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1 Tributário

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D I R E I T O T R I B U T Á R I O
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D I R E I T O T R I B U T Á R I O
( HISTÓRICO & CONCEITO
● O Dto trib. nasceu com a Emenda Constitucional 18/65 que estruturou, pela 1ª vez, um sist. tributário. Antes disso a arrecadação era objeto da ciência das finanças e do dto adm.
● Dto tributário é o ramo do dto público que estuda as ativ. de criação, cobrança e fiscalização de tributos.
● A criação do tributo é exercida pelo Poder Legislativo – cobrança e fiscalização são ativ. do Poder Executivo.
● Por ser recente, o dto tributário utiliza conceitos e formas de outros ramos do dto (art. 110).
( DISPOSIÇÕES GERAIS
● O CTN continua sendo lei ordinária, mas c/ força de LC (TJSC).
● A nat. juríd. específica do tributo é determinada pelo exame do FG da respectiva obrigação (MPPR).
● A obrigação do pgto tributário decorre da adequação fática (FG) à previsão normativa abstrata instituidora do tributo, fenômeno denominado incidência tributária. As situações não previstas na norma abstrata correspondem a não incidência (CESPE).
● Obrigação patrimonial → principal = obrigação de dar (pgto multa tb é obrigação principal – CESPE).
● Obrigação não patrimonial → acessória = obrigação de fazer. 
●  O FG da obrigação acessória deve ser instituído por lei:
- não necessaria// instituídas por lei (CESPE 2X) – a regulamentação de OT acessória (MPMG) – pode ser imposta ato infra-legal (Leandro Paulsen). Vg emissão de notas fiscais (mera operacionalização da tributação prevista em lei – CESPE)
- é imprescindível previsão ou definição em lei (TJMG);
● O sujeito passivo pode ser contribuinte ou o responsável tributário (TJPE):
	- contribuinte realiza o FG;
	- responsável deriva exclusiva// da lei → tb chamado de responsabilidade por transferência.
● Sempre que, numa mesma relação jurídica, houver duas ou + pessoas caracterizadas como contribuinte, cada uma delas estará obrigada pelo pgto integral da dívida (solidariedade passiva) STJ
● Classificação dos responsáveis: 
- sucessão (arts. 130 a 133); 
- representação (art. 134); 
- excesso de poderes ou infração a lei/contrato/estatuto (art. 135);
-por dolo ou fraude (art. 208).
● A responsabilidade abrange os tributos e as penalidades, embora o CTN não diga isso expressa// (REsp 592007 1ª T. 2003 / CESPE).
● S. 239 STF → decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores.
● Compete privativa// ao SF avaliar periodica// a funcionalidade do sist. tributário nacional, em sua estrutura e seus componentes, assim como o desempenho das administrações tributárias da União, dos estados, do DF e dos municípios (CESPE).
( Aplicação da Legislação Tributária
● A legislação tributária aplica-se imediata// aos FGs futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa (CESPE).
- V.g. em 2007 a alíquota do IPTU era de 3%, mas o proprietário não paga. Em 2008, a alíquota passa p/ 4%. Qdo o pro-prietário for pagar o IPTU relativo à 2007, vai pagar a alíquota de 4% (aplica-se imediata// aos FGs pendentes – CESPE).
●  Lei posterior não retroage, exceto qto às penalidades.
● A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
- qdo seja expressa// interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
- tratando-se de ato não definitiva// julgado:
- qdo deixe de defini-lo como infração;
- qdo deixe de tratá-lo como contrário a qq exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pgto de tributo;
- qdo lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
● Não depende de lei o estabelecimento de norma interpretativa de lei, seja a interpretação no caso concerto, seja a interpretação c/ caráter normativo (CESPE).
● Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do FG de um imposto não lançado por período certo de tempo ampliando os poderes de investigação das aut. adm., o lançamento será regido pela lei em vigor na data da feitura do lançamento (CESPE)
● Excepcional//, a lei tributária retroage qdo for interpretativa ou mais benéfica em matéria de infração (art 106 CTN - MPRJ - CESPE)
● A nova norma tributária mais benigna que a prevista na lei vigente ao tempo da prática do ato aplica-se ao ato definitiva// julgado administrativa//, mas não definitiva// julgado judicial// (PGR).
● Salvo disposição em contrário, a pessoa jurídica de dto púb. que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, aplica a legislação trib. da pessoa juríd. de dto púb. da qual se desmembrou até que entre em vigor a própria legislação (CESPE).
● Normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (CESPE)
- atos normativos expedidos pelas autoridades adm.;
- decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição adm., a que a lei atribua eficácia normativa;
- práticas reiterada// observadas pelas autoridades adm.;
- convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios.
● Entram em vigor: (CESPE)
- atos adm. normativos expedidos pelas autoridades adm → na data da sua publicação;
- decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição adm., a que a lei atribua eficácia normativa, qto a seus efeitos normativos → 30 dias após a data da sua publicação;
- convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios → na data neles prevista.
( Interpretação e Integração da Legislação Tributária
● Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente p/ aplicar a legislação tributária utilizará sucessiva//: TJRO
- analogia;
- princ. gerais de dto tributário;
- princ. gerais de dto público;
- equidade.
● O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
● O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pgto de tributo devido.
● A interpretação de uma lei que concede isenção ou exclusão do CT deve ser estrita (ñ restritiva). O CTN usa a expressão “interpretação literal” (CESPE 3X).
● É apresentada uma sequência taxativa e hierarquizada de técnicas aptas a solucionar o problema da omissão na legislação tributária. O critério usado pelo legislador p/ consignar uma sequência de preferência entre as técnicas integrativas foi o de conferir à autoridade responsável o mínimo grau de discricionariedade possível, ampliando-o passo a passo na medida do necessário (TJRO).
● Os princ. gerais de dto privado utilizam-se p/ pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não p/ definição dos respectivos efeitos tributários.
● A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de dto privado.
( Fato Gerador (FG)
● A ocorrência do FG faz nascer a OT.
●  O FG é critério de exame da nat. juríd. específica do tributo (CESPE).
●  FG pode ser:
	- instantâneo;
	- continuado → FG ocorre todo dia, mas a lei determina o dia em que se considera ocorrido (IPTU, IPVA);
- periódico / complexivo → sua realização se põe ao longo de um determinado tempo – situação composta por diversos fatos considerados em conj. (IR);
- vinculado → realizado pela administração (prestação de serviço púb. remunerado por taxa);
- não vinculado → diz respeito a ativ. do contribuinte (prestar serviços).
● A nulidade ou a anulabilidade do ato juríd., sob o enfoque do dto civil, são irrelevantes p/ o dto tributário, pois a definição do FG é interpretada abstraindo-se tais fatos (CESPE).
● A definição legal do FG deve ser interpretada c/ abstração da validade jurídica da ativ. efetiva// praticada, bem como da nat. do seu objeto ou dos seus efeitos. A possibilidade de tributação da renda obtida em razão de conduta ilícita consubstancia o princ. donon olet. O réu pratica sonegação fiscal, qdo não declara suas receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional (STF).
● Os atos ou negócios juríd. condicionais reputam-se perfeitos e acabados: (CESPE)
- sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
- sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
( Lançamento
● “Procedimento” adm. tendente a verificar a ocorrência do FG.
● Fisco tem o prazo decadencial de 5 anos p/ constituir (lançar) o CT. Esse prazo se inicia no 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (GEMPF).
 - Exceções: - contados da data em que tenha sido iniciado a constituição do CT pela notificação do sujeito passivo, de qq medida preparatória indispensável ao lançamento;
- contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, lançamento anterior// efetuado.
● A notificação é condição de eficácia do lançamento (REsp 738205, 1ª T. STJ 2006 // CESPE), demarcando, pois, a constituição do CT que, assim, passa a ser exigível do contribuinte – que é instado a pagar, e se não o fizer nem apresentar impugnação, poderá sujeitar-se à execução compulsória através de Execução Fiscal. 
● Não é legítima a recusa da autoridade fiscal em expedir a CND, pois, inexistindo o lançamento de eventual débito remanescente, não há que se falar em CT constituído e vencido (STJ).
● O lançamento reporta-se à data da ocorrência do FG da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posterior// modificada ou revogada (CESPE).
- V.g. em fevereiro, determinado contribuinte prestou serviços sujeitos ao ISS, à alíquota de 1%. Em março, foi publicada lei que majorou a alíquota p/ 2%. Nesse caso, sendo o lançamento efetivado em abril, a alíquota utilizada p/ o cálculo do tributo deverá ser de 1% (CESPE).
● S. 227 TFR → a mudança de critério juríd. adotado pelo fisco não autoriza a revisão de lançamento.
● A ativ. do fisco não fica inibida por liminares ou por outras modalidades de suspensão de exigibilidade, portanto, deve lançar o tributo, sob pena de ocorrer a decadência (Ag REsp 946083 STJ // CESPE).
● Por Homologação (autolançamento) → a declaração constitui o CT (v.g.: IR, IPI, ICMS, ISS, ITR, Cofins):
- suj. passivo realiza o FG e, em consequência, adquire o dever de realizar o pgto antecipado do trib. s/ nenhuma manifestação da aut. adm.;
- após a LC118/05 o pgto antecipado extingue o CT, daí se admitir o prazo de 5 anos a contar do pgto p/ ajuizamento da ação de repetição de indébito (STJ - TJDFT);
	- se não houver antecipação do pgto, não há falar-se em lançamento por homologação (MPF).
