Buscar

PROCESSO PENAL DO MARCELO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
O tema trabalhado no presente trabalho, é de fundamental importância para o direito no que se refere à sociedade, evidenciando as ações penais. 
O objetivo do recurso traz o reexame da decisão judicial, visando anular o mesmo ou ainda o reformar, tendo que ser analisado por instância superior à aquela que expediu a decisão inicial que não satisfez os interesses da parte prejudicada pela decisão.
Neste sentido, a apelação, tem por fim a modificação parcial ou total de decisão definitiva ou com sua força, pretendendo o reexame em órgão de segunda instância do que foi decidido em órgão jurisdicional inferior. Sendo este instituto um dos dispositivos disponíveis no processo penal, visando a reanalise de decisão.
Após essa parte inicial de fundamental importância o instituto da apelação e seus pontos mais relevantes, foram essenciais para a caracterização do tema. 
DESENVOLVIMENTO
1. Conceito de recursos
Entende-se por recurso, o procedimento pelo qual a pessoa que esteja legitimada a intervir na causa, refaça a análise das decisões judiciais, a fim de que elas possam ser novamente reformadas, pelo próprio magistrado que as proferiu, ou por algum órgão de jurisdição superior. 
De origem latina, o verbo recursare significa “correr para trás ou correr para o lugar de onde se veio”, e daí esta ideia de refazer. Através do recurso, a parte prejudicada pela decisão judicial tem a possibilidade de promover o reexame do ponto recorrido, evitando que o processo seja concluído em um único grau, bem como prevenindo eventuais injustiças e erros judiciais. Assim, pode-se entender o recurso como o meio processual hábil a exercer o direito da parte de requerer, ao órgão superior, o reexame de decisão proferida em instância inferior, reputada injusta ou errônea (OLIVEIRA, 2013).
Para Capez (2006):
 
“É a providência legal imposta ao juiz ou concedida à parte interessada, consistente em meio de se obter nova apreciação da decisão ou situação processual, com o fim de corrigi-la, modificá-la ou confirmá-la. Trata-se do meio pelo qual se obtém o reexame de uma decisão” (CAPEZ, 2012, p. 21)
Somente pode ser objeto de recurso provimento judicial dotado de uma decisão e somente aquelas decisões que a lei declara passíveis de recurso, posto que nem toda decisão judicial pode ser recorrida (FIUZA, 2013).
Vale lembrar também que o recurso não é o único meio de impugnação das decisões judiciais, em virtude de que é possível atacá-las através de ações próprias, como o mandado de segurança criminal, a revisão criminal e o “habeas corpus” (OLIVEIRA, 2013).
Despachos, normalmente, não admitem recurso, exceto se tumultuários, cabendo correição parcial. Decisão interlocutória excepcionalmente pode ter recurso. As sentenças em regra admitem recurso (CAPEZ, 2012).
2. Pressupostos
Pressuposto, como o próprio nome indica, é tudo aquilo que vem antes da relação processual, é o que deve existir antes da constituição da relação. Alguns requisitos processuais devem ser atendidos quando instaurada qualquer relação processual. Estes requisitos devem existir no momento do início da relação processual, e também durante todo o seu desenvolvimento (RANGEL, 2007). 
Se houve ausência dos pressupostos processuais, a atividade do pronunciamento jurisdicional se torna inválida. Jardim (1999, p. 57) afirma que “os pressupostos para a constituição e regular desenvolvimento do processo devem ser os mesmos para o processo penal, para o processo civil quanto para o processo do trabalho”.
Um recurso necessita ter conhecimento pelo juízo ad quem e está sujeito a requisitos legais, sob pena de não-recebimento. Inicialmente realiza-se o juízo de prelibação ou juízo de admissibilidade do recurso, pelo próprio juiz prolator da decisão atacada. Tal ato não tem efeito vinculativo, mas sim declaratório, portanto, não vincula a instância superior. Nesta oportunidade, avalia-se o recurso interposto, o que é feito também em sede de instância superior. O recebimento do recurso pelo juízo a quo não obsta a realização, pelo juízo ad quem, do juízo de prelibação. Somente em segundo momento analisa-se o mérito, por meio do denominado juízo de delibação (TOURINHO FILHO, 2009).
