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Aula+04 CONTABILIDADE GERAL

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Curso Online – Contabilidade Geral, Contabilidade Tributária e Análise 
das Demonstrações Contábeis em Exercícios 
Contador Junior - Petrobras 
Prof. Moraes Junior 
Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 4 – Questões Comentadas e Resolvidas 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (Método Direto e Indireto). 
Demonstração do Valor Adicionado. 
1.(Analista de Gestão Corporativa-Contabilidade-Empresa de Pesquisa 
Energética-2010-Cesgranrio) A elaboração e a divulgação da Demonstração 
de Fluxo de Caixa são obrigatórias para todas as companhias de capital aberto 
e dispensáveis para a maioria das companhias de capital fechado, sendo 
obrigatórias nesse último caso somente para aquelas companhias que 
possuam, na data do balanço, em reais, patrimônio líquido 
(A) igual ou inferior a 1.000.000,00. 
(B) igual a 1.800.000,00. 
(C) superior a 2.000.000,00. 
(D) igual ou superior a 900.000,00. 
(E) superior a 1.000.000,00 e inferior a 2.000.000,00. 
Resolução 
A partir de 01/01/2008, com as alterações da Lei das SA pela Lei no
11.638/07, a DFC passou a ser obrigatória para as sociedades por ações 
(abertas ou fechadas). 
Por outro lado, a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será 
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de 
caixa. 
Além disso, para as sociedades de grande porte, isto é, empresas com ativo 
total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 
milhões, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, são 
obrigadas à elaboração de demonstrações financeiras, que deverão sofrer 
auditoria independente. 
Resumindo, teríamos as seguintes companhias obrigadas à elaboração da DFC: 
- Sociedades por ações abertas; 
- Sociedades por ações fechadas, com patrimônio líquido superior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais) na data do balanço; e 
- Sociedades de grande porte. 
Agora, você pode estar se perguntando. Tudo bem professor, entendi tudo, 
mas o que são mesmo companhias abertas e companhias fechadas? Boa 
pergunta. 
Vamos aos conceitos: a companhia é aberta ou fechada conforme os valores 
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado 
de valores mobiliários. 
 
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Contador Junior - Petrobras 
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Vamos aproveitar e estudar outros conceitos importantes sobre DFC: 
A DFC controlará a variação do disponível da empresa em determinado 
período. Beleza até aqui? 
Mas para que serve essa tal de DFC? A DFC permite que os usuários das 
demonstrações contábeis avaliem a capacidade de a empresa gerar caixa e 
equivalentes de caixa, bem como a necessidade de liquidez. 
Epa, epa, epa, professor. Que história é essa de equivalentes de caixa. Bom já 
que vamos falar de equivalentes de caixa, vamos estudar também outros 
conceitos importantes: 
Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. 
Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta 
liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de 
caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a 
compromissos de caixa de curto prazo e, não, para investimento ou outros 
fins. 
Para ser considerada equivalente de caixa, uma aplicação financeira deve ter 
conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estar sujeita 
a um insignificante risco de mudança de valor. 
Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como 
equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por 
exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. 
Os investimentos em ações de outras entidades devem ser excluídos dos 
equivalentes de caixa a menos que eles sejam, em essência, um equivalente 
de caixa, como, por exemplo, nos casos de ações preferenciais resgatáveis que 
tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto 
prazo. 
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita 
da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de 
financiamento. 
Exemplos: Venda de mercadorias à vista, prestação de serviços à vista e 
pagamento a fornecedores. 
 
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Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de 
ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes 
de caixa. 
Exemplos: Compra de veículo para utilizar na entrega de mercadorias e venda 
de bens do ativo não circulante imobilizado. 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no 
tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, 
não classificadas como atividade operacional. 
Exemplos: Integralização do capital social em dinheiro e pagamento de 
dividendos. 
A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do 
período classificados por atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento. 
Nota: Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados 
em mais de uma atividade. 
Exemplo: o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui 
tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como 
atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como 
atividade de financiamento. 
GABARITO: C 
2.(Analista de Gestão Corporativa-Contabilidade-Empresa de Pesquisa 
Energética-2010-Cesgranrio) A Cia. Energia e Movimento S.A., em 
01/10/2009, possuía patrimônio global, totalmente líquido, constituído de R$ 
15.000,00, em caixa. No mês de outubro de 2009, a empresa adquiriu estoque 
de mercadorias para revenda no valor de R$ 7.500,00, com pagamento 
efetuado em 15/11/2009. Também durante o mês, foram vendidos 40% do 
estoque por R$ 8.200,00. A Companhia incorreu, ainda, em despesas 
operacionais no valor de 100% do Custo das Mercadorias Vendidas - CMV e 
que serão pagos em 05/11/2009. Com base nos dados apresentados, o saldo 
do fluxo de caixa, em reais, em 01/10/2009, corresponde a: 
(A) 3.500,00 
(B) 6.500,00 
(C) 8.200,00 
(D) 15.000,00 
(E) 15.700,00 
 
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Resolução 
Repare que a questão está pedindo o saldo do fluxo de caixa em 01/10/2009, 
ou seja, no início de outubro. Vamos analisar os fatos. 
I - A Cia. Energia e Movimento S.A., em 01/10/2009, possuía patrimônio 
global, totalmente líquido, constituído de R$ 15.000,00, em caixa. 
Caixa (Saldo Inicial) = R$ 15.000,00. Portanto, aqui está a resposta. O 
fluxo de caixa em 01/10/2009 é o saldo da conta “Caixa” nessa data. 
Para fins didáticos, vamos analisar os demais fatos: 
II - No mês de outubro de 2009, a empresa adquiriu estoque de mercadorias 
para revenda no valor de R$ 7.500,00, com pagamento efetuado em 
15/11/2009. 
Em outubro de 2009: 
Mercadorias (Ativo Circulante) 
a Fornecedores (Passivo Circulante) 7.500 
Não houve variação do disponível. 
Em 15/11/2009: 
Fornecedores (Passivo Circulante) 
a Caixa (Ativo Circulante) 7.500 
Houve, em 15/11/2009,variação negativa do fluxo de caixa no valor de R$ 
7.500,00. 
III - Também durante o mês, foram vendidos 40% do estoque por R$ 
8.200,00. A Companhia incorreu, ainda, em despesas operacionais no valor de 
100% do Custo das Mercadorias Vendidas - CMV e que serão pagos em 
05/11/2019. 
Em outubro de 2009: como nada foi dito, vamos considerar que a venda foi à 
vista. 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Receita Bruta de Vendas (Receita) 8.200 
Houve uma variação positiva do fluxo de caixa no valor de R$ 8.200,00. 
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = 40% x Mercadorias ⇒
⇒ CMV = 40% x 7.500 = 3.000 
CMV (Despesa) 
a Mercadorias (Ativo Circulante) 3.000 
Não houve variação do disponível. 
Finalmente, houve despesas operacionais no valor de 100% do CMV. Vamos 
considerar que as despesas foram pagas. 
Despesas Operacionais = 100% x CMV = 100% x 3.000 = 3.000 
Despesas Operacionais (Despesa) 
a Caixa (Ativo Circulante) 3.000 
GABARITO: D 
 
