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Gestão Financeira 
e Tributária
O Sistema Tributário Nacional
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Flávio Nastari da Rosa
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• O Sistema Tributário Nacional
• Princípios Constitucionais Tributários e a 
Hierarquia do Sistema Tributário Nacional
• Obrigação Tributária 
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Esta unidade tem como objetivo a compreensão do aluno com relação ao Sistema 
Tributário Nacional. Para tal, tratamos o funcionamento, seus princípios e normas, além 
da obrigação tributária.
• Ao final da unidade, o aluno deverá ter uma visão ampla e crítica sobre o Sistema 
Tributário Nacional.
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
O Sistema Tributário Nacional
UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
Contextualização
Para darmos início a esta unidade, sugerimos como leitura o artigo de autoria 
da advogada, Dra. Olinda Joyce de Souza Barros, com o título: “Limitações ao 
poder de tributar à luz dos princípios constitucionais tributários”.
O artigo encontra-se disponível no acesso abaixo disponibilizado:
https://goo.gl/gkXVf4
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O Sistema Tributário Nacional
Pode-se afirmar que, o Sistema Tributário Nacional é um conjunto estruturado 
e lógico dos tributos que compõem o ordenamento jurídico, ou mesmo um 
conjunto de regras e princípios normativos relativos à matéria tributária.
A Constituição Federal, dentre os artigos 145 a 162, define os princípios gerais da 
tributação nacional, sendo que: nos artigos 145 a 149, define os princípios gerais da 
tributação nacional; nos artigos 150 a 152, define as limitações do poder de tributar; 
nos artigos 153 a 156, define os impostos dos entes federativos; e, nos artigos 157 a 
162, define a repartição das receitas tributárias arrecadadas.
Destacamos a seguir os artigos nos quais são definidas algumas premissas fundamentais 
dos tributos:
O artigo 145 define que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos:
I. Impostos;
II. Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte 
ou postos a sua disposição;
III. Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
O artigo 146 dispõe sobre o que cabe à lei complementar, como:
I. Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II. Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III. Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre:
a) Definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases 
de cálculo e contribuintes;
b) Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas socieda-
des cooperativas.
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UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
O artigo 150 elucida que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I. Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II. Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos;
III. Cobrar tributos:
a) Em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentado;
b) No mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993);
c) Antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
IV. Utilizar tributo com efeito de confisco;
V. Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
O artigo 151 veda a união a:
I. Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre 
as diferentes regiões do país;
II. Tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos 
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e 
para seus agentes;
III. Instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios.
O artigo 152 veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino.
O artigo 153 impõe que compete à União instituir impostos sobre:
I. Importação de produtos estrangeiros;
II. Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III. Renda e proventos de qualquer natureza;
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IV. Produtos industrializados;
V. Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários;
VI. Propriedade territorial rural;
VII. Grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
VIII. § 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos 
I, II, IV e V.
O artigo 154 impõe ainda que a União poderá instituir:
I. Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo 
próprios dos discriminados nesta Constituição;
II. Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.O artigo 155, através da redação dada pela Emenda Constitucional nº 3 de 1993, 
institui que compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I. Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II. Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
III. Propriedade de veículos automotores.
O artigo 156 institui que compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I. Propriedade predial e territorial urbana;
II. Transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, 
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de 
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III. Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em 
lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
Define-se tributo, de acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN), 
como: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Mas o que de fato significa tributo?
Para entendermos um pouco mais, vamos dividir o conceito em partes.
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UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
Prestação pecuniária
“Prestação é uma contribuição que alguém está obrigado.” (REZENDE et al., 
2010, p. 46).
“Pecuniária é representada por dinheiro.” (REZENDE et al., 2010, p. 46).
Ou seja: prestação pecuniária é uma contribuição obrigatória em dinheiro.
Compulsória
“A palavra compulsória deriva do verbo compelir, que significa constranger, 
forçar, obrigar.” (REZENDE et al., 2010, p. 46).
Ou seja: compulsória é a obrigação de se fazer, independente da vontade do 
contribuinte.