Para que um recurso seja conhecido ou admitido, indispensável é a presença de seus pressupostos de admissibilidade. Em não o sendo, não está apto a ser apreciado quanto ao mérito e mantém-se a decisão recorrida, nos exatos termos em que fora prolatada. Em sendo conhecido e, depois provido em parte ou improvido, constata-se o alcance da pretensão do recorrente, se foi integral, parcial ou, mesmo, foi desacolhida (RANGEL, 2007).
O provimento do recurso enseja a reforma - com a substituição da decisão anterior - ou a anulação da decisão judicial.
Os pressupostos de admissibilidade são: 
● Pressuposto Fundamental: conforme art. 577 do CPP, este pressuposto é representado pela sucumbência, e é obrigatório que a pessoa que recorreu tenha sofrido algum prejuízo diante do ato jurisdicional, que gera o interesse processual na reforme da decisão. Este prejuízo pode ser: total, parcial, único, múltiplo ou reflexo. Se faltar algum pressuposto, o Juiz não pode entrar no mérito do recurso. O exame dos pressupostos permite conhecer ou não o recurso, e o exame de mérito concede provimento ou não. Para se dar provimento a um determinado recurso, faz-se necessário o exame de seu conteúdo. Os pressupostos podem ser divididos em subjetivos e objetivos (GRECCO FILHO, 1999). 
● Pressupostos objetivos: 
a) Autorização ou previsão legal (cabimento): para recorrer de uma decisão (lato sensu), quem recorreu somente poderá valer-se dos recursos estabelecidos na legislação. O recurso utilizado deve ser adequado para o fim que se almeja, não se admitindo seu conhecimento tão somente quando houver erro grosseiro ou houver má-fé, tendo em vista vigorar o princípio da fungibilidade. Oliveira (2013) afirma que “para os recursos de fundamentação vinculada ou da competência da jurisdição extraordinária, a motivação constitui-se um dos requisitos de cabimento do recurso”.
b) Tempestividade: a interposição do recurso deve ser feita dentro do prazo legalmente cominado, sob pena de preclusão. Destaca-se que os prazos processuais são contínuos e peremptórios, não se interrompendo nas férias, domingos e feriados, salvo por impedimento do juiz, força maior ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária (art. 798, § 4° do CPP). Quando o atraso decorrer por falha funcional do Cartório, o recurso deve ser admitido (art. 575 do CPP). A regra é o prazo de 05 dias.[1: O prazo para o MP: 1ª corrente do STJ e STF = é o da data da aposição do ciente nos autos, e não da data constante no livro carga do cartório ; 2ª Corrente STJ/STF + recente – entrega dos autos com vista (entrave burocrático da administração do MP – o ônus da entrega imediata dos autos à pessoa física do representante do MP é da Instituição) Não se admite o controle do Prazo pelo Poder Público e afronta o contraditório.]
c) Observância das formalidades legais: para ser conhecido o recurso deverá observar a forma preconizada em lei, conforme o art. 578, caput), 
d) Ausência de fatos impeditivos e extintivos: não devem estar presentes fatos que impeçam ou extingam o direito de recorrer. Entende-se por fato impeditivo todo aquele que obsta a interposição do recurso, por renúncia ao direito de recorrer, formando assim a coisa julgada. São fatos impeditivos: a renúncia e o não recolhimento à prisão nos casos exigidos em lei.
É considerado fato extintivo aquele impede a apreciação de um recurso, em razão da desistência, ou seja, o desejo de não querer mais prosseguir com o recurso, e a deserdação, que é a desistência presumida pelo abandono do recurso, cuja única possibilidade é a falta de preparo quando assim for exigido, consoante prelecionado pelo art.806, § 2° do CPP.