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3.(Ciências Contábeis-IBGE-2010-Cesgranrio) De acordo com as Normas 
Brasileiras de Contabilidade, emanadas pelo CFC, a Demonstração do Fluxo de 
Caixa deve ser elaborada pelos métodos direto ou indireto e deve, pelo menos, 
evidenciar as movimentações em três grandes grupos de fluxo de caixa, que 
são: 
(A) das operações, dos investimentos e dos financiamentos. 
(B) das receitas, das despesas e do patrimônio líquido. 
(C) das variações ativas, das variações passivas e do resultado econômico. 
(D) dos financiamentos, das mutações e das operações de crédito. 
(E) dos ativos, dos passivos e das variações patrimoniais. 
Resolução 
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita 
da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de 
financiamento. 
Exemplos: Venda de mercadorias à vista, prestação de serviços à vista e 
pagamento a fornecedores. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de 
ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes 
de caixa. 
Exemplos: Compra de veículo para utilizar na entrega de mercadorias e venda 
de bens do ativo não circulante imobilizado. 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no 
tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, 
não classificadas como atividade operacional. 
Exemplos: Integralização do capital social em dinheiro e pagamento de 
dividendos. 
Atividades Operacionais 
Os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente 
derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. 
Portanto, eles geralmente resultam das transações e de outros eventos que 
entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. 
Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são: 
- recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de 
serviços; 
- recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e 
outras receitas; 
- pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; 
- pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; 
 
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- recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, 
anuidades e outros benefícios da apólice; 
- pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que 
possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento 
ou de investimento; e 
- recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação 
imediata ou disponíveis para venda futura. 
Resumindo, teríamos: 
Fluxo das Operações (fluxo das atividades operacionais): são os 
decorrentes das atividades operacionais da empresa, ou seja, decorrentes da 
exploração do objeto social da empresa, como os recebimentos de vendas de 
mercadorias ou de prestações de serviços, o pagamento de fornecedores, de 
salários, de impostos decorrentes das vendas e de outras despesas 
operacionais. 
Fluxo das Atividades Operacionais (FAO) 
Entradas ou Fluxos Positivos: 
- Recebimentos de clientes 
- Recebimento de vendas à vista de bens e serviços. 
- Descontos de duplicatas emitidas em venda a prazo (também pode ser 
classificado como atividade de financiamento). 
- Recebimento de dividendos de participação no capital de outras sociedades 
(também pode ser classificado como atividade de investimento). 
- Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode ser 
classificado como atividade de investimento). 
- Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de seguradoras 
referente a sinistro em estoques, etc). 
Saídas ou Fluxos Negativos: 
- Pagamentos a fornecedores 
- Pagamento de salários a funcionários 
- Pagamento de tributos e multas 
- Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser classificado 
como atividade de financiamento). 
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades 
operacionais deve ser fornecida de forma que os usuários tenham elementos 
para avaliar os efeitos líquidos das atividades operacionais e de outros eventos 
que afetam o lucro líquido e os fluxos operacionais de caixa em diferentes 
períodos. 
Pagamentos para a produção ou aquisição de ativos destinados a aluguel para 
terceiros e, em seqüência, serem vendidos, são fluxos de caixa das atividades 
operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das subseqüentes vendas de tais 
ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais. 
 
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Uma entidade pode ter títulos e empréstimos para fins de intermediação que 
sejam semelhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda. 
Portanto, os fluxos de caixa decorrentes da compra e venda desses títulos são 
classificados como atividades operacionais. Da mesma forma, as antecipações 
de caixa e os empréstimos feitos por instituições financeiras são comumente 
classificados como atividades operacionais, uma vez que se referem à principal 
atividade geradora de receita dessas entidades. 
Atividades de Investimento 
A divulgação em separado dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de 
investimento é importante porque tais fluxos de caixa representam a extensão 
em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de 
gerar resultados e fluxos de caixa no futuro. 
Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento são: 
- pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros 
ativos de longo prazo. Esses desembolsos incluem os custos de 
desenvolvimento ativados e ativos imobilizados de construção própria; 
- recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e 
outros ativos de longo prazo; 
- pagamentos para aquisição de ações ou instrumentos de dívida de outras 
entidades e participações societárias em joint ventures, que é uma associação 
de empresas (exceto desembolsos referentes a títulos considerados como 
equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura); 
- recebimentos de caixa provenientes da venda de ações ou instrumentos de 
dívida de outras entidades e participaçõessocietárias em joint ventures 
(exceto recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de 
caixa e os mantidos para negociação); 
- adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto 
adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); 
- recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de 
empréstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de 
uma instituição financeira); 
- pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, 
exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou 
venda futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de 
financiamento; e 
- recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, 
exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou 
venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de 
financiamento. 
 
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Resumindo, teríamos: 
Fluxo dos Investimentos (fluxo das atividades de investimento): estão 
ligados aos desembolsos referentes às aquisições de ativos imobilizados, que 
são utilizados na produção de bens e serviços, de investimentos em outras 
sociedades, bem como os recebimentos na alienação desses ativos. Incluem, 
ainda, os desembolsos relativos à concessão de empréstimos a terceiros e os 
recebimentos na amortização desses empréstimos. 
Fluxo das Atividades de Investimento (FAI) 
Entradas ou Fluxos Positivos: 
- Recebimentos referentes a vendas do ativo imobilizado 
- Recebimentos referentes a vendas de participações societárias permanentes 
ou investimentos temporários 
- Recebimentos referentes ao principal de empréstimos ou financiamentos 
concedidos 
Saídas ou Fluxos Negativos: 
- Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo imobilizado 
- Pagamentos referentes a participações permanentes ou temporárias em 
outras sociedades 
- Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários 
- Desembolso de empréstimos concedidos 
Atividades de Financiamento 
A divulgação separada dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de 
financiamento é importante por ser útil para prever as exigências sobre futuros 
fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. 
Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento são: 
- caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
- pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da 
entidade; 
- caixa recebido proveniente da emissão de debêntures, empréstimos, títulos e 
valores, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; 
- amortização de empréstimos e financiamentos, incluindo debêntures 
emitidas, hipotecas, mútuos e outros empréstimos de curto e longo prazos; e 
- pagamentos de caixa por arrendatário, para redução do passivo relativo a 
arrendamento mercantil financeiro. 
Resumindo, teríamos: 
Fluxo dos Financiamentos (fluxo das atividades de financiamento): são 
referentes aos empréstimos e financiamentos captados pela empresa, incluindo 
o recebimento dos empréstimos e o desembolso feito nas amortizações de tais 
dívidas. Neste grupo, incluem-se, também, os recursos recebidos dos sócios 
(integralizações de capital em dinheiro) e os dividendos pagos aos acionistas. 
 
