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Psicologia comunitaria

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Universidade Estácio de Sá
Psicologia
Psicologia Comunitária
Rio de Janeiro
Novembro / 2017
Universidade Estácio de Sá – UNESA
Psicologia
Psicologia Comunitária
Trabalho apresentado à professora Renata Vetere
na disciplina Psicologia Comunitária,
ministrado no curso de Psicologia do 7° período. 
Acadêmico Willian da Silva Santos
Matrícula: 201408017288
Rio de Janeiro
Novembro / 2017
Índice
	Identificação Institucional
	1
	Entrevista com o Profissional
	5
	Fundamentação Teórica
	7
	Considerações Finais
	8
1
Identificação Institucional
Casa Lar Viva Rio
Rua: Maria Peixoto 04 – Outeiro – Belford Roxo – RJ 
Cep: 26183 – 615
CNPJ : 02.457.599/0001-12
A Casa Lar Viva Rio, CALVIRIO, é uma organização da sociedade civil, sem fins econômicos, que acolhe crianças e adolescentes, do sexo masculino, com idade entre 06 e 14 anos, em situação de risco ou vulnerabilidade social.
Iniciou suas atividades em 20 de dezembro de 1997, porém, só foi registrada em 16 de março de 1998, pelo Pr. Reinaldo Alves da Costa, no Cartório de Registro Civil das pessoas jurídicas de Nova Iguaçu, RJ sob o nº 8.739, Livro B­15, CNPJ02.457.599/000112. 
Está situada na Rua Maria Peixoto, nº 4, Lote XV, Belford Roxo, RJ, e oferece um acompanhamento personalizado, estimulando o bem estar e promovendo a reeducação social, a profissionalização e a saúde, buscando um futuro com mais dignidade e respeito, direitos fundamentais, especificados no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Para a realização e manutenção de suas atividades, a instituição conta com o convênio firmado com a prefeitura de Belford Roxo, e com o CPMA, além de colaboradores como a Igreja Evangélica Palavra Viva, MM Musical, com o grupo de funcionários das empresas: Santander, Losango, Insperio e Carrefour. A instituição também realiza festas e eventos para a captação de recursos.
As crianças e adolescentes acolhidos na Casa Lar Viva Rio, durante o período de acolhimento, são matriculadas na Escola Municipal Profa Maria das Dores Fujii da Silva, ou na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima.
Além do atendimento oferecido às crianças e aos adolescentes, a Casa Lar Viva Rio desenvolve os seguintes projetos:
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· Projeto Mãos na Massa:
Um curso que ensina a produção de salgados, de forma a profissionalizar e preparar os jovens para a vida em sociedade, mostrando que ele pode ser o agente de mudança de sua própria realidade. 
Esse projeto foi criado, inicialmente para atender aos adolescentes acolhidos na instituição, visando ajuda-los mudarem a imagem negativa que muitos têm de si mesmo, 
elevando sua autoestima. Buscou diminuir da ociosidade dos adolescentes, fazendo-os protagonistas de seu próprio futuro. Posteriormente, esse projeto foi estendido para a comunidade, a fim de atender a um número maior de sujeitos que desejavam uma capacitação profissional. 
· Oficina de Artes:
Projeto que tem como objetivo desenvolver a aptidão, despertar o interesse pela arte. Trabalha o domínio, a disciplina e a iniciativa dos acolhidos e da comunidade. 
· Oficina de Música:
Visa desenvolver a aptidão pela música e, através da participação em eventos, os alunos apresentam o que aprendem, desenvolvendo sua autonomia.
· Curso de Auto Maquiagem:
É um projeto que visa a qualificação profissional, proporcionando aos alunos, a capacidade de buscarem seu auto-sustento.
· Curso de Cabeleireiro:
É um projeto de qualificação profissional que visa capacitar os alunos a desenvolverem sua autonomia.
· Saber Comunitário:
É um projeto desenvolvido em parceria com SESC de São João de Meriti. Já foram 
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realizados os cursos de Cuidador de Idosos, Cuidador de Crianças, Mediação de Conflitos e Elaboração de Projetos.