● Pressupostos subjetivos:
a) Interesse: só é dado o direito de recorrer à parte que possua interesse na reforma dadecisão. Exige-se, portanto, que esta tenha sido sucumbente, consoante parágrafo único do art. 577 do CPP. [2: ]
b) Legitimidade: estão aptos a recorrer, nos termos no art.577 do CPP:
# Ministério Público:  poderá recorrer em benefício do réu, quando sucumbente como fiscal da lei, com vistas à correta aplicação da lei. Conforme Oliveira (2013), nas decisões absolutórias nas ações privadas, o Ministério Público não tem legitimidade para recorrer em favor do querelante, porém, é legitimado para o recurso, na qualidade de custos legis. Assim poderá recorrer tanto para agravar a pena como para requerer a absolvição do querelado.
# Querelante
# Réu: possui legitimidade, bem como capacidade postulatória, podendo recorrer sem a intervenção de defensor.
# Procurador ou defensor do acusado: possui legitimação autônoma e concorrente com o réu para recorrer. Havendo divergência entre o acusado e o advogado, quanto à importância de recorrer, mesmo que não pretenda o autor, a doutrina e a jurisprudência são unânimes ao asseverar que prevalece o interesse em recorrer. 
# Ofendido e seus sucessores: poderá interpor apelação o ofendido ou qualquer de seus sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão), ainda que não tenha se habilitado como assistente, quando assim não foi feito pelo Ministério Público, restringindo-se aos casos de crime cuja competência pertença ao Tribunal do Júri ou ao juiz singular.
# A qualquer do povo: da decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir.
# O terceiro que tenha prestado a fiança, nos casos de quebramento ou perda de seu valor.
3. Interposição 
No que concerne ao prazo para a interposição de recurso de apelação dispomos do art. 593, "caput", do CPP, ficando estabelecido que "caberá apelação no prazo de 5(cinco) dias" contados da intimação; bem como no art. 598, "caput", onde prevalece que "nos crimes de competência do tribunal do júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo". E no parágrafo único desse mesmo artigo fica ditado que "O prazo para interposição desse recurso será de 15(quinze) dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público".
4. Efeitos
● Efeito devolutivo: É a essência de qualquer recurso. Trata-se da remessa do que foi decidido para reexame pelo juízo ou tribunal “ad quem”. É classificado em:
 a) Iterativo: a devolução é para o próprio juízo “a quo” (p. ex: embargos de declaração); 
b) Reiterativo: devolução é perante o juízo “ad quem” (p. ex: apelação); 
c) Misto: tanto o juízo “a quo” quanto o “ad quem” apreciam a matéria impugnada (p.ex: Recurso em sentido estrito – juízo de retratação). 
● Efeito suspensivo: É a qualidade do recurso em suspender a eficácia da decisão até o julgamento da nova decisão. A lei determina expressamente quando um recurso possui esse efeito (p.ex: art. 584 do CPP). Alguns dos efeitos de uma sentença absolutória não podem ser suspensos por um recurso (art. 596 do CPP). 
● Efeito extensivo: É a hipótese de em um concurso de agentes, um dos acusados condenados recorre, sendo que é possível a extensão de eventuais benefícios àqueles que não recorreram, desde que não sejam de caráter exclusivamente pessoal (art. 580 do CPP).
 “[...] Havendo dois ou mais réus, com idêntica situação processual e fática, se apenas um deles recorrer e obtiver benefício, será este aplicado também aos demais que não impugnaram a sentença” (REIS, 2012, p. 614)
5. Apelação
A apelação é o recurso cabível em face de decisões definitivas de condenação ou absolvição; decisões definitivas, sendo esta analisada por órgão jurisdicional superior, atendendo ainda o princípio do duplo grau de jurisdição, que tem por finalidade o reexame da decisão, tendo sua modificação total ou parcialmente, podendo ser ordinária ou sumária como assevera Cunha:
“A apelação pode ser ordinária ou sumária. Ordinária se o crime objeto do processo for punido com pena de reclusão. Sumária é a apelação para os delitos apenados com detenção ou prisão simples (CUNHA, 2009)
A apelação tem natureza residual, admitida quando não se está diante das hipóteses do recurso em sentido estrito. Das decisões em que é cabível, encontram-se as proferidas pelo júri quando da: nulidade posterior à pronúncia; sentença do juiz presidente contrária à letra expressa da lei ou à decisão dos jurados; quando houver erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de segurança; quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos.