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Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF) 
Entradas ou Fluxos Positivos: 
- Recebimentos referentes a empréstimos obtidos 
- Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização do capital 
- Recebimento por emissão de debêntures 
- Recebimento de doações e subvenções para investimento 
Saídas ou Fluxos Negativos: 
- Pagamento de dividendos 
- Pagamento de resgate ou reembolso de ações 
- Pagamento de resgate de debêntures 
- Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamentos obtidos 
Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de 
financiamento. Entretanto, em determinadas circunstâncias, saldos bancários a 
descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos, 
como cheques especiais ou contas-correntes garantidas, são liquidados 
automaticamente de forma a integrarem a gestão das disponibilidades da 
entidade. Uma característica de tais contas correntes é que frequentemente os 
saldos flutuam de devedor para credor. Nessas circunstâncias, esses saldos 
bancários a descoberto devem ser incluídos como componente de caixa e 
equivalentes de caixa. A parcela não utilizada do limite dessas linhas de crédito 
não deve compor os equivalentes de caixa. 
Os juros pagos e recebidos e os dividendos e juros sobre o capital próprio 
recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em 
instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação desses 
fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os 
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados 
como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação do 
lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros e 
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados 
como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, 
respectivamente, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou 
retorno sobre investimentos. 
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados 
como fluxo de caixa de financiamento porque são custos da obtenção de 
recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos e os juros sobre o capital 
próprio pagos podem ser classificados como componente dos fluxos de caixa 
das atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários a determinar a 
capacidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o capital próprio 
utilizando os fluxos de caixa operacionais. 
GABARITO: A 
 
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4.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) Considere as 
informações extraídas da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) da 
Companhia Sacopã S.A., com dados em reais. 
• Recursos oriundos das atividades de financiamentos 53.000,00 
• Recursos aplicados nas atividades de investimentos 22.000,00 
• Recursos oriundos das atividades operacionais 27.000,00 
• Saldo de caixa no início do exercício social 10.000,00 
Considerando exclusivamente as informações acima, o saldo de caixa no final 
do exercício social, em reais, será 
(A) 55.000,00 
(B) 58.000,00 
(C) 68.000,00 
(D) 102.000,00 
(E) 109.000,00 
Resolução 
Fluxo de Caixa: 
Saldo de caixa no início do exercício social 10.000,00 
(+) Recursos oriundos das atividades de financiamentos 53.000,00 
(-) Recursos aplicados nas atividades de investimentos (22.000,00) 
(+) Recursos oriundos das atividades operacionais 27.000,00
Saldo de caixa no final do exercício social 68.000,00 
GABARITO: C 
5.(Analista de Gestão Corporativa-Contabilidade-Empresa de Pesquisa 
Energética-2010-Cesgranrio) De acordo com a legislação pertinente, “o 
valor da riqueza gerada pela Companhia, a sua distribuição entre os elementos 
que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem comoa parcela da riqueza 
não distribuída” serão identificados em qual demonstrativo contábil? 
(A) Balanço Patrimonial. 
(B) Demonstração do Resultado do Exercício. 
(C) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
(D) Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos. 
(E) Demonstração do Valor Adicionado. 
Resolução 
A partir de 01/01/2008, com as alterações da Lei das SA pela Lei no
11.638/07, a DVA passou a ser obrigatória para as sociedades por ações 
abertas. 
Além disso, para as sociedades de grande porte, isto é, empresas com ativo 
total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 
 
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milhões, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, são 
obrigadas à elaboração de demonstrações financeiras, que deverão sofrer 
auditoria independente. 
Resumindo, teríamos as seguintes companhias obrigadas à elaboração da DFC: 
- Sociedades por ações abertas; e 
- Sociedades de grande porte. 
A principal função da DVA é identificar e divulgar o valor da riqueza 
gerada por uma entidade e a forma pela qual esta riqueza foi 
distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou 
indiretamente, para a sua geração. 
Ou seja, a DVA é destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as 
informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período 
e a sua distribuição. As informações devem ser extraídas da contabilidade e os 
valores informados devem ter como base o princípio contábil da competência. 
O valor adicionado (ou valor agregado) constitui-se das receitas 
obtidas pela empresa em razão de suas atividades deduzidas dos 
custos dos bens e serviços adquiridos de terceiros para a geração 
dessas receitas. 
O valor adicionado demonstra a contribuição da empresa para a geração de 
riqueza da economia, resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores 
de produção. 
A DVA evidencia os aspectos econômico e social do valor adicionado. Sob a 
ótica econômica, expressa o desempenho da entidade na geração da riqueza e 
a sua eficiência na utilização dos fatores de produção, comparando os valores 
de saída com os valores de entrada. Sob o ponto de vista social, demonstra a 
forma de distribuição da riqueza gerada: a participação dos empregados, do 
governo, dos agentes financiadores e dos acionistas, além da parcela retida 
pela empresa. 
A entidade deve elaborar a DVA e apresentá-la como parte integrante das 
suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada exercício social. A 
elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações 
consolidadas e evidenciar a participação dos sócios não controladores. 
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis 
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período 
e a forma como tais riquezas foram distribuídas. 
 
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A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da 
seguinte forma: 
- pessoal e encargos; 
- impostos, taxas e contribuições; 
- juros e aluguéis; 
- juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos; 
- lucros retidos/prejuízos do exercício. 
GABARITO: E 
6.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio) A Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA) evidencia o(a) 
(A) quanto de riqueza uma empresa adicionou, de que forma essa riqueza foi 
distribuída e o quanto ficou retido na empresa. 
(B) valor adicionado originado das operações, os recursos oriundos das 
atividades de financiamento e o saldo de caixa resultante no final do período. 
(C) montante de riqueza que uma empresa adicionou, o quanto dessa riqueza 
foi distribuída para os agentes e acionistas e os lucros retidos pela empresa 
sem destinação específica. 
(D) receita adicionada pela empresa deduzida das despesas operacionais, 
exceto a financeira, e o total de lucros retidos em forma de reservas. 
(E) riqueza adicionada pela empresa, a distribuição dos dividendos realizada e 
a variação do patrimônio líquido no exercício. 
Resolução 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) evidencia o quanto de 
riqueza uma empresa adicionou, de que forma essa riqueza foi 
distribuída e o quanto ficou retido na empresa. 
GABARITO: A 
7.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras- 2010-Cesgranrio) Como 
é denominada a demonstração financeira que tem como objetivo fornecer o 
resultado líquido do exercício e os elementos que o compuseram? 
(A) Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
(B) Fluxos de Caixa. 
(C) Mutações do Patrimônio Líquido. 
(D) Valor Adicionado. 
(E) Resultado do Exercício. 
Resolução 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
É na DRE que aparecerão as contas de receita e as contas de despesa, que são 
contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com seus 
saldos zerados. 
 
