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Civil I Roteiro 03

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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS - FAL 
Curso de Direito 
Disciplina: Direito Civil I 
Período: 2º 
Prof.(a): Clarice Pereira 
 
ROTEIRO 03 
O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 
1. ESTRUTURA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
• O Código é dividido em duas partes, que são antecedidas pela Lei de 
Introdução as normas do Direito Brasileiro (Dec. Lei nº 4.657/42): 
• Parte Geral = CUIDA DOS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA RELAÇÃO 
JURÍDICA CIVIL: 
 Das Pessoas. 
 Dos Bens. 
 Dos Fatos Jurídicos. 
• Parte Especial = contém os seguintes livros: 
 Direito das obrigações (Arts. 233 a 965, CC) – cuida da base da vida 
econômica dos indivíduos; 
 Direito de Empresa (Arts. 966 a 1195, CC) – atividade dos empresários; 
 Direito das Coisas (Arts. 1196 a 1510, CC) – cuida da possibilidade das 
pessoas exercerem poder de afetação sobre as coisas; 
 Direito de Família (Arts. 1511 a 1783, CC) – cuida das relações dos 
indivíduos no âmbito familiar; 
 Direito das Sucessões (Arts. 1784 a 2027, CC) – cuida do fenômeno 
sucessório em razão da morte. 
• Das Disposições Finais e Transitórias (Arts. 2028 a 2046, CC) – livro 
complementar 
2. A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL 
 CC/16 – centro normativo do direito privado____» forte influência do Estado 
Liberal. 
 Patriarcalismo, desigualdade, patrimonialismo (Pilares: propriedade e contratos), 
individualismo, economia agrária, formalismo exagerado. 
 A partir dos anos 30, surge um grande número de leis extravagantes, o C. Civil perde 
o seu caráter de exclusividade na regulação das relações patrimoniais privadas. 
 Descentralização do direito privado, retirando o Código Civil do centro, fazendo com 
que o mesmo perca a soberania sobre os diplomas legais “avulsos”, ganha importância o 
Direito Constitucional. 
Constituição ____» novo centro unificador do sistema. 
 
 “A coexistência harmônica desse polissistema – Código, estatutos jurídicos e leis 
especiais – encontra um ponto lógico-formal de apoio e aplicação hermenêutica nos 
princípios e normas superiores de Direito Civil consagradas na própria Constituição 
Federal” Gustavo Tepedino. 
É, portanto, na Constituição que se encontram os mais importantes princípios 
norteadores inerentes aos institutos do direito privado. 
 Eficácia horizontal dos direitos fundamentais. 
 
 Consagração da cidadania: O cidadão indiferenciado do CC-16 é agora qualificado e 
concreto; é o consumidor, é o idoso, é a criança e o adolescente, é o deficiente. É A 
PESSOA HUMANA! ____» valorização da pessoa acima do patrimônio 
(personalização). 
 
 Os institutos do direito civil ganharam regulamentação em sede constitucional. 
Constitucionalização do Direito Civil ____» análise do direito privado com base 
nos fundamentos constitucionais. 
≠ 
Publicização do Direito privado _____» intervenção estatal no direito privado, 
mediante a legislação infraconstitucional. 
Interpretação civil-constitucional; 
 
A maneira de legislar mudou: Cláusulas gerais (abrangentes e abertas) - no lugar da 
tipificação taxativa, que facilitam o trabalho do intérprete (confere ao juiz um poder 
maior); 
 
“Cláusula geral é um texto normativo cuja hipótese fática e o conseqüente jurídico são 
indeterminados”. 
O problema da existência desses microssistemas independentes ___» fragmentação 
do sistema, permitindo a convivência de princípios às vezes até conflitantes. 
 
 Teoria do diálogo das fontes. 
 
 “De modo que, reconhecendo embora a existência dos mencionados universos 
legislativos setoriais, é de se buscar a unidade do sistema, deslocando para a tábua 
axiológica da Constituição da República o ponto de referência antes localizado no 
Código Civil” (GustavoTepedino). 
 
3. PRINCÍPIOS DE UNIDADE SISTÊMICA DO CC DE 2002 
• Socialidade: o Código deve atender ao interesse social, ou seja, o direito social 
deve prevalecer sobre o direito individual. 
• Eticidade: há cláusulas abertas à interpretação do magistrado, conferindo a este 
maior autonomia, desde que ele se alicerce na idéia de ética. 
• Operabilidade: refere-se à aplicabilidade e efetividade das normas. O CC/02 
trouxe regras que visam facilitar a aplicação das normas. 
 Para evitar que os dispositivos percam eficácia social opta-se por um sistema 
lastreado em cláusulas gerais.

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