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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
AULA DE REVISÃO AV2
Tema da Apresentação
AULA DE REVISÃO AV2
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
	Marilda Iamamoto e Raul de Carvalho apresentam o referencial teórico do materialismo histórico-dialético, do marxismo, ao Serviço Social. No 1º capítulo desta obra, que é um marco na história do Serviço Social, eles apresentam uma “Proposta de Interpretação Histórico-Metodológica” sobre o modo de produção capitalista. 
	Abordar-se-á nesta aula uma explicação sobre o modo de produção capitalista e a reprodução das relações sociais; o capital como relação social, o significado do trabalho, o conceito de lucro, mais-valia. Também abordaremos o conceito de classe social, de burguesia e proletariado, e luta de classes. 
Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica
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	O fio condutor de todo o trabalho é a compreensão da profissão como instituição componente da organização da sociedade capitalista, inserida em um conjunto amplo de condições e relações sociais que lhe atribuem um significado, e nas quais ela se torna necessária.
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Algumas categorias da teoria marxista segundo Marilda Iamamoto
1)A produção capitalista é produção e reprodução das relações sociais de produção 
 
Para produzir e reproduzir os meios de vida e de produção, os homens estabelecem determinados vínculos e relações mútuas, e através de seu trabalho transformam a natureza. A forma de organização desse processo produtivo varia de acordo com as condições históricas e sociais em que ocorrem. A esse conjunto de condições e formas de organização do processo de produção chamamos de “modo de produção” (ex: escravismo, feudalismo, mercantilismo, capitalismo). 
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	A relação entre os homens na produção e na troca de suas mercadorias varia de acordo com o nível de desenvolvimento dos meios de produção. Não se faz individualmente nem isoladamente, e sim inserida num modo específico como a sociedade se organiza para sobreviver, por isso afirma-se que a produção social é historicamente determinada. 
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2) O Capital e a forma mercadoria
Denominamos de capital o conjunto de meios necessários à produção, que são apropriados privadamente pela burguesia. Ao deter os meios de produção, ela domina os trabalhadores, que só tem a sua força de trabalho para vender em troca de um salário. 
 
O capital se expressa sob a forma de mercadorias: meios de produção (matérias-primas e auxiliares, e instrumentos de trabalho), e meios de vida necessários à reprodução da força de trabalho. As mercadorias são objetos úteis, que atendem a necessidades sociais diferenciadas, as quais se atribui um valor de uso. 
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O dinheiro ou mercadoria, só se transforma efetivamente em capital quando incorpora a força de trabalho vivo, que conserva os valores das mercadorias e cria novos valores. O capital é uma soma de valor que tende a crescer, através da produção de um valor maior do que aquele que foi adiantado no início do ciclo produtivo, a mais-valia. Esta significa que se obtém mais valor de troca, ou seja tempo de trabalho excedente, trabalho não pago, apropriado pela classe capitalista.
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	A obtenção da mais-valia no processo de produção, ocorre a partir do aumento da jornada de trabalho, sem o correspondente aumento de salário. Como o trabalhador vende a sua força de trabalho como mercadoria, por não possuir os meios de produção, essa venda se dá em condição de desvantagem para o trabalhador, que recebe baixos salários, é explorado neste processo. 
	O trabalhador não recebe em função do que produz, ele recebe muito menos do que o valor que produziu para o capitalista durante um dia de trabalho. Então, o aumento das horas de trabalho sem o correspondente aumento de salário, é uma forma de obtenção da mais-valia absoluta. 
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	Outra forma de exploração capitalista para obtenção da mais valia relativa sobre o trabalhador, é a intensificação do ritmo do trabalho. Desta forma, o capitalista organiza o processo de trabalho de forma tal que obriga os trabalhadores a produzirem mais, sem alterar a jornada de trabalho e o salário.
	Essa forma de obtenção de mais-valia foi desenvolvida no taylorismo, através de um estudo minucioso dos tempos e movimentos no processo de trabalho, na implementação das linhas de produção nas indústrias, onde buscava-se aumentar de todas as formas a produtividade . 
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Além disso, a alienação do trabalhador ocorre pelo fato dele não ser mais o dono de seus meios de produção nem do produto de seu trabalho, como ocorria anteriormente com os artesãos, que ao produzirem uma bota, sabiam confeccioná-la do início ao fim, e tinham um produto final, uma mercadoria para ser vendida. Nas fábricas, o operário não produz um produto final, ele produz apenas parte de um produto, de uma mercadoria. A única coisa que ele tem como seu para vender, é sua força de trabalho, que é sempre desvalorizada pelo capitalista, que dispõe de muitos outros trabalhadores desempregados para substituir aqueles que se apresentam insatisfeitos com seus salários. A essa massa de trabalhadores sobrantes, que ajuda a manter baixos os salários, chama-se de “exército industrial de reserva”.
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3) Práxis, ser social e transformação social
O trabalho é constitutivo do ser social, mas o ser social não se reduz ou esgota no trabalho. Quanto mais se desenvolve o ser social, mais as suas objetivações transcendem o espaço ligado diretamente ao trabalho. Para explicar essa dimensão, utilizamos a categoria PRAXIS, que inclui todas as objetivações humanas. A categoria práxis revela um homem criativo e autoprodutivo. 
