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Jurisdição constitucional casos 1 a 13

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Semana 1 (OAB – XIX Exame unificado) O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo instituto, determinada associação de c lasse procura seu advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la. Com base no fragmento acima, assinale a opç ão que se apresenta em c onsonância com os delineamentos desse instituto. 
R: A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo. Terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Caso c oncreto: João das Neves, revoltado com a situação política do B rasil, adentrou em uma audiência pública que estava sendo realizada pela Câmara dos Deputados e atirou 5 vezes na direção da mesa diretora da casa. Sendo certo que João não tinha treinamento com armas de fogo, os 5 tiros atingiram apenas as paredes do plenário. Com base nesse cenário, r esponda aos itens a seguir, empregando os ar gumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
R: a) Considerando que João foi denunciado por tentativa de homicídio, a quem compete o processo e julgamento? R: O processo e julgamento são de competência do Tribunal do Júri. b) Caso João seja condenado, poderia ele recorrer? Para qual órgão do poder judiciário? R: Ele poderá recorrer ao TRF de sua região. 
 
Semana 2 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X 1 - 
Assinale a opç ão correta no que se r efere ao regime da repartição con stitucional de competências entre os órgãos da função jurisdicional. 
R: d. Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal. 
Semana 3 Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? 
R: (c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
 (OAB – XX Exame U nificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dent re outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas c ríticas foram veiculadas na i mprensa, s endo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 24 2, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia - Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, pod endo, por isso, se r alte rado por medida p rovisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
A) Segundo a Teoria Constituc ional, qual é a diferença entre as denomin adas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente const itucionais?
 R: As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem caráter de constitucionalidade porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. 
B) O entendimento externa do pela Advocacia -Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? 
R: O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal previsto no art. 60 da CF. 
Semana 4 (OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à U nião que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia t ransmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por em endar o projeto de lei , determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
R: D) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. 
Questão discursiva: O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes c onsiderados hediondos pela legislação brasileira. Outro d eputado, Silmar Correa, decide consultá -lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma su pos ta inconstitucionalidade do referido projeto d e lei antes m esmo que ele venha a ser submetido a votação pe lo Congresso Nacional. C omo dev erá ser respondida a consulta? 
R: A norma é materialmente inconstitucional pois fere os Direitos e Garantias Fundamentais dispostos na CRFB/88. Seu controle será preventivo, ocorrerá ainda no processo legislativo, anterior a publicação da lei. 
Semana 5 (OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da d ecisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câma ra Cível do Tribunal de Justiça do Es tado Alfa, ao analisar a apelação inte rposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstituc ionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar exp ressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, e mbo ra tenha afast ado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível 
R: d) Esta incorreto, posto que violou a clausula....
Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em fac e do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir ao s segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção d e c ertidão em repartições públicas (CF, art.5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justific a a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um dir eito individual homogêneo, alé m de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do S TF para c onhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. C omo deverá ser decidida a ação? 
R: O ministério Público Federal tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos individuais homogêneos, desde que seja configurado interesse social relevante. A Constituição Federal, em seu art. 5º, X XXIV, b, garante ao segurado a obtenção de certidões perante as repartições públicas, com a finalidade precípua de defesa de seus direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Não é lícito ao INSS a restrição ao cidadão de obtenção de certidão parcial de tempo de serviço, baseada em norma regulamentas que importa óbice ao exercício de um direito constitucionalmente assegurado. Ademais, não existe no ordenamento pátrio lei em sentido estrito que impeça o segurado de obter mencionada certidão. 
Semana 6 Objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando 
a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
CASO CONCRETO - O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a ex tensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? 
R. NÃO, POIS ESTE C ASO SE REFERE AO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL E, PORTANTO OS EFEITOS SUBJETIVOS ACERCA DO CONTEÚDO DE DECISÃO SÃO INTER PARTES.
Semana 7 O Procurador Geral da R epública ajuizou uma Ação Direta d e Inconstituc ionalidade em face da Le i distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em sínt ese, que o DF teria usurpado c ompetência da União (arts. 21 , XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas f unções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira d a polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado G eral da União manifestou -se pela proc edência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. D iante de tal situação, responda, justificadamente:
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
R: Sim. Eventualmente poderia, Existem dois entendimentos quanto a essa questão, no entendimento mais restrito a AGU funciona como curador de defesa e segundo o entendimento mais recente a AGU poderia deixar de proceder defesa opinando pela procedência da ADIN desde que seja mais favorável a União, ou seja a AGU está ali para defender a União e não o ato normativo. 
Semana 8 (OAB – XX Exame Unificado) Sob o argumento de su b-representação das regiões m ais populosas do país, bem como de desigualdade entre os Estados -membros da Federação e, até mesmo, discriminação ente eles, o governador de um determinado Estado propõe Ação D ireta de Inconstitucionalidade (ADI) c ontra a expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federaç ão tenha menos de oito ou mais de setenta D eputados", constante do Art. 45 , § 1º, da CRFB/88, dispositivo nela inserido desde a sua p romulgação. Além desse problema, o mesmo gov ernador fez uma outra consulta ao seu corpo jurí dico para saber sobre a poss ibilidade de não aplicar determinada emenda constituc ional que, no seu entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar de o Sup remo Tribunal F ederal já te r reconhecido a sua compatibilidade com a C RFB/88. Nesse particular, um de seus assess ores sugeriu a adoção da tese de que a norma constitucional originária é hierarquicamente superior, ao m enos no plano axiológico, à norma constitucional derivada. Diante de tais fatos, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma c onstitucional que existe desde a promulgação da Constituição da República, em 1988? 
R: Não, porque a jurisprudência do STF não admite o cabimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra norma constitucional originária, por impossibilidade jurídica do pedido, tendo em vista que se trata de norma formulada pelo poder constituinte originário, que não tem nenhum tipo de limitação, sendo, portanto, incondicionado, ilimitado, inaugural e soberano. A Suprema Corte não pode exercer o papel de fiscal do poder constituinte originário, a fim de verificar se este teria ou não violado os princípios do direito suprapositivo.
 B) A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base na tese sugerida pelo assessor do Governador? 
R: Não, o sistema constitucional brasileiro não admite hierarquia de normas constitucionais. Portanto, há que se reconhecer que as emendas constitucionais têm a mesma força normativa das normas constitucionais originárias. Então as emendas constitucionais que modifiquem as normas constitucionais originárias, desde que observem os requisitos previstos na Constituição, não ocupam um plano inferior na hierarquia constitucional. 
Semana 9 Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
R. D) a declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo
(OAB – XXI Ex ame U nificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo munic ipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Ex ecutivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo T ribunal F ederal. Tal projeto é aprovad o pela Câmara d e Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicaçã o da r eferida norma mun icipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Sup remo Tribunal Federal, a f im de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
R: Sim, vício formal e material, formal em relação ao procedimento de criação da norma, deveria ter sido criada pelo legislativo municipal, e material em relação ao conteúdo. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
R: Não, a Ação correta é a Representação ao Ministério Público Federal ou ação ordinária em primeira instância por ocupar o cargo de vereador. 
 