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A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um 
determinado período por meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou 
prejuízo). Ou seja, a DRE tem o objetivo de fornecer o resultado líquido 
do exercício e os elementos que o compuseram. 
GABARITO: E 
8.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras- 2010-Cesgranrio) Os 
fluxos de caixa operacional, de financiamento e de investimento podem ser 
apurados pelos métodos 
(A) fixo e variável. 
(B) direto e indireto. 
(C) circulante e permanente. 
(D) simples e complexo. 
(E) dinâmico e estático. 
Resolução 
A Demonstração do Fluxo de Caixa demonstra as causas da variação do 
Disponível. A entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades 
operacionais, usando: 
- o método direto, segundo o qual as principais classes de 
recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou 
- o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é 
ajustado pelos efeitos: 
- das transações que não envolvem caixa; 
- de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência 
sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros; e 
- de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das 
atividades de investimento ou de financiamento. 
Método Direto 
De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de 
recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas: 
- dos registros contábeis da entidade; ou 
- ajustando as vendas, os custos das vendas (no caso de instituições 
financeiras, os componentes formadores da margem financeira, juntamente 
com as receitas com serviços e tarifas) e outros itens da demonstração do 
resultado referentes a: 
- mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a 
receber e a pagar; 
- outros itens que não envolvem caixa; e 
- outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das 
atividades de financiamento e de investimento. 
 
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Neste método, a apresentação dos fluxos das atividades operacionais consiste 
na exposição direta dos recebimentos (entradas) e pagamentos (saídas)durante o exercício. Ou seja, representa o fluxo do Disponível durante o 
exercício. 
Entradas de recursos ⇒ fluxo de caixa positivo. 
Saídas de recursos ⇒ fluxo de caixa negativo. 
A estrutura da DFC pelo método direto seria: 
I – Fluxo Operacional: 
(+) Recebimento de Empréstimos de Curto Prazo 
(+) Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição 
(-) Pagamento a Fornecedores 
(-) Impostos e Contribuições Pagos 
(-) Pagamento de Despesas Operacionais, inclusive Despesas Antecipadas
(=) Recursos Derivados das Operações (I) 
II – Fluxo de Financiamento e de Investimento: 
(+) Recebimento por Venda de Bens do Ativo Não Circulante 
(+) Resgate de Aplicações Temporárias 
(+) Ingresso de Novos Empréstimos 
(+) Integralização do Capital 
(+) Resgate de Depósitos Judiciais 
(+) Ingressos de Outros Recursos 
(-) Pagamento de Dividendos 
(-) Aquisição de Participações Societárias 
(-) Aplicações no Ativo Não Circulante 
(-) Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo 
(-) Outros Pagamentos
(=) Recursos Derivados de Financiamentos e de Investimentos (II) 
Variação Líquida do Disponível = I + II 
(+) Saldo Inicial do Disponível 
(=) Saldo Final do Disponível 
Método Indireto 
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades 
operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos 
efeitos de: 
- mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a 
receber e a pagar; 
- itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, impostos 
diferidos, variações cambiais não realizadas, resultado de equivalência 
patrimonial em investimentos e participação de minoritários, quando aplicável; 
e 
- todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa 
decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento. 
 
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Alternativamente, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais pode ser 
apresentado conforme o método indireto, mostrando as receitas e as despesas 
divulgadas na demonstração do resultado e as mudanças ocorridas no período 
nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar. 
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades 
operacionais deve ser fornecida obrigatoriamente caso a entidade use o 
método direto para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A 
conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens 
a serem reconciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que use o 
método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para 
apurar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. 
A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma: 
I – Origens de Recursos 
Fluxo das Operações 
(±) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Aumento no Passivo Não Circulante – Receitas Diferidas 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Diminuição no Passivo Não Circulante – Receitas Diferidas 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante
(=) Resultado Líquido Ajustado 
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante 
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante 
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
Fluxo dos Investimentos e Financiamentos 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 
(+) Redução do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo 
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Aumento do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
II – Aplicações de Recursos 
Fluxo dos Investimentos e Financiamentos 
(+) Dividendo pagos 
(+) Aumento do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo 
(+) Aquisição de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Redução do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
III – Variação Líquida do Disponível = I - II 
IV – Saldo Inicial do Disponível 
V – Saldo Final do Disponível = III + IV 
 
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Os ajustes a serem efetuados ao Lucro Líquido do Exercício correspondem a: 
- Receitas e despesas que afetam o Lucro Líquido do Exercício (Regime de 
Competência), mas não afetam o disponível da empresa (Regime de Caixa); 
- Receitas e despesas que não afetam o Lucro Líquido do Exercício (Regime de 
Competência), mas afetam o disponível da empresa (Regime de Caixa); ou 
- Receitas e despesas que, apesar de afetarem o disponível, não pertencem à 
atividade fim da empresa (Ex: ganho ou perda na venda de bens do ativo não 
circulante) 
Exemplo: Despesas com Depreciação = 10.000 
Despesas com Depreciação (Despesa) 
a Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado – Retif.) 10.000 
As despesas com depreciação reduzem o lucro do período, mas não alteram o 
Disponível. Logo, tais despesas devem ser somadas ao lucro do período na 
DFC. 
Exemplo: Ganho de Equivalência Patrimonial = 5.000 
Investimentos Permanentes (ANC - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 5.000 
O ganho de equivalência patrimonial aumenta o lucro do período, mas não 
altera o Disponível. Logo, tal receita deve ser subtraída do lucro do período na 
DFC. 
Exemplo: Receita de Aluguéis Recebidos Antecipadamente = 15.000 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Receitas Antecipadas (PNC – Receitas Diferidas) 15.000 
A receita antecipada de aluguéis aumenta o Disponível (receita recebida e não 
ganha), e deve ser somada ao lucro do período na DFC. 
Os aumentos ou diminuições das contas do Ativo Circulante não levam em 
consideração as contas do Disponível, que é justamente aquilo que é calculado 
da DFC. 
GABARITO: B 
9.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) De 
acordo com o pronunciamento técnico CPC 03, na demonstração de fluxos de 
caixa, as mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no 
endividamento da entidade resultam de 
(A) atividades de financiamento. 
(B) atividades de investimento. 
(C) atividades operacionais. 
(D) equivalentes de caixa. 
(E) fluxos de caixa. 
 
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Resolução 
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita 
da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de 
financiamento. 
Exemplos: Venda de mercadorias à vista, prestação de serviços à vista e 
pagamento a fornecedores. 
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de 
ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes 
de caixa. 
Exemplos: Compra de veículo para utilizar na entrega de mercadorias e venda 
de bens do ativo não circulante imobilizado. 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças 
no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da 
entidade, não classificadas como atividade operacional. 
Exemplos: Integralização do capitalsocial em dinheiro e pagamento de 
dividendos. 
GABARITO: A 
10.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras Biocombustível-2010-
Cesgranrio) A demonstração do fluxo de caixa foi introduzida na Lei das 
Sociedades por Ações pela Lei no 11.638/2007. A Lei determina que essa 
demonstração apresente as alterações ocorridas durante o exercício, no saldo 
de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no 
mínimo, três fluxos: 
(A) resultado do exercício, ajustes patrimoniais e recursos intransitivos em 
resultado. 
(B) origens de recursos, aplicações de recursos e variações do capital próprio. 
(C) lucro ajustado, capital circulante e aplicações permanentes. 
(D) operações, financiamentos e investimentos. 
(E) transações correntes, passivos de funcionamento e inversões sazonais. 
Resolução 
Mais uma vez! 
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita 
da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de 
financiamento. 
Exemplos: Venda de mercadorias à vista, prestação de serviços à vista e 
pagamento a fornecedores. 
 
