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Plano de Aula: Estado Governo e Administração Pública - Parte I CONTABILIDADE PÚBLICA - GST0871 Título Estado Governo e Administração Pública - Parte I Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema Estrutura do setor público brasileiro Objetivos OBJETIVOS: Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 1. Identificar os elementos mínimos que formam um Estado. 2. Conhecer os princípios que regem a Administração Pública. 3. Conhecer as classificações e as principais características dos serviços públicos. Estrutura do Conteúdo Elementos constitutivos do Estado Estado é uma entidade política e abstrata criada pela vontade da sociedade, que ocupa um território, e tem a soberania reconhecida, no âmbito nacional e internacional. Desde o nascimento o homem é tutelado pelo Estado que, mesmo contra sua vontade, é obrigado a seguir as suas regras. O objetivo do Estado é assegurar a vida em sociedade e garantir a ordem interna e internacional, elaborar as regras de conduta, distribuir justiça e promover o bem estar da coletividade. A República Federativa do Brasil, que é um Estado Democrático de Direito. Elementos que formam o Estado: Povo - Conjunto de pessoas físicas que mantém vínculo jurídico- político com o Estado. Território - Espaço físico onde se exerce a soberania. Governo - É o gestor do Estado através da soberania, não admitindo poder igual ou superior no plano interno e nem tampouco superior no plano externo. Fins (ou finalidades) - São os objetivos a serem alcançados pelo Estado, notadamente os fins fundamentais. Soberania - Consiste no poder do Estado se organizar juridicamente e fazer valer dentro do seu território as suas decisões. São as maneiras através das quais o Estado organiza o seu povo no seu território e estrutura o seu poder. As formas podem ser: Simples (unitário) - Existe uma única unidade centralizadora do poder político. Composto (complexo) - Existe uma pluralidade descentralizada do poder político. Pode ser uma federação ou uma confederação. Federação - É a reunião de partes internas (com governos) autônomas. Entende-se que a soberania é do Estado Federal. Confederação - É a união de mais de um Estado. Princípios da Administração Pública Princípios são premissas, linhas norteadoras que devem guiar a elaboração das normas tendo como pano de fundo os superiores valores humanos e sociais. A Administração Pública guia suas atividades pelos Princípios insculpidos no Caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), e por aqueles definidos na legislação infraconstitucional. Nossa abordagem restringe-se aos Princípios elencados no precitado dispositivo constitucional, que são: a) Legalidade: é a base do Estado de Direito. Parte do pressuposto de que tudo o que não é proibido, é permitido por lei. O administrador público deve fazer somente o que a lei lhe autoriza. A legalidade é um princípio necessário, pois confere segurança jurídica ao indivíduo e limita o poder do Estado. b) Impessoalidade: tem por base ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados igualmente, sem distinção, quer seja para beneficiá-los, quer seja para puni-los. O administrador não pode se auto promover e deve atuar sempre em nome do interesse público. c) Moralidade: tem por base a ética e relaciona-se com as decisões legais tomadas pelo gestor público, acompanhadas pela honestidade. A moralidade induz que o administrador deve sempre trabalhar pautado pela ética. d) Publicidade: visa a dar conhecimento à sociedade dos atos feitos pela Administração Pública. É necessário que os atos sejam publicados e divulgados, para que os administrados possam tomar conhecimento dos seus efeitos. A publicação dos atos também é importante para a fiscalização. e) Eficiência: induz que a Administração Pública deve agir com rapidez, presteza, perfeição e ter bom rendimento, considerando o aspecto econômico, na relação custo-benefício. O administrador tem a obrigação e o dever de fazer uma boa gestão e apresentar as melhores alternativas para atender ao interesse público. Características e classificações dos Serviços Públicos Os serviços públicos, conforme sua essencialidade, finalidade, ou seus destinatários podem ser classificados em: públicos; de utilidade pública; próprios do Estado; impróprios do Estado; administrativos; industriais; gerais; individuais. a) Serviços públicos: são aqueles que a Administração presta diretamente à comunidade, por serem essenciais para sobrevivência da sociedade e, portanto, não podem ser delegados a terceiros. Ex.: defesa nacional, saúde pública, segurança pública, etc. b) Serviços de utilidade pública: são aqueles para os quais a Administração reconhece a conveniência e importância para o bem-estar da população, podendo prestá-los diretamente ou permitir que sejam prestados por terceiros, através de concessão, permissão ou simples autorização. Ex.: comunicações, transporte coletivo, telefone, etc. c) Serviços próprios ou Indelegáveis: são aqueles relacionados diretamente com as atribuições do Estado e não podem ser delegados a particulares. Ex.: justiça, vigilância sanitária, segurança, etc. d) Serviços impróprios do Estado: a Administração pres ta-os diretamente, através da sua estrutura descentralizada, ou os delega a terceiros por permissão, concessão ou autorização. Esses serviços normalmente produzem renda e são regulamentados e controlados pelo Poder Público. Ex.: saneamento, transporte coletivo, conservação de estradas, etc. e) Serviços administrativos: são serviços necessários à organização do Estado ou às suas necessidades internas. Ex.: processamento de dados e imprensa nacional. f) Serviços industriais: são serviços que produzem renda, mediante a cobrança de tarifa ou taxa, podendo ser prestados diretamente pela Administração, através da sua estrutura descentralizada ou transferidos a terceiros, mediante concessão ou permissão. Ex.: transporte, telefonia, correios e telégrafos. g) Serviços gerais: prestados a pessoas indeterminadas, não sendo possível mensurar a utilização individual de cada usuário. Ex.: iluminação pública. Serviços Individuais: prestados a pessoas determinadas, sendo possível mensurar a utilização individual de cada usuário. Ex.: energia elétrica, água e esgoto, telefonia. Aplicação Prática Teórica Exercício 01 Assinale a alternativa que não corresponde a uma forma de Estado: a) Simples b) Composto c) Federação d) Confederação e) Soberano Exercício 02 A afirmativa "os atos dos administradores públicos devem, obrigatoriamente, ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas ou outro interesse qualquer, que não seja público", refere-se ao princípio da: a) Legalidade b) Impessoalidade c) Moralidade d) Publicidade e) Eficiência
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