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Casos Estacio Direito Processual Civil I

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2005
1º Semestre
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
?
EXPEDIENTE
CURSO DE DIREITO – CADERNOS DE EXERCÍCIOS
Coordenação Geral do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá
Prof. Sérgio Cavalieri Filho
Prof. André Cleofas Uchôa Cavalcanti
Coordenação Executiva: Márcia Sleiman
COORDENAÇÃO DO PROJETO
Comissão de Qualificação e Apoio Didático-pedagógico
Presidência: Prof. Laerson Mauro
Coordenação: Prof.ª Tereza Moura
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO
Prof. Luís Carlos Araújo
APRESENTAÇÃO
A metodologia de ensino aplicada no Curso de Direito da Universidade
Estácio de Sá é centrada na articulação entre a teoria e a prática, com
vistas a desenvolver o raciocínio jurídico do aluno. Essa metodologia
abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo
o exercício constante da pesquisa, bem como a análise de conceitos e a
discussão de suas aplicações. Nesta perspectiva, foi criada a Coleção
Cadernos de Exercícios, que contempla uma série de casos práticos e
interdisciplinares para serem desenvolvidos em aula, simulando casos
concretos de provável ocorrência na vida profissional. O objetivo desta
coleção é possibilitar aos alunos o acesso ao material didático que propi-
cie um aprender fazendo.
Os pontos relevantes para o estudo dos casos devem ser objeto de
pesquisa prévia pelos alunos, envolvendo a legislação pertinente, a dou-
trina e a jurisprudência, de forma a prepará-los para as discussões reali-
zadas em aula.
Esperamos, com estes cadernos, criar condições para a realização de
aulas mais interativas e propiciar a melhoria constante da qualidade do
ensino do nosso Curso de Direito.
Coordenação Geral do Curso de Direito
PROCEDIMENTOS
Compete ao aluno
1. Resolver os casos concretos e as questões objetivas que serão discu-
tidas em sala de aula.
2. Levar para a aula os apontamentos e as respostas necessários à corre-
ção das questões e dos casos. O trabalho pode ser sucinto, não preci-
sando exceder a 15 linhas.
3. Corrigir suas respostas após o debate e a apresentação da solução do
caso pelo professor.
4. Arquivar o conteúdo das aulas em pasta própria, identificada com
nome, turma e turno, que será entregue ao professor no dia da PR1, PR2
e 2ª chamada, para atribuição de até dois pontos.
Atenção:
A participação na discussão dos casos e na correção das respostas será
objeto de avaliação subjetiva do professor, que poderá atribuir até dois
pontos na PR1, PR2 e 2ª chamada. A prova final valerá dez pontos e não
será considerada a apresentação da pasta.
As provas (PR1, PR2 e 2ª chamada) serão compostas de seis questões de
múltipla escolha, com respostas justificadas, valendo 0,5 ponto cada
(total: três pontos), e dois casos concretos, valendo 2,5 pontos cada,
num total de oito pontos.
SUMÁRIO
AULA 1
Noções básicas de Direito Processual Civil
Autonomia e instrumentalidade. Natureza das leis processuais. Rela-
ções do Direito Processual com outros ramos do Direito. Finalidade
do Direito Processual. Leis processuais no tempo e no espaço. Prin-
cípios informativos do Direito Processual. Distinção entre ação, juris-
dição e processo. ..................................................................... 9
AULA 2
Jurisdição
Conceito. Características. Princípios fundamentais. Poderes.
Distinção entre funções do Estado. Poderes compreendidos na juris-
dição. Espécies de tutela jurisdicional. Jurisdição contenciosa e vo-
luntária. Substitutivos da jurisdição. ...................................... 11
AULA 3
Estrutura judiciária brasileira
As Justiças especiais. Justiça federal, TRF e juízes federais. Organização
da Justiça estadual. Órgãos da Justiça estadual. Órgãos especiais das
Justiças estaduais. Câmaras cíveis, juízes de Direito. Juizados Especiais
Cíveis estaduais e da Justiça federal. Turmas recursais....... 12
AULA 4
Ação
Conceito. Condições de legítimo exercício da ação. Condições gené-
ricas e específicas. Específicas positivas e negativas......................... 15
AULA 5
Ação
Classificação. Elementos de individualização das ações. Concurso e
cumulação de pedidos. Momento da cumulação. Espécies de cumula-
ção. Requisitos da cumulação.................................................. 18
AULA 6
Processo
Conceito. Natureza jurídica. Objeto. Relação jurídica processual. Pres-
supostos processuais: de existência e de validade......................... 19
AULA 7
Competência
Conceito. Natureza jurídica. Competência internacional e interna.
Competência das Justiças especiais. Competência da Justiça comum:
federal e dos estados. .............................................................................. 21
AULA 8
Competência
Critérios de fixação da competência. Competência de foro. Critério
territorial. Competência de juízo. Critério objetivo e funcional. Incom-
petência relativa e absoluta. Distinção. ....................................... 23
AULA 9
Competência
Modificações da competência. Prevenção. Conexão. Continência.
Prorrogação e perpetuação. Controle da competência e seus instrumen-
tos: controle de ofício, exceção de incompetência e conflito de com-
petência. .................................................................................................... 25
AULA 10
Partes
Sujeitos do processo. Distinção com o sujeito da lide. Capaci-
dade. Compreensão. Conceito. Capacidade de ser parte e capaci-
dade de estar em juízo. Conseqüências da falta de capacidade
processual............................................................................ 30
AULA 11
Processo e procedimento
Espécies de processo. Espécies de procedimento. Princípios gerais
do processo e do procedimento. Garantias constitucionais proces-
suais. Atos atentatórios ao exercício da jurisdição.......................... 31
AULA 12
Formação do processo
Sujeitos do processo. Partes. Juiz. Sucessão processual. Substituição
processual. Tratamento especial ao idoso........................... 33
AULA 13
Procedimentos e sua estrutura
Procedimentos ordinários, sumários e especiais. A conversão dos
procedimentos especiais para o ordinário. Procedimento da Lei
9.099/1995. Princípios norteadores dos Juizados especiais de
causas cíveis.................................................................................... 35
8
9
AULA 1
Noções básicas de Direito Processual Civil
Autonomia e instrumentalidade. Natureza das leis processuais. Relações
do Direito Processual com outros ramos do Direito. Finalidade do Direito
Processual. Leis processuais no tempo e no espaço. Princípios informa-
tivos do Direito Processual. Distinção entre ação, jurisdição e processo.
