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1Conceito,Requisitos D. Administrativo

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Conceito de Direito Administrativo
É um ramo do direito público, constituído pelo conjunto de normas que regem a estrutura, os bens e a atividade administrativa, para a realização concreta e imediata dos fins do Estado. 
O direito é um só, para fins didáticos foi ele divido. É público, porque atende o público e o Estado. O Direito é um “super poder”, o Estado tem que ter essa supremacia de Poder. No Direito Constitucional, a lei é votada (vontade do governo) se dá no campo da abstração. Para concretizar a vontade da lei, fazer a vontade do governo materializar a lei é necessário o Direito Administrativo. O Direito Administrativo estrutura toda a administração pública, regula os bens móveis e imóveis, concreta e imediatamente sai do campo da abstração e entra no plano concreto. Imediato em razão que o Direito Administrativo é uma atividade típica do Poder Executivo. Os fins do Estado é a vontade dos governantes. O governo já tem a lei, somente se socorre do Direito Administrativo. Fins do Estado é a vontade do governante. 
Relações com outros ramos do Direito – O direito é um só, somente para fins didáticos se divide o Direito em ramos. 
Direito Constitucional – o Direito Administrativo guarda íntima relação com o Direito Constitucional, porque é este quem estabelece a estrutura do Estado e suas finalidades, cuja organização e a materialização compete ao Direito Administrativo. Ex.: divisão do Pará em dois Estados. Se houvesse lei aprovando a divisão, seria necessário organizar os dois Estados, por meio do Direito Administrativo, inclusive dizendo qual é a sua finalidade. 
Direito Penal – No Código Penal brasileiro, há um capítulo contendo inúmeras condutas consideradas crimes contra a Administração Pública, praticados por agentes públicos ou por particulares. 
Direito Civil – o Direito Administrativo empresta do Direito Civil conceitos e institutos para serem utilizados em seus próprios atos e contratos administrativos. Ex.: muitas cláusulas contratuais do Direito Administrativo pertencem ao Direito Civil.
Direito Tributário – quem materialmente arrecada as taxas tributárias é o Direito Administrativo. Ex.: forma de pagamento do IPVA. 
Direito Eleitoral – o Direito Eleitoral estabelece as eleições, quem dá efetividade ao Direito Eleitoral é o Direito Administrativo que executa a vontade da lei eleitoral.
Finalidade – Estado – Art. 3º CF
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; V - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
O Direito Administrativo busca fornecer os mecanismos hábeis ao funcionamento da máquina administrativa, de sorte que esta não seja apenas um aparato a serviço dos governantes, mas sim uma estrutura integrada por bens, operadas por pessoas capazes de garantir a concretização da cidadania, bem como dos valores fundamentais da sociedade. 
Para fazer valer os fins fundamentais, o Estado se utiliza do Direito Administrativo. A finalidade do Direito Administrativo se confunde, ou se iguala a finalidade do Estado, ou seja, cumprir o preceito constitucional contido no art. da 3º CF. Para o Estado é necessário realizar uma serie de ações materiais para atingir seus fins. O Direito Administrativo persegue somente o interesse público. O Direito Administrativo jamais pode perseguir interesse privado. 
Fontes – “da onde nasce”. No Direito Administrativo somente é possível fazer aquilo que a lei permite.
Primárias – lei (princípio da legalidade)
Secundárias – doutrina, jurisprudência e costumes. Há muitas jurisprudências no ramo administrativo. A súmula vinculante divide os conceitos. 
A) Requisitos (pressupostos) jurídicos do Direito Administrativo 
O Direito Administrativo, mas quem vai dar força a ele? 
Princípio da Supremacia do interesse público sobre o particular
 Hoje, a partir da constituição de 88, passou a ser valorizado muito os Direitos e Garantias sociais. A indenização tem que ser justa. Esse princípio é importantíssimo, do contrário, o Estado não conseguiria impor sua vontade. O Estado tem privilégio para impor sua supremacia. Marçal Justen está relativizando esse princípio. É o princípio que dá sustentação ao Direito Administrativo. 
Os princípios da supremacia e da indisponibilidade do interesse público são os pilares do Direito Administrativo. 
Princípio da Indisponibilidade do interesse público
O Estado não tem interesse próprio, porque apenas detêm a gerência dos recursos de toda a sociedade, para satisfazer suas necessidades. O administrador ou o gestor público não é o dono da coisa pública, apenas o seu gestor ou gerente, devendo perseguir apenas o interesse público. Gerência # Dono.
O administrador público não pode abrir mão do interesse público. Quando o gestor recebe uma parcela do poder do Estado, ele não pode abrir mão, porque não é o dono, mas sim a sociedade. Quem se investe em qualquer cargo, emprego ou serviço público tem que servir ao público. 
O interesse público pode ser dividido em primário e secundário: 
Primário – O primário refere-se a todos os direitos que o cidadão, enquanto membro da sociedade necessita para viver com dignidade, competindo ao Estado à concretização desses valores. Ex.: defesa do meio ambiente, boa saúde, direito ao governo honesto, direito à segurança. Atinge toda a população. Enquanto cidadão é interesse público primário.
