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Competência da Justiça Militar

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Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães ± Aula 04 
 
 
Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 35 
1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL E DA UNIÃO 
 
1.1. Aspectos constitucionais 
 
O estudo da competência está relacionado à análise dos limites 
da jurisdição de cada órgão prolator. A jurisdição é competência do Estado, 
que a distribui com limites a diversos órgãos. Por essa razão, para 
iniciarmos o nosso estudo é necessário compreender o que a Constituição 
determina sobre o assunto. 
 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares 
definidos em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a 
competência da Justiça Militar. 
 
Na Justiça Militar, a lei mencionada é o Código Penal Militar. É 
possível, portanto, que a Justiça Militar da União julgue civis, e nesse 
sentido já surge a primeira diferença em relação à Justiça Militar dos 
estados, que somente goza de competência para julgar policiais militares e 
bombeiros militares, nos termos do art. 125 da Constituição. 
 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios 
estabelecidos nesta Constituição. 
[...] 
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares 
dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais 
contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando 
a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do 
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães ± Aula 04 
 
 
Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 35 
Perceba que não há diferença na natureza dos crimes militares 
no âmbito da União e dos Estados. Os mesmos crimes podem, dependendo 
do caso, ser julgados pela Justiça Militar da União ou dos Estados. 
O que deve ser compreendido aqui é que a Justiça Militar da 
União pode julgar militares e civis que pratiquem crimes militares, 
enquanto a Justiça Militar Estadual, por restrições da própria 
Constituição Federal, apenas pode julgar policiais e bombeiros militares. 
Uma segunda distinção importante diz respeito à competência 
em razão da matéria. Vimos que a Justiça Militar da União apenas tem 
competência para julgar crimes militares, enquanto a Justiça Militar 
dos Estados pode também julgar ações civis contra atos disciplinares 
militares. 
 
A Justiça Militar da União tem competência para 
julgar civis que cometam crime militar, mas a Justiça 
Militar dos estados apenas julga policiais militares e bombeiros militares. 
A Justiça Militar da União julga apenas crimes militares, mas a Justiça 
Militar dos Estados julga também ações civis contra atos 
disciplinares militares. 
 
1.2. Do Foro Militar 
 
O foro militar é especial e, exceto nos crimes dolosos contra a 
vida praticados contra civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz, nos 
crimes militares definidos em lei, as seguintes pessoas: 
a) os militares em situação de atividade; 
b) os militares da reserva, quando convocados para o serviço 
ativo; 
c) os reservistas, quando convocados ou mobilizados, em 
manobras, ou no desempenho de funções militares; 
d) os oficiais e praças das Polícias e Corpos de Bombeiros 
Militares, quando incorporados às Forças Armadas; 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães ± Aula 04 
 
 
Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 35 
e) aos militares da reserva remunerada e os reformados que 
cometam crimes militares definidos em lei; 
f) os civis que cometam crimes militares definidos em lei 
(somente na Justiça Militar da União). 
 
O foro militar em tempo de guerra poderá, por lei especial, 
abranger outros casos além desses, desde que tenham previsão legal 
anterior, respeitando o princípio da legalidade e da vedação do julgamento 
por tribunal de exceção, ou seja, a previsão tem que ser anterior ao fato. 
Uma regra importante é a estabelecida pelo §2° do art. 82: 
³1RV�FULPHV�GRORVRV�FRQWUD�D�YLGD��SUDWLFDGRV�FRQWUD�FLYLO��D�-XVWLoD�0LOLWDU�
encaminhará os autos do inquériWR� SROLFLDO� PLOLWDU� j� MXVWLoD� FRPXP´�� $�
Justiça Militar não tem competência para julgar crimes dolosos contra a 
vida cometidos contra civis, mesmo quando o acusado for militar. 
 
Os crimes dolosos contra a vida cuja vítima é civil 
são de competência da Justiça comum, mesmo quando 
o criminoso é militar. 
 
1.3. Da Competência em Geral 
 
A regra geral é a de que a competência seja determinada pelo 
lugar da infração. 
Lembre-se de que, com relação ao lugar do crime, o legislador 
penal militar adota a teoria mista (art. 6° do CPM). 
 
LUGAR DO CRIME 
- Para os crimes comissivos, o CPM adota a teoria da ubiquidade; 
- Para os crimes omissivos aplica-se a teoria da atividade, devendo o 
lugar do crime ser considerado aquele em que deveria ser realizada a ação 
omitida. 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães ± Aula 04 
 
 
Prof. Paulo Guimarães www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 35 
Perceba, portanto, que o critério do lugar da infração não 
resolve o problema da competência, pois o legislador adota, pelo menos 
para os crimes comissivos, a teoria da ubiquidade, sendo considerado lugar 
do crime tanto aquele em que se desenvolveu a atividade, quanto aquele 
em que ocorreu o resultado. 
Vejamos, portanto, o que o CPPM determina sobre o assunto: 
 
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Art. 85. A competência do foro militar será determinada: 
I ± de modo geral: 
a) pelo lugar da infração; 
b) pela residência ou domicílio do acusado; 
c) pela prevenção; 
II ± de modo especial, pela sede do lugar de serviço. 
 
