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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS - FAL Curso de Direito Disciplina: Direito Civil I Período: 2º Prof.(a): Clarice Pereira ROTEIRO 02 O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1. A IMPORTÂNCIA DO DIREITO CIVIL • Direito Civil ______» conhecimento da filosofia jurídica de um povo_____» valor dado por ele ao casamento, aos bens, à propriedade…” • “…o Direito Civil como o ramo do Direito que disciplina» todas as relações jurídicas da pessoa, seja uma com as outras (físicas e jurídicas), envolvendo relações familiares e obrigacionais, seja com as coisas (propriedade e posse)”. 2. OBJETO DO DIREITO CIVIL Noção objetiva = “o direito civil disciplina» relações jurídicas concernentes às pessoas, aos bens e a suas relações” 3. FONTE DO DIREITO CIVIL • Fonte Material = órgão legislativo competência» formular leis de natureza civil . Art. 22,I, CF – compete privativamente à União legislar» sobre Direito Civil (Congresso Nacional) • Fonte Formal = DIRETA. Lei - A fonte primordial do Direito Civil é o Código Civil – Lei 10.406 de 2002 = INDIRETA. Doutrina e jurisprudência 4. A CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL O que é um Código? “Lei _____» disciplinar integral e isoladamente _____» parte substanciosa do direito positivo.” (PSG e RPF) Vantagens das codificações: • unificação do Direito vigente em determinado país; • permite e facilita o estudo sistematizado do Direito _____» maior estabilidade jurídica do sistema; • segurança pela previsibilidade dos efeitos jurídicos; • possibilita a conversão do direito pensado para o direito positivado. Desvantagens das codificações: • SAVIGNY: codificação impediria o desenvolvimento posterior e o curso natural da evolução jurídica. Para ele o direito deveria viver sempre pela prática e pelo costume; • a codificação atendia apenas às exigências da sociedade atual, da época em que foi elaborado. IMPORTANTE: o direito necessita de seus aplicadores para alcançar os fatos sociais. A interpretação de uma norma respeitar » os valores de época em que vive o intérprete, e, portanto, não adianta mudar as leis se a mentalidade dos aplicadores continua exatamente a mesma. 5. PROCESSO DE CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL BRASILEIRO O Código de 1916 incorporou os princípios morais vigentes no Brasil a época em que foi confeccionado: • Patriarcalismo; • sociedade colonial; • economia agrária, com a existência de duas classes • binômio = exportação de matérias-primas e gêneros alimentares e importação de produtos fabricados • predominavam os interesses dos fazendeiros e dos comerciantes; 6. ETIOLOGIA HISTÓRICA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO • 1822 = Proclamação da Independência política do Brasil (surge a idéia de codificação do direito); • Constituição Imperial de 1824, em seu art. 179, n.18 determinou que fosse elaborado um CC e um Código criminal. • 1858 = é aprovada a Consolidação das Leis Civis de Teixeira de Freitas • 1899 = Clóvis Beviláqua apresentou no fim desse ano um Projeto. Ou seja, a elaboração do projeto do CC começou ainda no séc. XIX e, portanto, não tinha como não incorporar os valores sociais da época. • 1916 = após 16 anos de debates o projeto de Clóvis Beviláqua transformou-se no Código Civil, promulgado em 1 de janeiro de 1916, e vigente a partir de 1 de janeiro de 1917. • O CC/16 ao longo dos anos foi sendo atualizado por várias leis, que provocaram a derrogação do diploma. • Exemplos: Lei do Divórcio; Lei dos Direitos Autorais; Lei do Inquilinato • O Código, posto que novo, não absorvia a problemática de seu tempo. O Código Civil de 1916 nasceu envelhecido. 7. NECESSIDADE DE REVISÃO DO CC (ou de descodificação) O contexto social, econômico e político era diverso. • Várias tentativas de revisão; • 1984 = projeto aprovado na Câmara dos Deputados; publicada no Diário do Congresso Nacional a revisão final do Projeto de Lei n. 634-B/75 que, constituindo o PL n. 118/84, recebeu inúmeras emendas por causa da CF/88; • 2001 = após 26 anos de tramitação o Projeto foi aprovado pelo Senado; • 2002 = publicado o código, revogando o CC/16. Entrada em vigor em 10.01.03. Descodificação do Direito Civil: • Esse movimento se baseia nas desvantagens da codificação, pois a mesma não é capaz de acompanhar a evolução dos fatos sociais, e que o processo legislativo de uma lei esparsa é bem mais simples do que de um código; • Não se deve “engessar” o direito em apenas um código, dado que não é possível prever todas as situações sociais; • É impossível prever normas estáticas para relações sociais e econômicas mutantes. • Portanto, é mais útil nos dias atuais os Estatutos. • Exs.: ECA, EIDO Leis esparsas (Lei do divórcio, adoção, alimentos, locação, etc.). • A dinâmica social ______» microssistemas jurídicos preenchimento» lacunas existentes no Código.
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