Secundário – é o que diz respeito ao Estado enquanto sujeito de direitos e obrigação. Exs. adquirir bens e serviços, procedimentos licitatórios que antecedem os contratos administrativos. É quando o Estado está num dos polos do interesse contratual.
Respeito aos Direitos Fundamentais
Mesmo o Estado estando numa posição privilegiada com relação ao particular, ele não está autorizado a violar direitos de terceiros, devendo atuar conforme o direito, indenizando eventuais prejuízos que venha a causar. Ex. no caso da desapropriação, se houver necessidade de indenização, que esta seja justa. 
Os Direitos e Garantias fundamentais têm que ser respeitos também pelos representantes do Estado. 
B) Sistemas administrativos (mecanismos de controle para correção atos)
Também são denominados mecanismos de controle. Controle na administração pública é sinônimo de supervisão, revisão, regulação, etc. Compreendem os regimes adotados pelo Estado para corrigir os atos administrativos ilegais, praticados pelo Poder Público, em qualquer de suas esferas de governo. Ato administrativo é a ferramenta de trabalho do administrador público. 
A doutrina menciona dois mecanismos de controle:
Francês ou do Contencioso Administrativo – proíbe o Poder Judiciário de conhecer e julgar os atos da administração, que dever ser feito pelos próprios órgãos administrativos. Não permite que o Poder Judiciário avalie se o ato está correto ou não. Ele tem um Tribunal administrativo que faz essa verificação.
Inglês, também conhecido como sistema Judiciário ou sistema da Jurisdição única: Estabelece que todos os litígios sejam solucionados pela justiça comum, conforme artigo 5º XXXV da CF.”A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Este é o sistema adotado pelo Brasil. Nada impede que os seguimentos da Administração Pública tenham seus colegiados, para verificar o erro do administrador. O Judiciário não analisa o mérito, mas apenas o aspecto da legalidade. Até para não haver interferência entre os poderes. 
 O Poder Judiciário, se provocado, pode verificar a validade ou não do ato administrativo.
 O Estado adotou os sistemas de controle para monitorar os atos praticados pelo agente administrativo. Os sistemas administrativos vêm para corrigir os erros. O princípio da autotutela regula os atos praticados pelo administradorpublico. Ele próprio vendo o erro, pelo princípio da autotutela, pode corrigi-lo. 
C) Codificação do Direito Administrativo 
3 correntes
 Os doutrinadores pátrios ainda não chegaram a uma conclusão sobre a codificação do Direito Administrativo, o que, ainda, demanda muita discussão doutrinária e coloca os doutrinadores em três posições:
São os que negam as suas vantagens alegando que a codificação vai estagnar ou paralisar o Direito Administrativo. Há aqueles que defendem que não pode haver nenhuma codificação, caso contrário ele se estagnará.
Os autores defendem apenas uma codificação parcial, a exemplo do que já ocorre com o Código de Água, Pesca e Caça. Esta corrente defende que o Direito Administrativo já está parcialmente codificado, sendo dispensável outras codificações. 
Esta corrente luta e defende a codificação total do Direito Administrado, sob o argumento de que as leis esparsas dificultam a obtenção de conhecimento. Por fim, a última corrente luta e defende a codificação total do Direito Administrativo. Ex.: Código Administrativo Português. 
No Direito Administrativo, há normas da União que podem legislar sobre assuntos do Município e do Estado. O Estado pode legislar sobre assuntos do Município. 
D) Interpretação do Direito Administrativo (Buscar o sentido)
Através da interpretação, pretende-se buscar o sentido de suas normas, podendo utilizar-se da analogia com as regras do Direito Privado e princípios gerais de direito, sempre contando com a existência de três pressupostos:
Desigualdade jurídica entre administração e administrados. Existe uma supremacia do Estado em relação ao privado, do contrário, o Estado não conseguiria impor suas regras aos administrados. 
Presunção (relativa) de legitimidade de seus atos. Quem está a frente da administração tem que trabalhar sobre a regra do princípio da legalidade. Em razão de o administrador público trabalhar sob a égide do princípio da legalidade, presume-se que todos os seus atos são legítimos, porém, é possível contestar o ato público. Há uma corrente minoritária, que diz que a presunção da legitimidade dos atos da administração é absoluta. 
Necessidade de poderes discricionários. O administrador público não é um mero aplicador da lei para satisfazer os interesses da administração, porque se utiliza da discricionariedade (conveniência e oportunidade) para a prática rotineira de suas atividades, perseguindo o bem comum e respeitando os limites, para não cometer ato arbitrário (extrapolando a lei ou contrário a lei). É necessário o poder discricionário, que é sinônimo de conveniência e oportunidade. (Cai em prova). O administrado público pode avaliar se é conveniente ou não praticar o ato. Ex.: O diretor de escola recebe uma verba para comprar merenda, giz, etc. A diretora pode avaliar a conveniência e oportunidade de comprar alimentos. Não pode extrapolar os limites da lei. Pelo poder vinculado, o administrador está vinculado à lei.

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