A competência, de modo geral, é determinada por três 
critérios: 
Parece que o legislador teve a intenção de mencionar 
residência e domicílio como sinônimos. Os civilistas, entretanto, 
diferenciam os dois, sendo o domicílio definido como o local de residência 
com ânimo definitivo. 
O Código Civil determina, ainda, em seu art. 76, que o militar 
tem domicílio necessário: o local onde serve, e, no caso do militar da 
Marinha ou Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar 
imediatamente subordinado. 
O critério da prevenção é aplicado quando há mais de uma 
Auditoria Militar com competência para julgar a ação penal. Nesse caso, o 
órgão que primeiro conhecer da ação será o responsável por julgá-la. 
De modo especial, a competência é determinada pela sede 
do lugar de serviço. Este critério especial parece estar relacionado ao 
domicílio necessário do militar determinado pelo Código Civil, não é 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães ± Aula 04 
 
 
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mesmo? Mais adiante em nossa aula veremos algumas situações em que 
essa regra é aplicada. 
 
NA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA 
Art. 86. Dentro de cada Circunscrição Judiciária Militar, a competência será 
determinada: 
a) pela especialização das Auditorias; 
b) pela distribuição; 
c) por disposiçãoespecial deste Código. 
 
Hoje a competência dentro das circunscrições é determinada 
pela Lei de Organização Judiciária Militar da União (Lei n° 8.457/1992). 
Não existem mais auditorias especializadas. Antigamente, 
nos locais onde havia mais de uma auditoria, havia auditorias 
especializadas nos crimes praticados por militares de cada uma das Forças 
Armadas. Hoje todas as auditorias têm competência mista. A alínea A, 
portanto, não é mais aplicável. 
Nas cidades em que há mais de uma Auditoria Militar, haverá 
distribuição, que deve ser feita de forma paritária. 
 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Art. 87. Não prevalecem os critérios de competência indicados nos artigos 
anteriores, em caso de: 
a) conexão ou continência; 
b) prerrogativa de posto ou função; 
c) desaforamento. 
 
Estudaremos todas as hipóteses de modificação da 
competência quando tratarmos dos dispositivos específicos do CPPM. Por 
enquanto basta você ter uma ideia geral. 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
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A conexão está relacionada à ligação entre dois processos, e 
pode ocorrer em diversas situações, enquanto a continência exige 
situações um pouco mais específicas. 
A modificação em razão da prerrogativa de posto ou função 
ocorre, por exemplo, quando oficial-general comete crime militar. Neste 
caso, a competência originária é do STM. 
O desaforamento é a modificação de competência, possível 
em casos previstos especificamente em lei. O próprio CPPM traz disposições 
sobre o tema. 
 
1.4. Da Competência pelo Lugar da Infração 
 
LUGAR DA INFRAÇÃO 
Art. 88. A competência será, de regra, determinada pelo lugar da 
infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último 
ato de execução. 
 
(VWDPRV�GLDQWH�GR�FULWpULR�³ratione loci´��5HFRPHQGR�TXH�YRFr�
lembre da regra no caso da tentativa, em que a regra será a determinação 
da competência em função do lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
 
A BORDO DE NAVIO 
Art. 89. Os crimes cometidos a bordo de navio ou embarcação sob 
comando militar ou militarmente ocupado em porto nacional, nos 
lagos e rios fronteiriços ou em águas territoriais brasileiras, serão, nos dois 
primeiros casos, processados na Auditoria da Circunscrição Judiciária 
correspondente a cada um daqueles lugares; e, no último caso, na 1ª 
Auditoria da Marinha, com sede na Capital do Estado da Guanabara. 
 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
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Se o crime é praticado a bordo de embarcação sob comando 
militar ou militarmente ocupada em porto nacional ou em lagos e 
rios fronteiriços, a Auditoria Militar competente será a do local em que o 
navio está. 
No caso navio que está em águas territoriais brasileiras 
(mar territorial), o dispositivo determina que a competência deve ser 
atribuída à 1ª Auditoria da Marinha, com sede no estado da Guanabara. O 
dispositivo, portanto, trata de uma Auditoria Militar que não existe mais, e 
que era localizada em um estado que também não existe mais. 
Neste caso o STM tem aplicado a competência do lugar do 
serviço, ou seja, a Auditoria responsável por conhecer a acusação será 
aquela do local onde o militar serve (art. 85, II do CPPM e art. 76 do Código 
Civil). 
 
A BORDO DE AERONAVE 
Art. 90. Os crimes cometidos a bordo de aeronave militar ou militarmente 
ocupada, dentro do espaço aéreo correspondente ao território 
nacional, serão processados pela Auditoria da Circunscrição em cujo 
território se verificar o pouso após o crime; e se este se efetuar em lugar 
remoto ou em tal distância que torne difíceis as diligências, a competência 
será da Auditoria da Circunscrição de onde houver partido a aeronave, salvo 
se ocorrerem os mesmos óbices, caso em que a competência será da 
Auditoria mais próxima da 1ª, se na Circunscrição houver mais de uma. 
 
Imagine que uma aeronave saia da base aérea localizada no 
Recife, com destino a Porto Alegre. Ocorrido crime a bordo da aeronave, o 
comandante decide pousar em São Paulo. Neste caso, a Auditoria Militar 
competente será a de São Paulo. 
Jorge César de Assis diz que a segunda situação prevista no 
dispositivo (lugar remoto) tornou-se inaplicável pelo desuso (desuetudo), 
pois, na prática, há Auditorias Militares com competência jurisdicional sobre 
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cada parte do território nacional, e, portanto, não importa se a aeronave 
pousou em lugar remoto. 
 
