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D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O
2 0 1 2
D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O
 TEORIAS SOBRE O DIREITO ADMINISTRATIVO
● Teoria Legalista ou Exegética  o dto adm. é somente um estudo de leis.
● Escola do Serviço Público  o dto adm. estuda todo o serviço prestado pelo Estado.
● Critério da Administração Pública  o dto adm. é um conj. de regras e princ., que estuda as relações juríd. afastando as sociais – definido por exclusão (teleológico, residual e distinção).
● Dto administrativo  conj de regras e princ. que disciplina órgãos/agentes e ativ. adm voltadas à realização de um fim estatal
 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
● Contencioso  francês – os atos praticados pela Administração apenas podem ser revistos pela própria Administração.
● Jurisdição única  inglês – somente o Poder Judiciário julga; a Administração só poderá julgar de forma excepcional.
● O Brasil adota o sistema da jurisdição única.
 Sistematização dos princ. Const. de acordo c/ seu grau de destaque no sist. e sua consequente abrangência
● Princ. fundamentais → são os que conferem identidade ao Dto Adm., conferindo-lhe coerência e unidade, fazendo c/ que possa ser identificado um reg. jurídico-adm. c/ as peculiaridades que lhe sejam inerentes (Barroso / TJSP).
● Princ. adm. gerais → embora não integrem o núcleo do reg. juríd. adm., são, normal//, importantes especificações dos princ. fundamentais. Apresentam um menor grau de abstração e possibilitam, em muitos casos, a tutela imediata das situações juríd. que contemplam. V.g. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Barroso / TJSP).
● Princ. setoriais → presidem um específico conj. de normas afeto a determinado tema do dto adm. (Barroso / TJSP)
 Petrificação do Dto Administrativo 
● Transformação de alguns temas do dto adm. em cláusulas pétreas. Exemplos: 
- periodicidade dos mandatos eletivos;
- inviolabilidade do mérito dos atos adm. → o mérito é a garantia de independência do poder executivo. (judiciário não pode intervir).
 PRINCÍPIOS
● L I M P E (+ juridicidade + transparência).
● Há uma tendência de substituir o princ. da legalidade pelo princ. da juridicidade, segundo o qual o administrador deve atuar em conformidade ao ordenamento juríd. e não à lei. V.g. possibilidade do governador não aplicar a lei tida por inconst.
● Os princ. que regem a Adm. Púb. são os expressos, embora certas diretrizes fundamentais sejam consideradas válidas, já que baseadas em princ. implícitos ou reconhecidos, conforme a doutrina e a jurisprudência (TJSC).
● Vedação ao retrocesso (effet cliquet).
● Continuidade do serviço público (ligado à eficiência).
● Autotutela (poder-dever de rever seus atos).
● Segurança jurídica (proteção à confiança – teoria do fato consumado) MPMG.
- em certas circunstâncias especiais, poderão surgir situações que acabem por conduzir a Adm. a manter o ato inválido. Nesses casos não haverá escolha discricionária p/ o administrador, mas a única conduta juridica// viável terá que ser a de não invalidar o ato e deixá-lo subsistir e produzir seus efeitos (Carvalhinho – GEMPF).
- Adm., devido a omissão de seus atos, perpetua situação jurid. que inviabiliza a revogabilidade ou anulabilidade do ato emanado, vez que se concretizaram dtos ou garantias aos administrados ou à coletividade, que afastados gerariam maiores gravames do que a mantença do ato impugnado (Carvalhinho – GEMPF).
● Doutrina dos Atos Próprios → integrante do conteúdo dogmático do princ. da moralidade adm., que preconiza a obrigação do sujeito titular de dtos ou prerrogativas púb. de respeitar a aparência criada por sua própria conduta anterior nas relações juríd. subsequentes, ressalvando a confiança gerada em 3º, regra fundamental p/ a estabilidade e segurança no tráfego juríd. A proibição de ir contra os próprios atos interdita o exercício de dtos e prerrogativas qdo o agente procura emitir novo ato em contradição manifesta c/ o sentido objetivo dos seus atos anteriores, ferindo o dever de coerência p/ c/ o outro sujeito da relação s/ apresentar justificação razoável.
● Razoabilidade (dentro de limites aceitáveis – teoria dos motivos determinantes).
● Proporcionalidade (adequação – necessidade – proporcionalidade) – proibição do excesso e da proteção insuficiente.
● Supremacia do interesse público  pedra de toque do dto adm.
● Indisponibilidade  pedra de toque do dto adm.
● Colaborativismo → é uma participação cada vez maior dos administrados na gestão do interesse púb. 
- as decisões da Adm. não são tomadas mais sozinhas qdo envolve interesse púb. Há audiências púb., orçamento participativo (população diz onde quer que o dinheiro seja aplicado). 
A D M I N I S T R A Ç Ã O P Ú B L I C A
 GOVERNO X ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (MPMG)
● Sentido operacional entende-se que seria a forma como desempenham as suas funções e os critérios que se utilizam p/ desempenhá-las.
● Governo → conj. de agentes, órgãos e entidades que integram a estrutura const. do Estado, investido com Poder Político. Afeto ao Dto Const. Operacionalizam sua função de fixar diretrizes por critérios políticos, conforme a CR.
● Adm. Púb. → conj. de agentes, órgãos ou entidades que integram a estrutura adm. do Estado, investida de Poderes Adm. Matéria afeta ao Dto Adm. Critério de operacionalização seriam os legais e de acordo c/ as diretrizes estabelecidas.
 ESTADO GERENCIAL BRASILEIRO (MPMG)
● Estado mínimo  transfere a ativ. econômica p/ o particular – funciona como agente regulador (administração policêntrica) – se desenvolve p/ prover necessidades básicas – garante o mínimo existencial – neoliberalismo.
● 1º Setor  Administração Direta e Indireta – descentralização legal (outorga).
● 2º Setor  parceria do poder público c/ particular c/ fins lucrativos – concessão, permissão e PPP.
● 3º Setor  parceria do poder público c/ particular s/ fins lucrativos – sistema S, OS e OSCIP.
● 4º Setor  economia informal (ambulantes).
● 5º Setor  excluídos da sociedade (marginais, fora da lei).
● Desconcentração  diluição de atribuições através da criação de órgãos – há hierarquia.
● Descentralização  transferência de atribuições p/ outras pessoas juríd. – não há hierarquia; há supervisão – pode ser:
- da Administração Direta p/ Direta (hospital federal p/ Município);
- da Administração Direta p/ Indireta (descentralização legal – outorga – transfere titularidade e execução);
	- da Administração Direta p/ 2º e 3º Setores (descentralização negocial – delegação – transfere apenas execução).
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA (CENTRALIZADA)
 União, Estados, DF e Municípios
● Princípios  planejamento – coordenação – descentralização – delegação de competência – controle.
● Ao contrário do que ocorre entre particulares, o juiz pode, de ofício, determinar o reforço da penhora em execução movida pela Fazenda Pública (TJMG).
 Órgãos Públicos
● Centros de competência, unidades de atuação s/ personalidade juríd., criados por desconcentração através de lei.
● Unidade de atuação despersonalizada dotada de um feixe de atribuições referentes à estrutura da Adm. à qual pertencem.
● CABM coloca 3 teorias para caracterizar o órgão:
- Subjetiva → identifica o órgão c/ os agentes púb. Sua crítica é qto a realidade, visto que mesmo desaparecendo o agente, tb desapareceria o órgão.
- Objetiva → identificando o órgão como a unidade funcional da organização adm. Mesmo sentido a crítica, visto que na realidade é o agente o veiculador da vontade adm.
- eclética → caracteriza como os agentes púb. atuando em unidade funcional da organização adm. Teriam 2 caracte-rísticas: Subjetiva, agente púb. e Objetiva, a unidade funcional caracterizariam o órgão. Persistem as críticas acima.
● Teoria do órgão  a vontade exteriorizada pelo agente é avontade do órgão.
- Otto Gierke  segundo a teoria do órgão, a vontade da pessoa juríd. deve ser atribuída aos órgãos que a compõem, sendo eles mesmos, os órgãos, compostos de agentes (MPGO).
● Teoria da imputação volitiva  a vontade do órgão é imputada à pessoa jurídica à qual ele pertence – daí não se admitir ação de resp. em face do agente púb., pois não têm legitimidade passiva – os atos que os agentes praticam repercutem direta// na pessoa juríd. cujo órgão integram.
● Classificação qto à hierarquia / escala governamental: 
- independentes → são os originários da CR, colocados no ápice da pirâmide governamental, s/ qq subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. São chamados de órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm e exercem as funções políticas, judiciais e quase-judiciais outorgadas direta// pela CR, p/ serem desempenhadas direta// pelos seus membros (CN, CD, SF, Assembleias Leg., Presidência da Rep., Gov., Pref., TJs, Juízes; MPs; TCs);
- autônomos → são os localizados na cúpula da Adm., imediata// abaixo dos órgãos independentes e direta// subordinados a seus chefes. Têm ampla autonomia adm., financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos c/ funções precípuas de planejamento, supervisão, coordenação e controle das ativ. que constituem sua área de compet. (Ministérios, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais, AGU, Procuradorias dos Estados e Municípios);
- superiores → não gozam de autonomia adm. nem financeira. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções técnicas, dentro de sua área de compet., c/ resp. pela execução, geral// a cargo de seus órgãos subalternos (Gabinetes; Inspetorias-Gerais; Procuradorias Adm. e Judiciais; Coordenadorias; Departamentos; Divisões);
- subalternos → realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos adm., c/ reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução, a exemplo das atividades-meios e atendimento ao púb. (Seções de expediente)
● Classificação qto à composição: simples – compostos.