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Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de 
ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes 
de caixa. 
Exemplos: Compra de veículo para utilizar na entrega de mercadorias e venda 
de bens do ativo não circulante imobilizado. 
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças 
no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da 
entidade, não classificadas como atividade operacional. 
Exemplos: Integralização do capital social em dinheiro e pagamento de 
dividendos. 
GABARITO: D 
11.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) O Artigo 188 da Lei 
das Sociedades Anônimas, com as alterações das Leis no 11.638/07 e no 
11.941/09, determina que a demonstração do fluxo de caixa indicará as 
alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de 
caixa, segregando essas alterações em, no mínimo, três fluxos. Os 
equivalentes de caixa acima citados podem ser identificados como 
(A) aplicações financeiras realizadas no mercado primário de ações, por um 
prazo de até 90 dias, contados a partir da data de desembolso dos títulos. 
(B) desembolsos de caixa subjacentes, realizados com a intenção de revenda 
dos títulos adquiridos no mercado secundário. 
(C) classificação de pagamentos e recebimentos, realizados na Bolsa de 
Valores ou através de corretoras de valores, por mecanismos de compra e 
venda no pregão de títulos públicos e privados. 
(D) investimentos de liquidez instantânea, conversíveis em quantia de dinheiro 
facilmente estimável e que apresentam risco insignificante de resgate. 
(E) investimentos de altíssima liquidez, prontamente conversíveis em uma 
quantia conhecida de dinheiro, que apresentam risco insignificante de 
alteração de valor. 
Resolução 
Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta 
liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de 
caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a 
compromissos de caixa de curto prazo e, não, para investimento ou outros 
fins. 
Para ser considerada equivalente de caixa, uma aplicação financeira 
deve ter conversibilidade imediata em um montante conhecido de 
caixa e estar sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. 
 
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Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como 
equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por 
exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. 
Os investimentos em ações de outras entidades devem ser excluídos dos 
equivalentes de caixa a menos que eles sejam, em essência, um equivalente 
de caixa, como, por exemplo, nos casos de ações preferenciais resgatáveis que 
tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto 
prazo. 
GABARITO: E 
12.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Pode-se afirmar que 
valor adicionado é a(o) 
(A) diferença entre o valor dos bens, serviços e utilidades vendidos por uma 
entidade e o respectivo valor dos insumos adquiridos de terceiros. 
(B) diferença entre a receita gerada pela empresa e o resultado obtido antes 
de encargos financeiros, depreciação, amortização, exaustão, imposto de 
renda e resultados não operacionais. 
(C) riqueza gerada pela empresa, representada pelo custo de oportunidade 
multiplicado pelo patrimônio líquido deduzido dos valores que transitam em 
resultado e não representam entrada de caixa. 
(D) soma de todos os valores recebidos pela empresa, deduzidos dos impostos 
incidentes e dos encargos de depreciação, amortização e exaustão. 
(E) conjunto de valores obtidos pela empresa, seja através de venda de 
produtos, seja através de ingressos de fontes diversas, deduzidos de impostos 
e encargos financeiros. 
Resolução 
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma 
geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos 
adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em 
transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à 
entidade. 
Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços representa os valores 
reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de competência e 
incluídos na demonstração do resultado do período. 
Outras receitas representam os valores que sejam oriundos, principalmente, 
de baixas por alienação de ativos não-circulantes, tais como resultados na 
venda de imobilizado, de investimentos, e outras transações incluídas na 
demonstração do resultado do exercício que não configuram reconhecimento 
de transferência à entidade de riqueza criada por outras entidades. 
 
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Insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos às aquisições de 
matérias-primas, mercadorias, materiais, energia, serviços, etc. que tenham 
sido transformados em despesas do período. Enquanto permanecerem nos 
estoques, não compõem a formação da riqueza criada e distribuída. 
Depreciação, amortização e exaustão representam os valores reconhecidos no 
período e normalmente utilizados para conciliação entre o fluxo de caixa das 
atividades operacionais e o resultado líquido do exercício. 
Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que não tenha 
sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, 
como por exemplo receitas financeiras, de equivalência patrimonial, 
dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar 
dupla-contagem em certas agregações. 
Portanto, valor adicionado é a diferença entre o valor dos bens, 
serviços e utilidades vendidos por uma entidade e o respectivo valor 
dos insumos adquiridos de terceiros. 
GABARITO: A 
 
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Dados para elaboração das questões de nos 13 a 14 
A Companhia Drica S/A apresentou as seguintes demonstrações contábeis, em 
milhares de reais: 
 
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13.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Em 2006, na 
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), elaborada pelo método direto, o valor 
pago a fornecedores, no fluxo das atividades operacionais, em reais, é 
(A) 1.181.000,00 
(B) 2.983.000,00 
(C) 3.283.000,00 
(D) 3.478.000,00 
(E) 4.723.000,00 
Resolução 
Questão de Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), pelo método direto, que 
deseja saber o valor efetivamente pago aos fornecedores em relação às 
compras do período. Devemos utilizar a seguinte estrutura: 
 
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Valor Pago a Fornecedores no Período 
Fornecedores = Duplicatas a Pagar 
Fornecedores – Saldo Inicial 
(+) Compras do período (*) (à vista ou a prazo) 
(+) Adiantamento a Fornecedores – Saldo Final 
(-) Adiantamento a Fornecedores – Saldo Inicial 
(-) Fornecedores – Saldo Final
Valor Pago a Fornecedores no Período 
(*) Para calcular as compras: 
CMV = EI + C – EF 
Onde: 
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 
EI = Estoque Inicial 
C = Compras Líquidas 
EF = Estoque Final 
(+) Compras 
(-) Tributos a Recuperar
Compras Brutas 
(-) Devoluções de Compras 
(+) Fretes + Seguros 
(+) Carga + Descarga + Armazenagem 
(-) Abatimentos sobre Compras 
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
 Compras Líquidas 
Vamos analisar os itens da estrutura: 
I – Fornecedores: a diferença entre o saldo inicial e o saldo final da conta 
“Fornecedores” no período é justamente o valor que foi efetivamente pago pela 
empresa aos fornecedores. 
II – Compras do período (à vista ou a prazo): é o mesmo raciocínio das vendas 
à vista ou a prazo. Vejamos: 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 fez as seguintes compras no período: 
Compras à Vista = R$ 100.000,00 
Compras a Prazo = R$ 50.000,00 
Suponha, também, que, no período, houve pagamento a fornecedores no valor 
de R$ 30.000,00. 
Agora, eu pergunto: Qual foi o valor que a empresa J4M2 efetivamente pagou 
aos fornecedores no período? 
 