● LC 118/05 que trata do prazo p/ restituição de tributos se aplica às ações ajuizadas a partir da sua entrada em vigor (MPRJ).
● P/ as ações ajuizadas a partir de 9/6/2005, aplica-se o art. 3 LC 118/05, contando-se o prazo prescricional dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em 5 anos a partir do pgto antecipado de que trata o art. 150, §1 CTN (1ª seção STJ 2012).
● A modalidade de lançamento do ICMS é por homologação ou autolançamento (TRF).
● Prazo prescricional quinquenal p/ o Fisco exercer a pretensão da cobrança jud. do CT conta-se da data estipulada como vencimento da OT declarada, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, em que o contribuinte cumpriu o dever instrumental de declarar a exação mediante declaração de débitos e créditos tribut. fed. (DCTF) ou guia de informação de apuração do ICMS (GIA), mas não adimpliu a obrig. principal, de pgto antecipado, nem sobreveio qq causa interruptiva da prescrição ou impeditiva da exigibilidade do crédito.
● Por declaração → a ocorrência do FG faz nascer a OT, cabendo ao contribuinte apenas declarar a matéria de fato e aguardar o lançamento que será feito pela Adm. a partir das informações feitas pelo contribuinte (v.g. ITBI, I.I. sobre bagagem acompanhada).
	- declaração é obrigação acessória.
- se a declaração contiver erro, ela pode ser retificada pelo sujeito ativo de ofício ou pelo próprio sujeito passivo, desde que o faça antes de notificado o lançamento (CESPE).
● De ofício (direto) → realizado considerando apenas as informações colhidas pela Adm. (v.g. IPTU, IPVA).
- não há participação do suj. passivo.
- pode ser originaria// de ofício ou decorrer de revisão de lançamento anterior.
- o auto de infração corresponde ao lançamento de ofício e constitui o CT (CESPE).
● Por arbitramento ou aferição indireta → aplicável aos casos em que a autoridade, embora verificando que o FG ocorreu, não dispõe de elementos suficientes p/ a apuração da BC c/ exatidão em face da ausência ou inidoneidade da documentação respectiva
- é excepcional, subsidiário, aplicável qdo for impossível estabelecer a BC real (RMS 26964, 2ª T. STJ 2008).
- não tem nat. de sanção e sim de método substitutivo p/ a apuração do montante devido, não podendo se basear em elementos destoantes da realidade e está sujeita a impugnação do contribuinte.
( CT
● Constituição do CT significa a identificação de todos os elementos da norma juríd. trib. (FG; suj. passivo; suj. ativo; valor do trib.).
● Ativ. de constituição do CT pode ser realizada tanto pelo sujeito passivo qto pelo sujeito ativo.
● Qdo o CT é constituído pelo sujeito ativo, necessaria// há lançamento.
● A possibilidade de o suj. passivo constituir o CT não ofende o art. 142. O STJ entende que o que compete privativa// à aut. adm. é constituir o CT pelo lançamento.
● STJ → duas formas de o sujeito passivo constituir o CT: 
- declaração;
- depósito integral do débito (não cabe a incidência de juros moratórios, pq não existe inadimplência).
● A Fazenda tem 5 anos p/ cobrar o CT, contados da data da constituição definitiva do CT (TJPR).
● Nos termos do CTN, considera-se constituído o CT c/ a ocorrência do lançamento efetuado pela autoridade adm. (TJSC).
● S. 436 STJ → a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o CT, dispensada qq outra providência por parte do fisco.
( Modificação do CT
● Suspensão → é a impossibilidade de cobrança do tributo, afastando a situação de inadimplência, devendo o contribuinte ser considerado regular p/ fins de emissão de CND e exclusão do CADIN. Não impede a constituição definitiva do CT ou suspende o prazo decadencial, apenas impedindo que o prazo prescricional tenha curso.
- moratória → prorrogação do prazo de vencimento, c/ ou s/ parcelamento. Aplica-se antes do vencimento (CESPE). Depende de lei específica, não podendo o contribuinte pleitear condições diversas daquelas previstas na lei. Não pode ser obrigado a cumprir requisitos adicionais. 
- depósito do seu montante integral (pode ser feito independente// de requerimento judicial ou adm.).
- reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do proc. trib. adm.
- concessão de medida liminar em MS.
- concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial.
- parcelamento → depende de lei específica (CESPE), não podendo o contribuinte pleitear condições diversas daquelas previstas na lei. Não pode ser obrigado a cumprir requisitos adicionais. Tributo já deve estar vencido (CESPE). Não exclui, por si só, a aplicação de juros e multa (CESPE).
● A União somente poderá conceder moratória de caráter geral c/ relação a tributos estaduais ou municipais no caso excepciona-líssimo e nas condições do art. 152, I, ‘b’ CTN (qdo simultanea// concedida qto aos tributos de compet. federal e às obrigações de dto privado – CESPE).
● A concessão da moratória em caráter individual não gera dto adquirido (CESPE).
● A suspensão da exigibilidade do CT é obtida em razão da interposição de impugnação ou recurso adm. e possibilita a emissão de CPcEN de débitos tributários (MPRJ)
● Não há dispensa do cumprimento das obrig. assessórias dependentes da obrig. principal cujo crédito seja suspenso.
● As circunstâncias que modificam o CT,sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade, não afetam a OT que lhe deu origem (TJDFT).
● O simples pedido de parcelamento do débito fiscal importa em interrupção da prescrição (TJMG).
● S. 248 TFR → o prazo da prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado.
( Extinção do CT
● Hipóteses:
- pgto (CT é satisfeito);
- compensação (CT é satisfeito);
- transação (CT é satisfeito);
- conversão de depósito em renda (CT é satisfeito);
- remissão (CT é perdoado);
- prescrição e a decadência;
- pgto antecipado e a homologação do lançamento;
- consignação em pgto;
- decisão adm. irreformável (definitiva na órbita adm., que não mais possa ser objeto de ação anulatória);
- decisão judicial passada em julgado;
- dação em pgto em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
● Somente o CTN pode instituir causas suspensivas da exigibilidade e da prescrição (REsp 708227, 2ª T. STJ 2005). O §3º do art. 2 LEF – suspensão do prazo prescricional por 180 c/ a inscrição em DA - invade matéria reservada a LC e é inconst.. 
- a norma contida no art. 2, §3 Lei 6.830/80, segundo a qual a inscrição em dívida ativa suspende o prazo prescricional por 180 dias ou até a distribuição da execução fiscal, se anterior àquele prazo, aplica-se tão-somente às dívidas de nat. não-tributárias (REsp 1165216, 2ª T. STJ 2010).
● Não se admite que LO institua modalidade de extinção do CT que não esteja previsto em LC (STF / CESPE).
● Os Estados e o DF podem estabelecer outros meios não previstos expressa// no CTN de extinção dos seus CTs, haja vista que podem conceder remissão (quem pode o +, pode o -) (STF / STJ / CESPE)
● Compensação → dos débitos tributários c/ créditos de outra nat. (confundindo-se credor e devedor) depende de lei autorizadora de cada ente c/ compet. p/ instituição do tributo. Não basta a existência de lei federal autorizadora (CESPE).
- os créditos oferecidos p/ compensação devem ser líquidos e certos contra a Faz. Púb., podendo ser tanto vencidos como vincendos (CESPE).
- em regra, não é possível a compensação ser feita pelo sujeito passivo c/ créditos de precatório (CESPE).
- o CTN, por si só, não reconhece o dto a compensação, é necessária lei específica. É facultado que a norma determine as garantias necessárias à operação (CESPE).
● Se p/ a compensação for necessário o reconhecimento da ilegalidade da interpretação do fisco sobre a lei tributária ou mesmo inconst. da lei que criou o tributo ou na sua aplicação, é necessário que o contribuinte intente ação declaratória, só tendo dto a compensação c/ o trânsito em julgado.
● O pgto antecipado pelo obrigado extingue o CT sob condição resolutória (OAB).
● S. 464 STJ → a regra de imputação de pgtos estabelecida no art. 354 CC não se aplica às hipóteses de compensação tribut.
● S. 461 STJ → o contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
● S. 460 STJ → é incabível o MS p/ convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte.
● Sentença declaratória que, p/ fins de compensação tribut., certifica o dto de crédito do contribuinte que recolheu indevida// o tributo contém juízo de certeza e de definição exaustiva a respeito de todos os elementos da relação juríd. questionada e, como tal, é título executivo p/ a ação visando à satisfação, em dinheiro, do valor devido (STJ).
● A determinação do arquivamento de proc. adm. tributário por decurso de prazo, s/ a possibilidade de revisão do lançamento equivale à extinção do CT (STF).
● Determinado contribuinte reside em área situada na fronteira entre 2 municípios, não sendo muito bem delineada, naquela localidade, a separação geográfica entre as duas municipalidades. Em razão dessa circunstância, ocorreu de ele ter sido notificado pelas duas fazendas municipais p/ pagar o IPTU. Deve o contribuinte ajuizar ação de consignação em pgto (CESPE).
● A decadência pode ser decretada de ofício pelo juiz (TJSP).
● A decadência ou caducidade no dto trib. importa perecimento do dto potestativo de o Fisco constituir o CT pelo lançamento (STJ).