● Classificação qto à forma de atuação: singular – colegiado.
 ADMINISTRAÇAO PÚBLICA INDIRETA (DESCENTRALIZADA)
● Criação e extinção (paralelismo das formas) – lei específica p/ autarquia – lei autorizativa p/ as demais.
● Criada p/ fugir do rigor hierárquico inerente aos órgãos dentro de uma pessoa juríd. (descentralização s/ hierarquia).
 Autarquia
● Exerce função típica do Estado  poder de polícia + serviço público + intervenção ordem econômica e social + fomento.
● Autarquia interestatal / interfederativa / associativa  possível através de consórcio público (Lei 11.107/05).
● MSZP entende que as associações públicas são uma nova espécie de pessoa juríd. da Adm. Indireta.
● Pessoa juríd. de dto público, logo possuem:
- privilégios fiscais qto às ativ. essenciais (art. 150, VI ‘a’ c/c §2 CR);
- privilégios processuais da Fazenda Pública (prazo em quádruplo p/ contestar e em dobro p/ recorrer);
- bens públicos;
- responsabilidade objetiva (art. 37, § 6 CR).
● Investidura no cargo por concurso público e regime jurídico único (art. 37, II e art. 39 CR).
● São obrigadas a licitar (art. 37, XXI CR).
● Sofrem fiscalização do Tribunal de Contas (art. 70 CR).
● Entidades autárquicas: 
- agências administrativas;
- conselhos profissionais;
- estatais prestadoras de serviço público.
 Agência executiva (agência administrativa)
● Autarquias ou fundações que ganham essa qualificação a partir da celebração do contrato de gestão e desde que tenham um plano estrutural estratégico – não há transformação em outra pessoa juríd. (INMETRO – art. 51 Lei 9.649/98 – MPMG).
● Visa revitalizar as entidades qualificadas, c/ o propósito de aprimorar a gestão  maior autonomia gerencial e financeira.
● Uma vez firmado o contrato, a qualificação como agência executiva será feita por decreto.
● Possuem valor superior de dispensa de licitação (20% do valor do convite).
 Agência reguladora (agência administrativa) 
● Consequência do Estado Gerencial Brasileiro  administração policêntrica (Diogo de Figueiredo).
● Autarquia especial c/ maior autonomia e independência de acordo c/ a lei específica.
● São entidades ligadas ao Estado, tendo em vista sua independência (MPF).
● Exercem função fiscalizatória + função normativa qto a atos técnicos (delegação c/ parâmetro).
● Participação popular  medida p/ compensar o defict de legitimidade – consulta pública ou audiência púb.
● Características  independência adm. - autonomia financeira - ausência de subordinação hierárquica - mandato fixo c/ quarentena - estabilidade dos seus dirigentes.
● Regra da não colidência  mandato dos diretores não pode coincidir c/ mandato do Chefe do Exec.
● Processo licitatório diferenciado  tb podem licitar pela consulta – devem observar a Lei 8.666/93.
● Contra atos técnicos não cabe recurso hierárquico impróprio p/ o Ministério, haja vista a autonomia e independência – cabe recurso hierárquico impróprio qto a atos adm. e ilegais – AGU.
● Caso a ag. reguladora tenha multado uma empresa por infração adm. que tb constitua crime, o prazo da prescrição adm. será o prescrito na lei penal (CESPE).
● Teoria da captura  busca-se impedir vinculação promíscua entre a ag., de um lado, e o governo instituidor ou os entes regulados, de outro, c/ flagrante comprometimento da independência da pessoa reguladora (Carvalhinho).
● Deslegalização  lei quadro determina que uma matéria passará a ser disciplinada por ato infralegal e revoga lei anterior qdo o ato for editado (reserva legal de compet. pautada na deslegalização) - tb chamada de delegificação, acontece qdo “uma lei, s/ entrar na regulamentação da matéria, rebaixa formal// o seu grau normativo, permitindo que essa matéria possa vir a ser modificada por regulamento” (J. J. Gomes Canotilho).
	- consiste na transferência do poder de normatizar determinadas matérias, qualificadas por um alto grau de complexidade técnica, em favor da entidade púb. responsável pela fiscalização e controle da seara econômica em que inserida aquela ativ. (GEMAF 06/10).
	- retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias, do domínio da lei (domaine de la loi) passando-as ao domínio do regulamento (domaine de lordonnance). STF
● “Crise da Lei” → manifesta incapacidade de o Poder Leg. acompanhar tempestiva// a mudança e a complexidade que atingi-ram os + variados domínios do dto. Muitas vezes apela o Legislador p/ a previsão de princ. e de regras contendo conceitos juríd. indeterminados, de modo a deferir substancial parcela de poder decisório ao aplicador diante do caso concreto. Este mesmo fenômeno tem conduzido, em variados campos do dto púb., à atuação de entidades reguladoras independentes, cuja aptidão técnica lhes permite desenvolver o conteúdo das regras gerais e abstratas editadas pelo Leg. c/ atenção às particulari-dades e especificidades do domínio regulado, c/ a possibilidade de resposta ágil diante da evolução da matéria provocada por novos desafios tecnológicos. A ‘Crise da Lei’ tem conduzido ao reconhecimento de um espaço normativo virtuoso do Poder Exec., que passa a dialogar c/ o Poder Leg. no desenvolvimento das políticas púb. setoriais, e cujas maiores vantagens resi-dem (i) conhecimento técnico inerente à burocracia adm. e (ii) possibilidade de pronta resposta aos novos desafios não previs-tos, mor// qdo comparado c/ as formalidades que cercam o DPL previsto na CR/88 (STF).
	- “Intelligible principle doctrine” → considerando inconst. as delegações operadas por Lei s/ a previsão de parâmetros claros que direcionem a atuação normativa do Exec.
 Fundações
particular → fundações de apoio (fiscalização pelo MP)
● Fundação		dto privado → governamental (fiscalização pelo TC)
		pública
			dto público → espécie do gênero entidade autárquica (fiscalização pelo TC)
- Fundaçãopública de direito público
● Espécie do gênero entidade autárquica.
● Possuem as mesmas prerrogativas e características das autarquias.
● Os fins a que se destinam são sempre de caráter social e suas ativ. se caracterizam como serviços púb.
● Área de atuação definida por lei complementar (art. 37, XIX CR).
- Fundação pública de direito privado (fundação governamental)
● A lei apenas autoriza a criação e extinção  personalidade juríd. começa c/ a inscrição do ato constitutivo.
● Criada p/ atuar na ordem social através de inscrição no RCPJ.
● Detém nat. privada, logo seus bens são privados (art. 98 CC).
● Por serem instituídas e mantidas pelo Poder Público, possuem privilégio fiscal (art. 150, VI ‘a’ c/c §2 CR).
● Não possuem privilégios processuais.
● Contratação por concurso p/ emprego público sob regime trabalhista (art. 37, II CR).
● Devem licitar (art. 37, XXI CR).
● A resp. é objetiva por prestarem serviço público (art. 37, §6 CR).
● São fiscalizadas pelo Tribunal de Contas (art. 70 CR).
● STJ  as fundações de apoio às universidades púb. têm personalidade juríd. de dto priv., c/ patrimônio e administração próprios, não fazendo parte da Adm. Púb. Indireta, razão pela qual as ações em que atuarem como parte devem ser julgadas pela Justiça Comum Estadual, mor// não se enquadrarem na previsão do art. 109, I CF/88
- fundações de apoio são necessaria// constituídas sob a forma de fundações de dto priv. s/ fins lucrativos, c/ a finalidade específica de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão, além do desenvolvimento institucional, científico e tecnológico em face da Universidade contratante.
 Sociedade de Economia Mista & Empresa Pública 
● CR determina que seja criado estatuto juríd. próprio, que disporá, entre outras coisas, sobre as suas normas de licitação e contratação de obras, serviços, compras, alienações, etc → esse estatuto nunca foi criado (GEAGU).
- não viola o princ. da isonomia, regras próprias de licitação que - atentando p/ a eficiência, economicidade e livre concorrência - assegurassem o desempenho de sua função social (STF).
- STF vem admitindo que algumas dessas entidades (v.g. Petrobras), utilizem seus próprios estatutos, em consonância c/ suas leis autorizadoras, fazendo jus ao princ. da livre concorrência.
● Petrobras → dec. 2745 específico que regula a licitação (a discussão é apenas qto a ativ. meio – ativ. fim não precisa licitar):
	- STF → tem decisões das turmas admitindo a utilização do dec.;
	- TCU → entende que não é possível a utilização do dec.
● Empresas públicas e SEM sujeitam-se a MS, no caso de impugnação de atos em proc. de licitação (MPRJ).
● É cabível MS contra autoridade realizadora de concurso púb., mesmo em SEM. Compete à Justiça Fed. julgar MS no qual se impugna ato de dirigente de SEM fed. (STJ – CESPE).
● Os bens de empresa pública afetados à sua finalidade não podem ser utilizados senão dentro das regras de dto púb.. Bens da Infraero na área das ativ. aeroportuárias não seguem as regras de locação (STJ).
● Empresas subsidiárias:
	- controle e gestão das ativ. são atribuídos à empresa púb. ou à SEM direta// criadas pelo Estado.
	- tb dependem de autorização legislativa p/ criação.
	- objetivo → dedicar-se a um dos segmentos específicos da entidade primária.
	- subsidiária integral → único acionista é a sociedade de 1º grau instituidora.
● No âmbito federal, a SEM, entidade integrante da administração indireta, pode ter participação no capital da empresa pública, desde que a maioria do capital votante desta pertença à União (CESPE).
- Prestadoras de atividade econômica
● Na origem, toda estatal se destinava a prestar ativ. econômica.