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	Mas da práxis não resultam apenas produtos, obras, e valores que permitem aos homens se reconhecerem como autoprodutores. Segundo NETTO, 2007, p. 43-44:
“ Deve-se distinguir entre duas formas de práxis voltadas para o controle e a exploração da natureza, e formas voltadas para influir no comportamento e na ação dos homens. No primeiro caso, que é do trabalho, o homem é sujeito e a natureza é o objeto; no segundo caso, trata-se de relações de sujeito a sujeito, daquelas formas de práxis em que o homem atua sobre si mesmo, como na práxis educativa e na práxis política ;
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É na relação capital x trabalho que encontramos o cerne da exploração capitalista, do antagonismo das duas classes sociais fundamentais: a burguesia, detentora do capital e dos meios de produção, e a classe trabalhadora, detentora da força de trabalho, essencial para a criação de riquezas para o capitalista. Uma não vive sem a outra, porém, as condições em que se relacionam são condições desiguais.
Na lógica liberal, trata-se de uma relação justa entre livres proprietários de mercadorias equivalentes, que estabelecem as condições de suas trocas: em troca de sua mercadoria, o trabalhador recebe a título de salário, uma parte do que produziu, cujo valor é necessário para a sua conservação e reprodução. O capitalista oferece-lhe os meios de produção e o salário, para que produza as mercadorias. 
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Marx vai denunciar que essa relação é uma relação desigual, marcada por injustiças e exploração na qual o interesse da burguesia é na obtenção cada vez maior de lucros e riquezas, às custas da exploração da classe trabalhador, que não tem uma renumeração digna, capaz de garantir a manutenção de todas as suas necessidades básicas e de sua família. O que ele recebe não é proporcional à riqueza que produz. 
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Marx vai buscar contribuir no processo de conscientização dos trabalhadores para que descubram o seu potencial enquanto parte fundamental no processo de produção, sem o qual o capitalista não tem como garantir a produção de suas mercadorias. Visando a superação da alienação política dos trabalhadores, vai estimular a organização sindical e política da classe trabalhadora, de modo a que esta construa um novo projeto político-econômico de sociedade, não baseada na exploração de uma classe sobre a outra, e sim no protagonismo da classe trabalhadora: a sociedade comunista. Neste sentido, propõe que seja realizada através de uma revolução, a eliminação da sociedade capitalista, para se criar uma nova sociedade, sem classe dominante e sem classe dominada, que não vise a acumulação do lucro, e sim a sua distribuição para todos. 
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A análise marxista sobre a sociedade capitalista revela que ela trás em si o germe da sua contradição e do seu esgotamento. Ao levar ao máximo as condições de exploração da classe trabalhadora, aumentando a pobreza em escalas cada vez mais ampliadas, ele produz a possibilidade de convulsão social, a partir da impossibilidade expressa da justiça, da ordem e do equilíbrio, quando se chega a situações extremas de miséria e exploração, o que pode levar a uma crise do modo de produção capitalista, o que já ocorreu mais de uma vez na história da humanidade. 
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	É nas sequelas da exploração do modo de produção capitalista, que o Serviço Social é chamado a atuar, seja na mediação com os trabalhadores inseridos no processo produtivo, seja com os excluídos desse processo. Ele pode atuar no sentido de ajudar a manter a alienação e exploração dos trabalhadores pela burguesia, ou atuar no sentido de desenvolver sua consciência crítica enquanto classe social, enquanto sujeitos políticos, capazes de lutar por seus dirteitos e por transformações sociais. 
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Entretanto, não podemos esquecer que o assistente social, também se constitui enquanto classe trabalhadora, que vende a sua força de trabalho no mercado, submetendo-se aos mesmos processos de exploração e alienação, inclusão e exclusão do mercado de trabalho. Sua práxis profissional será condicionada pelo grau de conhecimentos teóricos, éticos e políticos que ele obteve ao longo de sua experiência de classe social e enquanto profissional. 
A profissão de Serviço Social tem nos dias atuais um projeto ético-político, no qual assume seu compromisso com a classe trabalhadora, com a democracia, que está expresso no Código de Ética Profissional. Esta deve ser a direção da prática profissional. 
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Aula 07: As contribuições de José Paulo Netto para a análise do Movimento de Reconceituação do Serviço Social brasileiro 
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O GOLPE DE 1964 E O SIGNIFICADO DA AUTOCRACIA BURGUESA NO BRASIL 
A emergência da ditadura brasileira transcendia largamente as fronteiras do país, inscrevendo-se num cenário internacional, em que uma sucessão de golpes de Estado constituía-se numa moldura para uma substancial alteração na divisão internacional capitalista, sob a hegemonia norte-americana, patrocinando uma contra-revolução preventiva em escala planetária, com as seguintes finalidades: 
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Adequar os padrões de desenvolvimento nacionais e de grupos de países ao novo quadro do inter-relacionamento econômico capitalista, marcado por uma internacionalização do capital; 
b) Golpear e imobilizar os movimentos revolucionários que resistiam a esta reinserção mais subalterna no sistema capitalista;
 
c) Dinamizar em todos os continentes as tendências que podiam ser facilitadoras da contra - revolução e do socialismo. 