Que não constitua sanção de ato ilícito
“A obrigatoriedade do pagamento do tributo nasce da prática de ato lícito, como: 
trabalhar e receber salário, vender produtos e mercadorias permitidos pela legislação 
do país, deter a propriedade de imóvel etc.” (REZENDE et al., 2010, p. 46).
Ou seja: só poderá existir através de um fato que decorra em virtude de um fator que 
esteja devidamente previsto na legislação, algo legal, lícito.
Instituída em lei
“Em atendimento ao princípio constitucional da legalidade (que veremos nos 
tópicos a seguir), os tributos somente podem ser instituídos ou alterados por meio de 
lei válida e eficaz.” (REZENDE et al., 2010, p. 46).
Ou seja: o tributo só poderá existir ou ser alterado se devidamente previsto em lei.
Cobrada mediante a atividade administrativa plenamente vinculada
“Para efetuar a cobrança de tributos, a administração pública deverá agir na forma e 
nos limites fixados em lei.” (REZENDE et al., 2010, p. 47).
Ou seja: não poderá existir a cobrança do tributo se a administração pública não agir 
na forma e nos limites previstos em lei.
Os tributos dividem-se em duas espécies, de acordo com a função específica de sua 
existência, tais como: i) Tributos não vinculados e ii) Tributos vinculados.
I. Tributos não vinculados (impostos): “São os que, uma vez instituídos em lei, 
são devidos, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao 
contribuinte. Portanto, não estão vinculados a nenhuma prestação específica 
do Estado ao sujeito passivo.” (REZENDE et al., 2010, p. 51).
O artigo 16 do CTN expressa: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte.” CTN, artigo 16.
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II. Tributos vinculados (taxas e contribuições de melhorias): “São os que, 
uma vez instituídas por lei, são devidos apenas quando houver atividade 
estatal prestada ou colocada a disposição do contribuinte. São elas a 
taxa (previstos nos artigos 77 e 78 do CTN) e a contribuição de melhoria 
(previsto nos artigos 81 e 82 do CTN).” (REZENDE et al., 2010, p. 52).
Princípios Constitucionais Tributários e a 
Hierarquia do Sistema Tributário Nacional
Os princípios constitucionais tributários são de ordem prevalecente quanto às normas 
jurídicas, sendo que as mesmas devem estar em rigorosa consonância com as leis, para 
que tenham efeitos legais. (PÊGAS, 2014, p. 24).
O Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade salienta que só será possível a cobrança ou o aumento do 
tributo mediante a lei que o estabeleça, ou seja, para que haja a obrigação, a mesma 
deve ser expressa dentro da legalidade (lei).
O Princípio da Irretroatividade Tributária
O princípio da irretroatividade tributária expressa que é vedada a cobrança de tributos 
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado, ou seja, a aplicação da legislação se deve somente a partir dos 
fatos gerados no período de sua vigência.
O Princípio da Anterioridade
O Princípio da Anterioridade regulamenta que não há aplicação de Lei que aumente 
ou institua um tributo dentro do mesmo ano de sua edição, ou seja, se uma lei é 
editada, por exemplo, no ano 20x1, sua aplicação se dará, no mínimo, em 1º de 
janeiro de 20x2.
Esta norma não se aplica aos impostos sobre o comércio exterior, imposto de produtos 
industrializados (IPI) e o imposto sobre operações financeiras (IOF).
Para as contribuições sociais, tais como: Programa de Integração Social (PIS); 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); e, Contribuição Provisória sobre Movimentações 
Financeiras (CPMF), a criação ou aumento só podem ser realizadas quando completados 
90 dias da publicação da Lei, ou seja, deve-se seguir o Princípio da Anterioridade de 
Noventena ou Nonagesimal.
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UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
Nos dois próximos quadros abaixo, expressamos a Anualidade e a Noventena ou 
Nonagesimal, de acordo com Pegas (2014, p. 25):
 “ANUALIDADE, indicando que os tributos NÃO podem ser aumentados, seja por 
elevação de base ou por aumento de alíquota, no mesmo ano de sua publicação da lei. 