● Regida pelo art. 173 CR  exploração direta de ativ. econômica pelo Estado de forma indireta.
● Contratação por concurso p/ emprego público sob regime celetista (art. 37, II CR).
● Resp. subjetiva  não presta serviço público – não abrangida pelo art. 37, §6.
● Resp. subsidiária (2 correntes):
– não há  deve ter tratamento igual à iniciativa privada;
– há  culpa in eligendo.
● Falência (2 correntes): 
 - não podem falir  art. 2, I LRF;
 - podem falir art 2 I LRF é inconst, viola art 173 §2 CR (não gozam de privilégios fiscais não extensivos às do setor priv)
● Bens  privados, pois são pessoas jurídicas de dto privado.
● Licitação  apenas na ativ. meio – na ativ. fim é dispensável (art. 24, XXIII Lei 8.666/93).
● Abrangidas pela vedação de acumulação de cargo e pelo teto remuneratório se receberem verba púb. (estatal dependente).
- Prestadoras de serviço público
● Passou-se a reconhecer a possibilidade de estatal prestar serviço público  ECT e INFRAERO.
 - os serviços prestados pela Infraero, no exercício de sua ativ fim, são imunes ao imposto sobre serviços (STF / CESPE).
 - SEM que atua na área de serviços de saúde possui imunidade recíproca de impostos estaduais (STF).
● ECT  empresa pública que presta serviço público (postal) em regime de exclusividade (monopólio) – ADPF 46.
● Art 175 CR  incumbe ao Poder Púb. a prestação de serviços púb. – como concessionária (MSZP) ou direta// (1º setor).
● Regime de pessoal estatutário (regime público)  ingresso por concurso (art. 37, II CR).
● Resp. objetiva  presta serviço público – abrangida pelo art. 37, §6.
● Resp. subsidiária:
– há  exerce ativ. típica de Estado;
– há  culpa in eligendo.
● Falência  não podem falir (art. 2, I Lei 11.101/05 – continuidade do serviço público).
● Bens  públicos (regime público).
● Foro processual p/ SEM  em regra, na justiça estadual, exceto os MS contra o presidente da entidade federal referentes a atos de licitação ou concurso.
● S. 517 STF → as SEM só têm foro na justiça federal, qdo a União intervém como assistente ou opoente.
● Licitação  obrigatória (regime público).
	Sociedade de Economia Mista
	Empresa Pública
	● qq forma admitida em dto
	● apenas a forma de S.A.
	● capital público e privado
	● só capital público (não necessaria// do mesmo ente)
	● sempre justiça estadual
	● se federal, justiça federal 
● É lícito a empresa pública fed. promover a execução de honorários advocatícios em vara de juizado especial (STJ - CESPE).
 CONVÊNIO
 Convênio Administrativo
● Convênio é o ajuste / acordo firmado por pessoas adm. entre si ou c/ particulares, p/ alcançar interesse púb.
● Podem ser pactuados por pessoas de espécies diferentes – União pode realizar convênio.
● Admite-se tb a formação de convênio entre órgãos do mesmo ente púb.  convênio interorgânico (Carvalhinho).
● Os interesses no convênio são convergentes  o elemento fundamental do convênio é a cooperação.
● Inexiste vinculação contratual ou permanência obrigatória.
● Impera o princ. do informalismo, não sendo exigível o pressuposto da personalidade juríd. (≠ contratos – Carvalhinho).
● Inconstitucional a vinculação a prévia autorização legislativa por ofender a separação dos poderes.
● Em regra, independe de licitação prévia (CESPE) – inexiste competitividade e busca pelo lucro – não há concorrência.
● Controladoria Geral da União (CGU) tem atribuição p/ fiscalizar a aplicação dos recursos púb. fed. repassados, nos termos dos convênios, aos Municípios. Deve-se verificar a correta aplicação dos recursos, sob pena de eventual resp. solidária nos termos da Lei 10.683/03, razão pela qual a CGU deve ter acesso aos docs. dos Municípios (STF).
● Contrato de repasse → instrumento adm. por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por interme-diário de instituição financeira ou agente financeiro púb. fed., atuando como mandatário da União (art. 1, II dec. 6.170/07).
● Termo de cooperação → instrumento pelo qual é ajustada a transferência de crédito de órgão da Adm. Púb. fed. direta, au-tarquia, fundação púb. ou empresa estatal dependente, p/ outro órgãoou entidade fed da mesma nat. (art. 1, III, dec. 6170/07).
 Consórcio Administrativo (Hely)
● Ajustado sempre entre entidades da mesma natureza / espécie – não podem ser firmados pela União.
	≠ dos convênios → pessoas de espécies diferentes.
● Não assumem personalidade juríd.
● Carvalhinho entende que não há falar em distinção entre convênios e consórcios adm.
● Não são regidos pela Lei 11.107/05 – controvérsia qto à sua manutenção após os consórcios púb.
 Consórcio Público
● Regidos pela Lei 11.107/05.
● Negócio juríd. plurilateral de dto público  apenas entre entes da federação.
● Possui conteúdo de cooperação mútua entre os pactuantes  daí Carvalhinho afirmar que não é contrato, mas ato complexo
● Em sentido lato, poder-se-á considerar contrato multilateral (Marcelo Harger).
● A União somente participará de consórcios púb. em que tb façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
● A União, um Estado-membro e 12 Municípios de uma mesma região firmaram protocolo de intenções, expressando seu objetivo de implementar a gestão associada de determinado serviço púb., e constituíram uma associação púb. após a ratificação do protocolo por lei. Diante desses elementos, foi constituído consórcio púb. (MPRJ).
● Se apresenta como:
- pessoa juríd. de dto privado → observará as normas de dto púb. no que concerne à realização de licitação, celebra-ção de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela CLT;
- associação pública → autarquia interfederativa (integra a Adm. Indireta).
● Requisitos formais prévios  subscrição de protocolo de intenções + ratificação por lei.
● Cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:
– a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio;
– a identificação dos entes da Federação consorciados;
– a indicação da área de atuação do consórcio;
– previsão de que o consórcio púb. é associação púb. ou pessoa juríd. de dto priv. s/ fins econômicos;
– previsão de que a assembleia geral é a instância máxima do consórcio púb. e o nº de votos p/ as suas deliberações;
– a forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio púb. que, obrigatoria//, deverá ser Chefe do Exec. de ente da Federação consorciado;
– o nº, as formas de provimento e a remuneração dos empregados púb., bem como os casos de contratação por tempo determinado p/ atender a necessidade temporária de excepcional interesse púb.;
– as condições p/ que o consórcio púb. celebre contrato de gestão ou termo de parceria.
● Contrato de rateio  define qto cada ente colocará no contrato de consórcio público – anual em virtude da LOA.
● Contrato de programa  condição de validade e regulação de obrigações que um ente assume c/ o outro.
● O consórcio público presta contas ao TC do ente que está presidindo o consórcio púb.
● Haverá uma rotatividade entre os TCs que receberão a prestação de contas do consórcio púb.
● Os agentes púb. incumbidos da gestão de consórcio não responderão pessoal// pelas obrigações contraídas pelo consórcio, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade c/ a lei ou c/ as disposições dos respectivos estatutos.
● Valor da licitação:
até 3 entes  dobro do valor p/ definir modalidade de licitação;
+ de 3 entes  triplo do valor p/ definir modalidade.
● Possuem valor superior de dispensa de licitação  20% do valor do convite (art. 24, §ú Lei 8.666/93).
● A Lei 8.666/93 prevê que a licitação é dispensável (ñ inexigível) na celebração de contrato de programa c/ ente da Federação ou c/ entidade de sua Adm. Indireta, p/ a prestação de serviços púb. de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio púb. ou em convênio de cooperação (TJDFT – CESPE).
● RDC → proced. de contratação específico p/ a Copa / Olimpíadas - autoridade púb. olímpica → nat. juríd. de consórcio púb.
P O D E R E S A D M I N I S T R A T I V O S
 INTRODUÇÃO 
● Prerrogativas de dto público conferida aos agentes adm. p/ permitir que o Estado alcance seus fins.
● Têm nat. instrumental  surgem como instrumentos conferidos à Adm. p/ preservar interesse da coletividade.
● Tb impõem o exercício e vedam a inércia do agente público – poder-dever de agir.
 Poder discricionário
● Prerrogativa de eleger a conduta que traduz maior conveniência, oportunidade e conteúdo p/ o interesse púb. (MPGO).
● Otimização, razoabilidade e proporcionalidade → a discricionariedade não existe em função do interesse púb. secundário, mas do interesse púb. primário. Possui clara// um objetivo de otimização da ação adm., ou seja, objetiva possibilitar, em cada situação concreta, a providência mais adequada à consecução do interesse púb. (MPGO).
● Não incide sobre atos vinculados nos quais não há mérito (avaliação de oportunidade ou conveniência da conduta).
● Não é absoluto, pois a escolha não pode recair sobre qq conduta indistinta// – moderna//, tem-se admitido controle da discricionariedade c/ base na razoabilidade e proporcionalidade (eficiência).
● Limites da discricionariedade: (MPGO)
- o interesse púb. estabelecido pela norma como finalidade do ato;
- a extensão da compet. p/ a prática deste;
- os princ. constitucionais da Adm.;
- os demais princ. constitucionais e legais aplicáveis;
- a orientação política fixada por autoridade competente, incluindo a própria Adm., por meio de lei ou regulamento;
- parâmetros da “boa administração” (otimização de meios / recursos e a minimização dos sacrifícios do administrado);
- a existência de vínculo lógico entre motivos e consequências;
- a correspondência entre o ato praticado e a função de quem o pratica.