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Os resultados da contra-revolução preventiva triunfaram a partir da segunda metade da década de 60: 
 afirmação de um padrão de desenvolvimento econômico associado subalternamente aos interesses imperialistas ( norte-americanos), uma integração mais dependente ao sistema capitalista; 
 a articulação de estruturas políticas garantidoras da exclusão dos protagonistas comprometidos com o projetos nacional-populares e democráticos; 
 um discurso oficial com uma prática policial-militar anti-comunista. 
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Analisando o período ditatorial, José Paulo identifica esse período como sendo o de “modernização conservadora” promovida pelo Estado, cujas linhas-mestras foram: 
- benesses ao capital estrangeiro e aos grandes grupos nativos; 
- concentração e centralização em todos os níveis, com repertório operativo normativo acionado por conselhos e coletivos diretamente atrelados ao grande capital; 
- a internacionalização e a territorialização do imperialismo; 
- uma concentração tal da propriedade e da renda que engendrou uma oligarquia financeira. 
- um padrão de industrialização na retaguarda tecnológica e voltado para fomentar e atender demandas elitizadas no mercado interno e direcionado para o exterior. 
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- a constituição de uma estrutura de classes fortemente polarizada, apesar de muito complexa; 
- um processo de pauperização relativa sem precedentes no mundo contemporâneo; 
- a acentuação vigorosa da concentração geopolítica das riquezas sociais, aprofundando brutais desigualdades regionais; 
- a cristalização de uma estrutura estatal-burocrática e administrativa para gerir este modelo, com um referencial político-ideológico específico, aquele cuja matriz foi a doutrina de segurança nacional. 
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Nas condições brasileiras, a supressão da democracia política haveria de responder por um lado à necessidade de reverter o processo de democratização que estava em curso no país antes de 64, e neutralizar seus protagonistas, e por outro, atender às exigências de adequar ou criar as instâncias estatais e os dispositivos institucionais requeridos pelas novas circunstâncias, que demarcavam aquele padrão de
desenvolvimento. 
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a) de abril de 1964 a dezembro de 1968, cobrindo o governo Castelo Branco e parte do governo Costa e Silva, cuja tarefa inicial foi depor o governo de João Goulart e reprimir o movimento operário e camponês, e as forças populares de esquerda. 
O ciclo autocrático burguês se desenvolveu em três períodos: 
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b) De dezembro de 1968 a 1974, envolvendo basicamente o fim do governo Costa e Silva, o governo da Junta Militar e todo o governo Médici. Esta nova fase é marcada pelo Ato institucional nº 5. Se entre 1964 e 1968 a ditadura assumiu o Estado numa ditadura reacionária, com discurso contraditório fazendo alusões à democracia, a nova fase caracteriza-se por um regime político de características fascistas, de componente mais reacionário do pacto contra-revolucionário, que corporifica os interesses do grande capital monopolista imperialista e nativo. 
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c ) de 1974 a 1979, o período Geisel e Figueiredo. O objetivo incial foi uma liberalização controlada e limitada, numa combinação estável de formas parlamentares limitadas com mecanismos decisórios ditatoriais, através do enquadramento do vasto aparelho policial-militar repressivo, impedindo seu acionamento por segmentos corporativos localizados (facções do partido militar), subordinando-o a um comando único e inquestionável, e por outro lado, aniquilar todas as forças político-organizativas que poderiam se insurgir no processo de manutenção da ordem estabelecida, como a reinserção política da classe operária a partir das greves do ABC paulista. 
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Em seu último momento evolutivo, a autocracia burguesa é obrigada a combinar concessões e gestos tendentes à negociação com medidas repressivas. Por força da ação do movimento operário e popular, que passa à ofensiva, deslocam-se do bloco de sustentação do regime, até setores monopolistas. Em todo o ciclo autocrático-burguês, o referencial político ideológico da Doutrina de Segurança Nacional foi o parâmetro recorrente, criado pela, para e na autocracia burguesa, tornando esse Estado incompatível com um processo de democratização. 
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No campo da oposição democrática não se criaram núcleos sólidos capazes de apresentar uma proposta social e politica viáveis, aptas a transcender os quadros da ordem burguesa. Não é por acaso que a crise da ditadura alonga-se por mais de uma década, e configurou um processo de transição singular e atípico: uma situação política democrática nos primeiros anos da década de 80, coexistindo com um aparato estatal inteiramente incompatível com sua manutenção, ampliação e consolidação, gerando um impasse entre estado e regime político. 
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 A RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL SOB A AUTOCRACIA BURGUESA 
Do ponto de vista profissional, durante a ditadura, alteram-se muitas demandas práticas e sua inserção nas estruturas organizacionais e institucionais, que alteram as condições do exercício profissional, a reprodução da categoria profissional. A formação de seus quadros técnicos viu-se profundamente redimensionada, bem como os padrões de organização da categoria, seus referenciais teórico-culturais e ideológicos sofreram alterações significativas. 
