM NÁUFRAGO DISPUTA A TÁBUA DE SALVAÇÃO COM OUTRO, QUE É O RESPONSÁVEL PELO AFUNDAMENTO DO NAVIO;
O RECONHECIMENTO DO ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO AFASTA ATÉ MESMO A OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO CAUSADO PELO CRIME (A SENTENÇA PENAL QUE O RECONHECER IMPEDIRÁ EVENTUAL AÇÃO CIVIL “EX DELICTO”)
ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO
A CONDUTA DO SUJEITO QUE AGE EM NECESSIDADE SE VOLTA CONTRA OUTRA COISA, DIVERSA DAQUELA QUE ORIGINOU O PERIGO, OU CONTRA TERCEIRO INOCENTE; UM NÁUFRAGO DISPUTA A TÁBUA DE SALVAÇÃO COM OUTRO, SENDO QUE AMBOS NÃO TIVERAM NENHUMA RESPONSABILIDADE NO TOCANTE AO AFUNDAMENTO DO NAVIO;
O SUJEITO QUE AGE EM ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO DEVERÁ REPARAR O DANO CAUSADO AO TERCEIRO INOCENTE PELA SUA CONDUTA, TENDO DIREITO DE REGRESSO CONTRA O CAUSADOR DO PERIGO; 
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE
AFASTA A ILICITUDE DA CONDUTA;
ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE
EXCLUI A CULPABILIDADE DO AGENTE (NÃO FOI ADOTADO PELO CP)
ESTADO DE NECESSIDADE PRÓPRIO
SALVAR-SE-À BEM PRÓPRIO;
ESTADO DE NECESSIDADE DE TERCEIRO
SALVAR-SE-À BEM ALHEIO;
ESTADO DE NECESSIDADE REAL
CAPUT DO ART 24 CP
ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO OU IMAGINÁRIO
AFASTA O DOLO
ART. 20 CP- O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo
AFASTA A CULPABILIDADE
ART 21 CP O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
§ ÚNICO - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
LEGÍTIMA DEFESA
ART 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
SUA CONSTRUÇÃO TEÓRICA SURGIU VINCULADA AO INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA “MATAR PARA NÃO MORRER” ATRELADA AO CRIME DE HOMICÍDIO. ATUALMENTE, PERMITE-SE SEU RECONHECIMENTO COMO MEIO DE TUTELAR QUALQUER DIREITO, NÃO SOMENTE A VIDA OU A INTEGRIDADE FÍSICA.
REQUISITOS
EXISTÊNCIA DE UMA AGRESSÃOA AGRESSÃO DEVE SER HUMANA; CONTRA AGRESSÃO DE ANIMAL CABE ESTADO DE NECESSIDADE; SALVO SE ALGUÉM PROVOCAR DELIBERADAMENTE O ANIMAL, UTILIZANDO-O COMO INSTRUMENTO DO ATAQUE DE UM SER HUMANO. 
A MERA PROVOCAÇÃO NÃO DÁ ENSEJO À DEFESA LEGÍTIMA; AO REAGIR A UMA PROVOCAÇÃO POR PARTE DA VÍTIMA, O AGENTE RESPONDERÁ PELO CRIME, PODENDO SER RECONHECIDA EM SEU FAVOR UMA ATENUANTE GENÉRICA,
ART. 65 CP- São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar ou minorizar as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
OU UM PRIVILÉGIO, COMO NO CRIME DE HOMICÍDIO:
ART 121 § 1º CP Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto 1/6 a um terço 1/3.