● Não atinge elementos vinculados do ato adm.  competência / finalidade / forma.
● O pós-positivismo juríd. (Gustavo Binenbojm) não mais permite falar, tecnica//, numa autêntica dicotomia entre atos vinculados e discricionários, mas em diferentes graus de vinculação dos atos adm. à juridicidade. Esses diferentes graus de vinculação ao ordenamento se pautam por uma escala decrescente de densidade normativa vinculativa, a saber: (STF) 
- atos vinculados por regras;
- atos vinculados por conceitos juríd. indeterminados;
- atos vinculados direta// por princ.
 Poder hierárquico:
● Comando + fiscalização + revisão + delegação.
● Poder conferido à Administração p/ se auto-organizar: 
- distribuir funções entre seus órgãos;
- estabelecer campos de atuação;
- fiscalizar atuação dos seus agentes.
● Delegação  transferência de atribuição genérica do superior p/ o subalterno (art. 14 Lei 9.784/99) – superior continua competente – resp. de quem praticou o ato – subdelegação – depende de previsão em lei.
● Avocatória  inverso de delegação – superior avoca compet. originária do subalterno – diferente de revisão de delegação na qual a compet. que era originaria// do superior fora delegada.
 
  Poder disciplinar
● Aplicação de sanções aos agentes  adotou-se o sist. da adequação punitiva, e não o da rígida tipicidade.
● Abrange somente as sanções adm.
● Limites ao exercício do poder disciplinar  necessária abertura de sindicância ou PAD – necessária observância de contraditório e ampla defesa – necessária motivação da decisão.
● P/ exoneração de servidor em estágio probatório é imprescindível procedimento adm. específico (ñ PAD) STJ.
● Ainda, que o ideal fosse a constituição da comissão disciplinar antes da instauração do PAD, a constituição depois não enseja prejuízo p/ o agente (STJ).
● Sistema da adequação punitiva – administrador deve observar obrigatoria//: 
- nat. e gravidade da infração;
- prejuízos que ela causou p/ o serviço púb.;
- atenuantes e agravantes no caso concreto;
- antecedentes do servidor.
● A autoridade que aplica a sanção adm. não fica vinculada ao relatório, podendo dele discordar, modificara conclusão e aplicar sanção mais severa (STJ).
● Não é mais possível aplicação de penalidade ao servidor pelo critério da “verdade sabida” (c/ fundamento em fatos já conhecidos pelo administrador) ou pelo “termo de declaração” (qdo a irregularidade for comprovada mediante confissão).
● Promoção da sindicância / PAD cabe ao órgão ou entidade púb. ao qual o servidor encontra-se vinculado no momento da infração, ainda que a notícia da falta tenha chegado ao conhecimento do ente púb. somente após a remoção do servidor (STJ).
● Não é legítima a apreciação dos fatos praticados por agente aposentado, qdo esses são posteriores à inatividade (STJ).
● Havendo cometimento por servidor de infração disciplinar tb tipificada como crime, somente se aplica o prazo prescricional previsto na leg. penal qdo os fatos forem apurados na esfera criminal. Ainda que o fato seja tipificado como crime, diante da ausência de apuração na esfera criminal, deve ser aplicado o prazo prescricional da lei que regula a punição adm. (REsp 1116477, 1ª T. STJ 2012).
● A prescrição da pretensão punitiva da Adm. é interrompida pela instauração de sindicância ou do PAD (GEMPF).
● Prazo prescricional da pretensão punitiva da Adm. Fed. começa a ser contado da data em que se torna conhecido o fato desabonador, mas a instauração do PAD, mediante a publicação da respectiva portaria, interrompe a prescrição. A contagem da prescrição volta a correr por inteiro após transcorridos 140 dias, prazo máximo p/ a conclusão do PAD (STJ).
● O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do PAD (STF / STJ / Carvalhinho / art. 169, §1 Lei 8.112).
● A publicação na imprensa oficial é a comunicação adequada p/ o acusado tomar ciência da pena de demissão aplicada no PAD, sendo desnecessária a intimação pessoal (STF).
● Na aplicação das penalidades serão consideradas a nat., gravidade, danos p/ a adm. púb., agravantes, atenuantes, antecedentes funcionais, sendo que as penalidades de advertência e suspensão terão seus registros cancelados após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício (respectiva//) s/ a prática de nova infração (CESPE).
● Na hipótese de aplicação de pena de demissão a servidor público submetido a PAD, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação p/ o ato demissório (STJ – CESPE).
● Não é possível o agravamento da penalidade imposta a servidor púb. após o encerramento do respectivo PAD, ainda que a sanção anterior// aplicada não esteja em conformidade c/ a lei ou orientação normativa interna. O PAD somente pode ser anulado qdo constatada a ocorrência de vício insanável (art. 169, caput Lei 8.112/90), ou revisto qdo apresentados fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da penalidade aplicada (art. 174, caput Lei 8.112/90). Nos termos do enunciado da S. 19 STF, o rejulgamento do PAD p/ a aplicação de nova punição ao servidor caracteriza bis in idem, situação vedada na seara adm.. A anulação parcial do PAD p/ adequar a penalidade aplicada ao servidor, consoante pareceres do órgão correspondente, ensejando aplicação de sanção mais grave ofende o DPL e a proibição da reformatio in pejus (3ª seção STJ 2012).
 Poder regulamentar ou normativo
● Prerrogativa de complementar e implementar a lei, editando normas gerais e abstratas p/ dar fiel execução à lei.
● Ato infralegal  decreto executivo ou regulamentar, que não podem inovar no ordenamento.
● Controvérsia qto ao decreto autônomo, que não depende de lei anterior p/ ser editado – STF tem admitido controle de constitucionalidade de tais decretos, o que demonstra que possuem fundamento de validade na CR.
● Exceção  decretos de intervenção, de estado de defesa e de estado de sítio são atos políticos de nat. primária.
● Qdo o Exec. e o Jud. expedem atos normativos de caráter não legislativo (regulamentos e regimentos, respectiva//) não o fazem no exercício da função legislativa, mas no desenvolvimento de função normativa. O exercício da função regulamentar e da função regimental não decorrem de delegação de função legislativa; não envolvem, portanto, derrogação do princ. da divisão dos poderes (STF - CESPE).
● Distinção significativa entre o poder de polícia e a regulação é que, no modelo de Estado regulador, as sanções não possuem necessaria// nat. repressiva, admitindo-se tb sanções positivas ou premiais, como o fomento (v.g.). CESPE
 Poder de polícia:
 		Ordem (criação da norma);
consentimento (licença/autorização); 
fiscalização;
sanção.
● Limita ou condiciona a liberdade ou propriedade do particular em prol do bem estar social, do interesse púb.
● Impõe obrigação de fazer (manter calçada, colocar extintor); não-fazer (gabarito); ou tolerar, se sujeitar.
● Pode apresentar aspecto preventivo ou repressivo (demolição de construção em área irregular).
● Características/atributos: (MPMG)
- coercibilidade + autoexecutoriedade + discricionariedade* (na maior parte das vezes) 
● Discricionário X Vinculado: (TJRJ) *
	- Carvalhinho / MSZP → pode ser discricionário ou vinculado (depende do caso concreto).
	v.g. alvará (discricionário) / licença (vinculado – qdo já está fixada a dimensão da limitação).
● Exemplo de não autoexecutoriedade → cobrança de multa (execução somente pode ser efetivada pela via judicial – TJRJ).
● STF só admite delegação p/ pessoa de dto público (ADI 1717/02 → indelegabilidade, a uma entidade priv., de ativ. típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de ativ. profissionais regulamentadas).
● STJ admite delegação tb p/ pessoa de dto privado, apenas qto ao consentimento e fiscalização – BHTrans.
● Carvalhinho → pode haver delegação, desde que mediante lei formal (nada impede a delegação da modalidade fiscalizatória às pessoas juríd. dto priv. integrantes da Adm. Púb.).
● É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competente p/ o respectivo exercício (STF).
● Taxa de renovação e licença de funcionamento → é prescindível (desnecessário) a comprovação efetiva do exercício de fiscalização por parte da municipalidade em face da notoriedade de sua atuação (1ª seção STJ pacífico).
 Abuso de Poder
● Modalidades: 
- excesso de poder (competência);
- desvio de poder (finalidade) → de origem francesa, é representativa de importante evolução no sentido de direcionar o poder discricionário aos seus fins de interesse púb. (TJDFT).
● Classificação qto à motivação, o ato desviante pode: (MPGO)
- objetivar um fim estranho ao interesse geral;
- visar a um fim de interesse geral, porém diverso do fim precisa// estabelecido p/ aquele.
● Classificação qto à voluntariedade, o ato desviante pode: (MPGO)
- resultar de uma esquiva voluntária aos ditames legais;
- decorrer de um erro de dto qto à sua finalidade.
A T O A D M I N I S T R A T I V O
 INTROCUÇÃO
● Ato da administração  qq ato praticado pela Adm. – sob regime púb. ou priv.
● Ato administrativo  declaração do Estado, sob regime de dto púb., que produz efeitos juríd. e se sujeita a controle.
● Silêncio  não é ato adm. – não há manifestação de vontade – é fato adm., pois produz efeito juríd.
● A compet. p/ a prática do ato adm. decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão estabelecer, por si, as suas atribuições (CESPE).
 Elementos ou Requisitos
● Sujeito  elemento subjetivo – deve ser capaz e competente – vício convalidável (CESPE).
● Finalidade  efeito jurídico mediato:
- sentido amplo  interesse público de forma geral (discricionária);
- sentido estrito  interesse previsto na norma que regula o ato (vinculada).
● Forma  meio de exteriorização do ato – em regra escrito – forma oral só se houver previsão legal – vício convalidável.