CASO 1
Proposta ação de conhecimento por Caio em face de Mévio. Citado por
edital, o réu não oferece contestação. O juiz, atendendo ao que dispõe o
art. 9º do CPC, nomeia curador especial ao réu para oferecer a sua defesa.
Na audiência foram ouvidas as testemunhas do autor. O juiz que a presi-
diu considerou falso por ser manifestamente contrário aos fatos cons-
tantes dos autos o depoimento prestado pela testemunha Sabrina, que
tinha sido advertida no momento em que foi colhido o seu compromisso.
Indaga-se: É do conhecimento de todos que o Direito Processual Civil
mantém relações com outros ramos do Direito. No presente caso, levando
em conta o que ocorreu na audiência, quais as relações existentes entre
o processo civil e os outros ramos do Direito? A autonomia do Direito
Processual estaria afetada neste caso?
CASO 2
Imaginemos que uma sentença condenando a Fazenda Pública ao paga-
mento de uma indenização por danos materiais, de valor inferior a 60
salários mínimos, é proferida dias antes da entrada em vigor da Lei 10.352/
2001, que acrescentou o § 2º ao art. 475 do CPC. Ainda assim, está sujeita
à revisão obrigatória? Por quê? Justifique indicando o dispositivo legal
pertinente.
CASO 3
Imaginemos que está em votação, na AssembléiaLegislativa do Estado
do Rio de Janeiro, o Projeto de lei 3.333 que trata de reformas no Sistema
Recursal previsto no Código de Processo Civil no âmbito do Estado do
Rio de Janeiro para atender ao princípio da celeridade processual. Visa
alterar precisamente o disposto no art. 508 do CPC.
10
Pergunta-se:
a) A Assembléia Legislativa estadual pode legislar sobre matéria pro-
cessual? Por quê?
b) E quanto aos procedimentos administrativos de apoio ao proces-
so? Justifique, indicando o dispositivo legal pertinente.
c) Este projeto de lei é constitucional? Justifique e dê a base legal.
Questões objetivas
1) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A doutrina classifica o Direito Processual Civil como ramo do Direi-
to Público.
b) Considerando a estreita ligação com o direito material, pode-se a-
firmar que o Direito Processual possui nítido caráter acessório.
c) O Direito Processual Civil é do ponto de vista jurídico um instru-
mento a serviço do direito material.
d) É possível dizer que o Direito Processual se relaciona com os de-
mais ramos da ciência jurídica formando uma conexão instrumen-
tal genérica e específica.
2) Considere as afirmações quanto aos métodos de interpretação da lei
processual, apontando a alternativa INCORRETA:
a) Como aponta a doutrina, após utilizarmos todos os meios de in-
terpretação, chegamos a um resultado que pode ser: declarativo,
restritivo, extensivo ou ab-rogante.
b) O fenômeno da integração dispõe que o magistrado diante de uma
lacuna da lei não poderá eximir-se de julgar, devendo portanto re-
correr à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do Direito.
Projeto de lei 3.333 ( altera o artigo 508 da Lei 5.869/1973)
Art. 1º. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordi-
nário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de
divergência, o prazo para interpor e para responder é de dez dias.
Esta lei entrará em vigor na data da publicação.
11
c) Podemos apontar cinco métodos de interpretação da lei processual:
literal, lógico-sistemático, histórico, comparativo e teleológico.
d) No chamado método teleológico, o intérprete busca subsídios nas
lições da doutrina e normas do direito positivo estrangeiro.
AULA 2
Jurisdição
Conceito. Características. Princípios fundamentais. Poderes. Distinção
entre funções do Estado. Poderes compreendidos na jurisdição. Espé-
cies de tutela jurisdicional. Jurisdição contenciosa e voluntária. Substitu-
tivos da jurisdição.
CASO 1
Caio, funcionário público municipal, foi punido em processo administra-
tivo, sob a acusação de improbidade administrativa. Promove em juízo
ação pleiteando anulação da decisão administrativa ao argumento de
que não lhe foram garantidos os princípios constitucionais do contradi-
tório e da ampla defesa. O município, por meio do seu procurador, apre-
senta defesa sustentando que a decisão do processo administrativo não
pode ser modificada pelo órgão jurisdicional, por haver transitada em
julgado, sendo imutável.
Indaga-se: Tem razão o procurador do município? Justifique a resposta.
CASO 2
Antônio e Maria, casal sem filhos, após três anos de vida matrimonial,
decidem postular em juízo a separação consensual. Pergunta-se:
a) Trata-se de modalidade de jurisdição voluntária ou contenciosa?
Por quê?
b) Neste caso, está presente o caráter substitutivo da jurisdição?
Justifique.
c) Aponte as principais diferenças entre jurisdição voluntária e juris-
dição contenciosa.
12
Questões objetivas
1) Marque a alternativa CORRETA.
São princípios da jurisdição:
a) investidura, aderência, indelegabilidade e inafastabilidade.
b) investidura, abstração e inafastabilidade.
c) indelegabilidade, oralidade e identidade física do juiz.
d) inafastabilidade, devido processo legal e contraditório.
2) Marque a alternativa INCORRETA:
a) A função legislativa consiste na atividade de elaboração de leis de
caráter geral e abstrato.
b) A função jurisdicional consiste na aplicação das normas abstratas
ao caso concreto submetido à apreciação do Poder Judiciário.
c) A função administrativa não tem caráter substitutivo e os procedi-
mentos são resolvidos pela administração.
d) A função jurisdicional não produz decisão de natureza definitiva.
AULA 3
Estrutura judiciária brasileira
As Justiças especiais. Justiça federal, TRF e juízes federais. Organização
da Justiça estadual. Órgãos da Justiça estadual. Órgãos especiais das
Justiças estaduais. Câmaras cíveis, juízes de Direito. Juizados Especiais
Cíveis estaduais e da Justiça federal. Turmas recursais.
Obs: As atribuições dos órgãos de Justiça estadual estão previstas nos
Códigos de Organização Judiciária (1ª e 2ª instâncias) e nos regimentos
internos dos Tribunais de Justiça. O projeto de emenda da Constituição
da República, em tramitação no Congresso Nacional, suprime os tribu-
nais de alçada atualmente existentes nos mencionados estados. Os Tri-
bunais Militares foram implantados nos estados de São Paulo, Minas
Gerias e Rio Grande do Sul.