ATUALIDADE OU IMINÊNCIA DA AGRESSÃO
REAÇÃO CONTRA AGRESSÃO PASSADA É VINGANÇA, PUNIDA, EM REGRA, DE FORMA MAIS SEVERA; SE A AGRESSÃO FOR FUTURA, O AGENTE TAMBÉM COMETE CRIME;
AGRESSÃO INJUSTA
INJUSTA É A AGRESSÃO ILÍCITA (NÃO PRECISA SER CRIMINOSA) AGRESSÕES JUSTIFICADAS NÃO INCIDEM NO INSTITUTO DA LEGÍTIMA DEFESA;
ART. 284 CPP.  Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
ART. 292 CPP.  Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
NÃO É POSSÍVEL LEGÍTIMA DEFESA DE LEGÍTIMA DEFESA, SIMULTANEAMENTE; SE UMA DAS PESSOAS SE ENCONTRA EM LEGÍTIMA DEFESA, SUA CONDUTA CONTRA A OUTRA SERÁ JUSTA (LÍCITA), E, POR CONSEQUÊNCIA, O AGRESSOR NUNCA PODERÁ AGIR SOBRE O AMPARO DA EXCLUDENTE; 
AGE EM LEGÍTIMA DEFESA QUEM SE DEFENDE DE AGRESSÃO DE INIMPUTÁVEIS (MENORES, DOENTES MENTAIS ETC), POIS, A INJUSTIÇA DA AGRESSÃO DEVE SER AFERIDA OBJETIVAMENTE (SEM COGITAR SE O AGRESSOR DETINHA CAPACIDADE DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DE SUA AGRESSÃO) 
AGRESSÃO CONTRA DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO
QUALQUER DIREITO PODE SER DEFENDIDO PELA EXCLUDENTE VIDA, LIBERDADE, HONRA, INTEGRIDADE FÍSICA, PATRIMÔNIO, ETC; PODENDO SER DIREITO PRÓPRIO (LEGÍTIMA DEFESA PRÓPRIA) OU ALHEIO (LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO)
CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO JUSTIFICANTE
(ANIMUS DEFENDENDI) É O ELEMENTO SUBJETIVO QUE CONSTITUI REQUISITO FUNDAMENTAL PARA A EXISTÊNCIA DA EXCLUDENTE “A LEGÍTIMA DEFESA DEVE SER OBJETIVAMENTE NECESSÁRIA E SUBJETIVAMENTE ORIENTADA PELA VONTADE DE DEFENDER- -SE”
USO DOS MEIOS NECESSÁRIOS PARA REPELIR A AGRESSSÃO INJUSTA
É O MEIO MENOS LESIVO QUE SE ENCONTRA À DISPOSIÇÃO DO AGENTE, PORÉM HÁBIL A REPELIR A AGRESSÃO; HAVENDO MAIS DE UM MEIO CAPAZ DE EVITAR O ATAQUE AO ALCANCE DO SUJEITO, DEVE ELE OPTAR PELO MENOS AGRESSIVO; 
USO MODERADO DOS MEIOS
O MEIO NECESSÁRIO UTILIZADO DEVE SER USADO MODERADAMENTE; TRATA-SE DA PROPORCIONALIDADE DA REAÇÃO, QUE DEVE SER AVALIADA CASO A CASO; 
EXCEDENDO-SE OS LIMITES DA DEFESA O AGENTE RESPONDERÁ PELO EXCESSO DOLOSO OU CULPOSO; 
ART 23 § ÚNICO CP O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo;
COMMODUS DISCESSUS
CONSISTE NA FUGA DO LOCAL, EVITANDO A AGRESSÃO QUE ENSEJARIA A LEGÍTIMA DEFESA; O CP NÃO EXIGE QUE A AGRESSÃO CAUSADORA DA LEGÍTIMA DEFESA SEJA INEVITÁVEL, DE MODO QUE O AGENTE NÃO ESTÁ OBRIGADO A PROCURAR UMA CÔMODA FUGA DO LOCAL, EM VEZ DE REPELIR A AGRESSÃO INJUSTA.
