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6Agravo em Execução

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qEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE MARÍLIA.
Autos nº. ................
EUSTÁQUIO DA SILVA, devidamente qualificado nos autos da execução em epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento nos artigos 66, III, “c” e 197 da Lei nº. 7.210/84.
Caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, requer seja o presente remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Termos em que, requerendo seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões.
Pede Deferimento.
Local...., Data...
Advogado.....
OAB nº.....
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
Processo: nº...... da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Marília/SP.
Agravante: Eustáquio da Silva.
Agravada: Justiça Pública.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores,
Douta Procuradoria de Justiça.
Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz de 1ª instância, impõe-se a reforma da respeitável decisão prolatada contra o agravante, pelas razões a seguir expostas:
DOS FATOS
O agravante, fora condenado a 5 anos de reclusão, em regime fechado, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. Desde então, vem ele cumprindo pena na Penitenciária Nélson Hungria, localizada nesta cidade e comarca.
Ocorre que faltando 8 meses para concretizar o prazo legal estabelecido para a obtenção de liberdade condicional, o agravante tomou conhecimento de que poderia “descontar”, da pena restante, 180 dias trabalhados na faxina interna daquela Instituição, devidamente comprovados pela respectiva certidão, o que foi pleiteado ao Juízo da Execução Criminal de Marília.
No entanto, seu pleito foi-lhe negado sob o fundamento de que a remição seria impossível em face de o condenado ter sido punido por falta grave. Observe-se, porém, que tal sanção disciplinar que lhe fora imposta sem que se ouvisse o agravante a respeito da indisciplina a ele imputada.
Logo, vem recorrer da errônea decisão do ilustríssimo magistrado.
DO DIREITO
Excelências, o recurso deve ser provido.
Primeiramente, o agravante possui direito ao abatimento no cumprimento de sua pena, tendo em vista que trabalhou na Penitenciária durante o período de 180 dias e, portanto, deve ter uma redução de 60 dias em sua pena, consoante o disposto no artigo 126, em seu parágrafo § 1º, inciso II:
“Art. 126: O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo da execução. § 1º: A contagem de tempo referida no caput será feita a razão de: II 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.”
Dessa forma, o agravante faz jus à tal redução pelo fato de ter cumprido exatamente o que estabelece referido dispositivo legal.
Todavia, quando pleiteou a liberdade condicional, esta lhe fora negada tendo em vista que tal remição seria impossível em face de o agravante ter sido punido com falta grave.
Ocorre que, referida falta grave fora imposta sem que o agravante fosse ouvido a respeito da indisciplina a ele imputada, e, por conseguinte, houve infração tanto da Constituição como da Lei Execução Penal. Estabelecem as referidas normas:
“Art. 5º, LV da Constituição Federal: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”
“Art. 59 da Lei nº. 7.210/84: Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.”
Assim, o agravante teve seu direito de defesa completamente cerceado, tanto constitucionalmente quanto na lei infraconstitucional, devendo então, tal indeferimento da remição ser considerado ato nulo, tendo em vista que a todos é assegurado o direito de resposta.
Dessa forma, o agravante além de fazer jus aos 60 dias de remição que lhe foram negados, em conseqüência também é merecedor da liberdade condicional, tendo em vista que o direito de defesa que lhe fora negado erroneamente, possui o condão de assegurar a ele o preenchimento dos requisitos necessários para a concessão de tal medida.
Contudo, caso não seja esse o entendimento de Vossas Excelências, pleiteia-se que o agravante, em face da referida falta grave, não merece perder todo o período de trabalho a que faria jus, e sim apenas 1/3 (um terço), consoante o novo entendimento do artigo 127 da Lei nº. 7.210/84:
“Art. 127: Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.”
Logo, como pedido subsidiário, caso Vossas Excelências entendam que fora correto o procedimento realizado na apuração da falta grave, requer que o agravante não perca todo o período de trabalho, e sim apenas 1/3 (um terço) do tempo remido.	
DO PEDIDO
À luz de todo o exposto, postula-se que este Tribunal, competente para o segundo julgamento, reforme a sentença de primeira instância, conhecendo e provendo o presente recurso, para conceder a remição ao agravante e consequentemente a liberdade condicional.
Mas também, requer subsidiariamente que seja revogado apenas 1/3 (um terço) do tempo remido, como medida da mais lídima JUSTIÇA!
Termos em que, 
Pede Deferimento.
Local........, Data...........
Advogado............
OAB nº.............

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