CRIMES FORA DO TERRITÓRIO NACIONAL 
Art. 91. Os crimes militares cometidos fora do território nacional serão, de 
regra, processados em Auditoria da Capital da União, observado, 
entretanto, o disposto no artigo seguinte. 
 
O Direito Penal Militar adota a territorialidade e a 
extraterritorialidade incondicionada, o que significa dizer que os 
crimes cometidos fora do território nacional também serão processados 
pela Justiça brasileira. Os últimos exemplos são os crimes cometidos pelos 
militares brasileiros que servem em forças de paz, principalmente no Haiti. 
Se o crime militar for cometido no exterior, o acusado será 
processado em Brasília, na 11ª CJM. 
 
CRIMES PRATICADOS EM PARTE NO TERRITÓRIO NACIONAL 
Art. 92. No caso de crime militar somente em parte cometido no território 
nacional, a competência do foro militar se determina de acordo com as 
seguintes regras: 
a) se, iniciada a execução em território estrangeiro, o crime se 
consumar no Brasil, será competente a Auditoria da Circunscrição em 
que o crime tenha produzido ou devia produzir o resultado; 
b) se, iniciada a execução no território nacional, o crime se consumar 
fora dele, será competente a Auditoria da Circunscrição em que se houver 
praticado o último ato ou execução. 
 
DIVERSIDADE DE AUDITORIAS OU DE SEDES 
Parágrafo único. Na Circunscrição onde houver mais de uma Auditoria na 
mesma sede, obedecer-se-á à distribuição e, se for o caso, à especialização 
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de cada uma. Se as sedes forem diferentes, atender-se-á ao lugar da 
infração. 
 
Lembre-se de que, no Direito Penal Militar, o lugar do crime é 
tanto aquele onde foi praticada a conduta quanto aquele em que se 
produziu o resultado (teoria da ubiquidade). Com base nessa distinção 
poderemos determinar quem julgará o crime praticado apenas em parte no 
território nacional. 
Caso a execução se inicie em território estrangeiro e o 
crime se consume no Brasil, será competente a Auditoria Militar do local 
do resultado. Observe que a regra continua válida mesmo que o resultado 
não venha a ocorrer efetivamente. 
No caso do crime que se inicia em território nacional e se 
consuma no estrangeiro, a Auditoria competente será a do lugar em que 
foi praticado o último ato ou execução. 
Quanto ao parágrafo único, você já sabe que apenas no Rio de 
Janeiro, São Paulo e Brasília há mais de uma Auditoria Militarna mesma 
sede. Nestes locais, haverá distribuição, regulamentada pela Lei de 
Organização Judiciária Militar da União. Doutrinariamente, a distribuição é 
considerada uma espécie de prevenção. 
 
1.5. Da Competência pelo Lugar da Residência ou 
Domicílio do Acusado 
 
RESIDÊNCIA OU DOMICÍLIO DO ACUSADO 
Art. 93. Se não for conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pela residência ou domicílio do acusado, salvo o disposto no art. 96. 
 
Lembro a você que o domicílio é regulado pelo Código Civil, e 
que o militar tem domicílio necessário, nos termos do art. 76, parágrafo 
único. 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
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A atribuição de competência em razão do domicílio é 
claramente subsidiária, pois o próprio art. 93 determina que a regra 
somente é aplicável quando não for possível saber onde o crime foi 
cometido. 
 
1.6. Da Competência por Prevenção 
 
PREVENÇÃO. REGRA. 
Art. 94. A competência firmar-se-á por prevenção, sempre que, 
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com 
competência cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na 
prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que 
anterior ao oferecimento da denúncia. 
 
A competência por prevenção apenas surgirá quando houver 
mais de um juiz competente. Essa regra se aplica tanto ao caso em que 
há mais de uma Auditoria na mesma sede, quanto aos processos 
conhecidos pelo juiz substituto da Auditoria Militar. 
Caso o substituto, por exemplo, pratique atos do próprio 
processo ou qualquer ato na fase de inquérito policial militar, será 
considerado prevento. 
 
CASOS EM QUE PODE OCORRER 
Art. 95. A competência pela prevenção pode ocorrer: 
a) quando incerto o lugar da infração, por ter sido praticado na divisa de 
duas ou mais jurisdições; 
b) quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições; 
c) quando se tratar de infração continuada ou permanente, praticada 
em território de duas ou mais jurisdições; 
d) quando o acusado tiver mais de uma residência ou não tiver 
nenhuma, ou forem vários os acusados e com diferentes residências. 
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Teoria e exercícios comentados 
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A hipótese de crime praticado na divisa de duas ou mais 
jurisdições somente é aplicável quando o local do crime é incerto. 
Este seria o caso, por exemplo, de um crime cometido na 
³UHJLmR´�GD�FLGDGH�GH�3HWUROLQD��QR�VHUWmR�GR�PHX�TXHULGR�Pernambuco. 
Petrolina é separada de Juazeiro (Bahia) pelo Rio São Francisco. Pode haver 
evidências, portanto, de que o crime foi praticado naquela região, mas sem 
a certeza de qual dos dois lados do rio, e neste caso estaremos diante da 
hipótese da alínea A. 
Já a alínea B trata da situação em que há certeza sobre o local 
em que o crime foi praticado, mas não há certeza de qual órgão julgador 
exerce a competência sobre aquele território. Agora podemos dizer que o 
limite territorial entre duas ou mais jurisdições é incerto. 
O crime continuado e o crime permanente, por se 
estenderem no tempo, podem ultrapassar o território da jurisdição. Nesses 
casos, o juízo que primeiro praticar atos do processo será competente. 
As regras acerca da residência do acusado são aplicáveis, 
mas sua interpretação deve ser feita à luz dos dispositivos que já 
mencionamos do Código Civil. 
 
