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Criminologia Conteudo Completo 3º Bimestre Prof. Flavio Universidade Positivo

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EPISTEMOLOGIA 
- OBJETO
- Crime
- Criminoso QUESTÃO CRIMINAL
- Vítima
- Controle Social
Direito Penal x Criminologia;
O Direito Penal é uma disciplina dogmática, normativa (foca na norma);
Criminologia se volta ao mundo empírico, buscando dados do mundo real (teorias Criminológicas);
Não adianta entender todos estes fatores se não entender o processo de criminalização Conduta típica Quem define o que é crime é o legislador A partir da definição por lei, ele irá orientar a polícia a investigar os “criminosos”;
A função do legislador bem como da polícia é de CONTROLE SOCIAL O crime não se trata somente de criminoso e vítima;
Outras instituições, que não são criadas para o controle social, interferem indiretamente no controle social igreja X Aborto;
A criminologia estuda a QUESTÃO CRIMINAL. 
OBJETO
Etiologia Individual: Escola Clássica + Escola Positiva -> Origem do crime no individuo
(Século18-19 – Escola Clássica- Autor Beccaria – Crime)
(Século19 – Escola Positiva – Autor Lombroso – Criminoso)
Etiologia Sócial – Estrutural
(Metade do Século XX – Anos 50 até 60)
(Busca das razões e soluções no ambiente)
Vitimologia
(anos 50 – 60 no período de pós guerra)
(Foco na vítima)
(Justiça Restritiva)
Teoria das Reações Social Individual
(Teoria da Labeling Approch-Virada na criminologia)
(Crime não existe, não é algo real, mas se conecta em sociedade. O crime pode deixar de ser ou começar a ser)
(Crime é uma construção do controle social que se autolegitima em suas práticas punitivas)
(Processos de Criminalização)
4.1) Teoria da Reação Sócio – Estrutural
(Criminologia Crítica)
	MÉTODO
	- Hoje -> Objeto da criminologia é compreender a “Questão Ciminal”.
PRISÃO E SURGIMENTO HISTÓRICO (O MITO DA PRISÃO)
- Prisão-Pena X Prisão-Custódia 
A primeira remete as prisões atualmente, ou seja, a pena do indivíduo é a restrição de liberdade, prisão (300 a 400 anos de existência) (Século16).
A segunda remete à garantia. Na época da Roma Antiga, não era vista como uma pena em si, mas uma forma de preservar a pessoa até o “julgamento” (os gladiadores romanos ficavam sob custódia, eles ficavam presos para garantir que estivessem presentes para os espetáculos no Coliseu). 
- Evolução na forma de ver a punição
	a) Inicio do estudo “Idade média – sec. V até séc XI)
	- Direito Barbárico (Germânico) ou Sociedades Babarás: 
Organizavam-se em clãs, sendo importante os laços familiares;
Meios infernais de resolução de crimes (Compensação/Ordálios - Relação horizontal entre as partes) Justiça negociada entre as partes – (Estrutura de poder horizontalizada);
Composição -> Acordo entre as partes;
Ordáias -> “Juizos de Deus” (eles eram aqueles que “produziam a verdade”, recorriam aos deuses, ou seja, aquele que ganhasse estava falando a verdade);
Vítima – Réu (Acordo entre as partes, chegada a um consenso);
Caso não haja acordo, havia guerra (solução em comunidades simples).
- SÉCULO XI/XII 
“Seqüestro do Conflito”/Expropriação da vítima;
Verticalização do poder (Praticas de concentração do poder);
Uso das torturas;
Ideia de perdão religiosa;
Para entender melhor este período, devemos imaginar os filmes/series a respeito do período feudal na Europa, que retratam o dia a dia de cada cidadão.