A equipe técnica e formada por uma psicóloga, e uma assistente social. Suas atribuições estão definidas no Regimento Interno da instituição, e são:
· Psicóloga
- Participar da elaboração do planejamento anual;
- prestar atendimento psicológico aos acolhidos, ampliando a integração social;
- avaliar os acolhidos e emitir relatório de avaliação, quando solicitado;
- realizar trabalhos de grupo com a família do acolhido, visando à reintegração
familiar;
- assessorar os profissionais da Casa Lar Viva Rio no desenvolvimento das ações socioeducativas;
- preparar os acolhidos para o desligamento da instituição;
- participar de reuniões da equipe, para o aperfeiçoamento e a integração entre os profissionais;
- apresentar, à Coordenação, relatório das atividades desenvolvidas;
- participar de cursos, palestras, reuniões e outras atividades, quando solicitado;
- efetivar o acompanhamento situacional, preservando a qualidade das interrelações durante o acolhimento e a avaliação do processo que culminou nesta medida protetiva, e, quando indicado, sua reintegração familiar;
- realizar encaminhamentos específicos, após avaliação psicológica; e
- desempenhar outras atividades compatíveis com a função e determinadas pela Direção da Casa Lar Viva Rio.
· Assistente Social
- Elaborar Plano de Ação Individualizado (PAI) envolvendo: estudo de caso, avaliação, relatórios sociais e ações para o desligamento da criança ou do adolescente;
- visitar as famílias, detectar problemas, orientar, encaminhar e acompanhar os casos;
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- prestar atendimento à criança ou adolescente e também, às famílias, orientando-as na busca de seus direitos e cumprimento dos deveres como cidadãos;
- manter contatos periódicos com órgãos públicos relacionados ao atendimento do acolhido, visando a articulação necessária para o desenvolvimento de suas
ações;
- organizar atividades e cronograma de ações sociais e de reintegração de adolescentes (cursos de profissionalização e busca da inserção no mercado de trabalho), e regularização da situação documental para o exercício da cidadania, atividades, lazer e outros;
- realizar reuniões, palestras e encontros com as crianças, adolescentes e suas
famílias;
- apoiar os profissionais da Casa Lar Viva Rio nas ações socioeducativas;
- orientar as crianças e as adolescentes para o desligamento da Casa Lar Viva Rio, o qual deve acontecer com antecedência, preparando-a juntamente com sua família e demais formas de encaminhamentos;
- participar de cursos, palestras, reuniões e outras atividades, quando solicitado; e 
- desempenhar outras atividades compatíveis com a função e determinadas pela Direção da Casa Lar Viva Rio.
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Entrevista com o Profissional
Nome: Vitoria Maria Nogueira de Araújo.
Graduação:
Graduada em psicologia clínica e licenciatura plena
Especialização em Psicologia Clínica e Psicologia Aplicada à comunidade
Curso de formação em bioenergética e programação neurolinguística (Ciapsi).
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Sociedade Educacional Fluminense - Faculdade de Ciências Médicas e Para médicas Fluminense (SEFLU)
Conclusão do curso de Psicólogo em 14 de dezembro de 1990.
Concluiu estágio na Creche Comunitária Lírio do Vale, no setor de crianças de 1 a 6 anos totalizando 322 horas na área de Psicologia Aplicada a Comunidade.
Concluiu estágio no SPA em psicologia Clínica totalizando 750 horas. (Crianças, Adolescentes e Adultos).
Atuo na área de Politicas Publicas da Assistência Social há 10 anos. Atuei no Serviço de Proteção Básica Cras e Creas – Serviço de Proteção Especializado, do Município de Queimados, Creas do Município de B.Roxo, Serviço de acolhimento para adolescente até 18 anos, unidade Mista, no Município de Campo grande e atualmente no serviço de Acolhimento para crianças e adolescente em B.Roxo Casa Lar Viva Rio.
Meus dias na Instituição: Terça e Quarta.
O trabalho desenvolvido esta inserido No serviço de Proteção Especial o de Alta Complexidade: Serviço de Acolhimento Institucional. Atendemos Crianças e adolescente com vínculos
familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir Proteção Integral aos mesmos.
A organização do serviço deverá garantir, privacidade, respeito aos costumes, às tradições, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. O atendimento prestado é 
personalizado e em pequenos grupos, favorecendo o Convívio Familiar e Comunitário.
A Instituição esta inserida na comunidade com Características residenciais, ambiente acolhedor e estrutura física adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas do ambiente 
Familiar, a Casa Lar Viva Rio, oferece condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.
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A Porta de entrada para o Serviço de Acolhimento se dá através dos Órgãos de Garantias de 
Direito, como Conselho tutelar, Vara da Infância, Comissariado e Ministério Público e junto com a rede dos serviços Socioassistenciais. 
O trabalho é desenvolvido com a chegada da criança ou adolescente, sendo acolhido pelos educadores Sociais, com a apresentação da Instituição e dos outros internos. 