1.7. Da Competência pela Sede ou Lugar do Serviço 
 
LUGAR DE SERVIÇO 
Art. 96. Para o militar em situação de atividade ou assemelhado na mesma 
situação, ou para o funcionário lotado em repartição militar, o lugar da 
infração, quando este não puder ser determinado, será o da unidade, 
navio, força ou órgão onde estiver servindo, não lhe sendo aplicável o 
critério da prevenção, salvo entre Auditorias da mesma sede e atendida a 
respectiva especialização. 
 
Essa regra hoje é redundante, tendo em vista o domicílio 
necessário do militar, previsto no Código Civil. Este dispositivo não é mais 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
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concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas 
contra as outras; 
b) se, no mesmo caso, umas infrações tiverem sido praticadas para 
facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou 
vantagem em relação a qualquer delas; 
c) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias 
elementares influir na prova de outra infração. 
 
A alínea A trata da conexão intersubjetiva, que ocorre 
quando duas ou mais infrações são praticadas por dois ou mais 
sujeitos, sendo que o vínculo entre os delitos reside justamente nisso. 
a1) intersubjetiva por simultaneidade Æ se, ocorrendo 
duas ou mais infrações penais, houverem sido praticadas, ao 
mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. Não há liame 
subjetivo ou acordo de vontade prévio. Como exemplo 
podemos citar a depredação de estádio de futebol pela torcida 
adversária. 
a2) intersubjetiva por concurso Æ se, ocorrendo duas ou 
mais infrações penais, houverem sido praticadas por várias 
pessoas em concurso, embora diverso tempo e lugar. Neste 
caso há liame subjetivo entre os agentes. Como exemplo 
podemos citar a ação de quadrilhas especializadas em roubo a 
banco, na mesma região, dia e horário. 
a3) intersubjetiva por reciprocidade Æ se as infrações 
forem praticadas por duas ou mais pessoas, umas contra as 
outras. Como exemplo podemos citar as agressões mútuas 
entre torcidas de futebol adversárias. 
 
A alínea B trata da conexão objetiva. São hipóteses em que 
o vínculo entre as infrações está na motivação de uma delas em relação à 
outra. 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
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b1) objetiva teleológica Æ quando uma infração penal visa a 
assegurar a execução de outra. Exemplo: matar o único 
vigilante de uma casa para entrar e furtar objetos. 
b2) objetiva consequencial Æ quando uma infração visa a 
assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outra. 
Depois de entrar na casa e furtar, o criminoso é surpreendido 
por vigilante e pratica homicídio para assegurar a impunidade 
do crime. Perceba que neste caso a conexão não é subjetiva, 
mas se dá em razão de uma questão fática. 
A alínea C trata da conexão instrumental ou probatória: 
quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias 
elementares influir na prova de outra infração. 
 
CASOS DE CONTINÊNCIA 
Art. 100. Haverá continência: 
a) quando duas ou mais pessoas forem acusadas da mesma infração; 
b) na hipótese de uma única pessoa praticar várias infrações em 
concurso. 
 
A alínea A trata da cumulação subjetiva, que ocorre quando 
duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração (concurso de 
pessoas). 
A alínea B traz a cumulação objetiva, que ocorre na hipótese 
de concurso formal, inclusive da aberratio ictus e aberratio criminis. Uma 
única conduta com dois ou mais resultados. 
 
REGRAS PARA DETERMINAÇÃO 
Art.101. Na determinação da competência por conexão ou continência, 
serão observadas as seguintes regras: 
 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
Teoria e exercícios comentados 
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CONCURSO E PREVALÊNCIA 
I - no concurso entre a jurisdição especializada e a cumulativa, 
preponderará aquela; 
 
Hoje não há mais Auditorias especializadas, mas podemos dizer 
que existem um caso de especialização ainda aplicável no Processo Penal 
Militar: a competência das auditorias de Brasília para julgar crimes 
militares ocorridos no estrangeiro. A regra do inciso I, portanto, é utilizada 
para os crimes militares cometidos fora do território nacional. O termo 
³FXPXODWLYD´��QHVWH�FDVR��GHYH�VHU�HQWHQGLGR�FRPR�³PLVWD´� 
 
II - no concurso de jurisdições cumulativas: 
a) prevalecerá a do lugar da infração, para a qual é cominada pena mais 
grave; b) prevalecerá a do lugar onde houver ocorrido o maior número 
de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; 
 
PREVENÇÃO 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos demais casos, salvo 
disposição especial deste Código; 
 