13
TST
(111, I, CF)
TST
(111, I, CF)
TRT
(118, II, CF)
Justiça
Trabalho
(118, III, CF)
TSE
(118, I, CF)
TSE
(118, I, CF)
TRE
(118, II, CF)
Justiça
Eleitoral
(118, III, CF)
Junta
Eleitoral
(118, IV, CF).
STM
(112, I, CF)
STM
(112, I, CF)
Tribunal
Militar
(112, II, CF)
STF
(arts. 101 e 102,CF)
STJ
(art. 105, CF)
Justiças Especiais / Justiça Comum
TRF's
(106, I, CF)
Justiça
Federal
(106, III, CF)
Tribunal
Justiça
(125 CF)
Justiças
Estaduais
(125 CF)
Turma de Uniformização
(14, § 2º, Lei 10.259/2001)
Turmas Recursais
(21, Lei 10259/2001)
Juizados Especiais
(3º Lei 10.259/2001)
Turmas Recursais
(98, parágrafo único,
CF Lei 10.259/2001)
Juizados Especiais
(98, parágrafo único,
CF Lei 10.259/2001).
Organograma do Poder Judiciário
Tribunal Pleno
33 ministros (CF, art. 104).
Conselho da Justiça Federal
(105, parágrafo único)
Corte Especial
21 ministros
1º Seção
10 ministros
1ª Turma
5 ministros
2ª Turma
5 ministros
2º Seção
10 ministros
3ª Turma
5 ministros
4ª Turma
5 ministros
3º Seção
10 ministros
5ª Turma
5 ministros
6ª Turma
5 ministros
Organograma do Superior Tribunal de Justiça
14
Obs.: A competência da corte especial, das seções e das turmas, ratione
materiae, é definida no regimento interno do Superior Tribunal de Justi-
ça. O Tribunal Pleno só exerce funções administrativas. O conselho da
Justiça Federal exerce a supervisão administrativa e orçamentária da Jus-
tiça federal de 1º e 2º graus.
CASO 1
João Braga, português, residente em Coimbra, Portugal, pretende postu-
lar ação reivindicatória de um imóvel situado na comarca do Rio de Janei-
ro em face de Sílvio, também português, residente na comarca de Niterói,
Estado do Rio de Janeiro.
Indaga-se:
a) A ação deve ser distribuída na Justiça comum ou em uma das
Justiças especiais do Brasil? Por quê?
b) Como se sabe quando a competência é da Justiça federal ou de
uma das Justiças estaduais?
c) Sendo da competência da Justiça comum, como se sabe qual é o
juízo competente.
CASO 2
Mévia pretende mover ação de alimentos em face de seu pai, tendo em
vista ser menor e deles necessitar para o seu sustento. Mévia reside na
cidade do Rio de Janeiro, capital, e o seu pai na cidade de São Gonçalo.
Indaga-se: A autora deverá promover a ação em que Justiça comum?
Qual a comarca? Por que não é da competência da Justiça comum federal?
Questões objetivas
1) Paulo e Joana, brasileiros, casados, residentes na Argentina, promoveram
o seu divórcio nesse país. Retornam ao Brasil, onde Paulo pretende se casar.
Indaga-se:
a) Há liberdade para Paulo novamente se casar, bastando exibir a
certidão de casamento com a averbação do divórcio.
15
b) Somente poderá casar no Brasil se promovera homologação da
sentença de divórcio no STJ.
c) O divórcio do casal deverá ser promovido no Brasil.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
2) Fernando Carlos residente e domiciliado na capital do Estado do Rio
de Janeiro, pretende promover, em face da CEF, ação de indenização por
danos morais no valor correspondente a 40 salários mínimos. A ação
deverá ser promovida:
a) na Justiça estadual.
b) na Justiça federal.
c) no Juizado Especial de causas cíveis da Justiça federal.
d) por opção do autor, em qualquer Justiça federal ou estadual.
e) Nenhuma das alternativas acima.
AULA 4
Ação
Conceito. Condições de legítimo exercício da ação. Condições genéricas
e específicas. Específicas positivas e negativas.
CASO 1
Mévio promove ação em face da Construtora Carioca Ltda., estabelecida
na avenida do Imperador, 100, em Petrópolis, perante o juízo da 1ª Vara
Cível central da comarca do Rio de Janeiro, postulando a condenação do
réu a fazer reparos no imóvel novo que lhe foi entregue, por força de
contrato de compra e venda celebrado entre as partes. Citado, o réu
alegou a sua ilegitimidade, eis que a obrigação não é de sua responsabi-
lidade e sim da Incorporadora Santa Clara, dona da obra, localizada tam-
bém nesta cidade, com quem o autor efetivamente celebrou contrato.
Indaga-se: A ilegitimidade de parte passiva é questão que se encontra no
plano do processo ou do direito material (mérito)? Acolhida a defesa do
réu o processo será extinto sem julgamento do mérito? Por quê?
16
CASO 2
Caio promoveu ação em face de Alberto alegando ser credor da impor-
tância de R$ 5.000,00. Citado, o réu alega que o verdadeiro devedor é a
sociedade empresária Livraria Sentinela da Cultura Ltda, da qual é o
diretor presidente e representante legal.
Indaga-se: O réu é parte legítima para figurar no polo passivo? Por quê?
A questão envolve matéria do plano processual ou do mérito? É possível
a substituição de parte pelo juiz, fazendo ingressar no pólo passivo a
Livraria Sentinela da Cultura Ltda.?
CASO 3
Carlos promoveu ação em face de Daniel postulando a condenação do
réu a pagar indenização decorrente de ilícito civil a título de dano moral.
O juiz, ao proferir a sentença, elaborou o relatório (art. 458, I , do CPC) nos
seguintes termos: “Antônio Carlos ingressou em juízo com o presente
processo contra Daniel, visando à procedência da ação para que o réu
fosse condenado ao pagamento de indenização por danos morais.”
Indaga-se: A redação desta parte da sentença, sob o prisma processual,
está correta? Por quê?
CASO 4
Carlos Alberto promoveu ação de conhecimento em face de Fernando
Batista, postulando a cobrança de créditos constituídos a seu favor.