IDADE MÉDIA
Racionalidade religiosa A igreja era o poder central (período com o fortalecimento da inquisição);
Penas físico-corporais Era a igreja, porta-voz de deus, que instaurava as penas e que produzia as verdades Se a igreja sabia dizer qual era o pecado, sabia dizer também quem era o pecador;
Públicas Efeito intimidatório (as pessoas ficavam com medo das penas colocadas pela igreja, pois para elas, estavam desrespeitando diretamente a vontade de Deus. Além da pena servir como exemplo para a população).
SÉCULO XVI/XVII
Transformações econômicas, religiosas e de racionalidade (Nascimento das monarquias. Neste período, os reis concentravam em si o poder terreno, sendo assim, eles eram aqueles produziam as verdades. A igreja e os monarcas horizontalizavam as relações entre si. Ambos acima do réu e da vítima);
Fortalecimento da Inquisição;
Novo Contexto:
	* Capitalismo;
	* Protestantismo;
	* Utilitarismo -> Relações Sociais sob uma perspectiva custo benefício.
Holanda:
XVII Husphuis/Spinhuis (1º Prisão);
Inglaterra:
XVI Bridwell (1º Prisão)
Critério utilitarista Trabalho forçado Nova configuração social: Capitalismo
Prisão:
Em seu surgimento não possuía a finalidade de redução de criminalidade, mas de caráter utilitarista;
Pena até então era uma forma de demonstração do poder (religioso ou monárquico);
Redução de Criminalidade? Não
Humanização das Penas? Não 
Desmistificação do caráter “humanista”
Pena passa “do corpo à alma” Michel Foucault
“Docilização dos corpos”
ESCOLA LIBERAL-CLÁSSICA (FINAL XVIII, INÍCIO XIX)
Contexto Iluminismo, liberalismo, contratualismo (humanismo);
O criminoso era como todos, racionais e livres, contudo, sabendo das regras, opta por transgredi-las; 
Era necessário regulamentar quando o princípio punitivo iria atuar;
Forte presença da razão, que era lutar contra as arbitrariedades da inquisição, do monarca, dos dogmas religiosos;
Não era uma escola e sim um conjunto de pensadores (muitas vezes divergentes);
Premissas: Iluminismo + Liberalismo + Humanismo;
Criminoso: Livre igual;
Momentos distintos:
Final do século 18: Período de transição (modernidade inicia a partir do sec. 16, mas até o sec. 18 é um momento de pré-modernidade);
Negação do Antigo Regime (não pode-se justificar privilégios e práticas punitivas em cima de um discurso religioso);
Iluminismo: é necessário fundamentar os mesmos através da razão a partir de um discurso nacional;
Liberalismo: Liberdade como regra.
Funções da pena:
a) Teoria Absoluta/Retributiva da pena:
Absoluta no sentido de que em si mesmo se esgota: Pena se esgota em si mesma (crime <-> Castigo). 
Função da pena se esgota na punição.
b) Teoria Relativa/Preventiva da Pena:
Ela possui uma finalidade além de punir, ela se relaciona a algo;
Visa prever que os outros delitos ocorram.
c) Teoria Agnóstica
Linha Crítica
TEORIA RELATIVA /PREVENTIVA
		PREVENÇÃO GERAL				 PREVENÇÃO ESPECIAL-POSITIVISMO
	(Dirigida Para a sociedade e é difusa)			 (Dirigida para o criminoso é específico).
	Positiva:
(Teoria da Anomia)
	Negativa (Beccaria):
(Pena serve para evitar que novos crimes ocorram).
(Ameaça + Amedrontamento +Punição do criminoso para assustar o restante da sociedade + importância da força normativa).
	Positiva:
Reinserção, ressocialização do criminoso (não funciona por questões estruturais ou por sua ideia em si. É possível ressocializar alguém tirado da sociedade (ex. Criminoso que saiu da prisão vai ser inserido em uma nova empresa.
	Negativa:
- Cesare de besana, Marquês de beccaria (1734-1756)
Nome da primeira etapa da Escola Clássica (fase mais filosófica do que jurídica);
Fase Crítica, contra o Antigo Regime;
Livro com os conceitos de Cesare é “Dos delitos e da pena” (1764):
Neste período existe uma necessidade de justificação para punir (início do princípio da legalidade);
Estado deve Provar o crime e não a pessoa provar que é inocente.