Agora veremos as regras aplicáveis no concurso de 
jurisdições cumulativas. 
Para ilustrar a hipótese da alínea A, utilizarei o exemplo trazido 
SRU�5LFDUGR�*LXOLDQL��³6XMHLWR�SUHVWDQGR�VHUYLoR�PLOitar em Bagé-RS, rouba 
um celular de um colega e é transferido para prestar serviço militar em 
Porto Alegre e lá, antes de iniciada a ação penal em Bagé, vende este 
celular para outro colega de farda da guarnição, sabendo ser produto de 
crime (receptação). Temos dois crimes militares, um de receptação ± pena 
de reclusão até cinco anos ±, e roubo ± pena de reclusão de quatro a quinze 
DQRV´� 
Direito Processual Penal Militar para MPU (Analista ± Direito) 
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8WLOL]DQGR�D�UHJUD�GR�DUW������� ,,�� ³D´��VHUi�FRPSHWHQWH�SDUD�
julgar a processar os dois delitos a Auditoria de Bagé-RS, pois lá ocorreu o 
crime de roubo, apenado de forma mais severa. 
Quanto à alínea B, mais uma vez utilizarei o exemplo de 
*LXOLDQL��³0LOLWDU�SUHVWDQGR�VHUYLoR�PLOLWDU�HP�%DJp-RS subtrai um aparelho 
celular de um colega e uma mochila de outro, no alojamento da organização 
militar. Transferidos para Porto Alegre, um dos colegas de farda empresta-
lhe um aparelho celular, que, após receber, inverte a posse e não entrega 
mais o aparelho para seu colega, apropriando-VH�GR�EHP´� 
Neste caso há dois crimes de furto com pena de reclusão de até 
seis anos e um crime de apropriação indébita com igual pena. Aplica-se, 
SRUWDQWR��D�UHJUD�GR�DUW�������,,��³E´��SRLV�D�SHQD�p�D�PHVPD�SDUD�WRGRV�RV�
crimes. Mais uma vez a Auditoria competente será a de Bagé-RS. 
Não sendo possível estabelecer a competência por meios das 
regras que vimos até agora, deve-se utilizar o critério da prevenção, 
conforme alínea C. 
 
CATEGORIAS 
III - no concurso de jurisdição de diversas categorias, predominará a de 
maior graduação. 
 
Esta regra é utilizada na relação entre o STM e as Auditorias. 
Neste caso prevalece o STM, por ser instância superior, apesar da 
LPSUHFLVmR�GR�GLVSRVLWLYR�HP�XWLOL]DU�R�WHUPR�³PDLRU�JUDGXDomR´� 
 
UNIDADE DO PROCESSO 
Art. 102. A conexão e a continência determinarão a unidade do processo, 
salvo: 
CASOS ESPECIAIS 
a) no concurso entre a jurisdição militar e a comum; 
b) no concurso entre a jurisdição militar e a do Juízo de Menores. 
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JURISDIÇÃO MILITAR E CIVIL NO MESMO PROCESSO 
Parágrafo único. A separação do processo, no concurso entre a jurisdição 
militar e a civil, não quebra a conexão para o processo e julgamento, no 
seu foro, do militar da ativa, quando este, no mesmo processo, praticar em 
concurso crime militar e crime comum. 
 
A regra geral é a de que a conexão e a continência resultam no 
julgamento dos fatos em um só processo. O art. 102, entretanto, traz 
exceções a essa regra. 
A alínea A trata do concurso entre a jurisdição militar e a 
comum. É o caso de civil que pratica crime conexo com policial militar. 
Neste caso o Policial Militar será julgado na Justiça Militar do estado, 
enquanto o civil será julgado na Justiça comum, pois não há previsão do 
cometimento de crime militar por civil no âmbito estadual. 
Se o civil cometer crime militar conexo com militar federal, 
entretanto, não estaremos diante de concurso de jurisdição militar com 
jurisdição comum, pois ambos podem julgados na Justiça Militar da União. 
Chamo sua atenção para a Súmula nº 90, do STJ. 
 
SÚMULA Nº 90 DO STJ 
Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar policial militar pela 
prática de crime militar, e à Comum pela prática do crime comum 
simultâneo àquele. 
 
Neste caso estamos tratando de dois crimes diferentes, um 
militar e outro comum, praticados pela mesma pessoa simultaneamente. 
Como você já sabe, o fato de o agente ser militar não é suficiente para 
atrair a competência da Justiça Militar. 
Um bom exemplo desta situação de concomitância é o ocorrido 
na tragédia em que um Boeing 737 da Gol se chocou com o Jato Legacy da 
empresa Excel Air Service. Os controladores de vôo, sargentos da Força 
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Aérea, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por dois crimes 
dolosos de atentado contra a segurança de transporte aéreo, em concurso 
formal, sendo um na modalidade fundamental (art. 261 do CP), e outro 
qualificado por 154 mortes (art. 261, §1º, c/c o art. 263, ambos do CP). 
Na sequência, o Ministério Público Militar ofereceu denúncia 
contra os mesmos profissionais pela prática do delito de inobservância de 
lei, regulamento ou instrução (art. 324 do CPM). 
Em julgamento de habeas corpus, o STF considerou válida esta 
situação, confirmando a licitude das ações penais simultâneas na Justiça 
Federal e na Justiça Militar da União. 
A alínea B, por outro lado, determina a separação obrigatória 
quando houver concurso entre a jurisdição militar e a do Juízo de 
Menores. O civil ou militar responderá na Justiça Militar e o menor na vara 
ou juízo da infância e juventude pelo ato infracional conexo com o crime 
militar. 
 
SEPARAÇÃO DE JULGAMENTO 
Art. 105. Separar-se-ão somente os julgamentos: 
a) se, de vários acusados, algum estiver foragido e não puder ser julgado 
à revelia; 
b) se os defensores de dois ou mais acusados não acordarem na suspeição 
de juiz de Conselho de Justiça, superveniente para compô-lo, por ocasião 
do julgamento. 
 