Assim, aumentado no dia 15/fev. ou no dia 15/dez. só entrará em vigor em janeiro 
do ano seguinte.”
 “NOVENTENA ou NONAGESIMAL, indicando que a lei que aumentou tributo só 
entrará em vigor no mês seguinte após completar 90 dias da sua publicação. Assim, 
o aumento de alíquota da COFINS em 15/fev. entrará em vigor a partir de junho do 
mesmo ano, enquanto aquele aumentado de 15/dez. só entraria em vigor em abril do 
ano seguinte. Tributos cobrados diretamente, como era o caso da CPMF, entram em 
vigor no dia seguinte em que completar 90 dias de prazo de publicação da lei. Um 
aumento na contribuição em 15/abril/2007 entraria em vigor no dia 14/julho/2007.”
Assim sendo, para as contribuições sociais não serão adotadas as regras da 
ANUALIDADE e sim o da NOVENTENA ou NONAGESIMAL.
Para alguns impostos e taxas, que seguem as duas regras, valerá o prazo mais longo, 
ou seja, uma publicação em 10/agosto/20x1, seguindo a Anualidade entraria em 
vigor em 1º/janeiro/20x2, enquanto seguindo a Noventena entraria em vigor em 1º/
dezembro/20x1, portanto, seguindo o maior prazo, valeria a Anualidade, passando a 
vigorar em 1º/janeiro/20x2.
O Princípio da Isonomia Tributária (Capacidade Contributiva)
O Princípio Isonomia Tributária, também conhecido como igualdade tributária, 
institui que é proibido o tratamento de forma desigual entre os contribuintes com 
situações equivalentes, ou seja, em regra, seguindo tal princípio, podemos afirmar que 
os contribuintes devem ser submetidos ao mesmo tratamento tributário.A situação 
econômica equivalente é chamada no âmbito tributário de capacidade contributiva.
Um exemplo claro deste princípio se faz no tratamento do contribuinte quando 
atinge renda. Cada contribuinte está sujeito à aplicação do tributo de acordo com 
sua capacidade de contribuir, ou seja, quanto mais se aufere renda, maior será 
sua carga tributária.
O Princípio da Competência Tributária
O Princípio da Competência Tributária define expressamente quais impostos 
podem ser cobrados por cada ente da federação (União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal), assim não causando problemas entre o agente arrecadador e o 
agente arrecadado (contribuinte).
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O Princípio da Vedação do Confisco
O Princípio da Vedação do Confisco está expresso na Constituição Federal de 1988, 
em seu artigo 150, inciso IV que trata:
Não poderá haver imposto confiscatório, ou seja, o imposto não poderá ter uma 
alíquota efetiva que resulte mais que 50% do valor econômico líquido (preço menos 
tributo), ou seja, uma alíquota de 51% ou mais do tributo seria inconstitucional, por se 
tratar de confisco, tendo em vista que a equação 100% menos 51% ou mais daria como 
resultado uma parcela igual ou inferior a 49%, sendo que 100% seria o preço, 51% ou 
mais o tributo e o resultado da equação a sobra efetiva sobre o preço.
Portanto, não há existência da hipótese acima descrita, tendo em vista que a mesma 
se configura como inconstitucional por se tratar de caráter confiscatório.
O Princípio da Liberdade de Tráfego
O Princípio da Liberdade de Tráfego, segundo a Constituição Federal de 1988, em 
seu artigo 150, inciso V, significa:
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas, ou bens, por meio de tributos interestaduais, ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas 
pelo Poder Público. Para tal, é possível observar que, no Princípio da Liberdade de 
Tráfego, é preservado o direito de ir e vir de pessoas ou bens, não cabendo aos entes 
federativos a limitação do direito constitucional.
Obrigação Tributária
Quando tratamos de obrigação tributária, devemos considerar alguns aspectos 
relevantes, que abordaremos nos tópicos a seguir, como, por exemplo: o que é e qual a 
hipótese de incidência de um tributo? Qual a diferença de sujeito ativo e sujeito passivo? 