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As compras à vista foram no valor de R$ 100.000,00 somados aos R$ 
30.000,00 do pagamento a fornecedores, ou seja, R$ 130.000,00. 
Agora, vamos utilizar a estrutura, supondo que o saldo inicial da conta 
“Fornecedores” seja zero. Qual é o saldo final da conta “Fornecedores”? Repare 
o lançamento das compras a prazo (sem tributação): 
Mercadorias (Ativo Circulante) 
a Fornecedores (Passivo Circulante) 50.000 
No momento do pagamento a fornecedores: 
Fornecedores (Passivo Circulante) 
a Caixa (Ativo Circulante) 30.000 
Portanto, o saldo final da conta “Fornecedores” será de R$ 20.000,00 (R$ 
50.000,00 – R$ 30.000,00): 
Fornecedores – Saldo Inicial 0 
(+) Compras do Período (à vista ou a prazo) 150.000 
(-) Fornecedores – Saldo Final (20.000)
Valor Recebido de Clientes no Período 130.000 
Viu? O mesmo resultado! E sabe por quê? Porque as compras a prazo menos o 
saldo final da conta “Fornecedores” é justamente o valor que foi pago aos 
fornecedores no período (R$ 30.000,00). 
III - Adiantamento a Fornecedores: o saldo inicial da conta “Adiantamento a 
Fornecedores” corresponde ao valor que foi pago a fornecedores no período 
anterior e, portanto, foi considerado na DFC do período anterior. Por isso, 
subtraímos. 
Por outro lado, a diferença entre o saldo final e o saldo inicial da conta 
“Adiantamento a Fornecedores” é justamente o valor que a empresa pagou a 
fornecedores no período, alterando o disponível. 
Vamos à resolução da questão: 
I – Primeiramente, devemos calcular as compras do período: 
CMV = EI + C – EF 
CMV (2006) = 3.283 
EI (Estoque Final de 2005) = 1.290 
EF (Estoque Final de 2006) = 1.485 
⇒ 3.283 = 1.290 + C – 1.485 ⇒ C = 3.478 (em milhares de reais) 
Fornecedores 
30.000 50.000 
20.000 
 
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Fornecedores – Saldo Inicial (2005) 1.181 
(+) Compras do Período 3.478 
(-) Fornecedores – Saldo Final (2006) (1.676)
Pagamento a Fornecedores em 2006 2.983 (em milhares de reais) 
Vamos aproveitar para estudar como seria a estrutura do recebimento de 
clientes e do pagamento de despesas: 
Valor Recebido de Clientes no Período 
Clientes = Duplicatas a Receber 
Clientes – Saldo Inicial 
(+) Receita de Vendas (à vista ou a prazo) 
(+) Duplicatas Descontadas 
(-) Devoluções de Vendas 
(-) Descontos Incondicionais sobre Vendas 
(-) Abatimentos sobre Vendas 
(-) Provisão para Devedores Duvidosos Utilizada no Período 
(+) Adiantamento de Clientes – Saldo Final 
(-) Adiantamento de Clientes – Saldo Inicial 
(-) Perdas com Clientes 
(-) Clientes – Saldo Final
Valor Recebido de Clientes no Período 
Agora você deve estar se perguntando: A DFC não demonstra a variação do 
disponível? Sim. Então, por que foram consideradas as receitas de vendas à 
vista ou a prazo? Deveriam ser somente as receitas de vendas à vista! Há 
controvérsias. Risos. Vamos fazer um exemplo para que entenda melhor. 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 tenha as seguintes receitas de 
vendas no período: 
Receita de Vendas à Vista = R$ 100.000,00 
Receita de Vendas a Prazo = R$ 50.000,00 
Suponha, também, que, no período, houve pagamento de clientes no valor de 
R$ 30.000,00. 
Agora, eu pergunto: Qual foi o valor que a empresa J4M2 efetivamente 
recebeu de clientes no período? 
Os recebimentos de clientes no período foram os R$ 100.000,00 das vendas à 
vista somados aos R$ 30.000,00 do pagamento de clientes, ou seja, R$ 
130.000,00. 
 
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Agora, vamos utilizar a estrutura, supondo que o saldo inicial da conta 
“Clientes” seja zero. Qual é o saldo final da conta “Clientes”? Repare o 
lançamento das vendas a prazo: 
Clientes (Ativo Circulante) 
a Receita de Vendas (Receita) 50.000 
No momento do pagamento de clientes: 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Clientes (Ativo Circulante) 30.000 
Portanto, o saldo final da conta “Clientes” será de R$ 20.000,00 (R$ 50.000,00 
– R$ 30.000,00): 
Clientes – Saldo Inicial 0 
(+) Receita de Vendas (à vista ou a prazo) 150.000 
(-) Clientes – Saldo Final (20.000)
Valor Recebido de Clientes no Período 130.000 
Viu? O mesmo resultado! E sabe por quê? Porque as vendas a prazo menos o 
saldo final da conta “Clientes” é justamente o valor que os clientes que 
compraram a prazo pagaram no período. 
Tudo bem professor e quando ao “Adiantamento de Clientes”. Bom, este é 
mais fácil. Veja: o saldo inicial da conta “Adiantamento de Clientes” 
corresponde ao valor que foi recebido de clientes no período anterior e, 
portanto,foi considerado na DFC do período anterior. Por isso, subtraímos. 
Por outro lado, a diferença entre o saldo final e o saldo inicial da conta 
“Adiantamento de Clientes” é justamente o valor que a empresa recebeu no 
período. Não é receita do período, pelo princípio da competência (por isso, é 
colocado em adiantamento de clientes), mas o dinheiro foi, efetivamente, 
recebido pela empresa, alterando o disponível. 
E os demais itens da estrutura? Vamos lá: 
I - Duplicatas Descontadas: 
Diversos 
a Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante – Retificadora) 
Bancos (Ativo Circulante) 
Despesas Financeiras (Despesa) 
Portanto, afeta o disponível e é somado na estrutura. 
Clientes 
50.000 30.000 
20.000 
 
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II – Devoluções de Vendas, Descontos Incondicionais sobre Vendas e 
Abatimentos sobre Vendas são deduções da receita bruta de vendas, e, 
portanto, reduzem o valor recebido (à vista) ou a receber (a prazo) do 
disponível. 
III – Provisão para Devedores Duvidosos: A Provisão para créditos de 
liquidação duvidosa (PDD ou PCLD), constituída no ano anterior, pode ter duas 
destinações: 
Perda consumada: 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (AC – Retificadora) 
a Clientes (AC) 
Deve ser subtraída na apuração do valor efetivamente pago pelos Clientes, 
pois reduz o saldo da conta “Clientes”, mas não altera o “Disponível” da 
empresa. 
Reversão da provisão: 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (AC – Retificadora) 
a Reversão de Provisões (Receita) 
Deve ser somada na apuração do valor efetivamente pago pelos Clientes, pois 
o valor que reduz o saldo da conta “Clientes”, nesse caso, é o valor da perda 
consumada (PDD – Reversão de PDD), que não altera o “Disponível” da 
empresa. 
IV - Perdas com Clientes: é uma perda além da provisão para créditos de 
liquidação duvidosa. O lançamento seria: 
Perdas com Clientes (Despesa) 
a Clientes (Ativo Circulante) 
Ou seja, reduz o saldo final da conta “Clientes” (reduzindo o saldo), mas não 
altera o disponível. Por isso, deve ser subtraído. 
Pagamento de Despesas no Período 
Despesa a Pagar – Saldo Inicial 
(+) Despesas do Período 
(-) Despesas do Período que Não Afetam o Disponível (*) 
(+) Despesas Antecipadas – Saldo Final 
(-) Despesas Antecipadas – Saldo Inicial 
(-) Despesas a Pagar – Saldo Final
Despesas Pagas no Período 
(*) São despesas pelo regime de competência, mas não afeta o disponível da 
empresa (não são despesas pelo regime de caixa). 
GABARITO: B 
 