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Até o final da década de 60, e entrando pelos anos 70, no discurso e na ação governamental há um claro componente de validação e reforço do que caracterizamos como Serviço Social tradicional, entendido como prática empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada dos profissionais, parametrada por uma ética liberal-burguesa, e cuja teleologia consiste na correção de resultados psicossociais considerados negativos ou indesejáveis à ordenação capitalista. 
O desenvolvimento das forças produtivas na moldura sociopolítica saturou o espaço social brasileiro com todas as expressões da questão social aumentadas, e com a sua administração crescentemente centralizada pelas políticas sociais do Estado ditatorial. 
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Mas o mercado nacional de trabalho para os assistentes sociais foi dinamizado nos anos sessenta pelas médias e grandes empresas monopolistas e estatais. Os anos do milagre econômico ampliam as oportunidades de trabalho para o Serviço Social de Empresa, não apenas em razão do crescimento industrial, mas também pelo pano de fundo sociopolítico, mas determinado também pelo pano de fundo sociopolítico em que ele ocorre e instaura necessidades peculiares de vigilância e controle da força de trabalho no território da produção. 
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Com efeito, data daí a inserção do Serviço Social no espaço universitário. Trata-se da efetiva incorporação da formação profissional pela universidade, introduzindo os cursos na academia e subvertendo as condições de ensino. As escolas isoladas mantidas por organizações confessionais ou leigas convertem-se em pouco tempo em unidades de complexos universitários. Em um breve período de tempo, a formação profissional viu-se penetrada pelas exigências e condicionalismos decorrentes quer da refuncionalização global da universidade pelo regime autocrático burguês, onde ocorre a interação com as disciplinas vinculadas às ciências sociais, recebendo as influências da Sociologia, da Psicologia Social e da Antropologia. 
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O PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
Já na segunda metade dos anos setenta, em visível relação com a consolidação do mercado de trabalho e a cristalização da condição de assalariamento do profissional, emergem formas de organização da categoria que transcendem os moldes tradicionais: o Conselho Federal de Assistentes Sociais – CFAS e seus Conselhos Regionais- CRAS. Nos anos oitenta verifica-se a revitalização de inúmeros sindicatos e a criação da Associação Nacional de Assistentes Sociais- ANAS de 1983, que vem no desdobramento da Comissão Executiva Nacional das Entidades Sindicais de Assistentes sociais – CENEAS, articulada em 1979. 
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TRAÇOS DO PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
A renovação implica na construção de um pluralismo profissional, fundado em procedimentos diferentes, que embasam a legitimação prática e a validação teórica, bem como as matrizes teóricas a que elas se prendem. 
As mobilizações e os conflitos no interior deste movimento, foram capazes de provocar em segmentos significativos da categoria profissional, deslocamentos político-ideológicos que tiveram implicações técnico-profissionais. 
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	Outro traço constitutivo do processo de renovação foi o grau de abrangência das discussões teóricas e as formas organizativas de que elas passam a valer-se, que apresentam uma complexidade desconhecida anteriormente. De um lado, procura-se dar fundamento sistemático a todos os componentes do processo profissional, com base nas análises e diagnoses,
passando pelos passos interventivos, às variáveis sociais que interferem na ação profissional. De outro, recorre-se a um diversificado elenco de fontes teóricas e ideo-culturais para operar aquela fundamentação. 
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Um dos traços mais marcantes dessas elaborações foi a ênfase na análise crítica do próprio Serviço Social: a profissão mesma se põe como objeto de pesquisa, num aprofundamento teórico antes desconhecido. 
	Para José Paulo Netto, são quatro os aspectos que sinalizam os nós mais decisivos do processo de renovação do Serviço Social: 
a) a instauração do pluralismo teórico, ideológico e político no marco profissional, deslocando uma sólida tradição de monolitismo ideal; 
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b) a crescente diferenciação das concepções profissionais ( natureza, funções, objeto, objetivos e práticas do Serviço Social), derivada do recurso diversificado a matrizes teórico-metodológicas alternativas, rompendo com o viés de que a profissionalização implicaria numa homogeneidade de visões e práticas; 
c) A sintonia da polêmica teórico-metodológica profissional com as discussões em curso no conjunto das ciências sociais, inserindo o Serviço Social na interlocução acadêmica e cultural contemporânea como protagonista que tenta cortar com a subalternidade intelectual posta por funções meramente executivas. 
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É neste processo que o Serviço Social é reconhecido como área de investigação e produção de conhecimento a ser estimulada no âmbito da comunidade científica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPQ.
d) A constituição de um segmento de vanguarda, inseridos na vida acadêmica, voltados para a investigação e a pesquisa. 
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	A renovação do Serviço Social aparece sob todos os aspectos como avanço, mesmo nas vertentes em que as concepções herdadas do passado não são essencialmente colocadas em pauta. Registra-se uma articulação que lhes confere uma arquitetura que procura oferecer mais consistência à ordenação de seus componentes internos.
 
	São elementos determinantes para detectar a erosão do Serviço Social tradicional: 
- o reconhecimento de que a profissão, ou se sintoniza com as solicitações de uma sociedade em mudança e em crescimento, ou se arrisca a ver seu exercício relegado a um segundo plano; 
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levanta-se a necessidade de aperfeiçoar o aparelhamento conceitual do Serviço Social e de elevar o padrão técnico, científico e cultural de profissionais desse campo de atividades, com o reconhecimento da insuficiência da formação profissional;
- a reivindicação de funções não apenas executivas na 
programação e implementação de projetos de desenvolvimento.
