1 Semana 01 LINDB Vigencia e eficacia das normas

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VIGÊNCIA E EFICÁCIA 
DAS NORMAS 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO - LINDB
Profª Msc Raphaela Sant´Ana Batista Toledo
Analisemos o seguinte caso concreto:
Atanagildo adquiriu um terreno onde pretendia construir uma fábrica descartáveis. Na época da 
aquisição do terreno, não havia lei regulando, limitando ou impossibilitando o exercício desta 
atividade industrial na região em que se localizava o terreno. Passado o tempo, porém, antes de 
Atanagildo iniciar qualquer construção, foi editada uma lei municipal impedindo o 
desenvolvimento de atividades industriais naquela área, por razões ambientais. Essa lei se aplica 
e o impede de construir a fábrica no terreno que adquiriu pra essa finalidade? 
 
Vigência da lei
O que é vigência?
É a particularidade de uma regra jurídica produzir efeitos durante um determinado
lapso temporal ou até que outra regra posterior a revogue.
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a 
vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada.
Vacatio Legis
O que é vacatio legis?
É o período entre a publicação de uma lei e sua entrada em vigor, período em 
que esta lei, embora publicada, ainda não está produzindo efeitos.
O prazo de vacância é obrigatório? 
CONTAGEM DO PRAZO DE VIGÊNCIA:
Inclui-se o primeiro dia (dia da publicação) e o último dia 
O prazo é contado em dias corridos, inclusive domingos e feriados
Vigência da lei
UMA LEI FOI ELABORADA, PROMULGADA E PUBLICADA.
POR NÃO CONTER DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO, ENTRARÁ
EM VIGOR 45 DIAS DEPOIS DE OFICIALMENTE PUBLICADA,
DATA QUE CAIRÁ NO DIA 18 DE ABRIL, FERIADO (SEXTA-
FEIRA DA PAIXÃO DE CRISTO); DIA 19 DE ABRIL É SÁBADO;
DIA 20 DE ABRIL É DOMINGO; DIA 21 DE ABRIL É FERIADO
(Tiradentes). ESSA LEI ENTRARÁ EM VIGOR EM
___________________.
Considere a seguinte hipótese:
Obrigatoriedade da Vacatio Legis
Só existem duas hipóteses previstas constitucionalmente de obrigatoriedade da
vacatio legis:
 lei que aumenta ou cria contribuição para a seguridade social (Art. 195, §6º,
CF/88)
 lei que cria ou aumenta tributo (Art. 150, III, CF/88)
Em três hipóteses a vigência é imediata (sem vacatio legis):
 Atos administrativos;
Obs: Ato administrativo é toda manifestação de vontade unilateral da Administração Pública que,
agindo nessa qualidade, tenha por finalidade resguardar, adquirir, modificar e extinguir direitos ou
impor obrigações.
 Emendas Constitucionais;
 Lei que cria ou altera o processo eleitoral (Obs.: Não se aplica à eleição que ocorra
até um ano da data da sua vigência – Art. 16, CF)
Vigência da lei
CLÁUSULA DE VIGÊNCIA: 
Art. 1.045, NCPC: Este Código entra em vigor após 
decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação 
oficial.
LEI CORRETIVA
 Se a lei ainda não entrou em vigor, não é
necessário nova lei para corrigi-la, bastando
a repetição da publicação.
 Se a lei já entrou e vigor, é necessário
publicar uma nova lei, chamada lei corretiva.
Princípios relativos à vigência das leis
Princípio da obrigatoriedade das leis (Art. 3º, LINDB)
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a 
lei, alegando que não a conhece.
Princípio Jura Novit Curia
Exceções (nesses casos, será necessário provar o
teor e a vigência do direito):
a) Direito Estrangeiro
b) Direito municipal
c) Direito estadual
d) Direito consuetudinário
Princípios relativos à vigência das leis
Princípio da continuidade das leis (Art. 2º, LINDB)
Art. 2o Não se destinando à vigência 
temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue.
Princípio da segurança e da estabilidade social (Art. 5º, XXXVI, CF/88 e Art.
6º, LINDB)
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada.
Ato jurídico perfeito
Art. 6º, § 1º - Reputa-se ato jurídico 
perfeito o já consumado segundo a 
lei vigente ao tempo em que se 
efetuou.
Direito adquirido
§ 2º Consideram-se adquiridos 
assim os direitos que o seu titular, ou 
alguém por êle, possa exercer, como 
aquêles cujo comêço do exercício 
tenha têrmo pré-fixo, ou condição 
pré-estabelecida inalterável, a 
arbítrio de outrem.
TERMO – evento futuro e certo
Coisa julgada
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso 
julgado a decisão judicial de que já 
não caiba recurso.
Repristinação
Art. 2º,§ 3o - Salvo disposição em 
contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência.
EFICÁCIA DAS NORMAS
VALIDADE VIGÊNCIA EFICÁCIA
 Está relacionada à
conformidade da lei ao
ordenamento.
Quer dizer que a norma
preencheu aos requisitos
formais e materiais previstos
na CF.
 Está relacionada ao
prazo em que a lei
produzirá seus efeitos
após a sua publicação.
 Está relacionada à
possibilidade de uma lei,
uma vez publicada, estar
apta a produzir todos os
seus efeitos
Perda da eficácia
Pode ser por revogação ou ineficácia
A revogação pode ser:
 Total (AB-ROGAÇÃO) ou parcial (DERROGAÇÃO)
A revogação pode ser expressa, tácita ou global:
 Revogação expressa
 Revogação tácita
 Revogação global
Revogação
Art. 1.060, NCPC - O inciso II do art. 14 da Lei no 9.289, de 4 de 
julho de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: 
(Vigência)
“Art. 14. ....................................................................
..........................................................................................
II - aquele que recorrer da sentença adiantará a outra metade 
das custas, comprovando o adiantamento no ato de interposição do 
recurso, sob pena de deserção, observado o disposto nos §§ 1o a 
7o do art. 1.007 do Código de Processo Civil;
Revogação
Art. 1.072, NCPC. Revogam-se: (Vigência)
I - o art. 22 do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937;
II - os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a 1.773 da Lei no 10.406, de 
10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
III - os arts. 2º, 3º, 4º, 6º, 7º, 11, 12 e 17 da Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950;
IV - os arts. 13 a 18, 26 a 29 e 38 da Lei no 8.038, de 28 de maio de 1990;
V - os arts. 16 a 18 da Lei no 5.478, de 25 de julho de 1968; e
VI - o art. 98, § 4o, da Lei no 12.529, de 30 de novembro de 2011.