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Inovação e Criatividade Modelo para desenvolvimento de Projeto de Inovação e Criatividade Não existe um modelo definitivo para a proposição de um projeto de Inovação e Criatividade. Cada projeto pode seguir com um padrão próprio e incluir mais ou menos itens, de acordo com suas características. Aqui, vamos ver uma proposta de projeto de inovação e Criatividade que inclui itens importantes para a boa proposição de uma ideia, visando as melhores formas de conquistar seu acolhimento. Introdução Neste item, deve-se apresentar um background (histórico e cenário) no qual o projeto se insere. Visa posicionar o leitor em um contexto, através da descrição da situação em que se encontra o universo de inserção do projeto. Deve-se atentar para a pertinência das informações descritas no background, ou seja, se o descrito tem relação com o trabalho a ser desenvolvido. Pode e deve apresentar o problema que o projeto a seguir vai se propor a resolver. Descrição do projeto Aqui, se apresenta o projeto em si. Suas características, formatos, especificidades. Deve fazer o leitor tomar dimensão da proposta, compreendendo suas particularidades (objetivos, público-alvo, mercado-alvo etc.). Tem que estar alinhado com o que se apresentou na introdução (ou seja, atender a uma demanda identificada no background). Como se trata de inovação e Criatividade, esses elementos devem ser enfocados com especialidade na apresentação do projeto. Objetivos A redação dos objetivos costuma ser de fundamental importância para a identificação do projeto. Muitos bons projetos se perderam porque a simples leitura dos objetivos não permitia obter uma ideia exata do que se propunha. Devem ser formulados de uma maneira sucinta e precisa, isto é, precisam dizer claramente “o que” se quer com o projeto. Alguns autores falam de “objetivo geral” quando se referem ao que no trabalho se define como objetivo, e usam a expressão “objetivos específicos” quando tratam de metas. Inovação e Criatividade Apesar dos itens anteriores já mencionarem as perspectivas de Inovação e Criatividade inerentes ao projeto, é necessário que esses pontos sejam destacados. Assim, aqui devem ser apontados que transformações, que novidades, que novas combinações ou qual a originalidade do projeto em questão. Como ele se diferencia do que já existe e quais nuances atestam isso. Escopo O escopo indica o alcance do projeto. De onde ele parte e até onde vai; o que está contido nele. Apresenta os limites do projeto, seja no sentido de delimitar seu raio de ação, seja no de marcar seu fim (o que eventualmente não se espera resolver). Conhecimento envolvido Que conhecimentos o projeto vai movimentar? Normalmente, um projeto, uma ideia, não são efetivados apenas por uma área de conhecimento ou especialidade profissional. Ao contrário, é comum necessitarem da articulação de vários campos de conhecimento, apesar de que um deles vai ser o “mandatário”. Aqui, também, é a oportunidade de se demonstrar a capacidade do proponente em fazer o projeto acontecer: a criatividade e a inovação não são “estados de arte”, são formas de se propor coisas novas a partir de um arcabouço já construído. Metodologia A metodologia mostra a maneira pela qual se espera atingir os resultados almejados. Indica como pretende-se obter as soluções ou a superação de obstáculos. A metodologia pode incluir atividades técnicas de pesquisa, uso de ferramentas, ensaios laboratoriais, a maneira como se dará o processo de execução, a prova de conceito etc. A metodologia proposta para um projeto a ser realizado costuma ser uma primeira ideia da rota a ser adotada. Atividades Nesse item são mostradas as atividades que farão parte da execução do projeto. Frequentemente, as atividades se confundem com a metodologia ou com o escopo do projeto, já que a própria descrição das atividades pode indicar o seu escopo ou a sua metodologia. Na realidade, o item “atividades” é importante na formulação de um projeto, pois é com base nelas que serão, subsequentemente, propostos os recursos necessários, o estudo de viabilidade, a análise de riscos e o cronograma de ação. Recursos necessários Quem propõe um projeto deve antecipar o que será necessário quando ocorrer a execução do projeto. Isso possibilitará um melhor planejamento e assegurar-se de que tudo que seja necessário para executar o projeto esteja disponível no momento, na qualidade, na quantidade e no local necessário. Estudo de viabilidade Determina a exequibilidade e economicidade do projeto. O estudo de viabilidade é uma análise prévia para aferir e registrar a capacidade de um projeto ganhar vida. Esse item completa o anterior, pois indica a real possibilidade dos recursos serem movimentados em função dos benefícios que o projeto pode trazer. Logo depois de se apresentar os recursos necessários (gastos financeiros, humanos, de tempo etc.), é pertinente destacar que isso tudo vai valer a pena. É aqui se diferencia “gasto” de “investimento” e se apresenta a relação custo-benefício. Análise de riscos As decisões em projetos de Inovação e Criatividade são tomadas em condições de risco e incerteza, até porque são formuladas a partir de projeções e estão sujeitas a imprevistos inerentes às sua implementação. No entanto, apontar eventuais situações indesejadas revela a capacidade do proponente do projeto em equacioná-las e superá-las. Ainda, incute no destinatário do projeto a corresponsabilidade em assumir os riscos naturais a qualquer investimento e enfrentá-los em função dos benefícios que o projeto visa trazer. Identificação das fontes financiadoras Movimentação de conhecimento, atividades e recursos implica obrigatoriamente custos. Deve-se indicar de onde se espera vir o financiamento do projeto, se fontes internas ou externas. As fontes internas provêm de instâncias intrínsecas ao destinatário do projeto (verbas destinadas a Inovação e Criatividade, a investimentos, a expansões, a diversificação de atividades, orçamentos extraordinários, aporte de capital etc.). As externas podem envolver patrocinadores, apoiadores, parceiros, verbas públicas etc. Cronograma É a distribuição planejada das fases de execução de um projeto em determinado período de tempo. Distribui vários dos itens anteriores em um quadro de prazos a serem cumpridos em favor da implantação ideal do projeto. De certa forma, também funciona como um roteiro das etapas a serem seguidas, definidas em função do tempo necessário para as conclusões parciais. Normalmente é apresentada numa tabela em que as linhas representam as fases do projeto e as colunas identificam o tempo (em dias, semanas, quinzenas, meses, semestres etc.). Considerações finais Item utilizado para desfecho da proposta embutida no projeto. É a hora de abordar qualquer coisa importante que não tenha se encaixado nos itens formais e, finalmente, reforçar o valor da inovação e Criatividade enquanto fórmulas para solucionar problemas, melhorar resultados e progredir de todas as formas possíveis. Referências MALDONATO, Mauro; DELL’ORCO, Silvia. Criatividade, pesquisa e inovação: o caminho surpreendente da descoberta. In: Boletim técnico do Senac: Referenciais para a Educação Profissional, Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010. SILVA, Cylon Gonçalves da; MELO, Lúcia Carvalho Pinto de (Coord.). Ciência, tecnologia e inovação: desafio para a sociedade brasileira – livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia / Academia Brasileira de Ciências, 2001. WEISZ, Joel. Projetos de inovação tecnológica: planejamento, formulação, avaliação, tomada de decisões. Brasília: IEL, 2009.
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