 
- o amadurecimento de setores da categoria profissional, na sua relação com outros protagonistas ( equipes multiprofissionais, grupos da população politicamente organizados, núcleos administrativos e políticos do estado). 
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o desgarramento de segmentos da Igreja católica em face de seu conservantismo tradicional e a emersão de católicos progressistas, e mesmo de uma esquerda católica, com ativa militância cívica e política.
a expansão do movimento estudantil, que faz seu ingresso nas escolas de Serviço Social. 
- o referencial próprio de parte significativa das ciências sociais do período, influenciadas por dimensões críticas e nacional-populares. 
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AS DIREÇÕES DA RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
É importante ressaltar que é no movimento de Reconceituação e seus desdobramentos, que se definem de forma mais clara e se confrontam diversas tendências voltadas à fundamentação teórico metodológica do Serviço Social. 
A vertente Modernizadora - caracterizada pela incorporação de abordagens funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas ( matriz positivista), voltadas a uma modernização conservadora e à melhoria do sistema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração da sociedade
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A vertente da Reatualização do Conservadorismo 
	Perspectiva assumida por profissionais que resistem ao processo de laicização da profissão, e que repudia a visão positivista trazida pela perspectiva modernizadora, e a influência do pensamento crítico dialético. É nos marcos desses seminários do Sumaré e do Alto da Boa Vista, que se constitui a formulação da reatualização do conservadorismo, expressa na tese de Anna Augusta de Almeida(1978). 
A Vertente de Intenção de Ruptura
Esquematicamente é possível apontar no processo de construção da perspectiva de intenção de ruptura três momentos diferenciados: o da sua emersão, o da sua consolidação acadêmica, e do seu espraiamento sobre a categoria profissional. 
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Aula 08: A fase do espraiamento da perspectiva de Intenção de Ruptura
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O CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO-POLÍTICO DO PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS NA DÉCADA DE 80
	 O processo de democratização iniciado no final da década de 70, se inscreve num cenário onde verifica-se uma crise econômica e política. A crise econômica em relação ao modelo desenvolvimentista conduzido pelo regime militar, sofre impactos do movimento da economia mundial, num período de profundas transformações. 
	A crise política refere-se ao Estado “Autocrático Burguês” , questionado em sua legitimidade e eficácia, já que o “milagre do desenvolvimento” não trouxe frutos para todos os trabalhadores, que foram responsáveis por aumentar em grande escala a produção de riquezas no país. Também passa a ser questionado pelo cerceamento das liberdades civis, políticas e dos meios de comunicação social. 
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No Brasil, o Estado ditatorial, chamado por José Paulo Netto de “Autocracia Burguesa”, promoveu um ponderável desenvolvimento das forças produtivas, realizando de fato a “industrialização pesada”, com a imposição de um “modelo econômico”, entre 1969 e 1974. Este período, configurou o chamado “milagre brasileiro da era desenvolvimentista”, tendo por base o endividamento externo, a superexploração da classe trabalhadora, cujas resultantes são:
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inserção subordinada e dependente do país, em uma nova divisão internacional do trabalho;
ampliação e consolidação de um considerável parque industrial;
criação de um sistema bancário-financeiro monopólico;
- constituição de uma oligarquia financeira; 
redimensionamento da agropecuária voltada para a exportação;
- agravamento dos desequilíbrios regionais;
- crescimento urbano caótico;
- brutal concentração de renda e da propriedade . 
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Do ponto de vista político-ideológico,
verifica-se também o surgimento de uma oposição liberal ao autoritarismo do Estado e à sua predominância na economia. 
Segundo Herbert de Souza surgem nesse período duas vertentes de oposição ao regime ditatorial:
 uma vertente democrática popular, que reúne o movimento das organizações sindicais de todos os setores da classe trabalhadora; e
 uma vertente democrática liberal, composta por segmentos da pequena e média burguesia, que questionam o autoritarismo do regime. 
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Para ele, as razões para o surgimento da vertente democrática liberal de oposição ao regime militar podem ser reunidas em três grandes blocos:
“a) razões ideológicas: a percepção de que os objetivos do Golpe de 64 foram negados pelo Estado de Segurança Nacional;
 b) razões econômicas: passada a fase do milagre e revelado o caráter centralizador e excludente do desenvolvimento internacionalizado, setores importantes da burguesia nacional e transnacional passaram para a oposição, reivindicando o restabelecimento do liberalismo nos planos econômico e político; 
 c) razões políticas: a marginalização de líderes políticos civis e militares – muitos deles artífices do Golpe de 64, ocasiona uma reação de desapoio ao bloco no poder. Seu objetivo é restaurar o processo liberal de participação política, onde o consenso prevaleça sobre a repressão. (...)
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Assim, o debate no âmbito do Serviço Social no final da década de 70 e início dos anos 80, com base no novo referencial teórico marxista, apontava para a um novo posicionamento político: atuar em prol da classe trabalhadora, dos movimentos sociais. Isso significava rever seu clássico papel de colaborador com a classe dominante na exploração e dominação política e ideológica da classe trabalhadora. 