Racionalização / Limitação do poder punitivo;
Poder Punitivo X Liberdade Individual Toda a construção do direito penal serve como limite do poder punitivo;
Prevenção geral negativa:
A pena entra como prevenção por medo das normas (a pessoa não vai cometer tal conduta por ter medo das consequências). É uma forma de medo, convencer em não fazer pela possibilidade da pena.
Quando percebe-se que não é completamente efetiva, surge a ideia de aumento da pena.
Crime como abstração da racionalidade, da liberdade.
Função da pena-prevenção geral positiva
Crítica a prevenção geral negativa:
Nem sempre o fato MEDO faz com que os crimes sejam evitados.
Aumento das penas não surte o efeito desejado muitas vezes.
Função preventiva: Função RELATIVAA função da pena serve pra evitar, prevenir que outros crimes aconteçam GERAL X ESPECIAL
O crime é uma violação do contrato social e este tem a Violação das regras existentes no meio da sociedade.
- Francesco Carrara (1805 – 1888)
Século 19 (período pós revolução francesa);
Delito como “ente jurídico”;
Fundamentação racional, não religiosa.
Retribuição;
Discurso mais jurídico -> Jusnacionalismo;
Função retributiva:
A pena é um castigo, ela não serve para nada além disso.
A escola clássica trabalha somente com a função retributiva;
A pena tem a sua finalidade em si própria “Porque sim” Função ABSOLUTA;
Ele fez com que a forma metafísica e filosófica do crime se tornasse jurídica.
ESCOLA POSITIVISTA (FINAL XIX, INÍCIO XX)
Contexto Positivismo, Dawinismo, Revolução Industrial;
Revolução Industrial:
Crescimento urbano, desigualdade econômica muito forte nesse tipo de sociedade, alguns crimes ocorrem com o mais intensidade (urbanos homicídios, furtos).
Crítica à escola clássica Indivíduo X sociedade (defesa social);
Racionalismo X Empirismo Empirismo = Método Ciência;
Advoga um status de cientificidade;
Não nascemos livres, nascemos com uma condição natural Nascemos pré-determinados à uma condição;
Crítica à Escola Clássica: 
Os Clássicos forma importantes pois conseguiram desconstruir a explicação metafisica da Igreja, mas colocaram uma nova explicação metafisica (racionalidade, livre-arbitrio, liberdade);
Criminologia se associa com dados empíricos (pesquisa de campo, dados experimentações exaustivas).
- MUDANÇAS FÁTICAS
Individuo x Sociedade;
Não visam mais proteger o individuo;
Distinção entre sociedade que deve ser defendida e os criminosos, vistos como ameaça.
- MUDANÇAS EPISTEMOLOGICAS
Positivismo - > busca máxima pela cientificidade e objetividade;
Conhecimento sobre objeto deve ser comprovável, demonstrável, concreto, empirista (contra os contratualistas – como provas igualdade, livre-arbitrio);
Evolucionismo – Traz a ideia de um melhoramento, de que o anterior é inferior - > propagou-se a ideia de um evolucionismo na forma de estudo;
Crime é condicionado pelo o que a pessoa é, o indivíduo é propensamente delinquente;
Criminoso é inferior, anormal, possui condicionantes/determinantes próprio;
Nascimento da Criminologia cientifica;
Racionalismo x empirismo;
Pena como ideia de melhoramento, de cura (divisão entre pessoas mais evoluídas e menos desenvolvidas).
- Cesare Lombroso
Livro de sua teoria “O homem delinquente” (1876).
Médico, Legista, Italiano.
Responsável pelas teorias mais conhecidas da escola positiva.
Busca os dados que comprovam os elementos da criminalidade (não existe como estudar objetivamente o crem0e).