Nestes casos não há quebra da unidade processual exigida 
pela conexão ou continência, mas só do julgamento, quando ocorrerem as 
hipóteses previstas. 
Na hipótese da alínea A, a única previsão do CPPM em que o 
acusado não pode ser julgado à revelia, em primeira instância, é a 
deserção. Os corréus, portanto, não poderão ser julgados juntos se um 
deles for revel. 
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perante o Superior Tribunal Militar, condicionada a instauração da ação 
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Neste caso o legislador faz menção à função exercida, e não à 
condição de oficial-general, até porque a função de comando pode ser 
exercida, em algumas hipóteses, por outros oficiais. 
 
CASO DE DESAFORAMENTO 
Art. 109. O desaforamento do processo poderá ocorrer: 
a) no interesse da ordem pública, da Justiça ou da disciplina militar; 
b) em benefício da segurança pessoal do acusado; 
c) pela impossibilidade de se constituir o Conselho de Justiça ou 
quando a dificuldade de constituí-lo ou mantê-lo retarde demasiadamente 
o curso do processo. 
 
2�³GHVDIRUDPHQWR´�SRGH�VHU�HQWHQGLGR� FRPR�D�VXEWUDomR�GD�
lide, de um determinado foro para outro foro, pelas razões alineadas no 
art. 109. 
Quero chamar sua atenção para a hipótese da alínea C. Esta 
situação é típica do CPPM. O processo e julgamento dos crimes militares na 
instância inferior cabe aos Conselhos de Justiça, que devem ser compostos 
por oficiais de mesmo posto ou mais antigos que o acusado. Se não 
for possível compor o Conselho nesses moldes, poderá haver 
desaforamento. 
O pedido de desaforamento é dirigido ao STM, podendo 
fazê-lo os Comandantes da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica; do 
Distrito Naval, Região Militar e de Comando Aéreo; Conselhos de Justiça ou 
Auditor e ainda mediante representação do MPM ou do acusado. 
Caso defira o pedido, o STM, ouvido o Procurador-Geral, se dele 
não proveio o pedido, designará a Auditoria por onde deva ter curso o 
processo. O pedido, mesmo quando negado, poderá ser feito novamente, 
se houver motivo superveniente. 
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Uma vez concedido o desaforamento, não é mais possível que 
o processo retorne ao juízo de origem, ainda que a razão do desaforamento 
deixe de existir. Esta determinação não está expressa do CPPM mas já foi 
adotada pelo Cespe em questões anteriores. 
 
2. CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
 
As questões atinentes à competência podem ser resolvidas 
tanto pela exceção propriamente dita (exceção de incompetência), quanto 
pelo conflito positivo ou negativo. 
 
Art. 112. Haverá conflito: 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
I - em razão da competência: 
POSITIVO 
a) positivo, quando duas ou mais autoridades judiciárias entenderem, ao 
mesmo tempo, que lhes cabe conhecer do processo; 
NEGATIVO 
b) negativo, quando cada uma de duas ou mais autoridades judiciárias 
entender, ao mesmo tempo, que cabe a outra conhecer do mesmo 
processo; 
CONTROVÉRSIA SOBRE FUNÇÃO OU SEPARAÇÃO DE PROCESSO 
II - em razão da unidade de juízo, função ou separação de processos, 
quando, a esse respeito, houver controvérsia entre duas ou mais 
autoridades judiciárias. 
 
Neste dispositivo não há muitas novidades, não é mesmo? Você 
já sabe que ocorre conflito positivo de competência quando duas ou mais 
autoridades se julgam competentes, enquanto o conflito negativo ocorre 
quando duas ou mais autoridades se julgam incompetentes para conhecer 
a matéria. 
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Chegamos ao fim da nossa jornada! A seguir estão as questões 
sobre os assuntos tratados. Se tiver alguma dúvida, utilize o nosso fórum. 
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Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
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3. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. TJM-SP ± Escrevente Técnico Judiciário ± 2011 ± VUNESP. Quanto 
ao foro militar em tempo de paz, assinale a alternativa correta. 
 
a) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça militar 
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. 
b) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça 
comum encaminhará os autos do inquérito policial à justiça militar. 
c) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Autoridade 
de Polícia Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar 
à justiça comum. 
d) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a justiça 
militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. 
e) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a Autoridade 
de Polícia Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar 
à justiça comum. 
 
COMENTÁRIOS: A regra acerca do crime doloso contra a vida praticado 
contra civil é de que a Justiça Militar encaminhe os autos do inquérito 
policial militar para a Justiça comum, pois esta é competente para julgar 
este tipo de crime, mesmo quando praticado por militar. 
 
GABARITO: A 
 
 
2. PM-MG ± Oficial da Polícia Militar ± 2011 ± Fumarc. Sobre a 
competência no âmbito do Direito Penal Militar, analise os conceitos 
infrarrelacionados: 
 
I - A competência, de modo geral, é determinada pelo local da infração. 
Contudo, em crimes em que haja mais de um local de consumação, a 
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competência é exercida pela sede do lugar de exercício funcional do policial 
militar. 
II - a prerrogativa de posto ou função inibe a utilização de outro critério 
para a determinação da competência. 
III - Na ocorrência de continência ou conexão, o princípio da unidade do 
processo é regra, exceto quando há cumulação de competências da Justiça 
Comum e Justiça Militar. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) As afirmativas I, II e III estão corretas. 
b) As afirmativas I, II e III estão incorretas. 
c) Apenas a afirmativa III está correta. 
d) Apenas a afirmativa I está incorreta. 
 