● A CR reservou a LC a regulação da prescrição e da decadência tributárias (STF).
● Prescrição:
- a prescrição, em dto tributário, extingue não só a ação como tb o próprio dto ao CT;
- nos tributos sujeitos a lançamento de ofício, o prazo prescricional de 5 anos p/ pleitear a repetição tributária é contado da extinção do CT, do efetivo pgto do tributo (STJ);
- antes da LC 118/05 → art. 174 CTN deveria ser interpretado conjunta// c/ o §1 art. 219 CPC, de sorte que: a interrupção da prescrição retroage à data da propositura da ação (ñ a citação), salvo nos casos em que a demora na citação é imputável exclusiva// ao Fisco (STJ);
- depois da LC 118/05 → nos proc. de execução fiscal, o despacho que ordena a citação interrompe o prazo prescricional (art. 174, §1 CTN). STJ
● Interrupção do prazo prescricional (art. 174 CTN): 
- despacho do juiz que ordena a citação, inclusive em relação aos sócios gerentes em eventual redirecionamento (STJ);
- protesto judicial; 
- qq ato inequívoco que importe em reconhecimento do débito pelo devedor (confissão, caução em garantia, depósito, etc.)
● A citação da empresa executada interrompe a prescrição em relação aos seus sócios-gerentes p/ fins de redirecionamento da execução fiscal. No entanto, c/ a finalidade de evitar a imprescritibilidade das dívidas fiscais, vem-se entendendo, de forma reitera-da, que o redirecionamento da execução contra os sócios deve dar-se no prazo de 5 anos contados da citação da pessoa juríd. (STJ Ag 1211213 fev./2011).
● S. 248 TFR → o prazo de prescrição interrompido pela confissão e parcelamento volta a correr no dia em que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado.
● Prescrição intercorrente → ocorre no curso da Execução Fiscal, qdo interrompido o prazo prescricional pelo despacho do Juiz que determina a citação, se verificar a inércia do fisco exequente pelo prazo de 1 ano, dando ensejo ao reinício do prazo quinquenal, suspendendo-se o processo. Se ao final de 5 anos de suspensão deve o juiz dar vista a fazenda p/ informar se ocorreu alguma causa interruptiva ou suspensiva, e se manifestar sobre a prescrição intercorrente (STJ / CESPE).
● É prevista legal// a possibilidade de reconhecimento de ofício de prescrição intercorrente na execução fiscal (TJMG).
● S. 314 STJ → em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o proc. por 1 ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
( Exclusão do CT
● Pressupõem o surgimento da OT. Dispensam o contribuinte de apurar e cumprir a OT principal, e impede o fisco de constituir o CT pelo lançamento e de exigi-lo.
● Isenção → dispensa legal do pgto de tributo que somente atinge FGs futuros.
● Anistia → dispensa do cumprimento das penalidades estabelecidas na legislação tributária (TRF).
● Não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias (CESPE).
	Anistia
	Remissão
	Pressuposto → não constituição do CT
	Pressuposto → há a constituição do CT
	Dispensa da penalidade (parcial ou integral)
	Perdão (legal) da dívida tributária (parcial ou integral / penalidade ou tributo) 
( Tratados Internacionais
● Os tratados comerciais não concedem benefícios fiscais relativos a tributos estaduais e municipais, apenas garantem tratamento isonômico ao similar importado (CESPE).
● Tratado internacional em matéria tribut. passa a vigorar na data de início da vigência do decreto que o promulgar (CESPE).
● Tratado incorporado ao sist. tributário nacional por decreto legislativo tem prevalência sobre a lei ordinária (CESPE).
( Domicílio Tributário
● Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, considera-se como tal:
- pessoasnaturais → residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua ativ.;
- pessoas juríd. de dto priv. ou às firmas individuais → lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
- pessoas juríd. de dto púb. → qq de suas repartições no território da entidade tributante.
● Qdo não couber a aplicação das regras fixadas em qq das hipóteses acima, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
● A autoridade adm. pode recusar o domicílio eleito, qdo impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
( Capacidade Tributária
● A capacidade trib. passiva independe:
- da capacidade civil das pessoas naturais;
- de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de ativ. civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
- de estar a pessoa juríd. regular// constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
● O fato de um menor estar cumprindo medida socioeducativa de internação, não o torna insuscetível de sujeição passiva trib (CESPE).
( Solidariedade 
● São solidaria// responsáveis tributários as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o FG da obrigação tributária (art. 124, I CTN – TJMG). Desse art. depreende-se que não é necessário que a solidariedade esteja expressa// prevista em lei (CESPE).
● São solidaria// obrigadas as pessoas expressa// designadas por lei.
● A resp. é solidária qdo tanto o contribuinte qto o responsável respondem s/ o benefício de ordem (TJMG).
● Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
- o pgto efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
- a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoal// a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade qto aos demais pelo saldo (CESPE);
- a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
● Pedro e Tiago são, por lei, considerados sujeitos passivos solidários em relação a determinada dívida trib., se a lei conceder remissão pessoal a Tiago, o saldo da dívida passa todo p/ Pedro (CESPE).
● Pedro e Tiago são contribuintes obrigados, por lei, solidaria// a pagar mensal// certo tributo. Em determinado mês, foi publicada uma lei que isentou do imposto, pessoal//, as pessoas que sofriam de certa enfermidade, da qual Pedro é portador. A isenção concedida a Pedro não exonera Tiago, restando a este a obrigação pelo saldo remanescente (CESPE).
( Responsabilidade Tributária
● São pessoal// responsáveis:
- o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
- o sucessor a qq título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta resp. ao montante do quinhão do legado ou da meação;
- o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
● Qto à resp. do espólio, apesar de o CTN referir-se expressa// apenas a tributos, abrange todo o CT (inclusive penalidades – REsp 499147, 1ª T. 2003)
( Responsabilidade de Terceiros
● É admissível que a lei atribua a um contribuinte a resp. supletiva e parcial pelo pgto de um determinado tributo (CESPE).
● A lei pode atribuir de modo expresso a resp. tributária à 3ª pessoa, qdo esta estiver vinculada ao FG da exação, excluindo a resp. do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da mesma obrigação (TJMG).
● O CTN é regra matriz da resp. tributária, devendo a LO (federal, estadual, municipal e distrital) obedecer aos requisitos dos arts. 128, 134 e 135 p/ criar novas hipóteses de resp. (STF RE 562.276).
● Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidaria// c/ este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
- os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores (somente qto aos atos ou omissões imputáveis aos pais - CESPE);
- os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
- os administradores de bens de 3º, pelos tributos devidos por estes;
- o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
- o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
- tabeliães/escrivães/serventuários, pelos trib. devidos sobre os atos praticados por / perante eles em razão do seu ofício;
- os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
● São pessoal// responsáveis pelos créditos correspondentes a OT resultantes de atos praticados c/ excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
- as pessoas referidas no art. anterior;
- os mandatários, prepostos e empregados;
- os diretores, gerentes ou representantes de pessoas juríd. de dto priv.
● P/ a responsabilização é necessário que os diretores, gerentes ou representantes de pessoas juríd. de dto privado estejam na di-reção da empresa na data do descumprimento da obrigação e tenham poderes de decisão qto ao recolhimento do tributo (Paulsen).
● A mera condição de sócio é insuficiente, sendo inconstitucional o art. 13 da lei 8.620/93 que institui a solidariedade entre todos os sócios de Ltda pelos débitos previdenciários (RE 562.276). Entretanto aplica-se este art. se presentes as condições do art. 135, III CTN (REsp 796613, 2ª T. STJ 2006).
● A execução fiscal poderá ser redirecionada ao sócio (mesmo que tenha se retirado da sociedade) na parte relativa à redução tributária obtida por meio de contribuição prev. descontada do empregado e deliberada// não recolhida ao fisco (CESPE).
● Salvo disposição de lei em contrário, a resp. por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, nat. e extensão dos efeitos do ato. Isso pq é o legislador quem avalia a reprovabilidade da conduta qdo quantifica a penalidade prevista em lei (STJ).
● Qto ao ilícito tributário, pode-se dizer que o elemento subjetivo vem em 2º plano (MPPR).
● A resp. é pessoal do agente:
- qto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo qdo praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de dto;
- qto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
- qto às infrações que decorram direta e exclusiva// de dolo específico:
- das pessoas referidas no art. 134, contra aquelas por quem respondem;
- dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
- dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas juríd. de dto priv., contra estas.
● S. 430 STJ → o inadimplemento da OT pela sociedade não gera, por si só, a resp. solidária do sócio-gerente.
● Funcionário do Fisco que expedir fraudulenta// CND contra a fazenda pub. responderá pelo CT já que estará caracterizada a resp. de 3º pela OT.
● A resp. é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pgto do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade adm., qdo o montante do tributo dependa de apuração.
● Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qq procedimento adm. ou medida de fiscalização, relacionados c/ a infração.
● S. 360 STJ → denúncia espontânea não se aplica aos tributos c/ lançamento por homologação qdo a declaração é correta e o pgto não é feito ou é feito a menor.