●Motivo  acontecimento que provoca o ato.
– ausência/falsidade ensejam nulidade.
– teoria dos motivos determinantes.
– obrigatoriedade controvertida.
≠ de motivação  aposição de justificativa p/ realização.
● A teoria dos motivos determinantes, desenvolvida no Dto francês, refere-se à indispensável correspondência dos motivos c/ a realidade fática (TJSC) – os motivos e justificativas apresentados pelo agente integram a validade do ato por ele praticado, ainda que não se cogite da obrigatoriedade de motivar (TJDFT).
● Objeto / conteúdo:
- efeito jurídico imediato;
- alteração que o ato produz no ordenamento;
- intrínseco, não convalidável e discricionário.
● Autoridade estadual de trânsito decide emitir autorizações p/ que menores de 16 anos possam dirigir veículos, desde que c/ o consentimento dos responsáveis legais. Considerando a proibição legal relativa à idade, pode-se afirmar que tais atos adm. contêm vício no elemento objeto (MPRJ).
● Causa  harmonia entre o motivo e o objeto do ato
 Atributos ou Características
● Imperatividade  coercibilidade decorrente do poder extroverso (ato praticado p/ gerar efeitos fora da administração) – apenas nos atos que impõem obrigações – inexiste nos atos negociais e nos enunciativos (s/ conteúdo decisório).
● Presunção de legalidade e legitimidade  relativa – impõe inversão do ônus da prova em favor da Adm.
● Autoexecutoriedade  ato pode ser decidido e executado independente// de manifestação de vontade outro poder – maior nas situações emergenciais.
– inexiste nos atos heteroexecutórios.
● CABM → hipóteses em que se torna possível a autoexecutoriedade: (GEMPF)
- qdo a lei autoriza;
- qdo for urgente a providência adm.;
- qdo não houver outra via idônea p/ resguardar a interesse púb. ameaçado / ofendido.
● Executoriedade + Exigibilidade:
- executoriedade  Adm. executa empregando meios diretos de coerção – indep de previsão legal (demolição).
 - exigibilidade  Adm. decide e se utiliza de meios indiretos de coerção – sempre definidos na lei (multa);
● Tipicidade (MSZP)  ato adm. corresponde a uma figura pré-definida na lei.
 Mérito
● Avaliação da conveniência e oportunidade relativas ao motivo e ao objeto, inspiradoras da prática do ato discricionário.
● Doutrina moderna  é o uso correto da discricionariedade – Judiciário pode avaliar a razoabilidade e proporcionalidade.
 Classificação: 
 Qto à manifestação de vontade
● Ato simples  1 ato – 1 órgão – pode ser singular ou coletivo (acórdão  ato simples colegiado).
● Ato composto  1 ato – 2 órgãos s/ igualdade (principal e acessório).
● Ato complexo  2 atos – 2 ou mais órgãos em igualdade.
 Qto à formação		
● Ato perfeito → é aquele que reúne todos os elementos necessários à sua exequibilidade.
● Ato imperfeito → é o que se apresenta incompleto na formação ou carente de um ato complementar p/ tornar-se exequível e operante.
 Qto à exequibilidade 
● Ato pendente → embora perfeito, não produz seus efeitos, por não verificado o termo ou a condição de que depende sua exequibilidade, ou operatividade (CESPE).
● Ato consumado → é o que produziu todos os seus efeitos, tornando-se irretratável ou imodificável por lhe faltar objeto.
 Espécies
● Negocial  interesse comum à Administração e ao particular:
- Autorização  unilateral, discricionário e precário - função de consentir c/ o uso de bem público – interesse privado;
- Permissão de uso  unilateral, discricionário e precário - função de consentir c/ o uso de bem púb. – interesse púb.;
- Licença  unilateral, vinculado – licença p/ construir pode ser revogada até o início da obra (desapropriação do dto de construir  ato vinculado que pode ser revogado).
● Enunciativo  s/ conteúdo decisório – ato que certifica, atesta ou emite opinião.
● Normativo  disciplina de forma abstrata matérias que se encontram reguladas em lei.
● Ordinatório  voltado p/ o âmbito interno da Adm. – pode produzir efeito antes da publicação (efeito prodrômico).
● Punitivo: - interno  atinge agentes públicos;
 - externo  atinge administrados.
	
 Repercussões da nat. jurídico-administrativa do parecer jurídico (STF)
● Parecer opinativo  consulta facultativa – não gera dever de indenizar - qdo a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo – não há resp. do parecerista, salvo se decorrente de culpa ou erro grosseiro (STF).
● Parecer obrigatório  consulta obrigatória e conteúdo facultativo – parecerista pode ser responsabilizado - qdo a consulta é obrigatória, a autoridade adm. se vincula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, c/ parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer.
● Parecer vinculante  consulta obrigatória e conteúdo obrigatório – parecerista pode ser responsabilizado - qdo a lei estabe-lece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor juríd. deixa de ser mera// opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos do parecer ou, então, não decidir – o parecerista acaba tendo a vestimenta de autoridade decisória e, consequente//, resp. solidária, em função do seu poder de decisão (Carvalhinho).
● Parecer normativo → representa uma orientação geral p/ os órgãos adm.
● Segundo o TCU, o parecerista pode ser responsabilizado qdo: (GEAGU)
	- parecer não está fundamentado;
	- parecer não defende tese sustentável;
	- parecer não está alicerçado em doutrina ou jurisprudência.
 EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
 Extinção
● Extinção natural  cumprimento dos efeitos.
● Extinção subjetiva  desaparecimento do sujeito.
● Extinção objetiva  desaparecimento do objeto.
● Renúncia do particular.
 Retirada
● Revogação  conveniência e oportunidade – efeito ex nunc, ato era lícito até a revogação.
– não incide sobre: ato vinculado - ato que já exauriu seus efeitos - ato que gerou dto adquirido.
– prazo decadencial de 5 anos:
– antes do prazo  preponderância da legalidade;
– após o prazo  prevalece boa-fé / segurança juríd.
● Anulação ou invalidação  vício de legalidade – efeito ex tunc, pois do ato ilegal não se originam dtos.
– pode não incidir: - pela teoria do fato consumado;
 - por interesse público;
 - por segurança juríd. 
● Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegal// praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular proc. adm. (STF em 2011).
● Os atos adm. praticados antes da Lei 9.784/99 (Lei proc. adm. fed.) podem ser revistos pela Adm. a qq tempo, por inexistir norma legal expressa prevendo prazo p/ tal iniciativa. Somente após a Lei 9.784/99 incide o prazo decadencial de 5 anos nela previsto, tendo como termo inicial a data de sua vigência (01.02.99) STJ / TJRJ.
● Ato adm. foi praticado c/ vício de legalidade há 7 anos. Nesse caso, a Adm. Púb. está impedida de anular o ato em virtude da decadência, desde que não tenha havido comprovada má-fé (MPRJ).
● Cassação  inadimplência do particular.
● Caducidade  superveniência de norma incompatível (≠ caducidade da concessão - inadimplência da concessionária).
● Contraposição  superveniência de ato adm. c/ efeito contraposto – elimina os efeitos do 1º.
 Convalidação ou Saneamento
● Por vício sanável na compet. ou forma → apenas p/ atos cujos efeitos são vantajosos - qdo a Adm. Púb. supre ou corrige o vício existente em um ato adm. (MPMG) – é a não anulação de ato ilegal que produz efeitos vantajosos (art 55 Lei 9.784/99).
– ratificação  convalidação da compet. praticada pela mesma autoridade.
– confirmação  convalidação da compet. praticada por outra autoridade.– reforma  convalidação da forma através de novo ato.
● De acordo c/ a doutrina, embora o impedimento constitua hipótese de incapacidade do sujeito p/ a prática do ato adm., a atuação dele no proc. adm. configura vício passível de convalidação (CESPE).
● Conversão  refere-se ao objeto – a Adm. retira a parte inválida do ato anterior, processa a sua substituição por uma nova parte (ato de aproveitamento).
- Adm. converte um ato inválido em um ato de outra categoria, c/ efeitos retroativos à data do ato original (CESPE).
R E S P O S A B I L I D A D E C I V I L D O E S T A D O
 Introdução
● Irresponsabilidade do Estado  o rei não erra.
● Responsabilidade do Estado  subjetiva:
– c/ indicação do agente responsável  culpa do agente;
– s/ indicação do agente responsável  culpa do serviço (Culpa Anônima ou Falta do Serviço).
● Responsabilidade objetiva  c/ prova da conduta + dano + nexo causal – dispensa prova do dolo ou culpa (CR/46 é marco, no Brasil, da consagração explícita da resp. objetiva – TJDFT).
- Risco Administrativo  pode excluir nexo causal por fato exclusivo da vítima, caso fortuito/força maior, fato de 3º;
- Risco Criado ou Suscitado  Estado não pode alegar nada p/ excluir o nexo causal que deve ser provado (DPVAT);
- Risco Integral  não há necessidade de prova do nexo causal (*dano nuclear*).
● Cavalieri aponta como fundamento da resp. objetiva do Estado o princ. da igualdade, em que não pode haver um administra-do lesado por uma conduta da Adm. em favor de outros que não foram lesados (teoria do risco social.
 - Carvalhinho não concorda c/ esta teoria, por entender que pode ensejar grande inseg. juríd. e graves agressões ao erário
● Nas hipóteses de danos causados por acidentes nucleares (art. 21, XXIII, “d” CR/88) e de danos decorrentes de atos terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras (Lei 10.309/01 e Lei 10.744/03), cogita-se, doutrinaria//, da aceitação da chamada “teoria do risco integral” (TJDFT).