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O III Congresso Brasileiro de Serviço Social, “ O Congresso da Virada”
São diversos os eventos da categoria que antecedem e preparam o debate que se dará de forma inovadora no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais. O CELATS exerceu um papel fundamental junto à categoria, tendo priorizado a articulação e o fortalecimento de organizações sindicais de assistentes sociais no Brasil, na gestão de Leila Lima Santos como diretora executiva. Financiou no período de 1978 a 1979 três encontros nacionais.
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O III CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTENTES SOCIAIS
A temática central do III CBAS, realizado em São Paulo, em setembro de 1979, foi organizado pelo Conselho Federal de Assistentes Sociais- CFAS, e pelo Conselho Regional de Assistentes Sociais - CRAS de São Paulo. A programação proposta inicialmente pelos organizadores para o III Congresso foi questionada por representantes da CENEAS- Comissão Executiva Nacional de Entidades Sindicais de Assistentes Sociais, que apresentaram em documento as seguintes críticas:
“. O caráter antidemocrático da organização, que não desencadeou nenhum processo de discussão com a categoria;
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Neste sentido, é que o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais é considerado emblemático, pois nele ocorre a manifestação explícita da categoria contra a ordem ditatorial, e o compromisso com a classe trabalhadora. O III Congresso quebrou o monopólio conservador nas instâncias e fóruns da categoria profissional, e trouxe para a cena política os componentes democráticos até então reprimidos na categoria profissional, rompendo com o monopólio do conservadorismo no Serviço Social.
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 A HEGEMONIA DO MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO
A década de 80 e as lutas pela redemocratização do país
O período de transição democrática, que se dá entre os anos de 1979 a 1985, é marcado por várias medidas de desmonte gradativo dos mecanismos de exceção e restrições políticas impostas pela ditadura. O país é governado pelo general João Baptista Figueiredo, responsável por conduzir esse processo, garantindo um clima de ordem e afastando as ameaças mais radiciais.
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Esse processo foi inédito e mobilizou amplos segmentos da sociedade: intelectuais, movimento estudantil, partidos políticos, igrejas, associações de moradores, e suscita um debate nacional, sobre os conceitos de participação popular na política e cidadania. Como resultado da Assembleia Constituinte, na Constituição Federal de 1988 foram incluídos vários direitos sociais e novas políticas sociais, aumentando consideravelmente os mecanismos que garantem a participação da sociedade civil, e a responsabilização do Estado pela garantia desses direitos para a população. 
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O Serviço Social e o novo projeto ético-político 
Na conjuntura da Nova República, as demandas postas ao Serviço Social foram contraditórias. Por parte do Estado, a demanda foi para o desenvolvimento de estudos de viabilidade de solicitações e administração de convênios, prestação de atendimentos individualizados e controle da participação popular via instituições e programas. 
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Aula 09: A hegemonia do materialismo histórico-dialético no Serviço Social brasileiro
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Estudando a literatura produzida durante o Movimento de Reconceituação, é possível identificar três eixos centrais no projeto de Intenção de Ruptura com o Conservadorismo:
Desvelamento da dimensão político-ideológica da prática profissional, situando o Serviço Social como participante do processo de reprodução de interesses contraditórios na sociedade, implicando desmistificar a pretensa neutralidade da profissão.
Possibilidade do estabelecimento de um vínculo do profissional com as classes populares, como decorrência da própria dimensão política da profissão
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Perspectiva de transformação social como horizonte da prática, apontada de modo articulado com a possibilidade do estabelecimento do vínculo orgânico do profissional com as classes populares, opondo o Projeto profissional de Ruptura ao Serviço Social “tradicional”, de caráter reiterativo.
A partir das teses centrais do Movimento de Reconceituação, os autores entendem que novas exigências teórico-metodológicas são postas à profissão:
- Crítica aos postulados liberais de ação e aos princípios positivistas do conhecimento;
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 Estudo das condições gerais do capitalismo e da formação socioeconômica brasileira, para a compreensão da realidade histórico-estrutural da dinâmica de classes e do contexto institucional onde o Serviço social atua.
Necessidade da superação da dicotomia teoria-prática;
Produção do conhecimento como campo de competência profissional.”
 Privilegiamento do método dialético e do marxismo como vertente teórica, mesmo sem as devidas fundamentações e sem muita clareza ou compreensão profunda do método e da matriz marxista
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As autoras sintetizam os elementos desse processo nos seguintes termos:
- busca da ruptura com o conservadorismo
- avanço da produção de conhecimentos
- debate sobre a formação profissional
- apreensão crítica dos processos históricos como totalidade 
- investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos
- apreensão do significado social da profissão
- apreensão das demandas consolidadas e emergentes
- o exercício profissional orientado pelas competências e atribuições previstas na Lei de Regulamentação da Profissão ( Lei nº 8.662 - 1993) e pelo Código de Ética Profissional.” ( Revista Serviço Social e Sociedade nº 100, 2009, p. 636) .