● A denúncia espontânea não se aplica: 
- casos de parcelamento do débito tributário (STJ); 
- tributos sujeitos a lançamento por homologação;
- obrigações acessórias (REsp 11.340, REsp 916.168).● Resp. trib. da empresa sucessora abrange, além dos tributos devidos pela empresa sucedida, as multas moratórias ou punitivas que, por representarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio adquirido pela empresa sucessora, desde que seu FG tenha ocorrido até a data da sucessão (STJ).
● A resp. por infrações no sist. trib. é excluída pela propositura de ação declaratória de inexistência de relação jurídica trib., antes da instauração de qq procedimento adm. (TJPE).
● S. 453 STJ → empresa que deixa de funcionar no seu domicílio fiscal s/ comunicação aos órgãos competentes autoriza o redirecionamento contra o sócio-gerente.
( Responsabilidade do adquirente de bens imóveis (GEMPF)
● Em regra, o adquirente do imóvel passa ser responsável por toda a dívida tribut. do imóvel.
● A sub-rogação verificada na aquisição de bens é pessoal, ou seja, há mudança do sujeito passivo da obrigação.
● Há 2 exceções:
	- qdo constar no título de transferência de propriedade a prova de quitação dos tributos;
	- qdo o imóvel for adquirido por arrematação em hasta púb. (neste caso a sub-rogação se fará pelo respectivo preço).
● Se, em 2010, um cidadão adquire um imóvel e se à escritura é anexada a prova do pgto e quitação relativo a 2010, eventual crédito de 2009 poderá ser cobrado do adquirente, haja vista que a prova de quitação do ano posterior não faz presumir a quitação dos anteriores (art. 130, caput, in fine c/c art. 158, II CTN – CESPE).
● Se uma pessoa de boa-fé adquire um imóvel e consta na escritura púb. CND relativa ao imóvel, não pode ser responsabilizada posterior// se a Faz. Púb. constatar a existência de débitos anteriores à alienação (CESPE).
( PODER DE TRIBUTAR
( Conceito
● Poder de tributar é ato de soberania estatal que estabelece normas de tributação.
● O poder de tributar é ato unilateral e vinculado, como decorrência constitucional da soberania estatal, e impõe ao destinatário do tributo que aceite a invasão em parcela de seu patrimônio (TJMG). Não há falar em “poder de império” (CESPE).
● Não se confundem poder de tributar e compet. tributária → esta é a distribuição desse poder aos entes federativos.
( Competência p/ legislar
● A compet. é concorrente entre União, Estados e DF (art. 24, I, CR) – cabe à União editar normas gerais através de LC (CTN).
● O Município não participa de compet. concorrente, mas pode legislar sobre dto tributário c/ base no interesse local.
● Os Municípios tem autonomia em relação aos demais entes federados e sua compet. trib. é privativa, concedida direta// pela CR, não podendo ser restringida ou eliminada pelos Estados (CESPE).
● P/ que um Município crie um tributo, é necessário, além da compet. p/ fazê-lo, o atendimento às normas limitadoras, que lhe são impostas pela CR, pela CE do respectivo Estado, pelas normas gerais trib. e pela lei orgânica do próprio Município (CESPE).
● Qto à iniciativa de proc. legislativo de leis tributárias, esta é comum entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo.
– a iniciativa é privativa do Presidente da Rep. apenas p/ os territórios (art. 61, §1, II, “b” CR).
( Competência Tributária
● A CR não cria tributos, mas outorga compet. tributária (distribuição do poder de tributar).
● A compet. tribut. é a aptidão p/ instituir e/ou majorar tributos, englobando, tb, o exercício negativo (não incidência).
● Possui duas facetas: 
– positiva → consistente em regras de incidência;
– negativa → consistente em regras de não incidência.
● Federalismo Fiscal é a distribuição do poder de tributar entre os Entes Federativos → trata-se de cláusula pétrea em consequência da autonomia dos entes federativos e do pacto federativo.
● Características: 
– indelegável (art. 7);
– incaducável;
– irrenunciável;
– facultativa (discricionária)*.
* apenas p/ a União – não exercício total da compet. impede transferência voluntária (LRF).
* a CR/88 confere um poder, e não um dever; já a LRF determina que os tributos sejam criados e cobrados (CESPE).
* é legal// facultado à pessoa juríd. de dto púb. o exercício de sua compet. trib. (CESPE)
● A compet. trib. refere-se à compet. legislativa, que não pode ser concedida ao Exec., exceto no caso de lei delegada (há autores que negam a possibilidade de lei delegada em matéria trib.). Não há possibilidade de incentivo fiscal ser criado por dec. (CESPE).
● Classificação: 
- privativa → compet. exclusiva de cada ente p/ instituir determinados tributos;
- comum → compet. atribuída a todos os entes políticos p/ instituir taxa, contrib. de melhoria e contrib. de servidores*;
	* referibilidade das contribuições → cada ente cobra contribuição de seus servidores;
	- residual → compet. privativa da União p/ instituir impostos residuais sobre situações não abrangidas por outros trib (TJPE)
	- extraordinária → compet. da União p/ instituir impostos extraordinários (art. 154, II);
- cumulativa → compet. da União p/ instituir nos territórios os tributos estaduais e, naqueles não divididos em municípios, os municipais – bem como a compet. do DF p/ instituir tb os tributos municipais, pois não pode se subdividir em município.
●  A compet. p/ instituir tributo é distinta da compet. p/ efetuar sua fiscalização e cobrança; pode, por isso, ser delegada a condição de sujeito ativo da OT e, consequente//, a compet. p/ lançar, fiscalizar e exigir o pgto do tributo (CESPE).
● Ao atribuir as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, a União estará concedendo ao Estado, ainda, as garantias e os privilégios processuais que lhe competem (CESPE).
● A União pode atribuir as funções de conferir e de executar leis, serviços, atos ou decisões adm. em matéria trib. (CESPE).
● Em matéria de compet. jurisdicional, a Fazenda (União) intervindo em proc. de execução coletiva sobre bens de comerciante, visando garantir o recolhimento/quitação de trib. fed., a compet. pertence à Just. Estadual por uma de suas Varas Espec. (MPMG).
( Limitações Constitucionais ao poder de tributar
● A compet. tribut. concedida pela CR aos entes tributantes não é ilimitada, encontra limites no próprio texto da CR através de normas que visam impedir que as situações por elas descritas sejam utilizadas pela força tributária do Estado.
● As limitações constitucionais ao poder de tributar, portanto, são instrumentos definidores da compet. tribut. dos entes políticos no sentido de que concorrem p/ fixar o que pode ou não ser tributado e como pode sê-lo.
● As limitações constitucionais ao poder de tributar são exteriorizadas através dos princ. e das imunidades.
● São cláusulas pétreas e não podem ser elididas nem por EC (ADI 939 // CESPE).
( PRINCÍPIOS
( Legalidade
● Reserva legal → exigência de lei formal p/ diversas finalidades no dto tributário – inclui a legalidade formal ou tributária.
● Legalidade formal ou legalidade tributária → é vedado instituir ou majorar tributo s/ lei que o estabeleça (art. 150, I).
● Legalidade material ou tipologia tributária ou tipicidade → a lei deve estabelecer elementos mínimos aptos a ensejarem a cobrança do tributo. Esses elementos são os objetivos, subjetivos, espacial, e quantitativo (o que, quem, onde, qto).
– art. 97 CTN → rol taxativo não inclui prazo p/ pgto (STF).
– a tipicidade é híbrida (fechada vertical// e aberta horizontal//).
● De regra, os tributos são criados ou majorados por lei ordinária, o que autoriza aumento por medida provisória:
- se a MP tratar de criação ou aumento de imposto, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei (ñ se a lei resultante tiver sido publicada até o último dia daquele em que foi editada);
- se a MP tratar de criação ou aumento de taxa, contrib. de melhoria ou contrib. especiais, ela tb deve observar a anterioridade, mas a partir da edição da MP.
● A MP editada pela União poderá implicar na instituição/aumento de impostos, exceto o II, IE, IPI, imposto extraordinário e IOF, só produzindo efeitos no exercício financeiro seguinte, se convertidaem lei até o último dia daquele em que for editada (TJSC).
● Dependem de LC: 
- IGF;
- empréstimo compulsório;
- imposto residual;
- contribuições sociais residuais.
● Excepcional// admite-se a majoração da alíquota s/ lei prévia (art. 153, §1) → são mitigações ao princ. da legalidade
● As mitigações são c/ base na extrafiscalidade e dispensam motivação: 
- II;
- IE;
- IPI;
- IOF;
- CIDE combustíveis;
- ICMS combustíveis.
● São exceções ao princ. da legalidade:
- a atualização do valor monetário da BC do tributo (MPF);
- fixação da data do vencimento dos tributos (pode ser por norma infralegal – CESPE).
● A União pode, por LC, instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, Estados, DF e Municípios, p/ as ME e EPP (TJSC - TJDFT).
( Segurança Jurídica
● Seg. juríd. é subprinc. do Estado Democrático de Dto e um sobreprinc. relativa// aos princ. decorrentes (RE 566621, pleno 2011).