● Encargos trabalhistas e fiscais  resp. só do contratado – Estado não responde subsidiaria//.
● Empresa privada contratada pela União p/ construir um prédio (contrato de obra pública) causa dano a 3º. A resp. civil será subjetiva e, num 1º momento, apenas da construtora, mesmo que a Adm. Púb. tenha o dever de fiscalizar a obra (CESPE).
● Nas ações de indenização por danos morais ajuizadas contra a Fazenda do Estado, a correção monetária deve ser calculada a partir da data do arbitramento, e os juros de mora, a partir do evento danoso (TJSP).
● Resp. por danos causados por lei inconst.: (GEMPF)
- em princ., a lei – enquanto norma genérica, abstrata e impessoal, ato legislativo típico – não pode causar prejuízo a ninguém. Seus efeitos dependem, portanto, da efetiva incidência sobre o caso concreto, não da lei em tese.
- as leis de efeitos concretos, apesar de poderem ser constitucional// perfeita, na verdade é material// um ato adm., podendo assim vir a causar danos ao particular.
● No caso de fuga de preso, qdo passa tempo razoável entre a evasão e o dano por ele causado, há a interrupção do nexo causal, ensejando a isenção de resp. do Estado (teoria da interrupção do nexo causal – CESPE).
 AJUIZAMENTO DA AÇÃO DIRETAMENTE CONTRA O SERVIDOR
● STF → O § 6º do art. 37 CR/88 autoriza a proposição de que somente as pessoas juríd. de dto púb., ou as pessoas juríd. de dto priv. que prestem serviços púb., é que poderão responder, objetiva//, pela reparação de danos a 3os. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes púb., e não como pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo constitucional consagra, ainda, dupla garantia: uma, em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa juríd. de dto púb., ou de dto priv. que preste serviço púb., dado que bem maior, pratica// certa, a possibilidade de pgto do dano objetiva// sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do servidor estatal, que somente responde adm. e civil// perante a pessoa juríd. a cujo quadro funcional se vincular (RE 327904, 1ª T. 2006 // Hely).
→ os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos p/ o exercício de atribuições const., sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, c/ prerrogativas próprias e legislação específica. Ação que deveria ter sido ajuizada contra a Fazenda Estadual - responsável eventual pelos alegados danos causados pela autoridade jud., ao exercer suas atribuições -, a qual, posterior//, terá assegurado o dto de regresso contra o magistrado responsável, nas hipóteses de dolo ou culpa. Legitimidade passiva reservada ao Estado. Ausência de resp. concorrente em face dos eventuais prejuízos causados a 3os pela autoridade julgadora no exercício de suas funções (RE 228977, 2ª T. 2002 // CESPE // Carvalhinho concorda c/ essa decisão, por se tratar de magistrado).
● STJ → a propositura de ação de resp. civil aforada pelo particular contra o autor do fato causador do dano não afasta o dto à ação p/ demandar contra o ente púb., que responde objetiva// pelos danos causados a 3º. Extrai-se da CR/88 a distinção entre a possibilidade de imputação da resp. civil, de forma direta e imediata, à pessoa física do agente estatal, pelo suposto prejuízo a 3º, e o dto concedido ao ente púb. de ressarcir-se, mediante ação de regresso, perante o servidor autor de ato lesivo a outrem, nos casos de dolo ou de culpa (REsp 976730, 1ª T. 2008 // REsp 731746, 4ª T. 2008 // Gasparini // Carvalhinho).
● As ações que visam ao ressarcimento do erário são imprescritíveis (art. 37, §5, in fineCR). Aplicabilidade do preceito aos particulares (Ag. Reg. no AI 788268, STF 2012 // MS 26.210, STF Pleno, 2008).
 Omissão (MPMG)
● A CR/88 diz apenas que a resp. é objetiva apenas pelas “condutas” que seus agentes causarem a 3º → doutrina maj. entende que essa “conduta” abrange apenas as ações no que tange à resp. objetiva (ñ omissões).
● CABM  resp. subjetiva por falta do serviço (V.g. preso que se mata na cadeia).
	- fundamento da resp. subjetiva é o CC/02.
● Cavalieri: - omissão genérica  resp. subjetiva por falta do serviço;
 - omissão específica (inércia como causa direta e imediata p/ o dano)  resp. objetiva.
● Hely → resp. objetiva tanto pela ação qto pela omissão (min.)
● O STF reconhece a resp. do Estado por danos causados em razão da falta de policiamento ostensivo em locais de alta periculosidade (CESPE).
● Fortuito interno  inerente ao risco assumido pelo exercício da ativ. – impede excludente de resp.
 Denunciação da lide
● STF / Hely / CABM / Carvalhinho  impossível – art. 37, §6 seria garantia do administrado e do servidor – não se aplica o art. 70, III CPC, haja vista que o mesmo tem aplicação apenas às hipóteses normais de resp. civil (ñ na resp. do Estado, que é regulado pelo art. 37, §6 CR) – os fundamentos das resp. são diversos (um tem fundamento na resp. objetiva e o outro na subjetiva) - cabe posterior ação de regresso (S. 50 TJRJ).
● STJ  possível a denunciação, mas é facultativa, haja vista o dto de regresso estatal resta resguardado ainda que seu preposto, causador do suposto dano, não seja chamado a integrar o feito. (1ª T. 2007 / 2008 / 2010, REsp 1187456 2ª T. 2010)
● Diógenes Gasparini → a denunciação é obrigatória, c/ fundamento no art. 70, III CPC (“àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda”).
● MSZD → a denunciação é obrigatória, c/ fundamento no art. 70, III CPC, no entanto, deve-se distinguir 2 situações:
	- agente causador não identificado → não cabe denunciação (culpa anônima do serviço);
	- agente causador identificado → cabe denunciação.
 Prescrição
● Prescrição da pretensão de reparação civil: 
- 5 anos (art. 1 dec. 20.910/32);
- 3 anos (art. 206, §3, V CC/02 - Carvalhinho).● Prescreve em 5 anos a pretensão de reparação civil aquiliana deduzida contra a Fazenda Pública e as pessoas juríd. de dto priv. prestadoras de serviço público (TJRJ).
A G E N T E P Ú B L I C O
 AGENTE PÚBLICO
● Qq pessoa que exerce uma atribuição púb., seja ocupante de cargo, emprego ou função púb.
- agente político  atuam c/ plena liberdade funcional e desempenham suas atribuições c/ prerrogativas e resp. próprias, estabelecidas na CR e em leis especiais. Vg chefe do exec., parlamentares, membros do TC do MP (MPGO)
- servidor público  agente investido em cargo público c/ caráter de permanência.
- empregado público.
- particular em colaboração.
- agente credenciado → são agentes credenciados os que recebem a incumbência da Adm. p/ representá-la em determinado ato ou praticar certa ativ. específica, mediante remuneração do Poder Púb. credenciante (Hely / MPMG).
- agente de fato (necessários ou putativos).
● Magistrados, Promotores, Defensores, Procuradores  controvérsia – servidor público especial ou agente político.
● S. 378 STJ  reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.
● A União/Estados/DF manterão escolas de governo p/ a formação e o aperfeiçoamento dos servidores púb., constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos p/ a promoção na carreira, facultada, p/ isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados (MPMG).
● Exame de compatibilidade de deficiente físico deve ser feito por uma equipe multiprofissional durante o estágio probatório. A tendência é a inclusão do portador de deficiência no mercado. Tal exame só deve ser realizado no estágio probatório (STJ).
● A reserva de vagas p/ portadores de deficiência deve ater-se aos limites da lei, na medida da viabilidade das vagas ofe-recidas, não sendo possível seu arredondamento no caso de majoração das porcentagens mínima e máxima previstas (STF).
● Nepotismo → SV 13 STF – até o 3º grau.
	- primo pode (pq é de 4º grau).
	- p/ cargos políticos pode (v.g. ministros e secretários).
 FUNCIONÁRIO DE FATO
● Agente necessário → praticam atos e executam ativ. em situações excepcionais (v.g. deslizamento de terra). São plena// ratificáveis pela Adm., haja vista possuírem interesse púb. Caso tenha exercido de boa-fé ativ. dentro da Adm. deve ser remunerado, sob pena de enriquecimento ilícito do Poder Púb. (GEMPF).
● Agente putativo → desempenham uma ativ. púb. na presunção de que há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do procedimento legal// exigido. Tais atos devem, em regra, ser anulados, mas podem ser ratificados qdo vierem a prejudicar 3º de boa-fé (teoria da aparência). Caso tenha exercido de boa-fé ativ. dentro da Adm. deve ser remunerado, sob pena de enriquecimento ilícito do Poder Púb. (GEMPF).
● À luz da “teoria do funcionário de fato”, o defeito que invalida a investidura de um agente não acarreta a invalidade dos atos por ele praticados, se por outra razão não forem viciados (TJDFT).
 CONCURSO PÚBLICO
● Exigência do teste psicotécnico em concurso depende de previsão legal e no edital, além de obedecer a critérios objetivos STF
● Cláusula de barreira (ou afunilamento) em concurso p/ as vagas de deficiente → nela, estabelecer-se-iam condições de passagem de candidatos de uma fase p/ outra no transcorrer de concurso. Trata-se de norma de avaliação e de classificação a critério do organizador do certame. A cláusula de barreira p/ prosseguimento na etapa subsequente, aplicar-se-ia a todos, indistinta//. Destacou-se que, ante as peculiaridades referentes à concorrência de participantes c/ deficiência, a nota de corte deveria ser distinta da imposta aos demais candidatos (MS 30195, 2ª T. STF 2012).