Qual ou quais são as responsabilidades tributárias?
Vejamos:
Hipótese de Incidência
De acordo com Rezende et. al. (2010, p.50): a obrigação de pagar o tributo não é 
uma vontade do contribuinte, entretanto, é compulsoriamente atribuído a ele por força 
de lei (conforme tratados nos princípios, anteriormente).
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UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
A hipótese de incidência, segundo Rezende et. al. (2010, p. 50) trata que “a lei faz de 
um fato que, quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária” ao qual se dá o nome 
de hipótese de incidência.
Isso posto, podemos compreender que a hipótese de incidência, nada mais é que a 
hipótese de ocorrer a cobrança do tributo, quando um fato pode ocorrer. No momento 
que o fato ou hipótese ocorrer, o mesmo deixará de ser hipótese e passará a ser o fato 
gerador do tributo.
Sujeito Ativo
De acordo com Fabretti (2009, p. 82):
“O sujeito ativo da obrigação tributária, ou seja, o credor, é sempre uma pessoa jurídica 
do direito público a quem a Constituição Federal deu competência para instituir e 
cobrar o tributo, objeto dessa relação jurídica de natureza tributária (art. 119 do CTN)”.
Com base nessa informação, podemos considerar que o sujeito ativo é a pessoa 
jurídica do direito público que tem o direito legal de criar e cobrar os tributos, composto 
por: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Sujeito Passivo
Ainda, de acordo com Fabretti (2009, p. 83):
O sujeito passivo da obrigação tributária, ou seja, o devedor, é sempre um particular, 
uma vez que os entes federativos gozam de imunidade recíproca (art. 150, VI da CF). 
Essa imunidade recíproca é extensiva às autarquias e fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público no que se refere ao patrimônio.
Pode-se afirmar, então, que os sujeitos passivos são aqueles que têm como obrigação 
o recolhimento dos tributos, ou seja, os contribuintes, levando em consideração que 
os entes federativos não são considerados sujeitos passivos, pois possuem imunidade 
recíproca de tributos.
O artigo 121 do Código Tributário Nacional (CTN) dispõe acerca de sujeito passivo:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único: O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra 
de disposição expressa em lei.
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Obrigação Tributária
As obrigações tributárias se subdividem em dois grupos:
• Obrigação Principal; e,
• Obrigação Acessória.
Obrigação Principal
A obrigação principal é, de modo geral, a obrigação de pagamento/recolhimento, 
em dinheiro, de tributos ou penalidades pecuniárias (multas).
Quando a hipótese de incidência se realiza, torna-se um fato gerador do tributo. 
Nesse momento, nasce a obrigação principal, o seu pagamento/recolhimento.
Obrigação Acessória
A obrigação acessória caracteriza-se pela obrigação de sempre no interesse da 
arrecadação ou fiscalização dos tributos:
• Fazer algo, como, por exemplo, emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais e contábeis;
• Não fazer algo, como, por exemplo, não adquirir mercadorias sem nota fiscal; ou,
• Tolerar algo, como, por exemplo, admitir que o fiscal examine os livros contábeis.
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UNIDADE 
O Sistema Tributário Nacional
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://goo.gl/MuFyD9
Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1996: Código Tributário Nacional
https://goo.gl/oIQTBC
 Livros
Direito Tributário
FABRETTI, L. C.; FABRETTI, D. R. Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Manual de Contabilidade Tributária
PÊGAS, P. H. Manual de Contabilidade Tributária. 8. ed. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos Editora, 2014.
Contabilidade Tributária
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. C. Contabilidade Tributária. São 
Paulo: Atlas, 2010.
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17
Referências
BRASIL; Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>
________; Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1996: Código Tributário Nacional. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>
FABRETTI, L. C.; FABRETTI, D. R. Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PÊGAS, P. H. Manual de Contabilidade Tributária. 8. ed. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos Editora, 2014.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. C. Contabilidade Tributária. São 
Paulo: Atlas, 2010.
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Outros materiais