Citado, o réu alega, na contestação, a existência de outro processo pen-
dente, com o mesmo pedido, a mesma causa de pedir e, entre as mesmas
partes, ação que foi movida anteriormente pelo autor, juntando a com-
provação do alegado.
Indaga-se: Neste caso o réu está argüindo a inocorrência de alguma condição
da ação? Porquê? Até que momento essa questão poderia ser suscitada?
CASO 5
Antônio promove ação em face de João cobrando a importância de R$
5.000,00. Citado, o réu alega tratar-se de dívida de jogo de azar, pelo que
pede a extinção do processo sem julgamento de mérito. Produzida a pro-
17
va na audiência, ficou provado que o valor é realmente oriundo de dívida
de jogo de azar.
Indaga-se: O advogado do réu deverá manter, em sua defesa, na sustentação
oral na audiência, a impossibilidade jurídica do pedido, com extinção do
processo sem julgamento do mérito ou pugnar, pelo que ficou provado, a
improcedência do pedido e conseqüente extinção do processo com exame
de mérito? Até que momento a matéria sobre a falta de condição para o
legítimo exercício da ação pode ser alegada e por quê?
Questões objetivas
1) É CERTA a afirmação:
a) A ação e o processo são expressões sinônimas.
b) A ação provoca a jurisdição, que é exercida por meio de um com-
plexo de atos, que é o processo.
c) A ação é o método pelo qual se provoca a prestação jurisdicional
do Estado num caso concreto.
d) As alternativas B e C estão corretas.
2) Sobre a concepção da teoria abstrata da ação, assinale a afirmativa
CORRETA:
a) Só tem a ação quem for titular efetivo do direito postulado.
b) O direito de ação não está condicionado à existência do direito
material e com ele não se confunde.
c) O direito de ação corresponde a um outro direito a obter uma
resposta de mérito
d) Não há exercício do direito de ação quando o juiz extingue o pro-
cesso sem julgar o mérito.
3) De acordo com a legislação processual civil, a ausência das condições
da ação e dos pressupostos processuais:
a) pode ser reconhecida pelo juiz de ofício ou a requerimento da
parte, a qualquer tempo, antes de proferida a sentença, não se
verificando na hipótese a preclusão.
18
b) somente pode ser reconhecida mediante iniciativa da parte.
c) não pode ser examinada após o saneador.
d) deve necessariamente ser decidida no despacho que determina
a citação.
AULA 5
Ação
Classificação. Elementos de individualização das ações. Concurso e
cumulação de pedidos. Momento da cumulação. Espécies de cumulação.
Requisitos da cumulação.
CASO 1
Foi proposta ação por Mariana em face de Pedro, postulando a autora a
separação judicial do casal, sob o fundamento de grave violação dos
deveres conjugais. Narra, como causa de pedir, que o réu teria deixado de
prover o sustento da família. Citado, o réu oferece contestação, alegando
que se encontra desempregado.
Indaga-se: Quais são os elementos subjetivos, objetivos e causais da
ação proposta? O que é o princípio da individualização das ações?
CASO 2
Gustavo promove ação de investigação de paternidade cumulada com
pedido de alimentos em face de Frederico, seu suposto pai. Citado, o réu
oferece contestação negando a paternidade, pelo que os alimentos não
são devidos.
Indaga-se: O autor formulou que espécie cumulação de pedidos? Qual a
distinção entre cumulação eventual e sucessiva?
Questões objetivas
1) São condições genéricas para o legítimo exercício da ação:
a) jurisdição, legitimação e devido processo legal.
19
b) inafastabilidade do Poder Judiciário, possibilidade jurídica do pe-
dido e o princípio da inércia.
c) legitimidade, possibilidade jurídica do pedido e interesse processual.
d) interesse processual, legitimidade e demanda.
e) possibilidade jurídica do pedido, jurisdição e contraditório.
2) São requisitos da cumulação de pedidos:
a) competência do juízo, causa de pedir e pedidos idênticos.
b) competência do mesmo juízo para conhecer de todos os pedidos,
compatibilidade entre os pedidos e adequação dos procedimen-
tos para todos os pedidos.
c) uniformidade de procedimento e competência do mesmo juízo.
d) adequação de procedimentos, competência do mesmo juízo e co-
nexão pela causa de pedir.
e) conexão, demanda e jurisdição.
3) Uma ação é idêntica à outra quando:
a) não foi admissível, a seu respeito, a confissão.
b) tem a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
c) se repete ação que está em curso.
d) tem o mesmo pedido, a mesma causa de pedir e as mesmas partes.
e) apenas são iguais as causas de pedir.
AULA 6
Processo
Conceito. Natureza jurídica. Objeto. Relação jurídica processual. Pressu-
postos processuais: de existência e de validade.
CASO 1
Ricardo Silva propôs em face de sua filha, Cristina da Silva, ação de
exoneração de alimentos, alegando que a ré, com mais de 24 anos de
idade, possui meios próprios para prover a sua subsistência. Narra, como
20
causa de pedir, que recebe quantia insignificante como funcionário pú-
blico, padecendo ainda de problemas de saúde, que comprometem quase
todo o seu salário, pelo que não dispõe de condições financeiras para
continuar provendo a manutenção da ré. A ré não contestou o pedido.
Verificou-seque, por engano, o ato de citação se deu na pessoa de sua
mãe, de nome igual ao da filha.
Indaga-se: A citação nula caracteriza ausência de pressuposto processual
de existência ou de validade? Por quê? A questão jurídica é do plano do
processo ou do direito material?
CASO 2
Adão promoveu ação em face de Amélia, menor impúbere, postulando a
redução do valor da pensão alimentícia, em conta que sua filha recebeu
herança – legado – de grande valor pela morte de seu avô materno, em
testamento, além de pensão substancial para a sua manutenção. A cita-
ção da ré foi feita na pessoa de sua mãe.
Indaga-se:
a) A citação foi corretamente feita? Por quê?
b) Amélia, menor impúbere de 14 anos, tem capacidade de ser parte e
de estar em juízo?
c) A falta de representação legal acarreta ausência de pressuposto
processual de existência ou de validade?