● Candidato aprovado em concurso púb. p/ os cargos de analista fiscal de contas púb. estadual, mas teve sua nomeação recusada em virtude de anterior demissão dos quadros da PRF por ato de improb. adm. Por força do disposto nos arts. 5, II, 37, caput, e 84, IV, CF, a legalidade na Adm. Púb. é estrita, não podendo o gestor atuar senão em virtude de lei, extraindo dela o fundamento juríd. de validade dos seus atos. Incorre em abuso de poder a negativa de nomeação de candidato aprovado em concurso p/ o exercício de cargo no serviço púb. estadual em virtude de anterior demissão no âmbito do Poder Púb. Federal se inexistente qq previsão em lei ou no edital de regência do certame (RMS 30518, 6ª T. STJ 2012).
● Se o edital dispuser que serão providas as vagas oferecidas e outras que vierem a existir durante a validade do concurso, os candidatos aprovados fora do nº de vagas oferecidas – mas dentro do nº das vagas posterior// surgidas ou criadas – têm dto líquido e certo à nomeação no cargo púb., desde que a Adm. não motive a não nomeação (RMS 27389, 6ª T. STJ 2012).
 CARGO / EMPREGO / FUNÇÃO
● Cargo público  conj. de atribuições e resp. previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor – é criado por lei, em caráter permanente ou transitório, c/ denominação própria.
	- alteração de atribuições de cargo púb. somente pode ocorrer por intermédio de lei formal (STF / MPMG).
● Emprego público  conj. de atribuições e resp. previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um empregado – só pode ser criado por lei.
● Função pública  conj. de atribuições e resp. previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a alguém (servidor, empregado ou particular) – normal// não é preenchido por concurso público.
● Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40h e observados os limites mínimo e máximo de 6h e 8h diárias, respectiva// (CESPE).
 CARGO EM COMISSÃO / FUNÇÃO DE CONFIANÇA
● A criação de cargos em comissão referentes a funções p/ cujo desempenho não é necessária a confiança pessoal viola o disposto no art. 37, II, CR/88 (STF pacífico).
● O servidor ocupante de cargo em comissão ou de nat. especial poderá ser nomeado p/ ter exercício, interina//, em outro cargo de confiança, s/ prejuízo das atribuições do que atual// ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade (CESPE 3X).
 ACUMULAÇÃO DE CARGOS
● S. 246 TCU  o fato de o servidor licenciar-se, s/ vencimentos, do cargo púb. ou emprego que exerça em órgão/entidade da adm. direta ou indireta não o habilita a tomar posse em outro cargo/emprego púb., s/ incidir no exercício cumulativo vedado pelo art 37 CR, pois o instituto da acumulação de cargos se dirige à titularidade de cargos/empregos/funções púb., e não apenas à percepção de vantagens pecuniárias.
● Não é compatível interpretação ampliativa p/ abrigar no conceito o cargo de perito criminal c/ especialidade em medicina veterinária. A especialidade médica não pode ser confundida c/ a especialidade veterinária (STJ / TJRJ).
● Acumulação de duas pensões de nat. estatutária → não é possível o recebimento de uma 2ª pensão por morte se proibida a percepção de dupla aposentadoria estatutária pelo servidor que veio a falecer (STF).
● Não é admitida a acumulação de proventos de 2 aposentadorias, decorrentes do exercício de 2 cargos de professor, c/ os vencimentos de cargo público ocupado em face de aprovação em concurso público (CESPE).
● A pena cabível p/ acumulação indevida de cargos púb. é a demissão. A prescrição somente ocorreria c/ o prazo de 5 anos a contar da ciência do fato pela Adm. (STF).
 REGIMES JURÍDICOS
● Regimes jurídicos  estatutário – trabalhista (celetista) – especial (temporário e por interesse público).
● Regime jurídico voltou a ser único após declaração de inconst. formal da EC 19 qto ao art. 39 CR (RJU).
- compete à just. do trabalho julgar reclamação trabalhista de servidor púb. relativa// a vantagens trabalhistas ante-riores à implantação do RJU (STF).
● Agentes púb. federaisque se subordinam ao RJU: (CESPE)
- func. da Adm. púb. direta;
- servidores das fundações púb.;
- ocupantes de cargos comissionados do Poder Exec.;
- servidores das autarquias.
● A Justiça do Trabalho é a competente p/ processar e julgar as reclamações trabalhistas propostas por servidores púb. municipais contratados sob o reg. celetista instituído mediante legislação municipal própria (STJ).
 PROVIMENTO
● Ato adm. que traduz o preenchimento de um cargo público – pode ser originário ou derivado.
● Formas de provimento: (TJDFT)
- nomeação  materializa o provimento originário;
- promoção  meio de provimento derivado de progressão de classes na carreira;
- readaptação  investidura em cargo compatível c/ limitação física ou mental posterior, apurada em inspeção médica
- reversão  reingresso do servidor inativo após verificar que não subsistem os motivos determinantes p/ sua aposent
 - aproveitamento  reingresso do servidor em disponibilidade por extinção do cargo ou declaração de desnecessidade
- reintegração  reingresso do servidor após ser reconhecida ilegalidade em sua demissão;
- recondução  retorno do estável ao cargo anterior por inabilitação em estágio probat. ou reinteg. no cargo ocupado
● Sob pena de afronta ao princ. da isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, Lei 8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o servidor púb. pleiteia a declaração de vacância p/ ocupar emprego púb. federal, garantindo-lhe, por conseguinte, se necessário, sua recondução ao cargo de origem (STF / STJ / CESPE).
● Redistribuição → é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, p/ outro órgão ou entidade do mesmo Poder, c/ prévia apreciação do órgão central (próprio cargo é deslocado – CESPE).
● Posse  ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada (pode ser por procuração – CESPE).
	- depende de prévia inspeção médica oficial (CESPE).
● A nomeação tardia a cargo púb. em decorrência de decisão judicial não gera dto à indenização. O dto à remuneração é consequência do exercício de fato do cargo. Dessa forma, inexistindo o efetivo exercício na pendência do proc. judicial, não faz jus à percepção de qq importância, a título de ressarcimento material (2ª T. STJ em março/2012).
● Doutrina dos Atos Próprios → integrante do conteúdo dogmático do princ. da moralidade adm., que preconiza a obrigação do sujeito titular de dtos ou prerrogativas púb. de respeitar a aparência criada por sua própria conduta anterior nas relações juríd. subsequentes, ressalvando a confiança gerada em 3º, regra fundamental p/ a estabilidade e segurança no tráfego juríd. A proibição de ir contra os próprios atos interdita o exercício de dtos e prerrogativas qdo o agente procura emitir novo ato em contradição manifesta c/ o sentido objetivo dos seus atos anteriores, ferindo o dever de coerência p/ c/ o outro sujeito da relação s/ apresentar justificação razoável. Ao realizar o concurso púb., a Adm. gera nos aprovados a confiança no sentido de que a mesma procederá de acordo c/ a regularidade inerente ao provimento de cargos (MPGO / MPMG).
 EFETIVIDADE X ESTABILIDADE
● Efetividade  situação jurídica que qualifica a titularidade de cargos efetivos.
● Estabilidade  depende de avaliação especial de desempenho após 3 anos – refere-se ao serviço e não ao cargo.
● Estabilização  art. 19 ADCT possibilita servidores estáveis e não efetivos (em exercício há 5 anos na CR/88) TJMG
- efetivo + não estável (antes 3 anos);
- efetivo + estável (após 3 anos);
- não efetivo + estável (alcançados pelo art. 19 ADCT);
- não efetivo + não estável (não alcançados pelo art. 19 ADCT).
● É const. os preceitos que estabelecem concurso de efetivação p/ servidores ocupantes de empregos púb. de advogados e assistentes juríd., qdo alcançados pela estabilidade prevista no art. 19, §1 ADCT (STF).
● Exoneração de servidor estável: 
- a pedido;
- qdo ultrapassado teto LRF:
- 90%  limite de alerta 
- 95%  limite prudencial 
- 100%  redução c/ cargo em comissão – exoneração dos não estáveis – exoneração dos estáveis.
● Vitaliciedade  mediata no 1º grau (após 2 anos) – imediata nas demais situações.
● O acesso da servidora púb. e da trabalhadora gestantes à estabilidade provisória, que se qualifica como inderrogável garantia social de índole const., supõe a mera confirmação objetiva do estado fisiológico de gravidez, independente//, qto a este, de sua prévia comunicação ao órgão estatal competente ou, qdo for o caso, ao empregador (STF).
● As gestantes – quer se trate de servidoras púb., quer se cuide de trabalhadoras, qq que seja o reg. juríd. a elas aplicável, não importando se de caráter adm. ou de nat. contratual (CLT), mesmo aquelas ocupantes de cargo em comissão ou confiança ou, ainda, as contratadas por prazo determinado, ou admitidas a título precário – têm dto púb. subjetivo à estabilidade provisória, desde a confirmação do estado fisiológico de gravidez até 5 meses após o parto (ADCT, art. 10, II, “b”), e, tb, à licença-maternidade de 120 dias, sendo-lhes preservada, em consequência, nesse período, a integridade do vínculo juríd. que as une à Adm. Púb. ou ao empregador, s/ prejuízo da integral percepção do estipêndio funcional ou da remuneração laboral. (Convenção OIT 103/52) STF
 VENCIMENTO X REMUNERAÇÃO X SUBSÍDIO X GRATIFICAÇÃO X PROVENTOS (MPSP)
● Vencimento → é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, c/ valor fixado em lei.
● Vencimentos → é o somatório do valor básico e das vantagens do cargo.
● Remuneração  vencimento + vantagens (adicionais e gratificações) – compreende os vencimentos acrescidos das vantagens de caráter pessoal – submetida ao teto remuneratório.