Semana 10 (OAB – XX Exame de O rdem Unificado) Emenda à C onstituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficác ia limitada, que necessita da devida int egração por via de l ei. P roduzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários nãose encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, po r ausência de regulamentação da n orma legal p elo órgão c ompetente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir do di reito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatam ente o s efeitos que tal m edida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu c aso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades. 
Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir. 
A) Assiste razão ao(à) adv ogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? 
R: A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. R Professor: Cabe mandado de injunção pela omissão legislativa, contudo aplica-se a lei 13.300. 
B) A que órgão do Poder Ju diciário competiria decidir a matéria?
R: Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário. R Professor: O Órgão competente é o STJ.
Semana 11 (OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? 
R: Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação d e relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A con trovérsia existente no âmbito da d outrina não torna possível o ajuizamento d a ADC. Com ef eito, é de se presumir que, no prime iro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo háb il para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria d icção d o Art. 14, III, d a Lei nº 9.8 68/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, p or conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. 
B) Em sed e de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida caut elar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeit os da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? 
R: Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de AD C, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria ab soluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que ju ízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação d a lei ou do ato normativo objeto da ação até seu ju lgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verif icar no prazo de cento e oitenta d ias, nos termos do Art . 21, p arágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para dete rminar que juízes e tribunais d o país não pudessem afast ar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efe itos ex tunc.
Semana 12 O Governador d e um Estado-membro da Fed eração vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou d e projeto de lei de iniciativa de determinado de putado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de t al quadro, o Govern ador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de D escumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnand o a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? 
R: A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade for mal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe d o Poder Executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. 
B) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador?
 R: Não, o cabimento da ADPF diante d a ausência das condições especiais p ara a propositura daquela ação constitucional, ou seja , a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A ju risprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, con dicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio p roce ssual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor.
Semana 13 A Constituição de determinado estado d a federação, promulgada em 1989, ao d ispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a invest i dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso púb lico de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexid ade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomea ção e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembléia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a est abilidade do servidor no meado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Consid erando -se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositurad a ação d ireta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando -se que o Govern ador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: I. o que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribun al de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do ju lgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
R: Coexistência de jurisdições constitu cional estaduais e federal. Proposi tura simultânea de ação direta de inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o T ribunal de Justiça. Suspensão d o processo no âmbito da justiça estadual, até a deliberação definitiva desta Corte. Precedente s. Declaração de inconstitucionalidade, por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à mesma norma requerida perante a Corte estadual. Perda d e objeto." (Pet 2.701 - AgR, Rel. p /o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8-10 -1993, Plenário, DJ de 19 -3-2004.) II. poderia o Presidente da República ajuizar ação diret a de incon stitucionalidade junto ao ST F contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. R: Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o aju izamento de ADI e os d ispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conf lito com a Constituição Federal. No caso, há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criou -se diferenciação entre b rasileiros po r razão de naturalidade.

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