Buscar

HIST. do PENS. ECONOMICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
 Carlos Augusto Pontes e Silva 			 
FICHAMENTO: Isaac Ilich Rubin
CAP. 22: A Teoria de valor
 
Dualidade metodológica no modo como ele apresenta o problema:
pretende desvelar as causas que determinam, primeiro, quanto vale uma mercadoria e, segundo, todas as mudanças de sua magnitude;
quer encontrar um padrão preciso, invariável, que possa, então, ser usado para medir o valor da mercadoria;
e ainda
aspira a explicitar as fontes de mudanças no valor e, por outro lado, a encontrar uma medida invariável do valor.
Resultado dessa confusão: análise bifurcada percorrendo dois canais metodológicos.
descoberta daquilo que causa mudanças no valor;
busca por uma medida invariável do valor. Fio condutor da análise smithiana – caminho metodologicamente incorreto – decorrente da herança de seus predecessores mercantilistas que se inclinavam aos problemas práticos, a teoria do valor tinha de encontrar, como tarefa prática uma medida de valor.
Essas vias levam Smith a uma concepção particular do:
valor trabalho conceito de quantidade de trabalho despendido na produção;
trabalho como base do valor quantidade de trabalho que uma dada mercadoria pode adquirir ou comprar por meio da troca.
Apenas no séc. XVIII – em grande parte pelos esforços de Smith – a economia política passou de um aglomerado de regras práticas para um sistema de proposições teóricas.
O procedimento geral individualista e racionalista de Smith também se manifesta em sua busca por uma medida de valor.
RESUMÃO
Teoria do valor-trabalho – 
O ponto de partida dessa teoria é o reconhecimento de que, em todas as sociedades, o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. 
Os seres humanos, em geral, não conseguem sobreviver sem se esforçar para transformar o ambiente natural de uma forma que lhes seja mais conveniente. Os progressos da produtividade humana têm sido, em geral, associados a extensão ou a elaboração dos processos de trabalho, que culminam na criação de determinado produto. Na maioria das vezes essa maior produtividade resulta da produção de novos instrumentos. 
Diz-se que tanto o “capital” (quer dizer, os instrumentos ou outros meios de produção), quanto o trabalho são produtivos e que ambos contribuem igualmente para a produção subsequente. 
“O traba lho era o primeiro preç o, o d inheiro da c ompra inicial que e ra p ago p or todas a s coisas. Não 
“O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Não foi com o outro nem com a prata, mas com o trabalho, que toda a riqueza do mundo foi inicialmente comprada.”
comprada.” 
Smith afirmou que o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse o produto do trabalho humano. Entretanto a teoria do valor-trabalho vai além disso: afirma que o valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho contido nessa mercadoria, mais a alocação relativa da mão de obra indireta e da mão de obra direito usadas na produção. 
A proporção entre as quantidades de trabalho necessárias para se adquirir diferentes objetos parece ser a única circunstância capaz de ditar qualquer regra de troca entre elas. 
Todavia, quando os capitalistas assumiram o controle dos meios de produção, Smith achou que o valor de troca ou preço passou a ser a soma das três partes componentes: os salários, os lucros e os aluguéis.
Preços poderiam continuar proporcionais as quantidades de trabalhos incorporadas a mercadoria, apenas no caso de o valor do capital por trabalhador ter sido o mesmo em diferentes linhas de produção. 
Se o valor do capital por trabalhador diferisse, nos vários setores da economia, a adição dos lucros aos salários seria um total que não seria proporcional ao trabalho incorporado a produção de marcados. O valor do capital por trabalhar diferia de uma indústria para outra. 
A teoria dos preços de Smith não visava explicar as flutuações concretas e diárias dos preços no mercado. Ele estabeleceu uma distinção entre o preço de mercado e o preço natural. O preço de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria, em determinado momento e sem determinado mercado e tal preço era determinado pelas forças de oferta e de demanda. O preço natural era aquele ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar aluguéis, lucros e salários equivalentes aos níveis habituais. 
O preço natural era o de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças de oferta e da demanda; as flutuações de mercado tenderiam a ficarem torno do preço natural. O custo da produção determinaria, por si só, o preço de equilíbrio ou preço natural que tenderia a prevalecer em qualquer mercado. 
Dois pontos fracos de sua teoria: 
Dois pontos fracos de sua teoria: 
Smith rejeita o valor de uso como possível determinante de preços – o valor de uso e o valor de troca não estavam sistematicamente relacionados entre si;
A teoria levava a conclusões sobre o nível geral de todos o s preços e não ao s valores relativos de diferentes mercadorias. Pela teoria de Smith, se acontecesse algo que aumentasse qualquer um dos três componentes do custo de uma mercadoria, o valor dessa mercadoria teria de aumentar. 
A teoria de Smith pode ser reduzida à afirmativa de que o valor da prata depende do valor das mercadorias amplamente usadas como insumos produtivos. 
Sobre a teoria do valor de Smith – Existem ambiguidades que nos deixam perplexos como, por exemplo, quando ele afirma que, quando os capitalistas monopolizavam a propriedade da terra, as quantidades de trabalho incorporadas à produção de diferentes mercadorias não mais regulavam o valor dessas mercadorias.
Smith esboça uma primeira distinção entre valor de uso e valor de troca. Concentrando-se no estudo da economia de mercadorias, em que cada produto é designado para a troca mais do que para a satisfação direta das necessidades de seu produtor. 
O objeto de sua investigação é o valor de troca.
Esse dualismo no núcleo da teoria de Smith torna o estudo das mudanças reais no valor confuso com a tarefa prática de obter a melhor medida de valor.
A quantidade de trabalho que pode ser adquirida e comprada em troca de uma dada mercadoria é a medida de valor dessa mercadoria.

Outros materiais