No primeiro contato com a equipe técnica Assistente Social e Psicóloga é feito uma apresentação, clarificamos o que é o acolhimento, seus direitos e deveres dentro da Instituição. O atendimento é realizado Individual e em grupo, enquanto o acolhimento for necessário, trabalhamos no sentido de possibilitar estas crianças e adolescentes um ambiente acolhedor, cuidados que possam facilitar seu desenvolvimento de modo Integral, a superação de vivencias de superação da separação e violência ( Trabalhando o respeito, o carinho, a confiança). A apropriação e ressignificação de sua história de vida ( trabalhar a baixa autoestima, sentimento de incapacidade, medo, tristeza, agressividade, irritabilidade e hostilidade), fortalecimento da Cidadania ( documentos, escola, cultura, família e Autonomia) encaminhamentos para cursos, como Jovem Aprendiz, projeto Mãos na massa, Informática, corte de cabelo.
É através do estudo diagnostico que tem por objetivo subsidiar a decisão acerca do afastamento da criança ou do adolescente do lar, sendo estas medidas aplicadas somente pelos SDGD.
Pela Psicologia comunitária trabalhar com sujeitos sociais em condições ambientais especificas priorizando suas relações com os grupos ( Familiares, Instituições Sociais, Igrejas, escolas etc) o trabalho da Psicologia dentro da Instituição faz parte desta área a partir da faixa etária, das violações de direitos, das vulnerabilidades sociais, do contexto regional, quando atendemos essa população cuja a família são residentes dentro do Município de B.Roxo.
Percebemos uma mudança quando conseguimos fazer uma reintegração e a família consegue enxergar que a criança e o adolescente está diferente, adquiriu outros valores está respeitando, mais carinhoso, mais cooperativo, mas que esta família também mudou.
A maior dificuldade do trabalho é quando não conseguimos a reaproximação da Familia, o sentimento de abandono vivenciados pelos acolhidos.
A questão da baixa escolaridade com as aprovações automáticas, nos dificulta em estar encaminhando o adolescente para o jovem aprendiz.
Minha Inserção na Instituição foi fácil porque o trabalho contempla o profissional de Psicologia. Mas percebo que a Instituição confunde o que é Psicossocial da Psicologia clínica.
Percebo que a Instituição que foi fundada com o apoio de uma Igreja evangélica com o objetivo de resgatar crianças e adolescentes em situação de Risco social, promovendo uma reeducação social 
e principalmente a reintegração Familiar, vem se estruturando dentro do que tange a Orientação Técnica para o serviço de acolhimento. Mas toda mudança de pensamento e prática, precisa de um tempo, para fazer acontecer.
Vitoria M N de Araujo - CRP.05 – 16566 RJ
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Fundamentação Teórica 
Realmente é muito visível a dificuldade de um Psicólogo que atua na área social, que atua na sociedade, pois os leigos acham que o Psicólogo deve realizar serviços clínicos onde quer que vá, não considerando a abordagem teórica em que ele se especializou, como a Psicóloga entrevistada mesmo relatou que cobram dela serviços clínicos sendo que ela está na instituição para ajudar na restituição da criança ou adolescente na sociedade ou mesmo tentar a reaproximação com a família do mesmo. Pelo o que foi conversado durante a entrevista a Psicóloga reconhece seu papel comunitário até mesmo por já está há 10 anos nesta área trabalhando em instituições do governo. 
O trabalho da Ong em si criando oficinas e matriculando crianças em escolas públicas da região, favorece a criança/ adolescente, retirando eles das ruas evitam a marginalização dos mesmos e evitam a exclusão social, criando neles através destes trabalhos comunitários a sensação de empoderamento, de que eles podem á partir disto mudarem suas próprias vidas. 
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Considerações Finais
Foi interessante e muito rico ao meu aprendizado esta visita à Ong Viva Rio. Conheci quando tudo estava começando e voltar lá exatamente 20 anos depois e ver como tudo mudou para melhor foi gratificante, principalmente pelo fato de agora ser acadêmico em Psicologia e ter um outro olhar, um olhar voltado às práticas comunitárias de um psicólogo. Fui muito bem recebido pelo presidente da Ong, o sr. Alessandro Ermenegildo, pela Psicóloga sra. Vitória que me foram solícitos a tudo o que eu precisava saber. 
O mais interessante foi ver tudo o que aprendi em Psicologia Comunitária sendo posto em prática, ouvindo ali da própria Psicóloga e até mesmo do Assistente Social todas as dificuldades que eles enfrentam para manter a instituição, dificuldades estas que não os impedem de estarem cada vez mais buscando uma qualidade de vida melhor para os internos do abrigo.

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