Objeto de criminologia - > o criminoso
Procurou características físicas, um padrão (altura, cor da pele).
Creme como patologia (Cura = Pena -> melhorar a pessoa, evoluí-la)
- Enrico Ferri
Sociologia criminal (1891).
Existe um criminoso nato e as características hologicas determinam muitas vezes, mas não sempre (é necessária uma complementação);
Desenvolve a ideia de multi-causalidade;
Causas da criminalidade:
1) Físico- biológicas (ou físico-anatômicas) (Lombroso);
2) Causas ou determinantes telúricas (Elementos ambientais e climatológicos) (Telúrio – Condicionado ao ambientais;
3). Causas Sociais (não é a sociedade que produz o crime, mas o crime está predisposto no individuo e certos acontecimentos sociais funcionam como gatilho).
A construção social não é a causa do crime, mas serve como gatilho.
- Raffaele Garófalo
Criminologia (1885);
Mais associado à politica do que à ciência como os outros autores;
Além das 3 causas, existe causas culturais;
As 4 causas podem discorrer de valores morais Sejam atrofiados, hipo-desenvolvidos;
Crime está no indivíduo que posou valores atrofiados, e estes podem atrofiar-se por causas sociais, ambientais, físicas, culturais;
Prevenção especial negativa:
Para pessoas que não forma “curadas”, deve-se buscar a ressocialização (penas de aniquilamento);
Discurso de extermínio para aqueles que não tem cura, discursos de diferenciação e inferiorização, seja devido a motivos físicos/sociais/ambientais/culturais, como no caso dos Judeus;
Garófalo morre em 1934, quando o fascismo estava crescendo.
Positivismo no Brasil
Raimundo Nina Rodrigues (1856-1906);
Ficou conhecido como “Lombroso Brasileiro”.
Tentou identificar as características físicas com a base nas prisões em Salvador/BA;
Com base em seus estudos, ser negro era um condicionamento para ser criminoso.
- Direito Penal do Fato x Direito Penal do Autos
Fato -> Julgar a conduta;
Autor -> Julgar a pessoa (ex. caso da inimputabilidade). 
* Existência de grupos sociais e culturais, muitas vezes decorrente dos discursos de superioridade, evolucionismo.
18/08/2017
ESCOLA DE CHICAGO (TEORIA ETIOLOGICA)
Contexto Virada do século XIX/XX
1. Forte industrialização;
2. Crescimento desenfreado das cidades;
3.Intensa imigração;
Desorganização urbana;
 Enfraquecimento do controle social informal (são formas de resolver conflitos sem auxílio de força policial ou judicial) Desorganização urbana produz criminalidade Falta da vizinhança conhecida.
- TEORIA DAS ZONAS CONCÊNTRICAS: 
Ernest Burguess (1886-1966) e Robert Park (1864-1944);
Juntos, elaboraram um mapa da Criminalidade de Chicago;
A ideia desta teoria é que dependendo da faixa de zona que você está, mais criminalidade existe nele (zona 1 até a 5). A zona que mais tinha criminalidade era daqueles que não se estabeleciam na cidade (de passagem), e não conseguiam ter laços sociais fortes;
Nos ambientes desorganizados a criminalidade é maior Aqueles que possuem maior organização e as pessoas se conhecem melhor (organização formal) a criminalidade é menor (vizinhança conhecida) 
A ideia da teoria anterior é que a ausência de instituições que fazem o controle informal acaba por originar crimes;
O meio de controle formal diminui a possibilidade de redução da criminalidade Não se deve lidar com o crime através de penas, mas sim através das instituições de controle informal (escolas particulares).
- Cifra negra
Nem todos os crimes que acontecem na vida real viram estatísticas;
Depende do crime, haverá uma alta ou uma baixa taxa de registros (crimes que acontecem, mas não são notificados). (ex. roubo de vide mecun).