COMENTÁRIOS: A assertiva I está correta quando diz que a competência 
é determinada, em regra, pelo local da infração. A atribuição de 
competência em razão do local de serviço do militar, entretanto, não ocorre 
quando o crime se consuma em mais de um local, mas sim quando o lugar 
da infração não pode ser determinado, nos termos do art. 96. 
 
GABARITO: D 
 
 
3. DPU ± Defensor Público ± 2007 ± Cespe. Compete à justiça militar 
da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar 
do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às 
funções institucionais das Forças Armadas. 
 
COMENTÁRIOS: O gabarito oficial desta questão é CERTO. Parece um 
absurdo, não é mesmo? Mas é interessante que você saiba que até 2011 
havia controvérsia sobre a constitucionalidade das alterações introduzidas 
no CPPM pela Lei n° 9.299/1996. Em 2011 oSTM se julgou incompetente 
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para conhecer de um crime praticado por militar contra a vida de civil, e a 
controvérsia foi solucionada. Por esta razão, estou dando o gabarito da 
questão como ERRADA, ok? 
 
GABARITO: E 
 
 
4. DPU ± Defensor Público ± 2007 ± Cespe. Falece competência à 
justiça militar da união para processar e julgar civis. 
 
COMENTÁRIOS: Esta é bem batida, não é mesmo? A Justiça Militar da 
União julga tanto civis quanto militares que praticarem crimes militares, 
definidos em lei. Já a Justiça Militar dos Estados não tem competência para 
julgar civis. 
 
GABARITO: E 
 
 
5. STM ± Analista Judiciário ± 2011 ± Cespe. Um processo foi 
instaurado perante a Circunscrição Judiciária Militar de Curitiba, contra 
várias pessoas, entre elas um coronel da Aeronáutica da ativa. Diante da 
impossibilidade de compor o conselho especial, devido à inexistência de 
oficiais em número suficiente, foi concedido pelo STM o desaforamento do 
processo para circunscrição judiciária militar de outro estado. Todavia, no 
decorrer da instrução, o coronel foi excluído do processo por força de 
habeas corpus e outro corréu excepcionou a competência da circunscrição 
judiciária, sob o argumento de haver cessado o motivo do desaforamento. 
Nessa situação, continua competente o juízo que recebeu o processo 
desaforado, mesmo que a exclusão de um dos acusados possibilite a 
composição do conselho de justiça no juízo militar de origem. 
 
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COMENTÁRIOS: Vimos que o posicionamento da Doutrina e do Cespe é 
no sentido de que, uma vez concedido o desaforamento, não é possível 
haver a devolução do processo, mesmo que a razão do desaforamento 
deixe de existir. 
 
GABARITO: C 
 
 
6. STM ± Analista Judiciário ± 2004 ± Cespe. Com relação à 
competência, a conexão e a continência impõem a unidade de processo, 
salvo no concurso entre a jurisdição militar e a comum. 
 
COMENTÁRIOS: Lembre-se que para o Cespe uma assertiva incompleta 
não está necessariamente errada. O art. 102 do CPPM traz duas hipóteses 
de separação obrigatória dos processos em que há conexão ou continência: 
concurso entre a jurisdição militar e a comum; e concurso entre a jurisdição 
militar e o Juízo de Menores. Apesar de a assertiva não mencionar a 
hipótese do Juízo de Menores, deve ser marcada como correta. 
 
GABARITO: C 
 
 
7. DPU ± Defensor Público ± 2010 ± Cespe. Considere a situação 
hipotética em que um grupo de 20 militares integrantes das forças armadas 
brasileiras, em missão junto às forças de paz da ONU, no Haiti, em concurso 
de pessoas com diversos outros militares pertencentes às forças armadas 
da Itália e da França, tenha cometido diversos crimes militares no Haiti. 
Nessa situação, a competência para conhecer, processar e julgar os 
militares brasileiros pelas infrações penais militares é da Justiça Militar da 
União, cujo exercício jurisdicional é o da auditoria da capital da União. 
 
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COMENTÁRIOS: O Direito Penal Militar adota a territorialidade e a 
extraterritorialidade. Dessa forma, mesmo os crimes praticados no exterior 
são de competência da Justiça Militar. Neste caso, o art. 91 do CPPM 
determina que a Auditoria competente será uma das localizadas em 
Brasília. 
 
GABARITO: C 
 
 
8. MPE-ES ± Promotor de Justiça ± 2010 ± Cespe. Celso, soldado da 
polícia militar do estado do Espírito Santo, foi preso em flagrante delito 
pelos crimes de peculato e falsidade de documento público, praticados 
contra a administração militar. Oferecida denúncia perante a auditoria 
militar do estado, Celso será processado e julgado. Caso os crimes descritos 
fossem praticados contra civil, estando o agente no exercício da função 
policial, a competência para processar e julgar seria do Conselho 
Permanente de Justiça. 
 
COMENTÁRIOS: Vimos e revimos na aula de hoje que os crimes dolosos 
contra a vida praticados contra civil são de competência da Justiça comum, 
ainda que praticados por militar. Acontece que os crimes mencionados não 
são dolosos contra a vida, e por isso a competência é da Justiça Militar. 
 
GABARITO: C 
 
 
9. DPU ± Analista Técnico Administrativo ± 2016 ± Cespe. A 
competência para a apuração de crime militar será determinada, em regra, 
pelo local da infração e, no caso de tentativa de crime, pelo local de 
residência ou domicílio do acusado. 
 