● Conteúdo: 
- certeza do dto ( conhecimento do dto aplicável ao caso, de modo que as pessoas possam orientar suas condutas conforme os efeitos juríd. estabelecidos, buscando determinado resultado juríd. ou evitando consequência indesejada. Subprincípios: legalidade, irretroatividade, anterioridade;
- intangibilidade das posições juríd. ( respeito a consideração da formalização de um parcelamento de dívida tributária co-mo ato juríd. perfeito, a vincular o contribuinte e o ente tributante. Subprinc.: proteção ao dto adquirido e ato juríd. perfeito;
- estabilidade das relações juríd. ( decadência, prescrição;
- confiança no tráfego juríd. ( observância de normas complementares as leis (decretos, decisões normativas, práticas reiteradas, etc) exclui a imposição de penalidades e a cobrança de juros de mora e inclusive a atualização do valor monetário (art. 100 CTN); e ainda a irretroatividade da mudança de critérios juríd. p/ o lançamento (art. 146 CTN). Cláusula geral de boa-fé, teoria da aparência, princ. da confiança;
- DPL.
( Isonomia
● É vedado o tratamento desigual de contribuintes que se encontrem em situações iguais.
● Isonomia relativa → busca a igualdade material e não formal do art. 5 CR.
● Esse princ. é destinado tanto ao legislador, qto ao aplicador da lei.
● STF validou: 
- isenção de taxa de inscrição em concurso p/ desempregados (ADI 2.672); 
- isenção de taxa florestal p/ empresas que fazem o reflorestamento de acordo c/ o consumo de madeira (RE 239.397); 
- aumento de 1% na COFINS p/ empresas não lucrativas, compensáveis o recolhimento de eventual CSLL (RE 336.134).
● Três mecanismos possíveis de controle da violação da isonomia: 
- extensão dos benefícios ou vantagens a quem foi inconstitucional// excluído; 
- supressão dos benefícios ou vantagens que foram indevida// concedidos a 3ºs;
- reconhecimento de uma situação ainda const. (situação const. imperfeita), ensejando a concessão de prazo p/ elaboração de lei, sob pela de progressiva inconst. STF só aceita essa última hipótese (ARAG 142.348), sob pena de o judiciário atuar como legislador positivo.
● Não há ofensa ao princ. da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a ME e EPP de capacidade contributiva distinta, afastando do reg. do SIMPLES aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho s/ assistência do Estado (STF pleno em 2002).
● A lei tribut. pode discriminar por motivo extrafiscal entre ramos de ativ. econômica, desde que a distinção seja razoável, derivada de uma finalidade objetiva e se aplique a todas as pessoas da mesma classe ou categoria. A razoabilidade da Lei 9.317/96 consiste em beneficiar as pessoas que não possuem habilitação profissional exigida por lei, (c/ menor capacidade contributiva e s/ estrutura bastante p/ atender a complexidade burocrática comum aos empresários de maior porte e os profissionais liberais). Essa desigualdade factual justifica tratamento desigual no âmbito tribut., em favor do mais fraco, de modo a atender tb à norma contida no §1, art. 145 CR/88, tendo-se em vista que esse favor fiscal decorre do implemento da política fiscal e econômica, visando o interesse social (STJ – CESPE).
( Capacidade contributiva
● Tem por destinatário imediato o legislador ordinário das pessoas políticas (TJMS / CESPE).
● Pode ser subjetiva ou objetiva conforme as diferentes técnicas de incidência de alíquotas (progressividade, seletividade, imunidade, isenção, etc.).
● Capacidade contributiva subjetiva / Personalização do Imposto → exercida através da progressividade – os “impostos”, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte (145, §1) TJPA.
● STF entendia que a capacidade contributiva só se aplicava aos impostos pessoais – recente//, vem flexibilizando essa regra.
● Progressividade não se confunde c/ proporcionalidade:
– progressividade → qto maior a base, maior será a alíquota;
– proporcionalidade → a alíquota é a mesma, sendo a arrecadação proporcional à BC – a proporção não revela isonomia.
● STF só admite a progressividade de alíquota qdo prevista na própria CR (IR, IPTU, ITR).
– progressividade fiscal → IR (+ generalidade e universalidade do art. 153, §2).
– progressividade extrafiscal → IPTU* e ITR.
* a progressividade do IPTU até a EC 29/00 só era permitida no tempo, p/ cumprir a função social (S. 668STF). Depois passou a ser permitida tb pelo valor e pelo uso e localização. STF/STJ entendem que é aplicação de alíquotas diferenciadas e não progressividade, pois esta seria apenas p/ impostos pessoais (regra que vem sendo flexibilizada).
● Há quem afirme que o art. 155, §6, II CR previu a progressividade no IPVA.
● A progressividade não pode se basear, direta e exclusiva//, na capacidade econômica do contribuinte (STF).
● Capacidade contributiva objetiva → exercida através da seletividade em função da essencialidade do produto – o limite da seletividade é a razoabilidade (CESPE).
– o IPI será seletivo (CESPE).
– o ICMS poderá ser seletivo. 
( Princípio da praticabilidade da tributação
● O exercício da tributação deve ser exercido de modo a retirar do patrimônio do contribuinte somente o necessário p/ o financia-mento das ativ. que cabe ao Estado promover. 
● Não está expresso em nenhum art. da CR, mas está em todos, pq nada teria sentido se as leis não fossem viáveis, exequíveis, executáveis e não fossem efetiva// concretizadas na realidade. É apenas um nome amplo, genérico, e significa apenas um nome p/ designar todos os meios, todas as técnicas usadas p/ possibilitar a execução e a aplicação das leis, através de presunções, ficções, abstrações, visando sua aplicação em massa. 
● Praticabilidade horizontal ( medidas estabelecidas pela própria lei. 
● Praticabilidade vertical ( medidas estabelecidas por atos normativos c/ vista a dar aplicação possível à lei.
● A praticabilidade visa a minimização do custo de fiscalização e arrecadação dos tributos, diminuindo a burocracia e simplificando a atuação do contribuinte.
( Irretroatividade
● A lei tributária não pode atingir FGs ocorridos anterior// à sua vigência (art. 150, III, a).
● Trata-se de forma de materializar a segurança juríd., de modo que a lei nova não deve atingir situações já consolidadas.
( Anterioridade
● É vedada a cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.
- cria um intervalo entre a publicação e a cobrança.
- lei que não institua ou aumente, mas mantenha a alíquota de um determinado tributo, não precisa observar a noventena (RE 566032 / CESPE).
● O princ. da anterioridade exige não apenas lei anterior ao exercício em que o tributo será arrecadado, mas sim lei anterior ao exercício de ocorrência do FG.
● Garante o estado de calculabilidade → capacidade do cidadão de antecipar consequências alternativas atribuíveis pelo Dto a fatos ou atos de modo que a consequências efetiva// aplicadas no futuro situe-se dentro daquelasalternativas reduzidas e antecipadas no presente (Humberto Ávila).
● A anterioridade pode ser: 
- nonagesimal (mínima);
- anual (média);
- nonagesimal e anual (máxima).
● FG de período ( a alteração de alíquota deve obedecer a noventena (RE 587008, pleno 2011).
● Exceções à anterioridade anual: 
- II;
- IE;
- IPI;
- IOF;
- CIDE combustíveis;
- ICMS combustíveis;
- IEG;
- EC;
- contribuições prev.
● Exceções à anterioridade nonagesimal (noventena): 
- II;
- IE;
- IR; (MPF / CESPE)
- IOF;
- IEG;
- EC;
- base de cálculo de IPTU e IPVA (CESPE 2X).
● Exceções à anterioridade anual e nonagesimal (tributos c/ exigibilidade imediata): 
- II;
- IE;
- IOF;
- IEG;
- EC.
● Atende ao princ. da anterioridade de exercício a publicação, no DO, da lei instituidora de imposto no dia 31/12 (sábado) apesar de a sua circulação dar-se apenas na segunda-feira (CESPE).
● Não está sujeito à anterioridade: (STF)
	- fixação da BC do IPVA;
	- extinção ou redução de um desconto condicional p/ pgto do tributo (v.g. p/ pgto à vista / parcela única);
- prorrogação de tributos temporários ou de alíquotas temporárias (vigentes em determinados períodos), revogação de isenções s/ encargo, ou de benefício fiscal (créditos presumidos, reduções de Bcs, descontos, etc.) (RE 344994, RE 545308, RE 204062 e ADI 4016).
● S. 669 STF → norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação trib. não se sujeita ao princ. da anterioridade (CESPE)
( Anualidade
● P/ cobrar um tributo, tinha que haver previsão na lei orçamentária anual. Logo, ele só poderia ser cobrado no ano seguinte.
● Após a CR/88, esse princ. não se aplica mais.
( Uniformidade geográfica
● É vedado estabelecer diferença tributária pela procedência ou destino de bens ou serviços.
● Esse princ. é uma projeção do princ. da igualdade, nas relações entre a União e os Estados.
● De regra, incide apenas sobre tributos federais – a jurisprudência ampliou p/ outros entes dentro de seus territórios (CESPE).
● Comporta exceções qto aos incentivos fiscais p/ promover equilíbrio ao desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país – região é uma parte do território nacional definida por critérios sociais ou econômicos.
	- é possível lei que institua alíquotas de IPI inferiores p/ produtores instalados nas regiões mais pobres do país (CESPE).
( Vedação ao confisco
● Confisco é uma absorção arbitrária do patrimônio do contribuinte.
● P/ o STF, o princ. da vedação ao confisco não se aplica aos tributos extrafiscais.
 - não fere o princ do não-confisco, um dec. que majore a alíquota do II de 10% p/ 200%, em razão da função extrafiscal (CESPE)
● Ricardo Lobo Torres enxerga a vedação ao confisco como uma garantia do mínimo existencial pautada pela razoabilidade.