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A base teórica que dá suporte ao Projeto Ético Político é a Teoria Social crítica, fundamentada na tradição marxista, tendo como princípios fundamentais: a liberdade, a democracia, a defesa intransigente dos direitos humanos, a luta pela construção de uma nova ordem social, sem exploração e dominação de uma classe sobre as outras, sem discriminações de religião, raça, gênero, etnia, geração. Todos esses elementos são expressos no novo Código de Ética, elaborado em 1993 e publicado em 1996, colocando o debate sobre a ética profissional numa perspectiva macrossocial, e não apenas comportamental e normatizadora. 
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Na constituição do Projeto Ético-Político, destacam-se a importância político organizativa da profissão: 
o Código de Ética de 1993, 
a Lei de Regulamentação da Profissão, nº 8662 de 1993,
 Diretrizes curriculares aprovadas pelo MEC em 1996
 Constituição Federal de 1988, 
 Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA, em 1990; 
a Lei Orgânica da Saúde- LOS, em 1990;
 a Lei Orgânica da Assistência Social –LOAS, em 1993.
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Um outro componente do projeto ético-político foram as Diretrizes Curriculares para a formação profissional. No período de 1993 a 1996, um amplo movimento nas unidades de ensino, envolvendo professores, estudantes, supervisores de estágio, visando uma atualização do currículo aprovado em 1982, visando superar suas fragilidades e limitações. Um dos aspectos a serem enfrentados era a necessidade de uma aproximação maior da academia com a realidade concreta, considerando as transformações vivenciadas na sociedade, as diversas expressões da questão social, identificando suas dimensões, evitando as posturas teoricistas, desvinculadas da realidade; o militantismo, que esquece o referencial teórico-metodológico da profissão; e o tecnicismo, que abandona o posicionamento ético-político frente à realidade. 
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 A nova proposta propõe a organização do currículo em três núcleos:
- o ser social
- a sociedade brasileira
o trabalho profissional
A decisão sobre os encaminhamentos da revisão do currículo é deliberada na XXVIII Convenção Nacional da ABESS, ocorrida em Londrina, em 1993. E em 1995, o documento oficial contendo a proposta para o Projeto de Formação foi apresentado na Convenção Nacional da ABESS, em Recife. Mas a proposta final só foi aprovada na Assembleia Geral da ABESS e do CEDEPSS, realizada no Rio de Janeiro, em 2006. 
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AULA 10: BALANÇO CRÍTICO SOBRE A VERTENTE DE INTENÇÃO DE RUPTURA E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. 
 
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 BALANÇO CRÍTICO SOBRE A VERTENTE DE INTENÇÃO DE RUPTURA E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. 
 
BALANÇO CRÍTICO SOBRE A VERTENTE DE INTENÇÃO DE RUPTURA 
As transformações societárias, reconfigurando as necessidades sociais dadas e criando novas (Heller, 1978), ao metamorfosear a produção e reprodução da sociedade, atingem a divisão sócio-técnica do trabalho, envolvendo modificações no referencial teórico, nas metodologias e nos objetos da produção de conhecimentos, nas propostas de formação profissional em sincronia com as demandas postas à profissão, na articulação e desarticulação do aparato legal e institucional que dá sustentação e legitimidade às práticas profissionais. 
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Segundo Netto, é no marco da Reconceituação que pela primeira vez, de forma aberta, o Serviço Social vai recorrer à tradição marxista, valendo-se de manuais de divulgação de qualidade muito discutível, por vezes com versões deformadas pelo neopositivismo. A partir daí, mesmo com alguns equívocos, foi possível uma aproximação com a tradição marxista, que marca um dado da modernidade profissional. 
O ecletismo das elaborações reconceitualizadas é mais um dos traços presentes em autores que assumiram um certo protagonismo naquele período, tais como Leila Lima, 1975.
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Três circunstâncias marcam o caráter eclético das formulações propostas:
. A recusa à importação de teorias, como resposta num primeiro momento, ao hegemonismo do Serviço Social norte-americano, levou a uma postura de relativização da universalidade teórica. 
. O confucionismo ideológico que procurou sintetizar as inquietudes da esquerda cristã e as novas gerações revolucionárias não ortodoxas e não tradicionais sobre a base teórica do marxismo mais dogmático.
. O reducionismo próprio ao ativismo político, que obscureceu as fronteiras entre a profissão e o militantismo, com a consequente minimização da função da teoria 
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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. 
As transformações societárias, reconfiguram as necessidades sociais existentes e criam novas necessidades, que repercutem nos meios de produção e reprodução da sociedade, e na divisão sócio-técnica do trabalho, envolvendo modificações em todos os seus níveis ( parâmetros de conhecimento, modalidades de formação e de práticas, sistemas institucional-organizacionais, etc). 
No mundo contemporâneo as profissões são marcadas por diversidade de concepções, tensões e confrontos internos. Elas não podem ser tomadas apenas como resultado dos processos sociais macrossociais, devem também ser tratadas cada qual como corpus teórico e práticos que, condensando projetos sociais, articulam respostas aos processos sociais. 
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O “capitalismo tardio”, transitando para um modelo de acumulação flexível, reestrutura radicalmente o mercado de trabalho, altera a relação entre incluídos e excluídos, introduz novas modalidades de contratação, cria novas estratificações e novas discriminações entre os que trabalham (de sexo, idade, etnia). 