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14.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Em 2006, as operações 
com duplicatas descontadas na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), 
elaborada pelo método indireto, provocaram no caixa líquido das atividades 
operacionais, em reais, um(a) 
(A) aumento de 770.000,00 
(B) aumento de 550.000,00 
(C) aumento de 220.000,00 
(D) redução de 220.000,00 
(E) redução de 550.000,00 
Resolução 
A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma: 
I – Origens de Recursos 
Das Operações 
(±) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão 
(+) Aumento no Passivo Não Circulante – Receitas Diferidas 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Diminuição no Passivo Não Circulante – Receitas Diferidas 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante
(=) Resultado Líquido Ajustado 
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante 
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante 
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
Dos Proprietários 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 
De Terceiros 
(+) Redução do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo 
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Aumento do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
II – Aplicações de Recursos 
(+) Dividendo pagos 
(+) Aumento do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo 
(+) Aquisição de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Redução do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
 
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III – Variação Líquida do Disponível = I - II 
IV – Saldo Inicial do Disponível 
V – Saldo Final do Disponível = III + IV 
No caso das duplicatas descontadas, temos: 
Duplicatas Descontadas = Saldo Final – Saldo Inicial = -770 – (-550) = -220 
Ou seja, causou uma redução do Ativo Circulante (AC) de 220 (em milhares de 
reais). Redução do AC deve ser somada na Demonstração do Fluxo de Caixa 
pelo método indireto. Logo, haverá um aumento de 220.000,00. 
GABARITO: C 
15.(Contador Junior-Petrobras-2008-Cesgranrio) Em 2006, o valor 
adicionado líquido, produzido pela Companhia Drica, na Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA), em reais, é 
(A) 1.098.000,00 
(B) 1.753.000,00 
(C) 2.001.000,00 
(D) 3.543.000,00 
(E) 5.544.000,00 
Resolução 
Valor adicionado: representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral 
medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de 
terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, 
produzido por terceiros e transferido à entidade. 
Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços: representa os 
valores reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de competência 
e incluídos na demonstração do resultado do período. 
Outras receitas: representam os valores que sejam oriundos, principalmente, 
de baixas por alienação de ativos não-circulantes, tais como resultados na 
venda de imobilizado, de investimentos, e outras transações incluídas na 
demonstração do resultado do exercício que não configuram reconhecimento 
de transferência à entidade de riqueza criada por outras entidades. 
Diferentemente dos critérios contábeis, também incluem valores que não 
transitam pela demonstração do resultado, como, por exemplo, aqueles 
relativos à construção de ativos para uso próprio da entidade e aos juros pagos 
ou creditados que tenham sido incorporados aos valores dos ativos de longo 
prazo (normalmente, imobilizados). No caso de estoques de longa maturação, 
os juros a eles incorporados deverão ser destacados como distribuição da 
riqueza no momento em que os respectivos estoques forem baixados; dessa 
forma, não há que se considerar esse valor como outras receitas. 
 
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Insumo adquirido de terceiros: representa os valores relativos às 
aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, energia, serviços, etc. 
que tenham sido transformados em despesas do período. Enquanto 
permanecerem nos estoques, não compõem a formação da riqueza criada e 
distribuída. 
Depreciação, amortização e exaustão: representam os valores 
reconhecidos no período e normalmenteutilizados para conciliação entre o 
fluxo de caixa das atividades operacionais e o resultado líquido do exercício. 
Valor adicionado recebido em transferência: representa a riqueza que não 
tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é 
transferida, como por exemplo receitas financeiras, de equivalência 
patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado, 
inclusive para evitar dupla-contagem em certas agregações. 
Estrutura 
A DVA deve ser apresentada de forma comparativa mediante a divulgação 
simultânea de informações do período atual e do anterior. 
A DVA deve evidenciar os componentes abaixo: 
- A receita bruta, as outras receitas e provisão para créditos de 
liquidação duvidosa (constituição e reversão); 
- Os insumos adquiridos de terceiros; 
- Depreciação, amortização e exaustão; 
- Os valores adicionados recebidos em transferência; 
- Valor total adicionado a distribuir; e 
- Distribuição do valor adicionado. 
Formação da Riqueza 
Riqueza Criada pela Própria Entidade 
A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza 
criada pela entidade. Os principais componentes da riqueza criada estão 
apresentados a seguir nos seguintes itens: 
- Receitas; 
- Insumos adquiridos de terceiros; 
- Depreciação, amortização e exaustão; e 
- Valor adicionado recebido em transferência. 
Receitas 
Venda de mercadorias, produtos e serviços – inclui (não descontar) os 
valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, 
PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento 
bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos 
estejam fora do cômputo dessas receitas. 
 
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Outras receitas – da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos 
incidentes sobre essas receitas. 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão - 
inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão. 
Insumos Adquiridos de Terceiros 
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos – inclui 
os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no 
custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos 
de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio. 
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros – inclui valores 
relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e 
serviços adquiridos junto a terceiros. 
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, 
serviços, energia, etc. consumidos, devem ser considerados os tributos 
incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), 
recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na 
demonstração do resultado. 
Perda e recuperação de valores ativos – inclui valores relativos a ajustes 
por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos, 
etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do 
período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por 
desvalorização de ativos, conforme aplicação da NBC T 19.10 – Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve 
ser somado). 
Depreciação, Amortização e Exaustão 
Inclui a despesa ou o custo de depreciação, amortização e exaustão 
contabilizados no período. 
Valor Adicionado Recebido em Transferência 
Corresponde aos valores recebidos de terceiros. 
Resultado de equivalência patrimonial – o resultado da equivalência pode 
representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como 
redução ou valor negativo. 
Receitas financeiras – inclui todas as receitas financeiras, inclusive as 
variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. 
Outras receitas – inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao 
custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. 
 
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Distribuição da Riqueza 
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza 
obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa 
distribuição estão apresentados a seguir: 
- Pessoal; 
- Governo (Impostos, taxas e contribuições); 
- Terceiros; e 
- Sócios e acionistas. 
Pessoal 
Corresponde aos Valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na 
forma de: 
Remuneração direta – representada pelos valores relativos a salários, 13º 
salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos baseados em 
ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos 
resultados, etc. 
Benefícios – representados pelos valores relativos a assistência médica, 
alimentação, transporte, planos de aposentadoria, etc. 
FGTS – representado pelos valores depositados em conta vinculada dos 
empregados. 
Governo 
Valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, 
contribuições ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do 
Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e 
contribuições a que a empresa esteja sujeita. 
Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem 
ser considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam a 
diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os 
respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos 
adquiridos de terceiros”. 
Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são 
repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias, etc., 
tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui também a contribuição 
sindical patronal. 
Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são 
repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias, etc., tais como o 
ICMS e o IPVA. 
 