- TEORIA DA ANOMIA
- Emile Durkheim (1858-1917)
Nós precisamos ter bactérias para ter uma função no organismo (o crime tem uma função importante) (o crime é tido como bactéria, algo necessário para que o crime funcione);
O Crime não é patológico, é normal e funcional tem uma função na sociedade, e é importante;
Para Durkheim, o Direito vai legislar a respeito do desrespeito da Consciência coletiva (Direito Punitivo). Crime é uma violação da consciência coletiva, uma violação da forma de valorar e analisar que provém da sociedade;
A conduta criminosa vai nos fazer a crer que este deve ser punido (consciência coletiva), mas a consciência está sempre em atualização (mudanças culturais e sendo questionada), ela pode virar consciência individual. (ex. Mulher trai marido no sec. 19, nesta época, você poderia matar o amante e a mulher por legitimidade de honra. No sec.20, seria sugerido que ele separe dela);
Crime é uma violação da consciência coletiva, uma violação da forma de valorar e analisar que provém da sociedade;
O Crime rompe com os elementos coletivos aceitos na sociedade;
A consciência coletiva não é algo estático (Quando o sujeito comete um crime a sociedade impõe uma pena para reafirmar a consciência coletiva);
Crime é patológico, é algo normal é Funcional;
Para Durkheim, o que valia para estudar sociologia era o FATO SOCIAL:
Fatos sociais externos ao indivíduo;
Crime é um elemento inerente a estrutura social (não é algo errado, alheio à sociedade);
Autor estrutural-funcionalista O crime não é só normal, mas além disso, ele cumpre uma função
Anomia, na esfera criminal, é quando a consciência coletiva está flácida, fazendocom que o crime não tenha mais função na sociedade (Transição, atualização do sistema).
- O SUICÍDIO ANOMICO:
Eu tenho situações que a regras sociais que não estão claras. Por isto, o indivíduo não tem mais razão de viver na sociedade (Perde o sentido da vida e de referência social);
Existem situações específicas, passageiras, na sociedade (transformações sociais muito rápidas);
O indivíduo não consegue ter contato consigo mesmo nem com a sociedade devido a abrupta mudança, e isso causa o suicídio (DURKHEIM).
- Robert K. Merton (1910 – 2003) 
Estrutura cultural X Estrutura econômica:
Estrutura Cultura: é a norma que define os métodos a serem seguidos. Define os caminhos ilegítimos para alcançar estes fins;
Estrutura Econômica: Não tem condições de dar a todos esses meios. A depender da adesão aos meios é possível identificar os padrões da sociedade.
Define os caminhos ilegítimos para alcançar esses fins;
Ao ver a adesão da sociedade aos meios, é possível ver os padrões da sociedade.
	METAS (ESTRUTURA CULTURAL)
	MEIOS (ESTRUTURA ECONÔMICA)
	CONFORMISMO De acordo com as metas (está de acordo) (+)
	De acordo com os meios (+)
	INOVAÇÃO De acordo com as metas (criminoso) (+)
	Outros meios que não aqueles que são tidos como certos, são ilegítimos (-)
	RITUALISMO Abdicou dos objetivos, se conformou com a sua condição (eu tenho um emprego pagando contas ta valendo... um eterno estagiário) (-)
	Vincula-se aos meios, sempre faz aquilo que é o “certo” (+)
	APATIA Abandono das metas (A figura do mendigo se enquadra aqui. Seria a pessoa que não tem ambição) (-)
	Abandono dos meios (+)
	REBELIÃO Não se pode dizer que não há metas, ele possui sim, mas são metas diferentes daquelas definidas em sociedade (é aquele indivíduo que não tenha desistido em seus objetivos, mas ele tem outros objetivos... ex. hippe) (+/-)
	Usam de meio que são aceitos de forma parcial pela normalidade (+/-)
Todas estas condutas fazem parte da sociedade, pois nem todos vão ter acesso aos meios;
A maioria da sociedade faz parte do conformismo;
A maior parte sai por uma crise na sociedade econômica ou cultura (crise desemprego ou revolução francesa);
A estrutura da INOVAÇÃO é onde se encontra o crime Portanto, o crime é normal na sociedade;
O CONFORMISMO é onde se encontra a maioria da sociedade.