● O STF entende que a vedação ao confisco é baseada na proibição de exagero, recaindo tanto sobre obrigações principais (tributo e multa), qto sobre obrigações acessórias.
● Há quem afirme que o art. 150, IV não se aplica às multas, mas exclusiva// aos tributos – o valor da multa poderia ser questionado c/ base nos princ. da proporcionalidade/razoabilidade.
● Deve-se levar em consideração a carga tributária de todos os tributos cobrados por cada ente público em determinado período.
● A vedação do confisco possui carga eficacial + intensa em relação aos tributos diretos, em comparação aos tributos indiretos, pois nestes a exação incide sobre a riqueza circulante (GEMAF 07/10).
● Qto às taxas, deve ser analisado c/ vistas ao seu caráter contraprestacional, de forma que será confiscatório a taxa cujo valor ultrapasse o custo do serviço prestado ou o custo da fiscalização (GEMAF 07/10).
( Liberdade de tráfego
● Esse princ. veda que se estabeleçam limitações ao tráfego de bens ou pessoas por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder púb.
● A cobrança do pedágio justifica-se constitucional// pelo fato de ser gravame exigido pela utilização das rodovias conservadas pelo poder púb., e não pela mera transposição de município ou de estado (CESPE).
● Pedágio como tributo é diferente de pedágio como preço público (STF).
( Preço público e tarifa 
● São sinônimos → consistem na contraprestação devida pelos usuários nos contratos de concessão.
● Possuem nat. jurídica contratual e não tributária.
● Espécie de receita originária → são aquelas que o Estado tem em função da exploração do bem ou do patrimônio púb. – ativ. do Estado como agente particular (não tributárias).
● Utilização do serviço é facultativa (STJ).
● Segundo o STF, a quantia recolhida pelo serviço de água e esgoto é preço púb. (tarifa) e não taxa. Consequente//, é aplicável o CDC e o MP tem legitimidade p/ ajuizar ACP em caso de aumento de tarifa (STJ).
● S. 407 STJ → é legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo c/ as categorias de usuários e as faixas de consumo.
● S. 545 STF → preços de serviços públicos e taxas não se confundem, pq estas, diferente// daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
● S. 412 STJ → ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no CC.
( BENEFÍCIOS FISCAIS	
( Não-incidência
● Não-incidência pura e simples é a inexistência de FG.
● É o fato juríd. que não produz efeito tributário por estar fora da incidência da norma tributária.
● A não-incidência ocorre qdo o legislador se abstém de criar um tributo a partir de determinado fato, por abstenção ou proibição.
● Há quem classifique a não-incidência como:
- pura e simples (não-incidência);
- constitucional ou qualificada (imunidade).
OBS: Diferimento do tributo → implica em adiamento da incidência (TJPE – MPSP). Não gera dto a crédito, nem ofende o princ. da não cumulatividade (CESPE).
 
( Imunidade Tributária
● Imunidade é uma não-incidência constitucional// qualificada, que implica na chamada compet. negativa.
● Aplica-se aos tributos não vinculados (independente de qq ativ. estatal específica) PGR.
● É a limitação imposta pela CR à instituição de tributos sobre determinados objetos ou em relação a determinados sujeitos.
● O poder de tributar é um ato de soberania estatal que só pode ser limitado pelo constituinte originário – logo, o constituinte derivado decorrente não pode prever imunidades, salvo através de normas de simetria que repetem alguma imunidade da CR.
● A imunidade - ao contrário da isenção - não trata da fenomenologia da incidência, porquanto ocorre antes deste momento.
● O STF entende que a imunidade abrange outras figuras tributárias que não apenas os impostos – a exclusividade seria qto à imunidade genérica do art. 150, VI que é apenas qto a impostos – os demais tributos são atingidos pelas imunidades específicas.
● Interpretação deve ser restritiva sobre as imunidades genéricas (receitas de exportação – RE 566259, pleno 2010) e ampliativa nos casos de imunidade recíproca (entes, autarquias, empresas públicas c/ monopólio ou serviços gratuitos – RE 265749, 2ª T. STF 2011) e dos livros, papéis e jornais (RE 202149, 1ª T. STF 2011).
● A entidade imune pode figurar como substituto ou responsável trib., e ser responsável pelo pgto do tributo; pois as operações em que elas figuram como contribuintes são imunes, mas as que figura como substituto ou responsável não. A resp. ou a substituição tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja regra-matriz continua a incidir sobre a operação realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão-somente por si, a relação de resp. trib. ou de substituição e não exonera o responsável trib. ou o substituto (RE 202987, 2ª T. STF 2009 // REsp 153664, 2ª T. STJ 2000)
● A imunidade recíproca (art. 150, VI, ‘a’, CR/88) somente se aplica ao imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio ente beneficiado, na qualidade decontribuinte de dto. O Município não é contribuinte de dto do ICMS relativo a serviços de energia elétrica, não tem o benefício da imunidade em questão, uma vez que esta não alcança o contribuinte de fato (STF).
● As condições materiais p/ o gozo da imunidade é matéria reservada à LC (objeto social, nat., etc), mas os requisitos formais p/ a constituição e funcionamento das entidades (como a necessidade de obtenção e renovação dos certificados de entidade de fins filantrópicos) são matérias reservadas a LO, não sendo autoaplicáveis (ADI 2028, pleno 1999).
● Espécies de imunidade genérica: recíproca – religiosa – partidária e sindical – assistencial e beneficente – cultural:
- imunidade recíproca → corolário do princ. federativo (isonomia das pessoas políticas) – cláusula pétrea – vinculada às finalidades essenciais das autarquias e fundações (CESPE) – refere-se a impostos (ñ contribuições ou taxas / CESPE) – não é extensível às empresas públicas e SEM que prestam ativ. econômica (art. 173, §2 // CESPE) – alcança ECT e INFRAERO, pois prestam serviço púb.
- imunidade religiosa → alcança patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais da entidade – ainda qdo alugado, o imóvel permanece imune ao IPTU se os aluguéis forem revertido às ativ. essenciais da entidade (S. 724 STF) – abrange imóveis utilizados como escritório ou residência (RE 221395, 2ª T STF 2000), cemitérios (RE 578562, pleno 2008).
- imunidade condicionada → alcança patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais dos partidos políticos e entidades sindicais dos trabalhadores (art. 150, §4) – não abrange sindicatos patronais ou de categorias eco-nômicas (transporte, indústria) – o registro no TSE é condição p/ a fruição da imunidade pelos partidos políticos (CESPE).
- imunidade condicionada → alcança impostos sobre o patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais das instituições de educação e assistência social s/ fins lucrativos (art. 150, §4). Alcança tb as contribuições p/ a seguridade social (art. 195, §7 CR // CESPE). Alcança os imóveis de lazer e recreação das entidades (RE 236174, 1ª T. STF 2008), livraria (RE 345830, 1ª T. STF 2002) e cinemas (RE 116552, 1ª T. STF 1994).
- imunidade cultural → refere-se à liberdade de expressão – é cláusula pétrea. O conteúdo não precisa ser artístico ou didático (RE 221239, 2ª T. STF 2004).
● Imunidade cultural abrange:
- filme ou papel fotográfico, apostilas (S. 657 STF // RE 183403, 2ª T. STF 2004); 
- lista telefônica (RE 114790, 1ª T. STF 1992); 
- álbuns de figurinhas (RE 221239, 2ª T. STF 2004); 
- serviços p/ montagem de livros (RE 225955, 2ª T. STF 1985); 
- distribuição de livros (RE 453670, decisão monocrática 2005); 
- insumos de papel (RE 504615, 1ª T. STF 2011);
- a imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa e não exaustiva (RE 202149, 1ª T. STF 2011).
● Imunidade cultural não abrange:
- CD-ROM (TRF4 ≠), DVD / fitas de vídeo (CESPE) e insumos diferentes do papel.
- empresas jornalísticas e de publicidade, editoras e autores (RE 504615, 1ª T. STF 2011); 
- tinta p/ jornal (RE 215435, pleno 1996);
- máquinas e aparelhos destinados a empresa jornalística (RE 206127, 2ª T. STF 1997 // CESPE).
● A imunidade de imprensa não se estende à Cofins.
● Entidade beneficente deve: 
- não distribuir patrimônio ou renda;
- aplicar recursos integral// no Brasil;
- manter escrituração de receitas e despesas em livros (art. 14 CTN);
- STF 730 → imunidade trib. das instituições beneficentes só alcança entidades fechadas de prev. social priv. se não houver contrib. dos beneficiários.
● Certificado que reconhece a entidade como de fins filantrópicos de utilidade púb. tem efeito ex tunc (retroativo) por se tratar de um ato declaratório (STF / STJ).
● Exigir de entidade imune a manutenção de livros fiscais é consentâneo c/ o gozo da imunidade trib.. No Dto Trib., inexiste a vincu-lação de o acessório seguir o principal, porquanto há obrig. acessórias autônomas e obrig. principal tributária (1ª T. STF 2012).
● Pessoas reconhecida// pobres gozam de imunidade tributária no que se refere à taxa de propositura de ações ou à de solicitação de registros e certidões (CESPE).
● Há, ainda, a imunidade de impostos na desapropriação p/ reforma agrária (art. 184, §5 CR).