No nível social, o que se verifica é que a estrutura de classes vem sofrendo profundas modificações, com o desaparecimento de antigas classes sociais, como é o caso do campesinato. A classe operária que fixou sua identidade classista (sindical e política) transforma-se rapidamente, afetada por diferenciações, perde sua grandeza estatística. 
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O que se registra são mutações, que Antunes(1995) chama de metamorfoses no mundo
do trabalho. O proletariado perde a centralidade objetiva que exercia na fase anterior do capitalismo
A PÓS-MODERNIDADE 
O fim da era da “Modernidade”, orientada pelas propostas do Iluminismo, pode ser identificado a partir da construção de novos referenciais teóricos, que inauguram uma nova era, com novas concepções e fundamentos “ a Pós Modernidade”. 
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As atividades econômicas em escala planetária, das corporações monopolistas, extrapola os controles estatais, tornando limitada a intervenção estatal e a soberania dos Estados nacionais. A desqualificação do Estado tem sido a idéia que move a proposta de privatizações difundida pela ideologia neoliberal. Desenvolve-se hoje uma cultura política anti-Estado, visando a liquidação dos direitos sociais, do patrimônio e do fundo público, com desregulação; a transferência para a sociedade civil, a título de iniciativa autônoma, de responsabilidades anteriormente do Estado; minimização de lutas democráticas dirigidas a afetar instituições estatais.
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Consequências para os trabalhadores:
- desemprego- em meados dos anos 90, chegou-se a 40 milhões de desempregados;
- redução de salários, com aviltamento das condições de vida;
- um forte ataque aos sistemas públicos de seguridade social;
- pauperização absoluta e relativa para a maioria esmagadora da população do planeta;
- crescente alargamento da distância entre o mundo rico e o pobre;
- a ascensão do racismo e da xenofobia;
- a crise ecológica do globo;
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PERSPECTIVAS IMEDIATAS, MERCADO DE TRABALHO E TENDÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO
Ao longo da década de 80 e na entrada dos anos 90, o rompimento com o conservadorismo engendrou uma cultura profissional repleta de diversidades, mas que acabou por gestar e formular uma direção social estratégica, explicitada no Código de Ética Profissional que entra em vigência em março de 1993, tendo como valor central a liberdade, e tem como princípios fundamentais a democracia e o pluralismo, posicionando-se em favor da equidade e justiça social, da construção de uma nova ordem social, sem dominação de classe , etnia e gênero. ( CFAS, 1993:11). 
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Para Netto, o desafio atual, contemporâneo, é manter, consolidar e aprofundar a atual direção estratégica ou contê-la, modifica-la ou revertê-la. É exatamente aí que o conservadorismo e as proposições pós-modernas se dão as mãos: o combate e a crítica ao ideal de sociabilidade posto pelo programa da Modernidade jogam no sentido de desqualificar a direção social que se construiu contra o conservadorismo. Cabe lembrar que a profissão nasceu e se desenvolveu como parte do programa anti-modernidade, reagindo à secularização, à laicização, à liberdade de pensamento, à autonomia individual.
As exigências imediatas do mercado de trabalho vão refenciar o debate profissional a curto prazo por três razões principais: 
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. As prioridades dos empregadores públicos e privados de assistentes sociais tenderão a enfatizar ainda mais as resultantes prático operativas do trabalho dos profissionais; 
 
. Aos olhos dos assistentes sociais, as respostas a elas se apresentam como via preferencial para solucionar os impasses da legitimação social da profissão;
Os próprios avanços profissionais dos anos 80 impõem o enfrentamento de questões da prática, senão ao preço de se esgotarem.
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A segmentação coloca especialmente desafios instrumental-operativos diversos. Nas instituições da iniciativa privada, o que se altera mais rapidamente são as atribuições e papéis profissionais nas médias e grandes empresas: 
mediar as relações de empresas com segmentos populacionais afetados imediatamente por sua ação;
contribuir na gerência de novas parcerias entre capital e trabalho;
a administração de benefícios sociais;
- a condução de novos métodos de organização do trabalho ( círculos de controle da Qualidade, qualidade total, etc.). 
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A segmentação (especialização) no mercado de trabalho tenderá a se adensar progressivamente, com duas implicações incontornáveis:
 a) na categoria profissional, produzirá uma sensível estratificação entre os assistentes sociais ( novas escalas de conhecimento, de prestígio, de remuneração, etc.) . 
b) no campo da formação , reclamará um profundo redimensionamento das relações entre as escolas e os demais segmentos da categoria profissional. 
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Tais exigências recolocam em primeiro plano o problema da formação: será insustentável, já a curto prazo, a atual graduação com seu perfil generalista, para atender as demandas do mercado de trabalho. Neste sentido, dois encaminhamentos são possíveis: 
afunilar a graduação dirigindo a formação desde o início para especializações ( saúde, habitação, relações de trabalho e gestão de recursos humanos nas empresas, poder local, infância e adolescência, terceira idade, etc.).
2) manter o perfil generalista da graduação, institucionalizando a especialização como requisito para o 
 exercício profissional ( conforme o exemplo da residência médica.) 
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