CASO 3
Professores aposentados do quadro da Secretaria de Educação e Cultura
do Estado do Rio de Janeiro impetraram mandado de segurança
objetivando a percepção integral de seus vencimentos, reduzidos por
ato da Secretária Estadual de Administração. Argumentam que a redução
operada violou direito líquido e certo, atentando ainda contra o princípio
constitucional da irredutibilidade de vencimentos. A ré, notificada, ale-
gou ilegitimidade ad processum do representante dos autores, na medi-
da em que estaria impedido de exercer a advocacia em face do Estado do
Rio de Janeiro, pelo fato de pertencer ao quadro de servidores da Assem-
21
bléia Legislativa, estando no cargo de procurador jurídico, o que enseja
a extinção do processo sem julgamento do mérito.
Indaga-se: O advogado é representante dos autores? Há no caso
ilegitimidade ad processum ou falta de capacidade postulatória? É vício
sanável ou insanável?
Questões objetivas
1) São pressupostos processuais subjetivos:
a) Legitimidade, capacidade de ser parte e capacidade postulatória.
b) Legitimidade, capacidade processual e capacidade de estar em juízo.
c) Capacidade processual, capacidade postulatória e capacidade
de ser parte.
d) Capacidade civil, capacidade processual e representação.
2) A representação da parte por advogado é um(a):
a) condição ao exercício do direito de ação.
b) pressuposto processual subjetivo.
c) matéria de exame de mérito.
d) pressuposto processual objetivo.
e) pressuposto processual de existência do processo.
AULA 7
Competência
Conceito. Natureza jurídica. Competência internacional e interna. Com-
petência das Justiças especiais. Competência da Justiça comum: federal
e dos estados.
CASO 1
Adão Coimbra pretende mover ação de cobrança de dívida contraída por
Aurélio dos Santos, em virtude de contratação de prestação de serviços,
tendo o réu domicílio e residência na cidade de Três Rios.
22
Indaga-se: O autor deverá promover a ação em que órgão do Poder Judiciário?
Qual é, no caso, o critério de fixação da competência da Justiça estadual?
CASO 2
A Companhia Imperial de Seguros do Brasil foi citada por carta rogatória
advinda da Justiça da França, da Companhia de Resseguros Eiffel, como
autora. A causa envolve alegação de descumprimento de obrigação
contratual entre a autora e a ré.
Indaga-se: A jurisdição brasileira seria a competente? Por quê? Trata-se
de competência exclusiva ou concorrente da justiça brasileira?
CASO 3
Fabrício pretende fazer prova de relação de trabalho, de período em que
sua carteira de trabalho não estava assinada pelo empregador da época
(ano de 1970), para efeito de alcançar a aposentadoria. O justificante
reside na comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro.
Indaga-se: Qual da Justiça comum é a competente? Se o justificante
tivesse domicílio na comarca de Sumidouro, que órgão do judiciário seria
o competente?
Questões objetivas
1) Caio, alegando que perdeu um de seus dedos enquanto operava uma
prensa na empresa em que trabalha, propôs demanda com objetivo de
obter pagamento de benefícios previdenciários a que tem direito. Essa
demanda deverá ser julgada pela:
a) Justiça do Trabalho.
b) Justiça comum federal.
c) Justiça comum estadual, por Vara da Fazenda Pública, nas comarcas
em que esta existir.
d) Justiça comum estadual, por Vara Cível, se não existir Vara espe-
cializada.
e) Justiça especial.
23
2) Maria Angélica, portuguesa, após viver longo período no Brasil, decide
voltar à terra natal, para viver ao lado de seu único irmão. Dois meses
após desembarcar em Portugal, Maria Angélica falece vítima de acidente
automobilístico. Seu vasto patrimônio é constituído por dois imóveis
situados no Rio de Janeiro, cinco na Espanha e três em Portugal. Pergunta-
se: Qual o juízo competente para processar o inventário dos bens situados
no Brasil?
a) Caberia à Justiça portuguesa por três motivos básicos: a falecida
era portuguesa, deixou bens neste país e o único herdeiro reside
em Portugal.
b) Os herdeiros podem optar entre a Justiça brasileira ou a portugue-
sa, uma vez que a falecida possuía bens em ambos os países.
c) Seria exclusivamente a Justiça brasileira, pois somente a autorida-
de judiciária brasileira pode decidir acerca da partilha de bens
situados em território nacional.
d) Tendo em vista que a maior parte do patrimônio de Maria Angélica
encontra-se na Espanha, a justiça deste país seria competente
para processar o inventário.
AULA 8
Competência
Critérios de fixação da competência. Competência de foro. Critério
territorial. Competência de juízo. Critério objetivo e funcional. Incompe-
tência relativa e absoluta. Distinção.
CASO 1
Sérgio propôs ação em face de Gustavo, na comarca de Carmo, postulan-
do a anulação do contrato de compra e venda de imóvel situado na
cidade de Sapucaia, por vício de manifestação da vontade (simulação).
Citado, o réu, residente na cidade do Carmo, alega em preliminar, na
contestação, a incompetência do foro, considerando que o imóvel está
localizado na cidade de Sapucaia, envolvendo a ação disputa de um
imóvel, sendo a incompetência absoluta do juízo da comarca de Carmo.
24
Indaga-se: A competência é de foro ou de juízo? Trata-se de ação real ou
pessoal? O réu tem razão?
CASO 2
Júnior, domiciliado na cidade de Cabo Frio, propõe em face de Celso ação
de indenização por dano moral decorrente do delito de lesão corporal. O
juiz da comarca de Cabo Frio, para onde a ação foi distribuída, declina de
sua competência para o juízo da comarca de Saquarema, entendendo ser
competente o juízo do foro do lugar do fato, nos termos do art. 100, V, “a”,
do CPC. Fundamenta sua decisão afirmando que a norma do parágrafo
único do art. 100 do CPC não se aplica a todo e qualquer delito, mas aos
que se verificam com a utilização de veículos.
Indaga-se: A competência é do foro da comarca de Cabo Frio ou é da comarca
de Saquarema? Por quê? A regra do art. 100, parágrafo único, é especial em
relação às previstas nos artigos 94 e 100, V, letra “a”, todas do CPC?
CASO 3
Maria ajuizou execução de prestação alimentícia perante a 4ª Vara de
Família regional de Jacarepaguá. O executado peticionou argüindo a in-
competência absoluta deste juízo, tendo em vista que a ação de conheci-
mento foi intentada e decidida na 1ª Vara de Família regional e, segundo
o art. 575, II, do CPC, ali seria o juízo competente para a ação de execução.
Indaga-se: A alegação de incompetência absoluta, feita pelo executado,
deve ser acolhida pelo juiz? O juízo poderia conhecer da matéria de ofício?