A apelação tem o prazo de cinco dias para ser interposta perante o órgão jurisdicional, de forma que prevê o Art. 593 do Código de Processo Penal, atente-se para que este prazo não conta a partir do primeiro dia e terá seu limite até o último dia, ou seja, o prazo só começará a contar no primeiro dia da intimação como nos ensina Cunha:
Para Cunha (2009)
O prazo para interposição de apelação é de cinco dias, conforme previsto no art. 593 do Código. A forma de contagem desse prazo segue na regra geral adotada para os demais recursos, devendo obedecer, assim, o disposto no art. 798, que impõe a exclusão do dia do começo do prazo e a inclusão do dia final” (CUNHA, 2009, p. 233)
 
Dentre os efeitos da apelação no processo, tem-se o efeito devolutivo; suspensivo, pois a interposição da apelação retarda a execução da sentença condenatória, mas não tem esse efeito na sentença absolutória; extensivo, tal efeito constitui regra para todos os recursos no processo penal, “A decisão proferida no recurso interposto por um correu beneficia aos demais que não impugnaram a decisão, exceto quando o recurso é fundado em motivos de ordem pessoal, não extensivos aos demais” 
O prazo para interposição da apelação é de 05 (cinco) dias, é interposta por termo ou petição, no juízo que prolatou a decisão, que fará o exame dos pressupostos para tal recurso. Na negação ou deserção do recurso da apelação, caberá o recurso em sentido estrito, conforme aponta o artigo 581, inciso XV, CPP). Admitindo-se a apelação, intima-se o apelante, e depois, o apelado, para no prazo de 8 (oito) dias, ofereçam as razões e contra razões.
5.1 Apelação das decisões do tribunal do júri
 
Referente às apelações das decisões do tribunal do júri, temos a sua base regulada pelo art. 593, III, "a" a "d", do CPP. Nas apelações de decisões do tribunal do júri essa apreciação assume um caráter restrito, sem a devolução do conhecimento pleno da causa, limitando-se o tribunal de apelação a um conhecimento ditado pela lei. Em razão de sua natureza não há devolução à superior instância do conhecimento integral da causa criminal. Isso ocorre em razão de que as decisões do tribunal do júri assumiram o "status" de garantia constitucional, impossibilitando assim interferências em seu conteúdo. 
Deve-se observar, no entanto a diferença para o caso de ser uma nulidade absoluta ou relativa, visto que esta é passível de preclusão se não impugnada após as formalidades para o julgamento, enquanto que aquelas não sofrem esse tipo de restrição.
Assim é que caso o tribunal "ad quem" acate, dê provimento, a uma alegação de nulidade, os atos são anulados para que haja uma renovação na primeira instância até que possam vir a ser conclusos para um novo julgamento
Quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos, verifica-se a possibilidade da entrada no "mérito da questão" para que haja uma nova análise. É uma espécie de recurso diferente no que podemos dizer que interfere superficialmente na decisão do júri, só que não em seu conteúdo. No que concerne à abrangência desse dispositivo podemos entender que pode ser utilizado para os casos em que há total discrepância entre o que foi colhido nos autos e aquilo que foi decidido pelo conselho leigo quando agiu sem a menor concordância com alogicidade presumida em situações idênticas. Isso não significa que não possa dar interpretação que considera conveniente. Pode, desde que essa interpretação esteja em consonância com as provas dos autos.
6. Agravo em execução
O Agravo em Execução é cabível contra as decisões, sem efeito suspensivo, proferidas pelo Juiz da Vara de Execuções Criminais. Deve ser interposto no prazo de 5 dias – Art. 197 da Lei 7.210/84 (LEP).