● Há imunidade de ICMS qdo da venda de combustível líquido derivado do petróleo de um Estado da federação p/ o outro. Se a circulação ocorrer dentro do mesmo Estado, apenas de um estabelecimento p/ o outro, há a incidência do ICMS (MPGO).
● As distribuidoras de petróleo não gozam de imunidade (CESPE).
( Isenção
● Normal legal que dispensa/desonera pgto de tributo → p/ STF é exclusão de CT (MPRJ).
● Deve ser concedida por lei específica, salvo IPI e outros impostos que podem ter suas alíquotas alteradas por dec.
● A simples regulamentação pode ser feita por dec., desde que haja lei específica concedendo (CESPE).
● Pode ser objetiva (determinado tributo) ou subjetiva (determinada pessoa).
● Cabe à União, por meio de LC, regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e o DF, serão concedidas e revogadas as isenções (TRF).
● Não pode o Estado-membro conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal, relativos ao ICMS, de modo unilateral, mediante decreto ou outro ato normativo, s/ prévia celebração de convênio intergovernamental no âmbito do CONFAZ (STF).
	- tanto a concessão como a revogação de isenções, incentivos ou benefícios relativos ao ICMS (CESPE).
	- o ato de concessão do benefício s/ autorização do CONFAZ é considerado nulo (CESPE).
	- não há falar em autorização do CONFAZ p/ concessão de remissão/benefícios dos demais tributos (CESPE 3X).
● A isenção não precisa observar anterioridade anual ou nonagesimal (CESPE).
● Como atua após a criação/instituição do tributo, sua revogação não precisa observar anterioridade (STF).
– o art. 104, III não traz norma referente à anterioridade, mas à vacatio legis (STF).
● Revogada uma isenção, o tributo torna-se imediata// exigível, não sendo o caso de aplicação do princ. da anterioridade, já que o tributo era preexistente (S. 615 STF // CESPE).
● Em sentido diverso, Roque Antônio Carrazza define a isenção como uma limitação legal do âmbito de validade da norma juríd. trib., que impede que o tributo nasça (isenção total) ou faz com que surja de modo mitigado (isenção parcial).
● Em regra, a isenção pode ser revogada por lei a qq tempo se concedida de forma incondicionada (art. 178) – se for concedida por prazo certo e c/ determinadas condições, não pode ser revogada, pois se incorpora ao patrimônio do contribuinte (S. 544 STF).
- isenção incondicional → constitui benefício fiscal passível de revogação a qq tempo e c/ efeitos imediatos (ADI 2325). 
- isenção onerosa → (c/ o cumprimento de condições) concedida por prazo certo não pode ser revogada p/ aqueles que cumpriram as condições (S. 544 STF // REsp 487735).
● Caso o ente federativo lance programa concedendo isenção de determinado imposto por prazo determinado a determinada região (c/ fins de estimular o desenvolvimento desta), como se trata de isenção onerosa e concedida por prazo certo, o contribuinte tem dto adquirido à sua fruição (CESPE).
● A isenção concedida em caráter individual depende de requerimento (art. 179 CTN – CESPE).
● Em matéria tributária, não há hierarquia entre LC e LO, nem a observância de simetria entre as formas p/ revogar isenções. A concessão de isenções ou outros benefícios fiscais, bem como a instituição dos critérios das regras-matrizes dos tributos não têm perfil de normas gerais (normas destinadas a coordenar o tratamento tributário em todos os entes federados), embora delas extraiam fundamento de validade (AC 2209, 2ª T. STF 2009).
● S. 78 STF → estão isentas de impostos locais as empresas de energia elétrica, no que respeita às suasativ. específicas.
● De regra, a isenção não é extensiva: (MPF)
- taxas;
- contribuições de melhoria;
- tributos instituídos após a concessão (art. 177).
● S. 178 STJ → INSS não tem isenção de custas e emolumentos na justiça estadual.
● Só se admite a isenção autônoma/autonômica, pois a heterônoma (de um ente sobre tributo do outro) ensejaria violação ao pacto federativo.
● 3 casos de isenções heterônomas: (GEAGU)
	- União pode conceder isenção sobre o ICMS incidente nas exportações (atual// as exportações são imunes de ICMS);
	- União, por meio de LC, pode conceder isenção de ISS sobre as exportações de serviços ao exterior;
● Tratados internacionais podem conceder isenções aos tributos federais, estaduais e municipais (exercício da soberania da Rep. Federativa) – em razão de decisões políticas visando a regulamentar a ativ. econômica e o comércio intern. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio p/ as mercadorias importadas dos países signatários qdo o similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela CR/88. O art. 98 CTN "possui caráter nacional, c/ eficácia p/ a União, os Estados e os Municípios". No dto intern. apenas a Rep. Fed. do Brasil tem compet. p/ firmar tratados (art. 52, §2 CR/88), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da Rep. não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, III, CR/88 (RE 229096, pleno 2007 / TJRJ).
● A mercadoria importada de países signatários do GATT (atual OMC) deve usufruir do benefício da isenção do ICMS "qdo contemplado c/ esse favor o similar nacional" (S. 20 STJ // S. 71 STJ // REsp 1169590, 2ª T. STJ 2011 // CESPE).
● Não atinge o ICMS e ISS exportação, pois se tratam de imunidade específica e exclusão de incidência, e não isenção.
● A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições peculiares (CESPE).
● S. 79 STF → o banco do brasil não tem isenção de tributos locais.
● S. 81 STF → as cooperativas não gozam de isenção de impostos locais, c/ fundamento na CR e nas leis federais.
● O tratamento diferenciado p/ cooperativas não se trata de imunidade, mas sim da exigência de criação de uma política tributária que implique em menor carga em comparação c/ as demais pessoas juríd. (AC 2209, 2ª T. STF 2009).
● ICMS → a isenção, salvo disposição em contrário, não implicará em crédito p/ compensação c/ o montante devido nas operações seguintes (TJMS).
● A redução na BC configura isenção fiscal parcial que autoriza o estorno proporcional do crédito do ICMS (STF) 
● As figuras da redução da BC e da isenção parcial se equiparam. Portanto, ausente autorização específica, pode a autoridade fiscal proibir o registro de créditos de ICMS proporcional ao valor exonerado (art. 155, §2, II, b, CR).
● O rol das moléstias passíveis de isenção de IR é taxativo (numerus clausus) não comporta interpretação analógica (STJ).
	- é isento de IR quem é portador de cegueira (está na lista).
	- não é isento que é portador de surdez em grau máximo (não está na lista).
● É possível discutir questões relativas o IPI por meio de MS, desde de que haja ato coator de autoridade púb. contra dto líquido e certo. Tb é possível ação popular relativa à IPI, desde que haja lesão ao patrimônio púb. (CESPE).
( Anistia
● Dispensa do cumprimento das penalidades estabelecidas na legislação tributária (TRF).
● Exclusão de CT decorrente de infrações à legislação tributária, podendo ser condicionada pela lei ao pgto do tributo ou cumpri-mento de obrigações acessórias.
● Anistia não alcança os atos qualificados em lei como crimes e contravenções ou praticados c/ dolo ou fraude.
P L A N E J A M E N T O T R I B U T Á R I O
( Elisão
● Qdo o contribuinte usa de meios lícitos p/ fugir da tributação ou torná-la menos onerosa
( Evasão
● Utiliza de meios ilícitos p/ escapar da tributação.
● Além de ilícito tributário, tb é crime (art. 1 Lei 8.137/90 – CESPE).
( Elusão
● O comportamento do contribuinte não é, a rigor, ilícito, mas adota um formato artificioso, atípico p/ o ato que está sendo praticado, tendo por consequência a isenção, não-incidência ou incidência menos onerosa do tributo. Alguns denominam está última hipótese de elusão fiscal; outros, de elisão ineficaz (pois possibilitaria que o fisco, descobrindo a simulação, lançasse o tributo devido).
● Ocorre qdo o contribuinte simula determinado negócio juríd. c/ a finalidade de dissimular a ocorrência do FG. Trata-se de um artifício caracterizado pelo abuso das formas, posto que o contribuinte adota uma forma juríd. atípica p/ que o negócio juríd. não sofra a tributação. V.g. utilização artificial da imunidade tributária que o art.156 §2 I CR/88 confere à incorporação de bens ou dtos ao patrimônio de pessoa juríd. na realização de capital e na extinção da personalidade juríd.
T R I B U T O S E M G E R A L
( DEFINIÇÃO
● Generica//, tributos são receitas derivadas, arrecadadas pelo Estado p/ financiar a despesa púb.
● Receitas derivadas → são aquelas resultantes do constrangimento do patrimônio do particular. Decorrem do poder de imposição do Estado em relação ao particular. V.g. tributos e multas.
● Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante ativ. adm. plena// vinculada (art. 3).
● O CTN não inclui como elemento essencial do tributo a necessidade de ele traduzir receita efetiva, o que permite abranger o empréstimo compulsório.
● O fato de não ser penalidade não impede a tributação de bens ou valores oriundos de ativ. ilícitas (princ. do non olet).
● A regra constitucional é a vedação da receita de impostos a qq órgão, fundo ou despesa. No entanto, há exceções, podendo vincular recursos p/ ações na saúde e ensino, no objetivo da aplicação dos percentuais mínimos (GEAGU).