CASO 4
Cassiano promoveu ação de investigação de paternidade em face de seu
pai Paulo, tendo sido distribuída para a 1ª Vara Cível da comarca de Nova
Iguaçu. Citado, o réu alega em preliminar, na contestação, a incompetên-
cia absoluta do juízo, em conta que o objeto da ação diz respeito à matéria
de competência de uma das varas de família da mesma comarca.
Indaga-se: A competência é de foro ou de juízo? Por quê? É absoluta?
Tem razão o réu?25
Questões objetivas
1) A ação fundada em direito pessoal será proposta no domicílio do réu,
segundo a regra do art. 94 do CPC. Diante desse dispositivo legal, é
CORRETA a afirmação:
a) Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de
qualquer deles.
b) Sendo incerto ou desconhecido seu domicílio, o réu somente po-
derá ser demandado no foro do seu curador nomeado em proces-
so de interdição.
c) Quando não tiver domicílio no Brasil, o réu será demandado no
país onde estiver domiciliado ou, se esse país não tiver relações
diplomáticas com o Brasil, no foro do seu último domicílio.
d) Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão de-
mandados no foro do domicílio do autor da ação.
2) Marque a alternativa CORRETA:
a) A incompetência relativa pode ser argüida pelas partes.
b) A incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo.
c) A incompetência relativa pode ser alegada a qualquer tempo.
d) A incompetência absoluta só pode ser conhecida pelo juiz.
AULA 9
Competência
Modificações da competência. Prevenção. Conexão. Continência. Pror-
rogação e perpetuação. Controle da competência e seus instrumentos:
controle de ofício, exceção de incompetência e conflito de competência.
CASO 1
João Paulo promoveu ação em face de Sérgio Mendes, na comarca de
Duque de Caxias, narrando como causa de pedir que é credor do réu, em
razão de contrato de prestação de serviços, já cumprido pelo autor. Não
recebeu os valores ajustados no pacto. Citado, o réu argüiu em preliminar
26
que dois dias após a sua citação mudou de endereço, passando a residir na
comarca vizinha de São João de Meriti, para onde os autos deverão ser
remetidos, certo de que a competência é de foro, critério territorial, aplican-
do-se o disposto no art. 94 do CPC.
Indaga-se: A preliminar do réu deverá ser acolhida? Qual o significado da
perpetuatio jurisdicionis? Fundamente a resposta, indicando os dispo-
sitivos legais pertinentes.
CASO 2
João requereu perante o juízo da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões, da
comarca da capital do estado, levantamento da interdição de seu filho
Carlos, sujeito à curatela de sua mãe, Maria José, e com ela residente
nesta cidade do Rio de Janeiro. O Ministério Público oficiou no sentido
de que o foro competente para conhecer do pedido seria o da comarca de
Macaé (RJ), onde a interdição fora decretada.
Indaga-se: A manifestação do órgão de atuação do Ministério Público
está correta? Por quê?
CASO 3
Cláudio propôs em face de Administradora de Consórcio Malboro Ltda.
ação postulando a condenação da ré a restituir prestações de consórcio de
automóveis, perante o juízo da 10ª Vara Cível central da comarca da capital.
Este declinou da sua competência para um dos juízos das Varas empresa-
riais, entendendo incidir no caso concreto a hipótese do art. 101 do Código
de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro.
Indaga-se: A decisão do juiz foi correta? A competência das Varas empresa-
riais é absoluta ou relativa? Por quê?
CASO 4
Joana propôs perante o Juizado Especial Cível de Jacarepaguá, em face da
Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), ação de indenização
pelos danos causados a seu carro, em virtude da queda de galhardetes
pendurados nos postes. Aduziu a ré que já havia recomendado ao seu gari
que os cortasse, sem, contudo, proporcionar-lhe os meios e condições
27
adequadas para perfeita realização do serviço. Em contestação, a Comlurb
argüiu a incompetência do juízo, alegando ser uma sociedade de economia
mista, prestadora de serviço público de limpeza urbana, entidade da admi-
nistração indireta do Município do Rio de Janeiro, criada pelo Decreto-lei
102/1975. Portanto, as matérias relacionadas com a companhia deverão ser
discutidas em uma das Varas de Fazenda Pública, segundo o artigo 86, letra
“a”, do CODJERJ, e art. 3º, § 2º, da Lei 9.099/1995.
Indaga-se: Procede a preliminar argüida pela ré, de incompetência do
juízo do Juizado Especial de Jacarepaguá? Trata-se de incompetência
absoluta ou relativa?
CASO 5
Mévia ajuizou ação ordinária de responsabilidade civil em face do Esta-
do do Rio de Janeiro, postulando indenização em razão da chacina de
Vigário Geral. O feito foi distribuído para a 5ª Vara de Fazenda Pública
da comarca da capital. Foi promovida anteriormente, por outra vítima da
chacina, ação idêntica distribuída para a 2ª Vara de Fazenda Pública,
da mesma comarca. Citado, o réu opõe exceção de incompetência, sus-
tentando que o feito deverá ser remetido para a 2ª Vara de Fazenda Públi-
ca, sob o argumento de que há conexão entre as ações, em conta que
ambas possuem a mesma causa de pedir, embora distintos os autores. O
réu sustenta, em sua defesa, a necessidade de reunião dos processos
para evitar decisões contraditórias, em desprestígio à imagem da Justiça.
Indaga-se: Há conexão entre as causas? É necessária ou não a reunião
das ações propostas em separado?
CASO 6
Cornélio promoveu ação de anulação de contrato de hipoteca sobre deter-
minado imóvel em face de Lúcio. A ação foi proposta na cidade de
Teresópolis, onde o réu reside, distribuída para a 1ª Vara Cível. O juiz, ao
despachar a inicial, entendeu ser incompetente, no fundamento de que a
ação envolve direito real, pelo que competente o juízo onde se localiza o
bem imóvel, remetendo os autos para a comarca de Petrópolis. Recebidos
os autos, a ação foi distribuída para o juízo da 2ª Vara Cível, que entendeu
28
ser competente o juízo da comarca de Teresópolis, onde reside o réu, por
tratar-se de ação pessoal, aplicável à espécie o art. 94 do CPC.
