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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS DEPARTAMENTE DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE TOPOGRAFIA, SOLOS E MATERIAIS APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DE ENSAIOS LABORATORIAIS DE GEOTECNIA INTERESSADO: Jairo Furtado Nogueira BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL RELATÓRIO DE ENSAIOS LABORATORIAIS APRESENTAÇÃO E ANÁLISE APRESENTAÇÃO Os alunos de Geotecnia 2, com apoio do Laboratório de Geotecnia do Departamento de Engenharia Civil do Centro Universitário de Brasília, representado pela HASAAN Engenharia, vêm através deste Relatório Técnico, apresentar à Jairo Furtado Nogueira, os resultados dos ensaios realizados nas aulas laboratoriais: Preparação da amostra; Compactação – Proctor Normal; Cisalhamento 50 kPa e 100 kPa. INTRODUÇÃO Antes do início dos ensaios, o Laboratório de Geotecnia, coletou uma amostra deformada à profundidade de 3 metros, utilizada pelos alunos para a realização dos ensaios. A retirada da amostra foi feita na obra do balão do Colorado – Distrito Federal. O Poço 01 (Figura 1), localizado nas coordenadas 15°41’13” S e 47°51’30” W, obtendo-se, assim, a amostra deformada.Figura 1- LOCALIZAÇÃO DO POÇO 1 REFERÊNCIAS: Imagem Google Earth 2012 PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS A amostra deformada de 30 Kg de argila-arenosa, foi fornecida aos alunos, para início da preparação do solo. A priori foi necessário a remoção dos pedregulhos presentes no solo, através de uma peneira 4,8 mm de abertura. Após o peneiramento separou-se a amostra em 6 partes, de 5 Kg cada, para futura construção da curva de compactação e preparação da amostra utilizada para realizar o ensaio de cisalhamento. A partir da amostra compactada, com umidade ótima, foi moldado um segundo corpo de prova com as dimensões da caixa de cisalhamento para a execução do ensaio na prensa de cisalhamento. Para a preparação do corpo de prova a ser utilizado na prensa, a amostra foi mantida em estufa de forma que a sua umidade fosse conservada. Com a utilização de um molde metálico quadrático, de dimensões 5,08cm x 5,08cm e altura 1,9 cm posicionado sob a amostra, o corpo de prova foi moldado aprofundando o quadrado metálico e talhando o solo com a utilização de um estilete, de forma que todo o volume do molde fosse preenchido, formando um cubo para ser utilizado na caixa de cisalhamento. Logo após, a massa do corpo de prova juntamente com o molde matálico, de massa já conhecida, foi determinada e anotada. Para a execução do ensaio, o corpo de prova do solo é colocado parcialmente na caixa de cisalhamento da prensa, ficando com sua metade superior dentro do anel. O pendural para aplicação da tensão vertical é então colocado e o extensômetro vertical é ajustado para dar início a fase de adensamento do ensaio. Com a utilização de pesos, o carregamento, um de 50kPa e outro de100kPa é então aplicado, iniciando assim as leituras de deformação do corpo de prova até a estabilização das deformações. O início do cisalhamento ocorre após os ajustes do extensômetro horizontal e do sensor. A força horizontal aplicada no anel causa um deslocamento que é medido por um software instalado no equipamento do ensaio, que por sua vez, utiliza essa medição para realizar os cálculos de tensão, gerando ao final uma tabela em Excel com os dados obtidos no ensaio. Seguem as tabelas com os dados do material amostrado: Características do corpo de prova (50 kPa) Fôrma N° = 2 Massa Forma + Solo (g)= 4160,50 Altura (cm) = 1,90 Massa Forma (g) = 4068,40 Lado caixa (cm) = 5,08 Massa Solo (g) = 92,10 Área (cm²) = 25,81 (kN/m³) = 18,42 Volume (cm³) = 49,03 d (kN/m³) = 13,96 Massa Específica dos Sólidos (g/cm3) = 2,75 Índice de Vazios = 0,93 Grau de Saturação (%) = 94,25 Características do corpo de prova após consolidação (50 kPa) Fôrma N° = 2 Massa Forma + Solo (g)= 4160,50 Altura (cm) = 1,90 Massa Forma (g) = 4068,40 Lado caixa (cm) = 5,08 Massa Solo (g) = 91,88 Área (cm²) = 25,81 (kN/m³) = 18,38 Volume (cm³) = 49,03 d (kN/m³) = 13,96 Massa Específica dos Sólidos (g/cm3) = 2,75 Índice de Vazios = 0,93 Grau de Saturação (%) = 93,31 Características do corpo de prova (100 kPa) Fôrma N° = 3 Massa Forma + Solo (g)= 4158,40 Altura (cm) = 1,90 Massa Forma (g) = 4069,00 Lado caixa (cm) = 5,08 Massa Solo (g) = 89,40 Área (cm²) = 25,81 (kN/m³) = 17,88 Volume (cm³) = 49,03 d (kN/m³) = 13,55 Massa Específica dos Sólidos (g/cm3) = 2,75 Índice de Vazios = 0,99 Grau de Saturação (%) = 88,69 Características do corpo de prova após consolidação (100 kPa) Fôrma N° = 3 Massa Forma + Solo (g)= 4158,40 Altura (cm) = 1,90 Massa Forma (g) = 4069,00 Lado caixa (cm) = 5,08 Massa Solo (g) = 88,76 Área (cm²) = 25,81 (kN/m³) = 17,75 Volume (cm³) = 49,03 d (kN/m³) = 13,55 Massa Específica dos Sólidos (g/cm3) = 2,75 Índice de Vazios = 0,99 Grau de Saturação (%) = 86,08 RESULTADOS DOS ENSAIOS LABORATORIAIS Para atingir as tensões de 50kPa e 100kPa foi aplicada para cada ensaio, uma força vertical N indicada, com a utilização dos pesos, segundo a área do corpo de prova. Uma força tangencial T é aplicada ao anel que contém a parte superior do corpo de prova, provocando seu deslocamento, medindo-se a força suportada pelo solo. As forças T e N, divididas pela área da seção transversal do corpo de prova, indicam as tensões σ e T que nele estão ocorrendo. A tensão T pode ser representada em função do deslocamento no sentido do cisalhamento, onde se identificam a tensão de ruptura, Tmáx e a tensão residual, que o corpo de prova ainda sustenta, após ultrapassada a situação de ruptura, Tres. O deslocamento vertical durante o ensaio também é registrado, indicando se houve diminuição ou aumento de volume durante o cisalhamento. As tabelas a seguir mostram os resultados obtidos. Para a tensão de 50 kPa Força (N) Deslocamento Horizontal (mm) Deslocamento Vertical (mm) Tensão (kPa) 0 0,001266357 0,327474892 0,00 40,93916562 0,100042212 0,366391679 15,90 85,95763582 0,200084424 0,397955524 33,44 132,2610568 0,300126636 0,426111908 51,56 173,5813392 0,400168848 0,450322812 67,80 228,1729189 0,501477417 0,478120516 89,30 287,7355862 0,602785986 0,503586801 112,84 348,6540046 0,700295483 0,526004304 136,99 414,9954276 0,800759814 0,543938307 163,39 482,5419628 0,901224145 0,556850789 190,36 542,5414833 1 0,56366571 214,46 577,512331 1,200084424 0,565638451 229,20 577,0378181 1,400590967 0,56527977 229,94 561,431616 1,600253271 0,537123386 224,63 537,058223 1,801604052 0,49946198 215,76 514,3569232 2,000844238 0,463773314 207,49 457,5509499 2,500633179 0,360832138 186,48 419,0476172 3,000422119 0,267754663 172,57 395,2175792 3,50021106 0,147955524 164,48 384,0391097 4,000422119 -0,029949785 161,54 372,6059096 4,50021106 -0,206241033 158,42 366,5951115 5,000422119 -0,246592539 157,57 354,7699487 6,000422119 -0,298959828 155,89 344,5716873 7 -0,355451937 154,86 Para a tensão de 100 kPa Força (N) Deslocamento Horizontal (mm) Deslocamento Vertical (mm) Tensão (kPa) 0 0 0,650107604 0 62,76374639 0,100042212 0,678263989 24,36899107 121,7464535 0,200506543 0,692969871 47,36378896 184,5930513 0,300126636 0,697991392 71,95506128 244,6829551 0,400168848 0,706779053 95,5676536 328,1520344 0,50021106 0,712338594 128,4237142 427,8750636 0,601097509 0,715925395 167,7872833 543,8369788 0,70156184 0,711621234 213,688345661,6065622 0,800337695 0,711621234 260,4767837 744,5634688 0,901224145 0,714131994 293,7298751 799,8931797 1 0,708034433 316,1833079 821,5550704 1,200506543 0,678622669 326,0586506 822,217882 1,400168848 0,614060258 327,6406215 792,9185932 1,601097509 0,514885222 317,25573 723,2179201 1,800759814 0,470946915 290,5468162 642,6260461 2,000422119 0,43974175 259,2259927 533,2621198 2,50021106 0,362804878 217,3360599 486,2627465 3 0,300753228 200,2531655 451,7664117 3,500633179 0,233142037 188,0160391 438,8114562 4,000844238 0,170731707 184,5764235 421,9398863 4,500633179 0,105989957 179,3956126 405,6708725 5 0,050932568 174,3591069 385,3346052 6 -0,049677188 169,315332 374,488596 7 -0,148314204 168,3064556 Após a realização dos ensaios com as duas tensões normais, obteve-se a envoltória de resistência apresentada na tabela abaixo. Visto que o coeficiente de coesão é o coeficiente linear da reta e o ângulo de atrito é o arco tangente do coeficiente angular da reta, conclui-se que: Coeficiente de coesão = 94,388 Ângulo de atrito = 54,36° CONCLUSÃO A partir do ensaio de cisalhamento direto verificou-se que a resistência ao cisalhamento dos solos é a propriedade que os solos possuem de resistirem ao deslizamento de uma seção em relação à outra adjacente e através da interpretação de uma envoltória linear obtida com o ensaio foi possível obter os valores de ângulo de atrito interno do solo, intercepto coesivo e as tensões máximas cisalhantes suportadas pelo solo. DECLARAÇÃO O relatório técnico dos ensaios de laboratório é uma descrição ampla dos procedimentos, ensaios, resultados e comportamento das amostras de solo obtidas no campo. Sendo o engenheiro do projeto responsável pela definição dos parâmetros de resistência e expansão do solo estudado, tomará decisões necessárias para garantir a estabilidade da obra levando em consideração o valor do ISC (CBR) e a relação entre o peso específico e a umidade média obtidos nos ensaios. Brasília, 20 de setembro de 2017. PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS: Roberto Name Ribeiro Filho Henrique Torres de Lima Lucas Guilherme Badona de Carvalho Matheus Batista Baldoino Aline Rocha Oliveira Thayná Conrado Meira Newton Ramos Chaves Junior Lorena Lopes Delgado 6
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