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Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que 
são repassados no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras 
entidades, tais como o ISS e o IPTU. 
Remuneração de Capitais de Terceiros 
Corresponde aos valores pagos ou creditados aos financiadores externos de 
capital (terceiros). 
Juros – inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais 
passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a 
instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de 
recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período. 
Aluguéis – inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento 
operacional) pagos ou creditados a terceiros. 
Outras – inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza 
a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, 
franquia, direitos autorais, etc. 
Remuneração de Capitais Próprios 
São os valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas. 
Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos – inclui os valores 
pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, 
ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de 
lucros. Devem ser incluídosapenas os valores distribuídos com base no 
resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos 
com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já 
foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados. 
Lucros retidos e prejuízos do exercício – inclui os valores relativos ao 
lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem 
esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal 
negativo. 
As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de JCP, 
independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou 
como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos 
no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados. 
 
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Portanto um modelo de estrutura da DVA, para empresas em geral, será 
seguinte: 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS 
EM 31 DE DEZEMBRO, EM MILHARES DE REAIS (MODELO) 
DESCRIÇÃO 
Em 
milhares 
de reais 
20X1 
Em 
milhares 
de reais 
20X0 
1 – RECEITAS 
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 
1.2) Outras receitas 
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / 
(Constituição) 
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 
(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 
2.4) Outras (especificar) 
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 
4 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA 
ENTIDADE (3-4) 
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
6.1) Resultado de equivalência patrimonial 
6.2) Receitas financeiras 
6.3) Outras 
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (deve ser igual 
ao item 7) 
8.1) Pessoal 
8.1.1 – Remuneração direta 
8.1.2 – Benefícios 
8.1.3 – F.G.T.S 
8.2) Impostos, taxas e contribuições 
8.2.1 – Federais 
8.2.2 – Estaduais 
8.2.3 – Municipais 
8.3) Remuneração de capitais de terceiros 
8.3.1 – Juros 
 
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8.3.2 – Aluguéis 
8.3.3 – Outras 
8.4) Remuneração de capitais próprios 
8.4.1 – Juros sobre o capital próprio 
8.4.2 – Dividendos 
8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 
8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ 
consolidação) 
Vamos à resolução da questão: 
Demonstração do Valor Adicionado (2006): 
1. Receitas: 5.544 
Receita Operacional Líquida 5.544 
2. Insumos Adquiridos de Terceiros: 3.543 
Custo das Mercadorias Vendidas 3.283 
Água e Luz 136 
Despesas de Vendas 124 
3. Valor Adicionado Bruto (1 – 2) 2.001 
4. Depreciação 248 
5. Valor Adicionado Líquido (3 – 4) 1.753 
6. Valor Adicionado Recebido em Transferência 0 
7. Valor Adicionado Total a Distribuir 1.753 (em milhares de reais) 
Para fins didáticos, vamos verificar a distribuição do valor adicionado: 
Salários 375 (DRE) 
Despesas Financeiras 87 (DRE) 
Imposto de Renda 193 (DRE) 
Lucro Incorporado ao Capital 165 (DLPA) 
Reserva Legal Constituída 55 (DLPA) 
Dividendos Pagos 520 (DLPA) 
Lucros Retidos = 523 - 165 358 (DLPA) (Saldo Final – Saldo Inicial)
Valor Adicionado Distribuído 1.753 
GABARITO: B 
16.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-
Cesgranrio) Na elaboração dos fluxos de caixa, o conceito de caixa é 
ampliado, envolvendo o caixa puro, dinheiro em mão e em conta corrente 
bancária e as aplicações em equivalentes de caixa. Como equivalentes de caixa 
podem ser consideradas as aplicações financeiras resgatáveis até 
 
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(A) 3 meses da data da aplicação. 
(B) 3 meses da data da emissão. 
(C) 6 meses da data da aplicação. 
(D) 6 meses da data da emissão. 
(E) 12 meses da data da aplicação. 
Resolução 
Um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando 
tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a 
contar da data da contratação (até 3 meses da data da aplicação). 
GABARITO: A 
17.(Profissional Junior-Ciências Contábeis-Petrobras-2008-
Cesgranrio) As atividades operacionais inclusas na demonstração dos fluxos 
de caixa relacionam-se, normalmente, com as transações que aparecem na 
(A) avaliação periódica dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para 
produzir bens e serviços. 
(B) demonstração do valor adicionado. 
(C) demonstração de resultados. 
(D) operação de empréstimo de credores e investidores da entidade. 
(E) obtenção de recursos dos donos e no pagamento a eles do retorno sobre 
seus investimentos. 
Resolução 
Fluxo das Atividades Operacionais (FAO) 
Entradas: 
- Recebimentos de clientes 
- Recebimento de vendas à vista de bens e serviços. 
- Descontos de duplicatas emitidas em venda a prazo (também 
pode ser classificado como atividade de financiamento). 
- Recebimento de dividendos de participação no capital de outras 
sociedades (também pode ser classificado como atividade de 
investimento). 
- Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode 
ser classificado com atividade de investimento). 
- Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de 
seguradoras referente a sinistro em estoques, etc). 
Saídas: 
- Pagamentos a fornecedores 
- Pagamento de salários a funcionários 
- Pagamento de tributos e multas 
- Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser 
classificado como atividade de financiamento). 
 
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Logo, as atividades operacionais inclusas na demonstração dos fluxos 
de caixa relacionam-se, normalmente, com as transações que 
aparecem na demonstração de resultados. 
GABARITO: C 
18.(Ciências Contábeis-Bndes-2008-Cesgranrio) Demonstrações 
contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais. 
Ativo Dez/05 Dez/06 Passivo Dez/05 Dez/06 
Caixa e Bancos 9.828,00 19.805,00 Fornecedores 17.500,00 28.365,00 
Duplicatas a Receber 17.550,00 35.100,00 Prov. Imp. 
Renda 
3.510,00 2.106,00 
Duplicatas 
Descontadas 
(8.775,00) Salários a 
Pagar 
26.325,00 14.040,00 
Estoques 21.060,00 26.325,00 Dividendos 1.755,00 3.452,00 
Desp. 
Antecipada/Seguro 
5.265,00 6.825,00 Empréstimo 35.100,00 50.602,00 
Imobilizado Líquido 42.120,00 52.630,00 Capital 8.775,00 26.325,00 
Lucro 
Acumulado 
2.808,00 7.020,00 
Total do Ativo 95.823,00 131.910,00 Total do 
Passivo 
95.823,00 131.910,00
Demonstração Resultado Dez/06 
Vendas 70.200,00 
CMV (30.100,00) 
Lucro Bruto 40.100,00 
Despesas de Salários (24.750,00) 
Depreciação (2.630,00) 
Despesas Financeiras (1.750,00) 
Despesas de Seguros (1.200,00) 
Lucro antes do IR 9.770,00 
Prov. Para IR (2.106,00) 
Lucro Líquido 7.664,00 
Demonstração das Mutações

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