Indaga-se:
a) Pode o juízo da comarca de Petrópolis devolver os autos ao juízo
da comarca de Teresópolis? Por quê?
b) Qual a providência que deverá tomar o juízo da comarca de
Petrópolis?
c) Pode o relator do incidente proferir imediatamente o julgamento
monocrático? Por quê?
CASO 7
Mário ajuizou ação de reparação de danos morais em face do Estado do
Rio de Janeiro, alegando tratamento indigno quando esteve preso na
carceragem da delegacia policial de Barra Mansa. A ação foi proposta
naquela comarca, onde se deu o ato ilícito, havendo, porém, o juízo da 3ª
Vara Cível, para onde foi distribuída, declinado de sua competência para
um dos juízos da Fazenda Pública da capital.
Indaga-se: Está correta a decisão do juiz? O que pode o juiz declinado
promover, entendendo ser incompetente para conhecer e processar a
ação? Por quê?
CASO 8
Andréia propôs, em face do grupo Setor, ação ordinária que foi distribuída
para a 25ª Vara Cível central da comarca da capital, postulando indenização
por perdas e danos, decorrentes do desabamento do edifício onde morava.
Existe, entretanto, nos autos, cópia da sentença em que o juízo da 4ª Vara
Cível central da comarca da capital decidiu anteriormente idêntica matéria
em outra ação, promovida por um vizinho em face de uma construtora,
componente do grupo Setor, com base no mesmo evento. Em face disso, o
juízo da 25ª Vara Cível declinou de sua competência para o juízo da 4ª Vara
Cível, entendendo existir, entre as ações, identidade de causa de pedir, de
pedidos e das partes rés, o que caracteriza a conexão.
29
Indaga-se: Agiu corretamente o juízo da 25ª Vara Cível, remetendo os autos
para o juízo da 4ª Vara Cível, por entender presente a conexão? A ré poderá
argüir, por simples petição, no juízo declinado, a sua incompetência?
Questões objetivas
1) Qual o foro competente para a ação de reparação de danos?
a) O domicílio do autor.
b) O domicílio do réu.
c) O lugar em que ocorreu o fato.
d) O lugar de escolha do autor, sem possibilidade de rejeição pelo réu.
e) Nenhuma das alternativas acima.
2) Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento
de qualquer das partes:
a) determinará, ouvida a parte contrária, a imediata contestação da
matéria alegada pela parte contrária.
b) podeordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de
que sejam decididas simultaneamente.
c) dará prazo à parte contrária para alegar qualquer tipo de exceção de
incompetência.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
3) Argüido o conflito negativo de competência, o relator do tribunal:
a) deverá, obrigatoriamente, determinar seu processamento e julga-
mento pela câmara cível.
b) poderá decidir de plano desde que haja jurisprudência dominante
do tribunal.
c) deverá não conhecer o incidente, na medida em que somente é
admissível no conflito positivo de competência.
d) deverá, obrigatoriamente, determinar seu processamento e julga-
mento pelo plenário do tribunal.
30
4) A incompetência absoluta deve ser argüida:
a) somente pelo réu e por meio de exceção.
b) somente pelo autor e por meio de exceção.
c) por ambas as partes por simples petição e pelo juiz de ofício, a
qualquer tempo.
d) pelo Ministério Público, quando atua como parte.
AULA 10
Partes
Sujeitos do processo. Distinção com o sujeito da lide. Capacidade. Com-
preensão. Conceito. Capacidade de ser parte e capacidade de estar em
juízo. Conseqüências da falta de capacidade processual.
CASO 1
Pâmela, mãe da menor impúbere Jéssica, promoveu ação postulando con-
denação de Manoel, pai de sua filha, a pagar a importância de cinco
salários mínimos de pensão alimentícia, informando que a filha de ambos
necessita de alimentos para a sua sobrevivência, estando, ainda, em
idade escolar, o que exige gastos com a sua educação. O pai sempre se
esquivou de manter a filha. Citado, Manoel contesta alegando que a
autora é parte ilegítima, não sendo sujeito da lide e, sim, sua filha Jéssica.
Indaga-se:
a) Quem, no caso, tem capacidade de ser parte e de estar em juízo?
Por quê?
b) O sujeito da lide se confunde com o sujeito do processo?
c) Qual a qualidade de Pâmela no processo?
d) É possível no caso evitar a extinção do processo?
CASO 2
Paulo, órfão de pai e mãe e menor púbere, move ação indenizatória em
face de Pedro, cobrando indenização por danos materiais. Citado, o réu
alega a incapacidade de Paulo para estar em juízo.
31
Indaga-se: Qual a providência que deve tomar o juiz, diante da alegação
do réu? A questão jurídica é de ausência de pressuposto processual de
existência ou de validade?
Questões objetivas
1) Tem capacidade processual para estar em juízo:
a) toda pessoa que se acha no exercício de seus direitos.
b) o incapaz, representado ou assistido por seus pais, tutor ou cura-
dor, na forma da lei civil.
c) espólio, representado pelo inventariante.
d) Todas as alternativas são verdadeiras.
2) Sobre a capacidade processual é FALSO afirmar:
a) Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capa-
cidade para estar em juízo.
b) Ao réu preso o juiz dará curador especial.
c) O síndico representa apenas passivamente a massa falida.
d) Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da re-
presentação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará
prazo razoável para ser sanado o defeito.
AULA 11
Processo e procedimento
Espécies de processo. Espécies de procedimento. Princípios gerais do
processo e do procedimento. Garantias constitucionais processuais. Atos
atentatórios ao exercício da jurisdição.
CASO 1
Mário pretende mover ação em face de Alberto para postular a condena-
ção do réu a pagar a importância de R$ 20 mil, a título de danos materiais.
Indaga-se: Qual o rito a ser adotado para esta ação de conhecimento? Se
a importância cobrada fosse R$ 10 mil o rito seria o mesmo?
32
CASO 2
Ângelo, funcionário público estadual, deixa de comparecer ao trabalho
sem apresentar qualquer justificativa, além dos constantes atrasos.
Carlos, responsável pela repartição, decide instaurar procedimento ad-
ministrativo para apurar a razão dos atrasos e faltas, com o objetivo de
aplicar a sanção cabível.
Indaga-se:
a) Este procedimento administrativo está sujeito ao princípio do con-
traditório e da ampla defesa? Por quê?
b) Após a obtenção da decisão na esfera administrativa poderá Ân-
gelo buscar amparo junto ao Poder Judiciário? Justifique.
c) Para isto é preciso o prévio esgotamento da instância administra-
tiva? Justifique.