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COMENTÁRIOS: A questão nos exige o conhecimento do art. 88, segundo 
o qual competência será, de regra, determinada pelo lugar da infração; e, 
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
 
GABARITO: E 
 
 
10. DPU - Analista Técnico Administrativo ± 2016 ± Cespe. Situação 
hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade sediada em Porto 
Alegre praticou crime militar na Argentina, durante exercício militar. 
Assertiva: Nessa situação, de acordo com o CPPM, o crime deverá ser 
processado na Auditoria da capital federal, sediada em Brasília ± DF. 
 
COMENTÁRIOS: Segundo o art. 91 do CPPM, os crimes militares 
cometidos fora do território nacional serão, em regra, processados em 
Auditoria da capital federal. 
 
GABARITO: C 
 
 
 
 
 
 
 
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4. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1. TJM-SP ± Escrevente Técnico Judiciário ± 2011 ± Vunesp. Quanto 
ao foro militar em tempo de paz, assinale a alternativa correta. 
 
a) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça militar 
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. 
b) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça 
comum encaminhará os autos do inquérito policial à justiça militar. 
c) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Autoridade 
de Polícia Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar 
à justiça comum. 
d) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a justiça 
militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. 
e) Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a Autoridade 
de Polícia Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar 
à justiça comum. 
 
2. PM-MG ± Oficial da Polícia Militar ± 2011 ± Fumarc. Sobre a 
competência no âmbito do Direito Penal Militar, analise os conceitos 
infrarrelacionados: 
 
I - A competência, de modo geral, é determinada pelo local da infração. 
Contudo, em crimes em que haja mais de um local deconsumação, a 
competência é exercida pela sede do lugar de exercício funcional do policial 
militar. 
II - a prerrogativa de posto ou função inibe a utilização de outro critério 
para a determinação da competência. 
III - Na ocorrência de continência ou conexão, o princípio da unidade do 
processo é regra, exceto quando há cumulação de competências da Justiça 
Comum e Justiça Militar. 
 
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Assinale a alternativa CORRETA. 
a) As afirmativas I, II e III estão corretas. 
b) As afirmativas I, II e III estão incorretas. 
c) Apenas a afirmativa III está correta. 
d) Apenas a afirmativa I está incorreta. 
 
3. DPU ± Defensor Público ± 2007 ± Cespe. Compete à justiça militar 
da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar 
do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às 
funções institucionais das Forças Armadas. 
 
4. DPU ± Defensor Público ± 2007 ± Cespe. Falece competência à 
justiça militar da união para processar e julgar civis. 
 
5. STM ± Analista Judiciário ± 2011 ± Cespe. Um processo foi 
instaurado perante a Circunscrição Judiciária Militar de Curitiba, contra 
várias pessoas, entre elas um coronel da Aeronáutica da ativa. Diante da 
impossibilidade de compor o conselho especial, devido à inexistência de 
oficiais em número suficiente, foi concedido pelo STM o desaforamento do 
processo para circunscrição judiciária militar de outro estado. Todavia, no 
decorrer da instrução, o coronel foi excluído do processo por força de 
habeas corpus e outro corréu excepcionou a competência da circunscrição 
judiciária, sob o argumento de haver cessado o motivo do desaforamento. 
Nessa situação, continua competente o juízo que recebeu o processo 
desaforado, mesmo que a exclusão de um dos acusados possibilite a 
composição do conselho de justiça no juízo militar de origem. 
 
6. STM ± Analista Judiciário ± 2004 ± Cespe. Com relação à 
competência, a conexão e a continência impõem a unidade de processo, 
salvo no concurso entre a jurisdição militar e a comum. 
 
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7. DPU ± Defensor Público ± 2010 ± Cespe. Considere a situação 
hipotética em que um grupo de 20 militares integrantes das forças armadas 
brasileiras, em missão junto às forças de paz da ONU, no Haiti, em concurso 
de pessoas com diversos outros militares pertencentes às forças armadas 
da Itália e da França, tenha cometido diversos crimes militares no Haiti. 
Nessa situação, a competência para conhecer, processar e julgar os 
militares brasileiros pelas infrações penais militares é da Justiça Militar da 
União, cujo exercício jurisdicional é o da auditoria da capital da União. 
 
8. MPE-ES ± Promotor de Justiça ± 2010 ± Cespe. Celso, soldado da 
polícia militar do estado do Espírito Santo, foi preso em flagrante delito 
pelos crimes de peculato e falsidade de documento público, praticados 
contra a administração militar. Oferecida denúncia perante a auditoria 
militar do estado, Celso será processado e julgado. Caso os crimes descritos 
fossem praticados contra civil, estando o agente no exercício da função 
policial, a competência para processar e julgar seria do Conselho 
Permanente de Justiça. 
 
9. DPU ± Analista Técnico Administrativo ± 2016 ± Cespe. A 
competência para a apuração de crime militar será determinada, em regra, 
pelo local da infração e, no caso de tentativa de crime, pelo local de 
residência ou domicílio do acusado. 
 
10. DPU - Analista Técnico Administrativo ± 2016 ± Cespe. Situação 
hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade sediada em Porto 
Alegre praticou crime militar na Argentina, durante exercício militar. 
Assertiva: Nessa situação, de acordo com o CPPM, o crime deverá ser 
processado na Auditoria da capital federal, sediada em Brasília ± DF. 
 
 
 
 
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3. E 
4. E 
5. C 
6. C 
7. C 
8. C 
9. E 
10. C

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