EXCESSO
PREDOMINA NA DOUTRINA O ENTENDIMENTO DE QUE O EXCESSO DECORRE TANTO DO EMPREGO DO MEIO DESNECESSÁRIO COMO DA FALTA DE MODERAÇÃO, HÁ DUAS FORMAS DE EXCESSO:
	INTENCIONAL OU VOLUNTÁRIO
	NÃO INTENCIONAL OU INVOLUNTÁRIO
	
O AGENTE TEM PLENA CONSCIÊNCIA DE QUE A AGRESSÃO CESSOU E, MESMO ASSIM, PROSSEGUE REAGINDO, VISANDO LESAR O BEM DO AGRESSOR; 
O AGENTE RESPONDERÁ PELO RESULTADO EXCESSIVO A TÍTULO DE DOLO “EXCESSO DOLOSO”
	
O SUJEITO, POR ERRO NA APRECIAÇÃO DA SITUAÇÃO FÁTICA, SUPÕE QUE A AGRESSÃO AINDA PERSISTE E, POR CONTA DISSO, CONTINUA REAGINDO SEM PERCEBER O EXCESSO QUE COMETE; 
SE O ERRO NO QUAL INCORREU FOR EVITÁVEL O AGENTE RESPONDERÁ PELO RESULTADO A TÍTULO DE CULPA, SE A LEI PREVIR A FORMA CULPOSA “EXCESSO CULPOSO” 
CASO, INEVITÁVEL O SUJEITO NÃO RESPONDERÁ PELO RESULTADO EXCESSIVO, AFASTANDO-SE O DOLO E A CULPA “EXCESSO EXCULPANTE” OU “LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA”
CLASSIFICAÇÃO
LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA
É A LEGÍTIMA DEFESA CONTRA LEGÍTIMA DEFESA INADMISSÍVEL SALVO SE UMA DELAS OU TODAS FOREM PUTATIVAS.
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA
É A REAÇÃO CONTRA O EXCESSO; UMA PESSOA PODE AGIR INICIALMENTE EM LEGÍTIMA DEFESA E, APÓS, INTENSIFICAR DESNECESSARIAMENTE SUA CONDUTA, PERMITIR QUE O AGRESSOR, DEFENDA- SE CONTRA ESSE EXCESSO. 
LEGÍTIMA DEFESA REAL
EXCLUI A ILICITUDE; (ART 25 CP)
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA
É A LEGITIMA DEFESA IMAGINÁRIA, TRATA-SE DE MODALIDADE DE ERRO: 
ART 20 CP - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
ART 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
PARÁGRAFO ÚNICO - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
LEGÍTIMA DEFESA PRÓPRIA
QUANDO O SUJEITO SALVA DIREITO PRÓPRIO;
LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO
QUANDO O SUJEITO SALVA DIREITO ALHEIO; 
LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA
DÁ-SE QUANDO HÁ EXCESSO EXCULPANTE (DECORRENTE DE ERRO INEVITÁVEL) O AGENTE COMETE UM TIPO DE EXCESSO JUSTIFICADO, POR NÃO PERCEBER A CESSAÇÃO DO PERIGO. 
LEGÍTIMA DEFESA COM “ABERRATIO ICTUS”
O SUJEITO, AO REPELIR A AGRESSÃO INJUSTA, POR ERRO NA EXECUÇÃO, ATINGE BEM DE PESSOA DIVERSA DA QUE O AGREDIA. A, PARA SALVAR SUA VIDA, SACA UMA ARMA DE FOGO E ATIRA EM DIREÇÃO AO SEU ALGOZ, B; NO ENTANTO, ERRA O ALVO E ACERTA C, QUE APENAS PASSAVA PELO LOCAL. A, AGIU SOB O ABRIGO DA EXCLUDENTE E DEVERÁ SER ABSOLVIDO CRIMINALMENTE; NA ESFERA CÍVEL, CONTUDO, DEVERÁ RESPONDER PELOS DANOS DECORRENTES DE SUA CONDUTA CONTRA C, TENDO DIREITO DE REGRESSO CONTRA B, SEU AGRESSOR.
OFENDÍCULOS
COMPREENDEM TODOS OS INSTRUMENTOS EMPREGADOS REGULARMENTE, DE MANEIRA PREDISPOSTA (PREVIAMENTE INSTALADA), NA DEFESA DE ALGUM BEM JURÍDICO; POSSE OU PROPRIEDADE, ETC.
	OFENDÍCULOS
	DEFESA MECÂNICA PREDISPOSTA
	CACOS DE VIDRO, PONTAS DE LANÇA;
	CERCAS ELETRIFICADAS, ARMADILHAS;
A JURISPRUDÊNCIA RECOMENDA QUE O APARATO SEJA SEMPRE VISÍVEL E INACESSÍVEL A TERCEIROS INOCENTES, NO CASO DA DEFESA MECÂNICA PREDISPOSTA É PRECISO, AINDA, ALGUMA ADVERTÊNCIA VISÍVEL