- TEORIA DAS ASSOCIAÇÕES DIFERENCIAIS
Edwin Sutherland (1883 – 1950) White Colar Crimes
Refuta as explicações bio-fisiológicas e econômicas
- Influenciado pela “Teoria da Imitação” (G.Tarde)
Nesta teoria (Teoria da Imitação), todas as nossas condutas são repetidas e adequadas de acordo com o ambiente. Ex. determinadas condutas são ordenadas pelos costumes culturais, como as saudações “oi, thau”. O ambiente determina que você seja “educado”;
Para Sutherland, o crime é aprendido;
Nenhum comportamento realizado na sociedade é plenamente original, é uma cópia de comportamentos já construídos em nosso contexto; 
Se o comportamento é uma cópia, ele pressupõe um processo de aprendizado antes; 
O crime é um comportamento social, ou seja, ele é aprendido, assimilado (é fruto de um processo social, mas não se enquadra especificamente na pobreza);
Técnicas de cometimento (técnicas para cometer crime / Justificação (porque cometer o crime);
Crime é tudo furto de processos sociais de aprendizagem (Técnica de cometimento – Justificação Racionalização: é justificar a minha conduta criminosa);
Teoria da imitação sócia: nenhuma conduta social é nova ou inovadora, na verdade, todas elas fazem parte de um jogo de repetição. (Ex. vídeo com a japa fazendo as mesmas coisas do que o grupo);
Determinação favoráveis a violação das normas -> Determinações favoráveis a obediências das normas;
Outras formas de organizações associações que são contrarias à lei.
- TEORIA DAS SUBCULTURAS CRIMINAIS
Albert Cohen (1903 – 1984) Delinquent Boys;
Objeto específico Delinqüência juvenil;
É criado uma teoria para os adolescentes em conflito com a lei;
Anomia + Associações Diferenciais -> Ressentimento/Frustação -> Criação de Standarts/Normas Paralelas:
Não utilitarismo // Malícia // Negatividade 1. Não há utilidade nos atos, mas é o ganho do respeito dentro de seu próprio grupo, auto-afirmarão // 2. Os atos trazem satisfação pessoal para o indivíduo, por mais violento ou inútil que seja, ele sente um prazer pessoal nisso // 3. As condutas só fazem sentido se forem contrárias as regras, ou seja, só trará prestígio perante os demais e dará prazer pessoal se for contra as regras;
Superação Tentará tudo o que for possível para alcançar o sucesso pelos meios aceitos;
Resignação Sabe que não vai alcançar, mas não irá mudar, tentar fazer algo para alcançar o sucesso cultura;
Subculturas criminais Criação de um padrão alternativo para alcançar o sucesso cultural;
Processos de internalização analógica são idênticos:
O que muda é o conteúdo ou aquilo que a pessoa entendeu;
O padrão de sucesso cultural não é só econômico (o padrão vai para outras características);
Refutação das explicações biologicas:
O Criminoso é algo anormal, é diferente.
- CONCLUSÕES DA ETIOLOGIA SÓCIO-ESTRUTURAL
- Crime é normal
- Refuta explicações individuais
- Políticas Públicas X Pena
- “Reconhecimento” do multiculturalismo
- RELAÇÃO SOCIAL INDIVIDUAL OU LABELING APPROACH OU TEORIA DAO ETIQUETAMENTO
01/09/2017
-ETROMETODOLOGIA
Alfred Schutz
A realidade não tem como ser conhecida. (ex. as 21h o pc explode, e existe várias pessoas na sala que vê de uma forma diferente o fenômeno. Existe uma possibilidade muito maior de poder entender o fenômeno. Nos entendemos conforme a realidade que construímos. Quando você vÊ vai entender de uma forma que você entende);
A realidade é construída e entendida de forma diferente, de acordo com o conhecimento de cada um;
A Realidade é uma construção social;
Realidade é incognoscível;
Construtivismo social;
As pessoas enxergam o mundo de formas distintas;
Não há modo de reconhecer de fato a realidade, o que existe, é um pequeno recorte daquilo que nos é dado;
A realidade é aquilo que nós construímos, das perspectivas que temos Concepções diversas sobre a realidade.