- CR/88 permite que os Estados vinculem a receita de impostos ao pgto de créditos da União (fundo de partic. dos Est.).
- um Estado da federação, após a arrecadação de impostos e taxas, pode criar um fundo p/ que essa receita seja destinada à manutenção do ensino fundamental (CESPE).
● Fundo especial → é o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos/serviços.
	- art. 167, IX CR/88 → deve se dar por meio de Lei, através de dotação orçamentária ou em créditos adicionais.
- forma de gestão autônoma de recursos pub., criado p/ o desenvolvimento de ativ. de interesse de algum ente da Adm. direta ou indireta.
	- é vedado a vinculação de imposto p/ esses fundos.
( BITRIBUTAÇÃO & BIS IN IDEM
● Bitributação ( designa a situação em que o mesmo FG seja tributado por 2 entes políticos, envolvendo conflito de compet. – ao menos aparente. 
● Bis in idem ( designa a situação em que o mesmo FG seja tributado por um mesmo ente político 2 vezes.
● Inexiste garantia constitucional genérica contra tal prática.
● Vedações ao bis in idem na CR:
- imposto X imposto ( art. 154 I: não se pode instituir um novo imposto ou taxa cujo FG seja igual ao de outro imposto. (exceção: imposto extraordinário de guerra).
- contribuição p/ seguridade X contribuição p/ seguridade ( art. 195 §4: as novas contribuições não podem repetir as contribuições já previstas; salvo p/ o PIS (ADI 1417, pleno 1999) e p/ as contribuições destinadas as entidades sindicais (art. 240 CR).
● Limita-se a compet. residual somente entre as espécies de tributos ( imposto/imposto, contribuição seguridade/contribuição seguridade. Não existe vedação a identidade do FG e BC entre contribuições e impostos (RE 228321, pleno 1998), nem entre contribuições sociais e contribuições previdenciárias, etc.
● Taxas não podem ter a mesma BC de impostos. Taxas não podem ser cobradas simultanea//, pois évinculada a compet. adm. do sujeito, que tem ou não compet.
● O uso compartilhado de BC própria de imposto pelas contribuições não se revela bitributação (STF).
( ESPÉCIES DE TRIBUTOS
● O STF adota a teoria pentapartite no que tange à classificação das espécies tributárias
( Imposto 
● Tributo não vinculado na origem e na destinação → a classificação dos impostos como tributos não-vinculados refere-se ao seu FG (ñ a destinação de suas receitas – CESPE).
● Tem por FG uma situação independente de qq ativ. estatal específica relativa ao contribuinte.
● Tributo unilateral (s/ participação do Estado).
● Dentre os impostos, somente o ICMS, o II e o IE podem incidir sobre operações relativas a derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país. Mas é constitucional a incidência de outros tributos, como no caso da CIDE (CESPE).
( Taxa 
● Não pode ter BC própria de imposto.
● É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da BC própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra (SV 29 STF).
● Espécie de receita derivada.
● Tributo bilateral (Estado age, contribuinte paga).
● Tributo vinculado na origem pelo:
- exercício do poder de polícia (deve ser efetivo – CESPE);
- serviço específico e divisível prestado ou posto à disposição, desde que seja de utilização compulsória (pode ser potencial – CESPE).
● A taxa cobrada exclusiva// em razão dos serviços púb. de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o art. 145, II CF (SV 19 STF).
● Taxa de limpeza e conservação de logradouros e bens púb. é inconstitucional (STF).
● S. 129 STF → na conformidade da legislação local, é legítima a cobrança de taxa de calçamento.
● S. 348 STF → é constitucional a criação de taxa de construção, conservação e melhoramento de estradas.
● Taxa de incêndio:
- tem respaldo const., desde que cobrada c/ vistas a se cobrirem as despesas c/ manutenção dos serviços de prevenção e de extinção de incêndios prestados a cada cidadão (CESPE);
	- há jurisprudência que não admite.
( Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento
● STF tem reconhecido a constitucionalidade de tal taxa desde que seja realizada ativ. de fiscalização que constitui o FG, não sendo suficiente a mera existência do órgão adm. c/ tal finalidade. S/ fiscalização não é possível a cobrança (RE 588322, pleno 2010).
● É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competente p/ o respectivo exercício (STF).
● Taxa de renovação e licença de funcionamento → é prescindível (desnecessário) a comprovação efetiva do exercício de fiscalização por parte da municipalidade em face da notoriedade de sua atuação (1ª seção STJ pacífico).
● Pode ter como BC a metragem quadrada do estabelecimento, elemento próprio do cálculo do IPTU, não havendo conflito c/ a CR.
● Inconst. da cobrança da Taxa de Licença de Localização e de Funcionamento pelos municípios qdo utilizado como BC o nº de empregados (STF).
( Contribuição de melhoria 
● Tributo vinculado à realização de obra pública de que resulte valorização ou melhoria do imóvel.
● Possui duplo limite → total e individual.
● Tributo bilateral (Estado age, contribuinte paga).
● Nem toda obra que acarrete valorização imobiliária autoriza contribuição de melhoria.
- obras necessárias → água e esgoto não autorizam.
● A BC é a efetiva valorização imobiliária, a qual é aferida mediante a diferença entre o valor do imóvel antes do início da obra e após a sua conclusão (STJ). 
● Não há falar em valorização presumida dos imóveis em razão de uma obra. A valorização imobiliária deve ser aferida e publicada previa// (CESPE).
( Empréstimo compulsório 
● Tributo vinculado à despesa extraordinária e investimento público urgente por calamidade pública, guerra externa ou sua iminência – compet. exclusiva da União – depende de LC (CESPE).
● Aplica-se o princ. da anterioridade aos empréstimos compulsórios, no caso de investimento púb. urgente e de relevante interesse nacional (CESPE).
● A lei fixa obrigatoria// o prazo e as condições de resgate (CESPE).
● Se for pago em dinheiro, a sua restituição deve ser tb em dinheiro (RE 121336).
● Empréstimo compulsório, ainda que compulsório, continua empréstimo. Utilizando-se, p/ definir o instituto de Dto Púb., do termo empréstimo, posto que compulsório – obrigação "ex lege" e não contratual –, a CR vinculou o legislador a essencialidade da restituição na mesma espécie, seja por força do princ. explícito do art. 110 CTN, seja pq a identidade do objeto das prestações recíprocas e indissociável da significação juríd. e vulgar do vocábulo empregado. Portanto, não é empréstimo compulsório, mas tributo, a imposição de prestação pecuniária p/ receber, no futuro, quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento (STF pleno 1990).
( Contribuição 
● Tributo caracterizado pela destinação – ocupa lugar de destaque no sist. Const. trib. e na formação de políticas púb., além de caracterizar-se pela previsão de destinação específica do produto arrecadado c/ a tributação (STF).
● O custeio entre os integrantes do grupo a que se refere a ativ. estatal é característica essencial às contribuições, denominada de referibilidade. A referibilidade é requisito inerente às contribuições (Leandro Paulsen).
● Paga-se contribuição pq o contribuinte faz parte de algum grupo, alguma categoria identificada a partir de certa finalidade qualificada constitucional//. Alguém faz parte, alguém participa de uma determinada coletividade, encontrando-se em situação diferenciada, sendo que, desta participação, pode haurir, eventual// (ñ necessaria//), determinada vantagem (Marco Aurélio Greco).
● Escapam à força atrativa do pacto federativo, pois a União está desobrigada a partilhar o dinheiro recebido c/ os demais entes federados. A especificação parcimoniosa do destino da arrecadação, antes da efetiva coleta, é importante ferramenta técnica e de planejamento p/ garantir autonomia a setores da ativ. púb. (STF).
● O uso compartilhado de BC própria de imposto pelas contribuições não se revela bitributação (STF).
● Contribuição social → direcionada a financiar a atuação da União na ordem social.
● Contribuição de intervenção no domínio econômico (Cide) → destinada a instrumentar a atuação da União no domínio econômico, financiando os custos e encargos pertinentes.
- é constitucional a instituição, por lei ordinária, da CIDE, sendo desnecessária a vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o contribuinte (CESPE).
- CIDE não incidirá sobre as receitas decorrentes de exportação (CESPE).
- CIDE incidirá sobre importação de produtos e serviços (CESPE).
● As contribuições especiais atípicas (de intervenção no domínio econômico) são constitucional// destinadas a finalidades não direta// referidas ao sujeito passivo, o qual não necessaria// é beneficiado c/ a atuação estatal e nem a ela dá causa (referibilidade) (EREsp 724789, 1ª Seção STJ 2007).
● Contribuição no interesse de categoria profissional → destinada ao custeio das ativ. das instituições fiscalizadoras e representativas de categorias econômicas ou profissionais.
● Contribuição destinada ao “sistema S” tem nat. de tributo → cuja destinação da exação justifica-se na finalidade institucional do ente (STF).
● Conselhos regionais de profissão não estão autorizados a determinar, por meio de atos adm., quais os valores de anuidades serão exigidos, pois, em face da nat. tributária de tais contribuições, sua criação e reajustamento da BC devem sujeitar-se ao princ. da legalidade (GEMAF).
● A Contribuição do Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas tem referibilidade, pois são constitucional// destinadas a finalidades não direta// referidas ao sujeito passivo (REsp 1121302, 1ª STJ 2010). Isso que permite a cobrança de contribuição

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