● Subsídio  remuneração de membro de poder – fixada em parcela única.
● Provento → é a retribuição pecuniária paga ao exercente da cargo púb. qdo passa da ativ. p/ a inatividade (aposenta).
● A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sist. remuneratório observará a nat., o grau de resp. e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira (MPDFT).
● A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sist. remuneratório observará os requisitos p/ a investidura e as peculiaridades dos cargos (MPDFT).
● P/ caracterizar a nat. pro labore faciendo da gratificação, é necessário norma regulamentadora que viabilize as avaliações de desempenho, s/ as quais a gratificação adquire um caráter de generalidade, devendo ser estendida aos inativos (STF).
● STF / STJ  não incide contribuição previdenciária sobre férias.
● SV 15  cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado p/ se atingir o salário mínimo.
● A garantia Const. de irredutibilidade de vencimentos dos servidores púb. é “modalidade qualificada” de dto adquirido (TJMG).
● É incabível a restituição ao erário dos valores recebidos de boa-fé pelo servidor púb. em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Adm. Púb. (6ª T. STJ em abril/2012).
● Servidor púb. tem dto adquirido à manutenção das vantagens pessoais adquiridas num determinado cargo púb. e transpor-tadas p/ outro cargo tb púb. (STJ).
● A decisão que ordena a atualização de pensão, ainda que proferida em ação ordinária, conserva sua nat. mandamental, mo-tivo pq a sua execução pode ser determinada por meio de ofício, prescindindo da citação p/ cumprimento de obrigação de fa-zer. Desarrazoada a tese de que tanto as parcelas pretéritas (aquelas vencidas antes do ofício que, comunicando a decisão Judicial, determinou a atualização da pensão), como as futuras (referentes ao período posterior à comunicação), devem ser pa-gas por meio do precatório, porquanto são submetidas a esse reg. tão-somente as prestações pagas c/ atraso (5ª T STJ 2004).
● As normas constitucionais federais que dispõema respeito da aposentadoria dos servidores públicos são de absorção obrigatória pelas CEs (STF pacífico).
● Redução de proventos por Lei estadual X Teto remuneratório: 
- reiterou que, a partir da entrada em vigor da EC 41/03, não há falar em dto adquirido ao recebimento de remuneração, proventos ou pensão acima do teto remuneratório estabelecido pela aludida emenda, nem em ato juríd. perfeito que se sobreponha ao teto constitucional, não preponderando a garantia da irredutibilidade de vencimentos diante da nova ordem constitucional. Dessa forma, consignou-se que a garantia da irredutibilidade dos vencimentos (art. 37, XV CF) deve ser observada, desde que os valores percebidos se limitem ao teto do funcionalismo púb. (RMS 32796, 2ª T. STJ 2012). As vantagens pessoais incluem-se no cálculo do teto remuneratório, como dispõe o art. 37, XI CR/88, c/ a redação que lhe foi conferida pela EC 41/03 (RE 477447, 2ª T. STF 2006).
- sob o pálio da garantia da irredutibilidade de vencimentos -, têm dto a continuar percebendo o acréscimo de 20% sobre os proventos (acima do teto), até que seu montante seja absorvido pelo subsídio fixado em lei p/ o Ministro do STF (MS 24875 STF pleno 2006).
 GREVE
● Greve  MI 712 – efeito concretista geral – possibilidade de aplicar Lei da Greve aos servidores públicos (Lei 7.783/89).
● O STJ é competente p/ julgar questões relativas ao dto de greve de servidor púb. qdo a paralisação for de âmbito nacional ou abranger + de um Estado (STJ).
 RESPONSABILIDADE
● Responsabilidade:
– civil  ação de regresso após trânsito em julgado da condenação do Estado;
– penal  exclui as demais se afastar o fato ou a autoria;
– adm.  por processo adm.
 CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA (Lei 8.745/93 – MPMG)
● Contratação temporária de pessoal: (STF)
	- casos excepcionais previstos em lei;
	- prazo de contratação predeterminado;
	- necessidade temporária;
	- interesse público excepcional.
● Inconst. leis que instituem hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, não especificando a contingência fática que evidenciaria a situação de emergência, atribuindo ao chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de contratação (STF pleno 2004).
● Inconst. a contratação temporária p/ a admissão de servidores p/ funções burocráticas ordinárias e permanentes (STF pleno 04)
● A contratação temporária de professores somente seria possível qdo não existissem mais candidatos aprovados em concurso púb. e devida// habilitados (2ª T. STJ em dez./2011).
● É inconst. lei que autorizava o Poder Exec. a realizar contratação temporária de Defensores Púb., em caráter emergencial. A Defensoria é instituição permanente, c/ cargos organizados em carreira específica, que não comporta defensores contratados em caráter precário. O mesmo entendimento certa// deve ser aplicado p/ as demais instituições permanentes, que abrigam carreiras constitucional// delineadas, onde se exigem requisitos específicos de admissão e se atribuem dtos específicos a seus membros, titulares de cargos púb., como ocorre tb c/ o MP (STF pleno 2004 / MPGO).
● O art. 19-A Lei 8.036/90, acrescido pelo art. 9º MP 2.164-41/01, que assegura dto ao FGTS à pessoa que tenha sido contratada s/ concurso púb. não afronta a CR/88.
B E N S P Ú B L I C O S
 INTRODUÇÃO
● São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de dto público interno.
● Aquisição  contratos – usucapião – desapropriação – acessão – resgate na enfiteuse – reversão.
● Alienação  venda – doação – permuta – dação em pgto – concessão de domínio – investidura – retrocessão.
● Investidura → alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra púb., qdo se tornar inaproveitável isolada//.
● Aquisição ex vi legis: (Carvalhinho)
- Lei parcelamento solo urbano → algumas áreas dos loteamentos serão reservados ao Poder Púb. (dispensa qq instrumento especial, ingressando automatica// na categoria de bens púb.);
	- perdimento de bens → efeito da condenação penal (perda em favor da União);
	- reversão;
	- abandono de móveis ou imóveis (art. 1275 CC) → no caso de deixar de pagar os ônus fiscais do bem, há presunção absoluta de abandono.
● É inadmissível a desafetação e permuta dos bens passados ao domínio do município, em decorrência das regras constantes da lei 6.766/79 (parcelamento do solo urbano); a finalidade do legislador ao passar tais áreas p/ o domínio púb. foi, exata//, a de coibir o uso desses espaços p/ outros fins que não aqueles previstos no projeto original (TJGO) - as áreas institucionais não podem ser desafetadas (MPGO).
● Domínio eminente → refere-se ao poder político que permite ao Estado, de forma geral, submeter à sua vontade todos os bens situados em seu território. É a disponibilidade potencial d q o Estado é detentor em razão de seu poder soberano (MPMG)
 BENS DA UNIÃO
● Terras devolutas necessárias à defesa das fronteiras – lagos e rios fronteiriços ou que banhem mais de um Estado – águas que se estendam ou provenham de território estrangeiro – mar territorial (12 milhas) – terreno de marinha (33 metros) – ilhas oceânicas e costeiras (excluídas as que sejam sede de Município) – terras ocupadas pelos índios (CESPE).
● É legitimo a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) cobrar a taxa de ocupação de imóveis situados na faixa de marinha, independente// da regularidade ou não da ocupação por particulares (STJ).
● A transferência onerosa de dto sobre benfeitorias realizadas em terreno de marinha dá ensejo à cobrança de laudêmio (STJ).
● S. 496 STJ → os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.
 BENS DOS ESTADOS
● Bens dos Estados  águas superficiais ou subterrâneas – ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União – terras devolutas não pertencentes à União.
● Terras Devolutas  áreas públicas que não são utilizadas p/ finalidade específica – de regra, pertencem aos Estados.
● Ação discriminatória  visa definir as linhas demarcatórias do domínio público e particular – controvérsia acerca da presunção - se as terras seriam originaria// públicas ou privadas.
● O proc. discriminatório pode ser adm. ou judicial, sendo certo que, frustrado o proc. adm. por presumida ineficácia, será intentada a ação discriminatória, que deverá seguir o rito sumário (art. 275 CPC) e encerrará por sentença cuja eventual apelação não será recebida c/ efeito suspensivo (art. 1, 20 e 21 Lei 6.383/76 – CESPE).
● Usucapião X terras devolutas → terras devolutas, que não tem destinação púb., são bens dominicais. Não cabe usucapião de terra devoluta. O registro imobiliário não estava dizendo que a terra era devoluta. Não havia registro e particular estava no bem. Se não havia registro não vai se presumir que o bem é púb.. Ação discriminatória que irá definir se é terra devoluta ou não. No caso o STJ concedeu o usucapião.
● A inexistência de registro imobiliário do bem objeto de ação de usucapião não induz presunção de que o imóvel seja púb. (terras devolutas), cabendo ao Estado provar a titularidade do terreno como óbice ao reconhecimento da prescrição aquisitiva (4ª T. STJ).
● Inexistência de matrícula ou de registro sobre determinada área, não autoriza a conclusão no sentido de que tais terras devam ser tidas como devolutas, pois, não se pode admitir como verdade absoluta o que é uma presunção, a de que aquilo que não é particular é público. O ônus da prova sobre a condição de devoluta, sobre terras reivindicadas por particular, cabe ao Estado, impondo-se ao mesmo manejar a Ação Discriminatória (TJMG).
● Terras púb. estaduais. Concessão de domínio p/ fins de colonização. Área superiores a 10 mil hec. Falta de autorização prévia do SF. Ofensa ao art. 156, §2º CR/46, incidente à data dos negócios juríd. translativos de domínio. Inconst. reconhecida. Nulidade não pronunciada. Atos celebrados há 53 anos.

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