Questões objetivas
1) Bernardo pretende promover ação de indenização por dano material
em face de Humberto, alegando que dirigia o seu veículo pela avenida
das Américas, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando o réu bateu
violentamente na traseira de seu carro, que estava parado em um sinal de
trânsito. O autor da ação deverá adotar o rito:
a) sumário.
b) ordinário.
c) especial.
d) que escolher.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
2) O rito sumário não será observado nas causas:
a) de valor superior a 60 salários mínimos.
b) em que é feita a cobrança de cotas condominiais pelo condomínio.
c) de arrendamento rural.
d) de ressarcimento de danos em prédio urbano.
33
AULA 12
Formação do processo
Sujeitos do processo. Partes. Juiz. Sucessão processual. Substituição
processual. Tratamento especial ao idoso.
CASO 1
Bernardo, acionista da Companhia Brasileira de Livros, promove ação de
responsabilidade em face do seu diretor-presidente, alegando que o réu,
na administração da empresa, causou enormes prejuízos à sociedade.
Informa que a companhia deixou de promover a ação, passados três
meses da deliberação da assembléia geral de acionistas, como previsto
no art. 159, § 3º, da Lei 6.404/1976.
Indaga-se:
a) Bernardo pode figurar como autor da ação? Com que qualidade?
b) Existe alguma distinção entre parte na demanda e parte no processo?
c) De quantas formas se pode adquirir a qualidade de parte? Quais
são elas?
d) No caso, Bernardo é parte em sentido formal (processual) ou é em
sentido material? Por quê?
CASO 2
Paulo promoveu ação em face de Mário. No curso do processo a morte
de Paulo é noticiada por petição e comprovada com a juntada da certidão
de óbito. O inventariante postula o ingresso do espólio de Paulo como
autor da ação.
Indaga-se:
a) O ingresso do espólio deve ser admitido? A que título?
b) Se houvesse alienação da coisa no curso do processo, dar-se-ia
necessariamente a substituição da parte? Por quê?
c) Se o réu (Mário) fosse menor absolutamente incapaz, como seria
suprida a incapacidade de estar em juízo?
34
Questões objetivas
1) Caio promoveu ação em face de Sandra, postulando a sua condenação
no valor de R$ 5.000,00 a título de dano moral. O autor da ação poderá
adotar o rito
a) sumário.
b) ordinário.
c) especial.
d) sumário do CPC ou o sumaríssimo dos Juizados especiais esta-
duais de causas cíveis.
2) O rito ordinário tem a seguinte característica:
a) Não admite oralidade.
b) É o único disciplinado de forma completa pelo CPC.
c) Não admite a argüição de incompetência relativa do juízo.
d) Pode ser substituído pelo rito sumário.
3) De conformidade com o vigente CPC, é correto afirmar:
a) A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por
ato entre vivos, altera a legitimidade das partes, e o adquirente ou
o cessionário poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante
ou o cedente, ainda que não consinta a parte contrária.
b) A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por
ato entre vivos, altera a legitimidade das partes, porque a senten-
ça estende seus efeitos ao adquirente ou ao cessionário.
c) A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por
ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes, e o adquirente
ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o
alienante ou cedente, sem que consinta a parte contrária.
d) A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato
entre vivos, altera a legitimidade das partes, e o adquirente ou o
cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindoo alienante
ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária, porque o prin-
cípio é o mesmo da substituição pelo espólio no caso de morte.
35
AULA 13
Procedimentos e sua estrutura
Procedimentos ordinários, sumários e especiais. A conversão dos proce-
dimentos especiais para o ordinário. Procedimento da Lei 9.099/1995.
Princípios norteadores dos Juizados especiais de causas cíveis.
CASO 1
Caio promoveu ação em face de Tício postulando a condenação do réu a
pagar a importância de R$ 5 mil, valor inferior a 20 salários mínimos.
Indaga-se: Qual o rito a ser adotado pelo autor para esta ação de cobrança?
Por quê? É necessária a contratação de advogado como representante
judicial da parte autora? Por quê?
CASO 2
Caio promoveu ação de reintegração de posse em face de Marcelo. O juiz
determinou a audiência de justificação prévia da posse. Na audiência, após
ouvir as testemunhas arroladas pelo autor, deferiu o mandado de reinte-
gração, correndo o prazo para contestar como previsto no art. 928 do CPC.
Indaga-se: Tendo o réu oferecido contestação, o rito desta ação continua
sendo o especial? Se o réu não contestar o pedido do autor, a revelia
altera a solução da questão?
CASO 3
O Condomínio Barra Sol promoveu ação de cobrança de cotas condominiais
em face do proprietário da unidade 101, Alberto Costa. Citado, o réu ale-
gou, em preliminar em sua contestação, a inadequação de rito, uma vez que
o autor adotou o ordinário, afrontando norma de ordem pública e cogente
do CPC.
Indaga-se:
a) A defesa do réu de inadequação de rito deve ser acolhida pelo juiz?
b) A escolha do rito fica a critério do autor?
c) Quais as características do rito a ser adotado?
36
CASO 4
Mévio promove ação de depósito em face de Companhia Depositária de
Bens São Luiz. Alega ter celebrado contrato de depósito com a ré de
coisas móveis infungíveis.
Indaga-se:
a) Qual o rito a ser imprimido nesta ação? Fundamente a resposta.
b) Quais as razões que o legislador levou em conta para estabelecer
os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa, disciplina-
dos a partir do art. 890 do CPC?
c) Na jurisdição voluntária tem lide, sentença e coisa julgada? Por quê?
d) O procedimento ordinário é o padrão? Por quê?
Questões objetivas
1) O procedimento especial pode ser transmudado em ordinário, dando-
se ou não a contestação do pedido pelo réu?
a) Sempre, em todos os procedimentos previstos a partir do art. 896
do CPC.
b) Somente quando há previsão legal, como na ação de reintegração
de posse.
c) Nunca, devendo se manter no mesmo rito até a sentença.
d) Nenhuma das situações acima.
2) Assinale a alternativa CORRETA:
a) O autor não pode livremente optar por um determinado rito.
b) O autor pode livremente adotar o rito que desejar imprimir à ação
proposta.
c) O rito sumário não é obrigatório.
d) O rito ordinário é adotado nas ações até o valor de 40 salários
mínimos.

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