Art. 197 – Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
7. Recurso em sentido estrito
O famoso Recurso em Sentindo Estrito, disciplinado nos art. 581 a 592 do CPP, segue um rol taxativo de cabimento (no entanto, ainda há outras decisões contra as quais cabe Recurso em Sentido Estrito, e não estão previstas no art. 581). De uma maneira geral, pode-se dizer que o recurso cabe contra:
Decisões Definitivas (absolvição sumária do procedimento do jurí);
Decisões com Força de Definitiva (que reconhece a decadência);
Terminativas (que não recebe a denúncia - da que recebe só cabe HC);
Decisões em Questões Incidentais de Natureza Processual (declaração de incompetência)
O prazo para interposição do recurso é de 5 dias (art. 586), depois mais um prazo de 2 dias pra juntar as razões e outros 2 dias para as contra-razões. Este recurso comporta juízo de retratação, ou seja, o juiz pode voltar atrás antes de enviar para o tribunal ou a turma recursal decidir (art. 589).
8. Recurso criminal
Ação autônoma de impugnação que visa revisar ou reexaminar decisão criminal com trânsito em julgado. Cabível somente em favor do réu. É meio privativo da defesa.
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após. Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
O segundo julgamento, não poderá prejudicar o réu.
Art. 621 – A revisão dos processos findos será admitida:
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
Se as provas só surgiram posteriormente, por omissão anterior do réu, não será possível a revisão criminal, baseada no inciso III. Cabendo a revisão criminal nos incisos I ou II.
Art. 622 – A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após. Parágrafo único – Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
Recurso: Revisão Criminal
Cabimento: Cabível quando ocorrem situações que a justifique, desde que a sentença já tenha transitado em julgado.
Norma: Art. 621 do CPP
Prazo: Em qualquer tempo depois de transitada em julgado a sentença condenatória.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O instituto do recurso em sede de direito processual penal, age de forma a pedir uma nova análise acerca da decisão proferida por determinado órgão jurisdicional, através da parte vencida na ação penal que por sua vez não sentiu-se satisfeita com a decisão proferida, recorrendo à órgão jurisdicional de maior instância para satisfazer sua pretensão.
Os recursos em suas diversas áreas e espécies são de fundamental importância, e o não contentamento de uma das partes com uma decisão proferida por órgão jurisdicional não poderá ficar ao livre arbítrio do juiz, não, ainda que pese que este também é passível de erros, e que, por meio do recurso poderá suprir a insatisfação, preenchendo os requisitos formais e legais do recurso, da parte apelante, como também corrigir um erro cometido pelo juiz a quo.
Neste sentido, é muito importante e justo a legislação, que não submete uma pessoa a uma pena, de uma só decisão que por estes ou aqueles motivos podem não contemplar a satisfação e o sentido de justiça, dando oportunidade a este de ingressar com o reexame, a revisão do que foi decidido.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALENCAR, Rosmar Antonni; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 5ª ed. Salvador: JusPodivm, 2012.
ATLOÉ, Marcelo Martins. Direito versus dever tributário: colisão de direitos fundamentais.São Paulo: Editora RT. 2009.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 4. ed. de acordo com as Leis n. 11.689/2008 e 11.719/2008. São Paulo: Saraiva, 2009.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Processo Penal, doutrina e prática. 1ª Ed. Ver. Salvador: Juspodivm, 2009.
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. 10ª edição. Del Rey: Belo Horizonte, 2013, p.146.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal. 16 ed. rev. São Paulo: Atlas, 2004.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 14a. edição - Revista e Atualizada. Rio de Janeiro: Lumen Juris Ltda, 2013.
PASSOS, José Joaquim Calmon de. Direito, poder, justiça e processo: julgando os que nos julgam. Rio de Janeiro: Forense. 2000.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 10. ed. rev., ampl e atual.Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2007.
REIS, Alexandre Cebrían Araújo. Direito processual penal esquematizado. Coordenador: Pedro Lenza. São Paulo: Saraiva. 2012.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. São Paulo: Saraiva, 2009. 4 v.

Outros materiais