- INTERACIONISMO SIMBÓLICO
George Merd;
Ewing Gottman;
Howard Becker;
Existe um significante originário que passa a ser resinificado, que gera um símbolo na externalidade. Estamos resignificando pois não conhecemos o significante originário;
As condutas são rotuladas, o crime (é constituído, não existe por si só), pressupõe uma etiqueta negativa;
A sociedade existe com ações sociais;
Interações inter-subjetivas mediadas por símbolos constantemente significados;
“O desvio e a criminalidade não é uma qualidade intrínseca da conduta ou uma entidade ontológica pré-constituída à reação (ou controle) social; mas uma qualidade (etiqueta) atribuída à determinados sujeitos através de complexos processos de interação social, isto é, processos formais e informais de definição e seleção.” (Vera P.R. de Andrade);
Ação social Max weber
Deve ser analisado, na ação social, o que orienta a tal ação Por que dar boa noite para as pessoas? Tipos sociais ideias
Todas as interações sociais, só são enxergadas o que é aparente Atribui-se a este símbolo novos sentidos (novos sentidos às partes visíveis das ações sociais) Dependem da nossa bagagem social
As coisas dependem da pessoa, dependem da forma com a pessoa que expõe a ação e a outra interpreta a ação
As condutas são meras condutas Se elas serão interpretadas como negativas ou positivas, não depende da conduta, depende das pessoas e a forma que elas irão interpretar o significado dela
O crime não existe por si só, mas o processo o define como crime. Em algum momento analisamos as condutas e definimos ela como crime (comportamento da sociedade a respeito dos fatos).
O crime não é algo natural, é algo que se constrói a partir das atribuições de significado (Conduta);
A criminalização é um controle social formal e informal.
Cifra oculta
- CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIAQuem define o crime é o estado por intermédio do poder legislativo (Campo abstrato), este é o mundo do Deve Ser;
- CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA Entra no mundo concreto, no mundo real No plano abstrato, há condições de se pensar em condutas abstratas, contudo, NO MUNDO REAL, é necessário é necessário que a conduta aconteça, e para que aconteça, necessita do SUJEITO, AGENTE. A POLÍCIA IDENTIFICA SE O CRIME ACONTECEU NO MUNDO REAL E DE QUEM É A AUTORIA. APÓS ISTO É ENCAMINHADO AO MP, E O PODER JUDICIÁRIO É QUEM O JULGA MANDANDO OU NÃO PARA O SISTEMA CARCERÁRIO (não existe condutas sem agente, ou seja, precisa de um autor para cometer o ato). (A polícia da o ponta pé inicial e sempre tem como objetivo de encontrar a autoria do crime. Logo após encerrar o inquérito, o MP indicia a pessoa, o juiz acolhe a denúncia e sentencia a pena, na prisão ela cumpri a lei);
Existe dois funis que seleciona aqueles que comentem o crime;
O sistema é seletivo A criminalização concreta seleciona quem ela vai rotular como bandido e quem ela irá deixar de lado;
A seletividade penal é orientada pelo estereótipo do sujeito;
Nem todos aqueles que são indiciados pelo MP são julgados pelo judiciário;
Nem todos aqueles que são julgados são condenados ao sistema carcerário;
Estigma Vão ficar marcas no indivíduo como criminoso, e isto não vai sair dele (ex. uma etiqueta que não sai inteira de uma mercadoria e fica com as marcas dela). E assim, ele não consegue se re-socializar na sociedade;
Descriminalizando condutas.

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