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RESUMO AV1 DIREITO PENAL ll Fazer a leitura dos art. 29 a 30, do Código Penal TEORIA DA PENA CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais rimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. Concurso homogêneo – Vários crimes de mesma espécie (vários crimes de roubo, ou vários crimes de furto...). Concurso heterogêneo – Vários crimes de espécies diferentes (estupro, roubo, homicídio). CONCURSO FORMAL Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. CONCURSO FORMAL PERFEITO ou PRÓPRIO 1. Vontade designada a uma finalidade (Desígnio único); 2. O sujeito deseja 01 (um) resultado; 3. Só resultado culposo ou um resultado culposo e um doloso; 4. Sistema de aplicação da pena: exasperação CONCURSO FORMAL IMPERFEITO ou IMPRÓPRIO 1. Pluralidade de desígnio; 2. O sujeito deseja vários resultados; 3. Mais de um resultado doloso; 4. Sistema de aplicação da pena: cúmulo material. SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA 1. CÚMULO MATERIAL CONCURSO FORMAL IMPERFEITO CONCURSO MATERIAL Determina simplesmente a soma das penas, as sanções serão somadas. 2. EXASPERAÇÃO CONCURSO FORMAL PERFEITO (1/6 até ½) CRIME CONTINUADO (1/6 até 2/3) Evita-se a desproporção da aplicação da lei penal. - Crime mais grave mais fração de aumento. ACRÉSCIMO – (1/6 a té ½) O aumento da pena é calculado de acordo com o resultado. 1º crime 1/6 2º crime 1/5 3º crime 1/4 4º crime 1/3 5º crime 1/2 Obs.: O sistema da exasperação serve para beneficiar o réu, se não beneficiar não pode ser aplicado, portanto quando a EX ASPERAÇÃO é prejudicial aplica -se o CÚMULO MATERIAL Art. 70. (segunda parte) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente , se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior CONCURSO MATERIAL BENÉFICO – Compara-se o cúmulo material e a exasperação, quando a exasperação não favorecer o réu, aplica -se a o cúmulo material. CRIME CONTINUADO Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços . Crimes de mesma espécie em condições tempo, lugar e modo de execução. Condições semelhantes (requisitos objetivos): 1. Tempo (prazo máximo de 30 dias); 2. Lugar; 3. Modo de execução; 4. Outros, a critério do juiz. Diferença - concurso material (intenção é cometer vários crimes) e crime continuado (intenção é praticar crime único). REQUISITO SUBJETIVO - INTENÇÃO Segundo entendimento de doutrina MAJORITÁRIA o CRITÉRIO SUBJETIVO não precisa fazer parte do crime (dispensado). Em alguns casos o STF exigiu o requisito subjetivo, antes de 2009, em casos de crimes sexuais. Sistema de aplicação da pena: exasperação (1/6 até 2/3). CRIMES DE MESMA ESPÉCIE Crimes previstos no mesmo DISPOSITIVO DE LEI ou aqueles previstos no mesmo ARTIGO (entendimento majoritário nos TRIBUNAIS). Aqueles que têm descrição típica assemelhada ou que atinge o mesmo bem jurídico tutelado (entendimento de DOUTRINA majoritária). Obs.: a pena é aplicada ao crime continuado pelo sistema da exasperação (1/6 até 2/3). A pena é aplicada ao concurso formal perfeito também pelo sistema da exasperação (1/6 até 1/2). CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO Art. 71. (Parágrafo único) - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, come tidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do Art. 70 e do Art. 75 deste Código. Requisito – Violência ou grave ameaça contra vítima diferente. Aplicada a pena do crime mais grave, aumentada de até o triplo (3x) – Exasperação. CRIME CONTINUADO > 02 OU MAIS CRIMES > PUNIDO COMO SE FOSSE CRIME ÚNICO CRIME PERMANENTE > 01 CRIME > PROLONGA-SE NO TEMPO CRIME HABITUAL > 01 CRIME > VÁRIAS CONDUTAS, QUE ISOLADAMENTE NÃO CARACTERIZA O CRIME. FUNÇÕES DA PENA Três grandes escolas tentam explicar a função da pena, a principal foi a teoria absoluta ou retribucionista. TEORIAS ABSOLUTAS No Estado absolutista, aquele que viola a lei, é um pecador, portanto se alguém comete uma infração, esta sofre uma pena ou um pecado. Surge então a penitenciária (de penitência). O sujeito sofre a pena como retribuição (retribucion ista) ao pecado por ele causado. Com a ascensão da Burguesia surge o Estado Liberal, o povo no poder, e com a separação entre Igreja e Estado o conceito de pena deixa de ser pecado, a pena, então, passa a ser perturbação da ordem pública. A pena no estado liberal é imposta porque uma lei foi violada.
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